Santos

São Canuto

São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça. Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, pois tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado. São Canuto, rogai por nós!

Santa Prisca, a protomártir romana

Origens Sobre a história de Santa Prisca é difícil estabelecer a verdadeira identidade desta mártir romana, apesar dos numerosos documentos antigos, pois as várias notícias a seu respeito referem-se provavelmente a três pessoas diferentes.  O nome significa antiga, dos primeiros tempos.  A Protomártir Romana Uma antiga tradição diz que Santa Prisca teria sido batizada, aos treze anos, por São Pedro. E como diz seu nome romano, teria sido a “primeira” mulher do Ocidente a dar testemunho, com o martírio, da sua fé em Cristo. A protomártir romana teria sido decapitada em meados do primeiro século.  Esposa de Áquila No século VIII, a mártir romana começou a ser identificada com Prisca, esposa de Áquila, de quem fala São Paulo: "Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, que expuseram suas cabeças para salvar minha vida. A eles devo graças, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios" (Rm 16,3).  Santa Prisca e a Basílica no monte Aventino A celebração A celebração deste dia quer homenagear o fundador da Igreja titular no Aventino, a quem se refere a epígrafe funerária do século V, preservada no claustro de São Paulo fora dos muros. A antiga igreja, querida por quem gosta de redescobrir os recantos intactos da Roma antiga, à sombra discreta e repousante das suas naves, assenta sobre os alicerces de uma grande casa romana do século II, como provaram as recentes escavações arqueológicas. Páscoa A protomártir romana teria sido decapitada durante a perseguição de Cláudio II (268-270), em meados do primeiro século e seu sepultamento na Via Ostiense, de onde seu corpo teria sido levado para o Aventino. Há outros documentos que dizem que Santa Prisca foi martirizada na época de Tibério (45-54).  Relíquias Atribui-se a santa de hoje ter sido sepultada nas catacumbas de Priscila, às quais terá dado o nome, Priscila é diminutivo de Prisca. Outra tradição pretende que a mártir seja do século III, da perseguição de Cláudio II, o Gótico (268-270).  Título Cardinalício O título "titulus Aquilae et Priscae" começou a ser usado devido a santa, o que modifica o título primitivo do qual já temos notícias do sínodo romano de 499. O título cardinalício com o qual queriam homenagear a igreja de S. Prisca, uma santa hoje quase esquecida pelos calendários.  Minha oração “ Exemplo de mulher, na qual a tua fé e dedicação se tornou fruto em meio à comunidade primitiva. Conceda-nos uma fé inabalável como a tua, e um amor ardente ao Senhor como o teu. Amém.” Santa Prisca, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 18 de janeiro Em Cartago, na atual Tunísia, os santos mártires Sucesso, Paulo e Lúcio, bispos. († 259) Em Nicéia, na Bitínia, hoje Iznik, na Turquia, os santos Coscónio, Zenão e Melanipo, mártires. († s. III-IV)  Em Foix, na Gália Narbonense, atualmente na França, o passamento de São Volusiano, bispo de Tours. († c. 498) No mosteiro de Lure, na Borgonha, atualmente na França, São Deícolo, abade, que era natural da Irlanda e discípulo de São Columbano e, segundo a tradição, fundou este mosteiro. († s. VII) Em Ferrara, na Emília, atualmente Emília-Romanha, região da Itália, Santa Beatriz d’Este, monja. († c. 1262) Em Budapeste, na Hungria, Santa Margarida, virgem, filha do rei Bela IV. († 1270) Em Cremona, na Lombardia, região da Itália, o Beato Fácio. († 1272) Em Morbegno, nos Alpes, também na Itália, o Beato André de Peschiera Grego, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1485) Em L’Áquila, nos Abruzos, região da Itália, a Beata Cristina (Matias) Ciccarélli, virgem da Ordem de Santo Agostinho. († 1543) Em Braniewo, na Prússia, na atual Polônia, a Beata Regina Protmann, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Catarina. († 1613) Em Avrillé, perto de Angers, na França, as beatas Felicidade Pricet, Mónica Pichery, Carla Lucas e Vitória Gusteau, mártires. († 1794) Em Cássia, na Itália, a Beata Maria Teresa Fasce (Maria Joana Fasce), abadessa da Ordem de Santo Agostinho. († 1947) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova  

Santo Antão, o santo que vivia no Cemitério

Origens Pai do monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251. Com apenas 20 anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã.  Abdicou dos Bens Ao entrar numa Igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade. Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou para uma vida religiosa. Eremita Enfim, Santo Antão foi, passo a passo, buscando a vontade do Senhor. Antão deparou-se com outra palavra de Deus em sua vida: “Não vou preocupeis, pois, com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”(Mt 6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as coisas para viver como eremita.  Santo Antão: aprendeu o que precisava para ser santo e atendeu seu chamado!!! Estudou Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente, a orar e contemplar. Assim, foi crescendo na santidade e na fama também. Viveu em um Cemitério Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram serpentes que estavam por lá, por isso ninguém se aproximava. A imaginação humana vê coisas onde não há.  Os Muros Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida, pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges.  Santo Antão vivia a verdadeira alegria e sorria para o mundo Santidade Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus passos, foram viver perto dele. O número de monges foi crescendo, mas o interessante é que, quando iam se aconselhar com ele, chegavam naquele lugar vários monges e perguntavam: "Onde está Antão?". E lhes respondiam: "Ande por aí e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; esse é Antão". Combateu o Arianismo Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de castidade, de obediência e pobreza. Páscoa Santo Antão faleceu em 356, viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa que só Cristo podia lhe dar.  Minha oração “ Ó pai da vida monástica, pai dos eremitas, formai almas que tenham a mesma generosidade de se dedicar inteiramente a Deus na oração e na penitência. Sustentai aqueles que já vivem assim e tornai-os grandes testemunhas nesse mundo perecível. Amém” Santo Antão, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de janeiro Na Capadócia, na atual Turquia, os santos Espeusipo, Elasipo, Melasipo, irmãos, e sua avó, Leonila, mártires. († data inc.) No Osroene, num território atualmente situado entre a Síria e a Turquia, a comemoração de São Julião, asceta, chamado pelos antigos Sabas, isto é, Ancião. († c. 377) Em Die, na Gália Lionense, atualmente na França, São Marcelo, bispo. († 510) Em Bourges, na Aquitânia, atualmente também na França, São Sulpício o Piedoso, bispo. († 647) Na Baviera, hoje região da Alemanha, São Gamelberto, presbítero. († c. 802) Em Fréjus, na Provença, região da França, Santa Rosalina, prioresa de Celle-Roubaud, da Ordem da Cartuxa. († 1329) Em Tocolatlán, cidade do México, São Januário Sánchez Delgadillo, presbítero e mártir. († 1927) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São José Vaz, o exemplo de zelo apostólico

[caption id="attachment_13066" align="aligncenter" width="300"] Sacerdote (1651- 1711)[/caption] Origens São José Vaz nasceu em 21 de abril de 1651 em Goa, na Índia. Foi criado numa família onde a fé era muito apreciada e da qual brotou nele o desejo de ser sacerdote. Após estudos clássicos na Universidade local e estudos filosóficos e teológicos na Academia de São Tomás de Aquino em Goa, foi ordenado sacerdote, em 1676, com a idade de vinte e cinco anos. Disseminou a semente do Sacerdócio Em sua cidade natal, não tinha um ministério paroquial preciso. São José Vaz dedicou-se a pregar em muitas paróquias e fundou uma escola de latim para futuros aspirantes ao sacerdócio. Nessa época, sua devoção à Mãe de Deus também assumiu uma fisionomia clara em sua consagração pessoal a Maria "como uma escrava perpétua" em 5 de agosto de 1677. Um desejo Depois de saber da situação dos católicos no Ceilão, nasceu em São José Vaz um desejo profundo de ir como missionário para aquele país. O catolicismo foi trazido para o Ceilão pelos portugueses. Infelizmente, os missionários não encorajaram o desenvolvimento dos católicos locais e não favoreceram as vocações ceilanesas ao sacerdócio, devido à perseguição dos holandeses que haviam dominado a cidade. São José Vaz: homem livre que dedicou-se à evangelização Após anos de espera, a ida para Ceilão Em março de 1686, São José Vaz pôde partir para o Ceilão. Devido à dura perseguição da Igreja por parte das autoridades holandesas, ele teve que agir com cautela: disfarçou-se de "coolie", a forma mais humilde de servo, e, com um cinto áspero em volta dos quadris, conseguiu se infiltrar Ceilão clandestinamente. Reconhecimento de Católicos São José Vaz desembarcava de cidade em cidade na Índia. Depois de passar fome, ele bateu de porta em porta para mendigar, porque não tinha nada. Ele usava um grande rosário em volta do pescoço e observava a reação das pessoas. Gradualmente, ele estabeleceu seus primeiros contatos com famílias católicas e começou a celebrar a missa em segredo.  A Prisão Apesar da sua tentativa de se esquivar da perseguição, a sua presença foi descoberta, e aqueles que o abrigaram foram açoitados e presos. São José Vaz conseguiu escapar e partiu para Kandy, mudando-se para a aldeia de Puttalam, podendo então entrar na cidade real de Kandy. Alguém o denunciou como espião português e por isso foi acorrentado. Por mais de dois anos permaneceu na prisão, mas conseguiu exercer o seu ministério sacerdotal para os fiéis que começaram a frequentá-lo.  A Prisão Domiciliar Convencido de sua inocência, o rei ordenou sua libertação, mas São José Vaz permaneceu em prisão domiciliar. Enquanto isso, ele expandiu seu ministério, e no Natal de 1691, celebrou a missa pela primeira vez em Kandy. Aos poucos, foi tendo mais liberdade, sobretudo por causa de sua fama de homem de grande santidade, respeitado até pelos budistas. A igreja em Kandy começou a tomar forma. Finalmente, São José Vaz adquiriu plena liberdade com um milagre público. Grandes Viagens Missionárias  Grande disseminador da Fé De Kandy, São José Vaz empreendeu frequentes e longas viagens por todas as aldeias do reino. Procurou os católicos, educou-os, celebrou os sacramentos, construiu igrejas, ajudou os pobres, assistiu os doentes e formou catequistas, animadores do povo. Sozinho, ele reorganizou a Igreja, tornando-a muito mais estável do que antes. Suas jornadas eram longas e perigosas através de densas selvas; mas sem se importar com cobras venenosas e feras selvagens, ele andava descalço, sempre impulsionado por seu zelo. Páscoa São José Vaz continuou suas viagens missionárias. Ele caminhou por centenas de quilômetros, mas teve que carregar o peso de muitos anos se escondendo, jejuando e viajando continuamente. Em 1710, ele partiu novamente para as várias missões, mas foi trazido de volta inconsciente para Kandy. Após meses de sofrimento físico, ele morreu em 16 de janeiro de 1711. Tinha 60 anos, e 24 anos de apostolado missionário no Ceilão. Minha oração “ Presbítero zeloso e dedicado às vocações sacerdotais, rogai pelas sementes que estão no coração dos jovens, dai fidelidade e perseverança aos seminaristas, e a santidade aos sacerdotes. Amém.” São José Vaz, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 16 de janeiro Em Roma, no cemitério de Priscila, junto à Via Salária Nova, o sepultamento de São Marcelo I, Papa. († 309) Em Aulona, no Ilírico, na atual Albânia, São Danate, mártir. († data inc.) Em Rinocorura, no Egipto, São Melas, bispo. († c. 390) Em Arles, na Provença, região da Gália, hoje na França, Santo Honorato, bispo. († 429) Em Moutiers, na Gália Vienense, atualmente também na França, São Tiago, bispo, discípulo de Santo Honorato de Lérins. († s. V) Em Oderzo, hoje no Vêneto, na região da Itália, São Ticiano, bispo. († s. V) Em Tours, na Gália Lionense, atualmente na França, a comemoração de São Leobácio, abade. († s. V) Em Dombes, também na Gália Lionense, atualmente na França, São Trevério, presbítero, monge e finalmente eremita. († c. 550) Em Mézerolles, junto ao rio Authie, na Gália, na França, São Furseu, que foi abade na Irlanda, depois na Inglaterra, finalmente na Gália, onde fundou a abadia de Lagny. († c. 650) Em Bagno di Romagna, na atual Emília-Romanha, região da Itália, Santa Joana, virgem, que, recebida na Ordem Camaldulense, resplandeceu singularmente pela sua obediência e humildade. († 1105) Em Marrakech, cidade da Mauritânia, hoje em Marrocos, a paixão dos santos mártires Berardo, Otão, Pedro, presbíteros, Acúrsio e Adjuto, religiosos da Ordem dos Menores. († 1226) Em Bréscia, na Itália, o Beato José António Tovíni, que, sendo professor, fundou muitas escolas cristãs e edificou numerosas obras públicas. († 1897) Em Valência, na Espanha, a Beata Joana Maria Condesa Lluch, virgem, que fundou a Congregação das Escravas da Imaculada Conceição, Protetoras das Operárias. († 1916) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va Imagem: commons.wikimedia.org - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Berardo e companheiros mártires

Vida Religiosa A Igreja universal venera o diácono Santo Estêvão como o primeiro mártir do cristianismo, mas também as Igrejas locais, bem como as congregações religiosas, sempre prestaram especial veneração aos seus protomártires. Hoje, é a Ordem dos Frades Menores que celebra aqueles irmãos que foram os primeiros a derramar o seu sangue como testemunho perene da sua fé cristã: Berardo, Otone, Pietro, Accursio e Adiuto, esses são os seus nomes, foram os primeiros missionários enviados de San Francesco nas terras dos sarracenos. Trajeto Religioso Seis anos depois da sua conversão, tendo fundado a Ordem dos Frades Menores, São Francisco sentiu-se inflamado pelo desejo do martírio e decidiu ir à Síria pregar a fé e a penitência aos infiéis. No entanto, o navio em que viajava acabou na costa da Dalmácia devido ao vento e ele foi forçado a regressar a Assis. O desejo de obter a coroa do martírio, porém, continuou a permear o coração de Francisco e ele pensou então em viajar ao Marrocos para pregar o Evangelho de Cristo a Miramolino, líder dos muçulmanos, e aos seus súditos. Chegou à Espanha, mas foi forçado novamente a retornar à Porciúncula devido a uma doença súbita. Uma Nova Tentativa  Apesar dos dois fracassos sofridos, organizou a Ordem em províncias e enviou missionários a todas as principais nações europeias. No Pentecostes de 1219 deu também autorização ao padre Otone, ao subdiácono Berardo e aos irmãos leigos Vitale, Pietro, Accursio, Adiuto, para irem pregar o Evangelho aos sarracenos marroquinos, enquanto optou por se juntar aos cruzados que se dirigiam para Palestina, para visitar os lugares santos e converter os indígenas infiéis. Tendo recebido a bênção do fundador, os seis missionários chegaram a pé à Espanha. Chegada ao Reino de Aragão Ao chegarem ao reino de Aragão, Vitale, líder da expedição, adoeceu, mas isso não impediu que os outros cinco irmãos continuassem a viagem sob a orientação de Berardo. Em Coimbra, Portugal, a Rainha Orraca, esposa de Alfonso II, recebeu-os em audiência. Descansaram alguns dias no convento de Alemquer, beneficiando da ajuda da Infanta Sancha, irmã do rei, que lhes forneceu roupas civis para facilitar o seu trabalho apostólico entre os muçulmanos. Assim vestidos, embarcaram para a sumptuosa cidade de Sevilha, então capital dos reis mouros. Conversa com o Rei Não exatamente prudentes, correram apressadamente para a mesquita principal e, ali, começaram a pregar o Evangelho contra o Islamismo. Naturalmente foram considerados loucos e espancados, mas não perderam a compostura e, tendo ido ao palácio do rei, pediram para falar com ele. Miramolino ouviu-os com relutância e, assim que ouviu Maomé ser descrito como um falso profeta, ficou furioso e ordenou que fossem trancafiados numa prisão escura. Seu filho lhe disse que decapitá-los imediatamente teria sido uma sentença muito dura, além de sumária, e portanto era preferível pelo menos observar algumas formalidades. Passados ​​alguns dias, o soberano fez com que fossem chamados à sua corte e, ao saber que pretendiam mudar-se para África, em vez de os mandar de volta para Itália, satisfez-os embarcando-os num navio pronto a partir para Marrocos. dos cinco missionários estava o infante português Dom Pietro Fernando, irmão do rei, muito ansioso por admirar a corte de Miramolino. Tentativa de pregar a Fé Desde a sua chegada ao país africano, Berardo, que conhecia a língua local, começou imediatamente a pregar a fé cristã perante o rei e a criticar Maomé e o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Miramolino então os expulsou da cidade, ordenando também que fossem mandados de volta para terras cristãs. Mas os frades, assim que foram libertados, retornaram prontamente à cidade e retomaram a pregação em praça pública. O rei enfurecido então os jogou em uma cova para morrerem de fome e dificuldades, mas eles, após três semanas de jejum, foram retirados dela em melhores condições do que quando estavam trancados lá. O próprio Miramolino ficou um tanto surpreso. Segunda Viagem a Espanha Um dia Miramolino, para reprimir alguns rebeldes, foi obrigado a marchar com o seu exército, solicitando também a ajuda do príncipe português. Estes últimos, porém, incluíam também os cinco franciscanos e um dia, quando o exército ficou sem água, Berardo pegou numa pá e cavou uma cova, fazendo correr uma fonte abundante de água doce, com inegável grande espanto por parte dos os mouros. Contudo, continuando a pregar apesar da proibição do rei, foram novamente presos, submetidos à flagelação e lançados na prisão. Foram então entregues à plebe para se vingarem dos insultos que proferiram contra Maomé: foram assim açoitados nos cruzamentos das ruas e arrastados sobre cacos de vidro e cacos de vasos partidos. Proteção com a Coragem da Fé Sal e vinagre misturados com óleo fervente foram derramados sobre suas feridas, mas eles suportaram todas essas dores com tanta coragem que pareciam impassíveis. Miramolino só poderia ser admirado por tamanha paciência e resignação e, por isso, tentou convencê-los a abraçar o Islã prometendo-lhes riquezas, honras e prazeres. Os cinco frades, porém, também rejeitaram as cinco jovens que lhes foram oferecidas como esposas e perseveraram destemidamente na exaltação da religião cristã. O Falecimento dos Cinco Intrépidos Confessores da Fé A esta altura Miramolino já não resistiu a tais aversões e, tomado de raiva, pegou na cimitarra e decapitou os cinco intrépidos confessores da fé: era 16 de janeiro de 1220, perto de Marraquexe. Nesse momento as suas almas, ao levantarem voo para o céu, apareceram à infanta Sancha, sua benfeitora, que naquele momento estava reunida em oração no seu quarto. Canonização Regressando a Portugal, trouxe finalmente consigo as preciosas relíquias, que destinou à igreja de Santa Croce em Coimbra, onde ainda hoje são objeto de veneração. Esta experiência desenvolveu em Santo António de Lisboa (conhecido por nós como António de Pádua) a ideia de passar da Ordem dos Cónegos Regulares para a dos Frades Menores. Ao ouvir a notícia do martírio de seus cinco filhos, São Francisco exclamou: “Agora posso dizer que realmente tenho cinco Frades Menores”. Eles foram canonizados pelo pontífice franciscano Sisto IV, em 1481, e o Martyrologium Romanum os comemora em 16 de janeiro, aniversário de seu glorioso martírio. São Berardo e companheiros mártires, rogai por nós! Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 16 de fevereiro: Em Roma, no cemitério de Priscila, junto à Via Salária Nova, o sepultamento de São Marcelo I, papa, que, como refere São Dâmaso, foi um verdadeiro pastor, ferozmente hostilizado pelos apóstatas que recusavam aceitar a penitência por ele estabelecida e, insidiosamente denunciado perante o tirano, foi expulso da pátria e morreu no exílio. († 309) Em Aulona, no Ilírico, na atual Albânia, São Danate, mártir. († data inc.) Em Rinocorura, no Egipto, São Melas, bispo, que, no tempo do imperador ariano Valente, depois de padecer o exílio pela sua fidelidade à verdadeira fé, descansou em paz. († c. 390) Em Arles, na Provença, região da Gália, hoje na França, Santo Honorato, bispo, que fundou um célebre mosteiro na ilha de Lérins e depois aceitou o governo da Igreja de Arles. († 429) Em Moutiers, na Gália Vienense, atualmente também na França, São Tiago, bispo, discípulo de Santo Honorato de Lérins. († s. V) Em Oderzo, hoje no Véneto, na região da Itália, São Ticiano, bispo. († s. V) Em Tours, na Gália Lionense, atualmente na França, a comemoração de São Leobácio, abade, que designado pelo seu mestre Santo Urso como superior do mosteiro de Sennevière, viveu em admirável santidade até avançada idade. († s. V) Em Dombes, também na Gália Lionense, atualmente na França, São Trevério, presbítero, monge e finalmente eremita. († c. 550) Em Mézerolles, junto ao rio Authie, na Gália, atualmente também na França, São Furseu, que foi abade na Irlanda, depois na Inglaterra, finalmente na Gália, onde fundou a abadia de Lagny. († c. 650) Em Bagno di Romagna, na atual Emília-Romanha, região da Itália, Santa Joana, virgem, que, recebida na Ordem Camaldulense, resplandeceu singularmente pela sua obediência e humildade. († 1105) Em Marrakech, cidade da Mauritânia, hoje em Marrocos, a paixão dos santos mártires Berardo, Otão, Pedro, presbíteros, Acúrsio e Adjuto, religiosos da Ordem dos Menores, que, enviados por São Francisco para anunciar aos muçulmanos o Evangelho de Cristo, foram primeiramente presos em Sevilha e levados para Marrocos, onde consumaram o martírio, mortos ao fio da espada pelo príncipe mouro. († 1226) Em Kandy, no Ceilão, atual Sri Lanka, ilha do Oceano Índico, São José Vaz, presbítero da Congregação do Oratório, que, sendo natural de Goa, partiu em missão para aquela terra e, percorrendo com admirável ardor os agrestes caminhos rurais onde os católicos permaneciam clandestinos e dispersos, incansavelmente os confirmou na fé, pregando com grande zelo apostólico o Evangelho da salvação. († 1711) Em Bréscia, na Itália, o Beato José António Tovíni, que, sendo professor, fundou muitas escolas cristãs e edificou numerosas obras públicas, dando sempre, nas suas atividades, o testemunho da sua oração e das suas virtudes. († 1897) Em Valência, na Espanha, a Beata Joana Maria Condesa Lluch, virgem, que trabalhou com grande diligência, humildade, amor, caridade e sacrifício, para ajudar os pobres, as crianças e as jovens operárias, fundando com essa finalidade a Congregação das Escravas da Imaculada Conceição, Protetoras das Operárias. († 1916) Fontes: Santie Beat Martirológio Romano – Pesquisa e Redação: Ronaldo Pires Atividade

Santo Amaro, amigo de São Bento

Origens Santo Amaro nasceu em Roma e entrou muito cedo para a vida religiosa. Filho espiritual e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade. Realidades daquele tempo, mas que apontam para uma necessidade dos tempos atuais.  Exemplo de Silêncio Ele foi apontado, desde muito cedo, como um exemplo de silêncio e também de correspondência às exigências da vida monacal. Vida de austeridade, de ação, de oração; “ora et labora” de fato. Amigo de São Bento Grande amigo de São Bento, viveu momentos que ficaram registrados. São Gregório foi quem deixou o testemunho de que, certa vez, São Bento, por revelação, soube que um jovem estava para se afogar em um açude. Disse ao então discípulo Amaro que fosse ao encontro daquele jovem. Ele foi. Sem perceber, com tanta obediência, ele caminhou sobre as águas e salvou aquele jovem; só depois ele percebeu que havia acontecido aquele milagre. Retribuíram a ele, mas, claro, ele atribuiu a São Bento, pois só obedeceu. Santo Amaro: uma bela história de vocação e santidade  Vocação História ou lenda, isso demonstra como Deus pode fazer o impossível aos olhos humanos na vida e por meio da vida naqueles que acreditam e buscam corresponder à vocação. Todos nós temos uma vocação comum, a mesma que Santo Amaro teve: a vocação à santidade. Esse santo foi quem sucedeu São Bento em Subiaco, quando este foi para Monte Casino. Ele foi exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo. Páscoa Ele morreu em 15 de janeiro de 584, aos 72 anos. Rezado contra resfriados, reumatismo e gota, contra dores musculares, Santo Amaro tornou-se muito querido pelo povo e venerado como santo taumaturgo.  Devoção Aliás, na viagem para França, conta-se o milagre da multiplicação dos pães num pobre convento que o acolheu, em que os pobres monges, para acolher o santo peregrino, deram-lhe o único pão que restava na despensa, mas, na manhã, por milagre, encontraram a despensa cheia de pão fresco e em abundância por mais de um mês... O símbolo da Eucaristia e da caridade está aqui claro; em muitos países ainda é costume abençoar os sanduíches, símbolo de partilha, na festa do santo. Minha oração “Fiel seguidor de São Bento, rogai por todos os que circundam sob esse mesmo carisma, de modo especial pelas vocações beneditinas e pelos monges que ali vivem, para que também sejam fiéis ao fundador até o fim do mundo. Amém.” Santo Amaro, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 15 de janeiro Em Anágni, no Lácio, região da Itália, Santa Secundina, virgem e mártir. († data inc.) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São João Calibita. († s. V) No mosteiro de Cluain Credal, na Irlanda, Santa Ida, virgem, fundadora deste mosteiro. († 570) Em Riéti, na Sabina, região da Itália, a comemoração de São Probo, bispo, de quem fez um elogio ao papa São Gregório Magno. († c. 570) No território de Rodez, na Gália, hoje na França, Santa Tarsícia, virgem e mártir. († s. VI/VII) Em Ham, no Brabante, na atual Holanda, Santo Ableberto ou Emeberto, bispo de Cambrai. († c. 645) Em Chartres, na Nêustria, atualmente na França, São Malardo, bispo. († c. 650) Em Val di Non, no Trentino, região da Itália, São Romeu, anacoreta. († c. s. VIII) Em Lião, na Gália, hoje na França, o passamento de São Bonito, bispo de Auvergne. († c. 710) Em Armo, próximo de Réggio Calábria, na Calábria, região da Itália, Santo Arsénio, eremita, eminente pela sua oração e austeridade. († 904) Em Saint-Gilles-les-Boucheries, na Provença, região da França, o Beato Pedro de Castelnau, presbítero e mártir. († 1208) Em Città della Pieve, na Úmbria, região da Itália, o Beato Tiago, chamado o Caritativo, advogado dos pobres e dos oprimidos. († 1304) No território de Gualdo Tadino, na Úmbria, o Beato Ângelo, eremita. († 1325) Na China, São Francisco Fernández de Capillas, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1648) Na Holanda, Santo Arnaldo Janssen, presbítero que fundou a Sociedade do Verbo Divino. († 1909) Em Berlim, na Alemanha, o Beato Nicolau Gross, pai de família e mártir. († 1945) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Santiebeati.it Imagem: commons.wikimedia.org - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Félix de Nola, confessor da fé

[caption id="attachment_13053" align="aligncenter" width="300"] Presbítero e Confessor († por 256)[/caption] Origens Santo Félix de Nola era sirio de nação, seu pai era Hermias o militar. Em Nola, a umas cinco léguas de Nápoles, teve dois filhos: Hermias, que se alistou nos exércitos do Imperador; e Félix, que servia com todo o coração o supremo Imperador e Rei dos reis: Jesus Cristo. Vida Religiosa Santo Félix repartiu a maior parte dos seus bens com os pobres e dedicou-se ao serviço da Igreja. Ordenado sacerdote, edificava a todos, já com a excelência da doutrina, já com o exemplo de uma vida santa e verdadeiramente cristã. Perseguições Levantaram-se no seu tempo contra a Igreja as horríveis perseguições de Décio (245-50) e de Valeriano (256). Vieram a Nola os emissários imperiais e trataram de procurar as primeiras colunas do edifício cristão para serem destruídos. Santo Félix de Nola: sofreu no cárcere cruéis tormentos O Bispo Maximiano Era por esse tempo Bispo de Nola um ínclito varão chamado Maximiano, avançado em idade, santo nos costumes, de aspecto venerando, zeloso e sábio. Mas, lembrando-se daquelas palavras que o Divino Mestre disse aos Discípulos "quando vos persigam numa cidade, fugi vós para outra" (Mt 10,73). Deixando a Félix a direção da sua amada igreja, retirou-se para lugares ocultos e seguros. Cárcere de Santo Félix Não tendo os perseguidores encontrado o santo Bispo, descarregaram sobre Félix os seus furores. Valeram-se primeiro das promessas, e logo depois das ameaças e dos tormentos. Vendo que nem uma nem outra surtiam o desejado efeito, encerram-no num tenebroso cárcere, por cujo pavimento espalharam agudos pedaços de telhas. Milagre da Libertação Santo Felix, preso, não conseguia valer a todas as necessidades dos fiéis. Maximiano afligia-se e quis voltar, mas não conseguiu. Além disso, na sua velhice, sofria muito do frio e da escassez de alimentação. Mas renovando-se o milagre da libertação de São Pedro, a quem Herodes prendera, ouvia Felix uma voz que dizia: Segue-me. Obedeceu prontamente o Santo, e logo um anjo, abrindo todas as portas da prisão, lhe deu a liberdade, e por fim o conduziria ao monte em que estava Maximiano. Encontro com o Bispo Maximiano Santo Félix abraçou Maximiano e como o visse em tão deplorável estado, levou-o aos ombros a casa de uma piedosa viúva onde se reanimou. Depois de piedosos colóquios, esses dois Santos determinaram regressar à cidade para utilidade e alegria dos fiéis. Santo Félix de Nola, perseverou na pobreza até a sua velhice Outra vez perseguido Conservaram-se algum tempo escondidos, até que, serenada a borrasca, apareceram em público e foram animar os fiéis. Foi breve a duração desta tranquilidade para a Igreja e para a cidade de Nola. Bem depressa estalou de novo, e com mais fúria, a perseguição. A Libertação Mal chegaram à cidade, os emissários do Imperador trataram de procurar o Santo Félix. Ele retirou-se em uma casa de uma piedosa mulher, onde viveu por cerca de três meses. Finalmente, terminada a tormenta, saiu a público e novamente começou a exortar à prática da virtude. Os fiéis olhavam Félix como enviado do céu. A Recusa Morreu por aquele tempo o Bispo Maximiano, vítima da idade e dos muitos trabalhos. Os cristãos lembraram-se logo de Félix para lhe suceder, mas recusou a nomeação para Bispo. Viveu na pobreza.  Páscoa Santo Félix, finalmente, depois de edificar a todos com vida exemplar, cheio de anos, porém mais ainda de virtudes e merecimentos, faleceu pela era de 256.  Minha oração “ Mesmo em meio a perseguição e o sofrimento, deste um lindo testemunho de coragem e fidelidade. Que sejamos fiéis a Jesus em meio às adversidades da sociedade e do tempo, assim como a coragem para enfrentar tais momentos. Amém.” Santo Félix de Nola, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 14 de janeiro Comemoração de São Potito, mártir. († data inc.) Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Glicério, diácono e mártir. († data inc.) Comemoração dos santos monges que no monte Sinai e em Rahiti, no Egito, foram mortos pela sua fé em Cristo. (†. c. s. IV) Na região dos Iberos, além do Mar Negro, na actual Geórgia, Santa Nino, prisioneira cristã. († s. IV) Em Gévaudan, na Gália, atualmente na França, São Firmino, bispo. († s. V) Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, Santo Eufrásio, bispo. († 515/516) Em Milão, na Ligúria, atualmente na Lombardia, região da Itália, o falecimento de São Dácio, bispo. († 552) Em Écija, na Bética, na atual Andaluzia, região da Espanha, São Fulgêncio, bispo. († c. 632) Em Tagliacozzo, nos Abruzos, região da Itália, o Beato Odão de Novara, presbítero da Ordem dos Cartuxos. († c. 1200) Em Údine, cidade da Venécia, no actual Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, o Beato Odorico Mattiuzzi de Pordenone, presbítero da Ordem dos Menores. († 1331) Em Aral Kurusady, na Índia, São Lázaro Pillai , pai de família e mártir. († 1752) Em Batávia, no Surinam, o beato Pedro Donders, presbítero da Congregação do Santíssimo Redentor. († 1887) Em Vercelas, no Piemonte, região da Itália, a Beata Afonsa Clérici, virgem da Congregação das Irmãs do Preciosíssimo Sangue. († 1930) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Félix de Nola, intercessor para as enfermidades dos olhos

Origens De origem Síria, Felix era provavelmente o filho mais velho. Seu pai era um soldado Sírio que tinha se retirado para Nola, perto de Nápoles, na Itália. Com a morte do pai, ele distribuiu todos os seus bens entres os pobres e passou a seguir a sua vocação eclesial. Sacerdócio e perseguição O jovem se preparou para o sacerdócio e foi ordenado pelo bispo Máximo. Com as perseguições contra a Igreja iniciadas pelo imperador, o velho bispo Maximo foi ajudado por Félix e fugiu para as montanhas, mas Félix foi preso, surrado e torturado para que renegasse a sua fé. Conta-nos a tradição que um anjo o libertou da prisão para que ele cuidasse do bispo que estava muito doente. Félix escondeu Maximo em uma casa abandonada, restaurou suas forças e o carregou até Nola, deixando-o na casa de uma piedosa cristã. Diz a tradição que, quando os dois estavam seguros dentro da casa abandonada, uma aranha teceu rapidamente uma teia sobre a porta, de modo que todos pensassem que a casa estava abandonada há tempos. Os soldados, então, ao passarem por lá, não entraram, devido à enorme teia. Com a morte do imperador, as perseguições acabaram. E, após o bispo falecer, Félix foi escolhido para ocupar o cargo, mas não aceitou, dando o lugar a um padre mais antigo e experiente. Então, Félix passou a explorar a sua pequena fazenda; e tudo o que era produzido nela, ele dava para os pobres e doentes. Páscoa Faleceu no ano de 255, mas é normalmente listado como mártir, devido às torturas e privações das quais foi vítima, durante as perseguições aos cristãos. Seu túmulo tornou-se um local de peregrinações e vários milagres foram creditados à sua intercessão. Ele é invocado contra doenças nos olhos e picadas de insetos.
Minha oração “Ó Deus Onipotente, dai-nos a graça de sermos sempre firmes na fé. E, pela intercessão de São Félix, dai-nos, Senhor, a graça que vos pedimos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
São Félix de Nola, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 21 de janeiro Comemoração de São Potito, mártir, que, depois de padecer muitos tormentos em Sárdica, na Dácia, hoje Sofia, na Bulgária, conta-se que alcançou a glória do martírio ao fio da espada. († data inc.) Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Glicério, diácono e mártir. († data inc.) Comemoração dos santos monges que no monte Sinai e em Rahiti, no Egipto, foram mortos pela sua fé em Cristo. (†. c. s. IV)  Na região dos Iberos, além do Mar Negro, na actual Geórgia, Santa Nino, prisioneira cristã, que pela grande santidade da sua vida conquistou a reverência e admiração de todos, de tal modo que a própria rainha, cujo filho foi curado graças às suas orações, o rei e toda a sua gente, aderiram à fé de Cristo. († s. IV)  Em Gévaudan, na Gália, actualmente na França, São Firmino, bispo. († s. V)  Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, Santo Eufrásio, bispo, cuja hospitalidade é louvada por São Gregório de Tours. († 515/516)  Em Milão, na Ligúria, actualmente na Lombardia, região da Itália, o passamento de São Dácio, bispo, que na controvérsia dos “Três Capítulos” defendeu a opinião do papa Vigílio, a quem acompanhou em Constantinopla, onde morreu. († 552)  Em Écija, na Bética, na actual Andaluzia, região da Espanha, São Fulgêncio, bispo, irmão dos santos Leandro, Isidoro e Florentina, a quem Santo Isidoro dedicou o tratado «Ofícios eclesiásticos», considerado o primeiro manual de Liturgia. († c. 632) Em Tagliacozzo, nos Abruzos, região da Itália, o Beato Odão de Novara, presbítero da Ordem dos Cartuxos. († c. 1200) Em Údine, cidade da Venécia, no actual Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, o Beato Odorico Mattiuzzi de Pordenone, presbítero da Ordem dos Menores, que, percorrendo os territórios dos Tártaros, dos Indianos e dos Chineses até chegar a Kombalik, principal cidade da China, anunciou o Evangelho por toda a parte e conduziu muita gente à fé de Cristo. († 1331)  Em Aral Kurusady, na Índia, São Lázaro Pillai (Devasahayam Pillai), pai de família e mártir, que, durante a perseguição contra os cristãos no reino de Travancor, foi assassinado por se ter convertido do hinduismo ao catolicismo. († 1752)  Em Batávia, no Surinam, o beato Pedro Donders, presbítero da Congregação do Santíssimo Redentor, que se dedicou com caridade incansável ao cuidado dos corpos e das almas dos leprosos. († 1887)  Em Vercelas, no Piemonte, região da Itália, a Beata Afonsa Clérici, virgem da Congregação das Irmãs do Preciosíssimo Sangue, cujo apostolado se orientou especialmente para o ensino e educação da juventude. († 1930) Fonte: Mílicia da Imaculada Martirológio Romano – Produção e edição: Leonardo Girotto

Santa Elisabete Ana Bayley Seton

Primeira norte-americana a ser canonizada, Santa Elisabete foi reconhecida santa no ano de 1975 sob o pontificado do Papa Paulo VI. Nasceu nos Estados Unidos, no ano de 1774, dentro de uma família cuja mãe era uma cristã não católica, e o pai conhecido como médico muito atarefado e famoso. A mãe faleceu e, infelizmente, a madrasta fazia sofrer Santa Elisabete. Seu refúgio era a oração e a Palavra de Deus. Era alguém que buscava cumprir os mandamentos do Senhor, responder como Cristo respondeu aos sofrimentos do seu tempo. Santa Elisabete Ana Bayley Seton chegou a casar-se, teve vários filhos, mas, por falência de seu esposo, tiveram que entrar no ritmo da migração dos Estados Unidos para a Itália. Com as dificuldades da viagem e a fragilidade de seu esposo, ele faleceu. Ela continuou até chegar à Itália e ser acolhida por uma família amiga. Era uma família feliz, porque seguiam a Cristo como católicos praticantes. Tudo aquilo foi mexendo com o coração de Santa Elisabete e ela quis se tornar católica. Não se sabe ao certo quando se tornou católica, se ali na Itália ou nos Estados Unidos, mas o fato é que retornou para os Estados Unidos, foi acolhida pela Igreja Católica, mas pelos familiares que eram cristãos não-católicos não foi bem acolhida; foi até perseguida. De fato, o ecumenismo é uma conquista de cada dia e em todos os tempos. Santa Elisabete Ana Bayley teve uma dificuldade (como uma minoria católica nos Estados Unidos) de tal forma, pois não encontrava espaço para a educação dos filhos, que, inspiradamente, começou uma obra que chegou a ser uma Congregação das Irmãs de São José, com o objetivo de formar as crianças numa fé cristã e católica. Santa Elisabete, com apenas 47 anos, faleceu, mas deixou para todos os cristãos católicos do mundo inteiro o testemunho de um coração que buscou a obediência ao Senhor em tudo. Santa Elisabete Ana Bayley, rogai por nós!

Santo Hilário de Poitiers, o “Atanásio do Ocidente"

Origens Santo Hilário de Poitiers nasceu no ano de 315, em Poitiers, na França. Buscava a felicidade; mas a sua família pagã vivia segundo a filosofia hedonista, ligada ao povo grego-romano; ou seja, felicidade como sinônimo de prazeres, com puro bem-estar. Então, aquele jovem dado aos estudos, se perguntava quanto ao fim último do ser humano; pois não poderia acabar tudo, ali, com a morte; ele foi perseguindo a verdade. Vida Religiosa O Espírito Santo foi agindo até ele conhecer as Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento o levou a proclamar o Deus uno, que merece toda a adoração. Passando para o Novo Testamento, Santo Hilário foi evangelizado e, numa busca constante, ele se viu necessitado do santo batismo, entrar para Igreja de Cristo e se fazer membro deste Corpo Místico. Em 345, foi batizado. Não demorou muito já era sacerdote e, depois, ordenado bispo para o povo de Poitiers. Combateu o Arianismo Ele sofria com as heresias do arianismo. Santo Hilário, pela sua pregação e seus escritos, foi chamado o "Atanásio do Ocidente", porque ele combateu o Arianismo do Oriente. No tempo em que o imperador Constâncio começou a apoiar esta heresia, Santo Hilário não teve medo das autoridades. Se era para o bem do povo, ele anunciava com ousadia até ser exilado, mas não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia. Por conselho, o próprio imperador o assumiu de volta em 360, porque os conselheiros sabiam da grande influência desse santo bispo que não ficava apenas em Poitiers, mas percorria toda a França. Santo Hilário de Poitiers defendeu a fé sobre a Trindade e a divindade de Cristo A Defesa da única Verdade Ele voltou, convocou um Concílio em Paris, participou de tantos outros conselhos no ocidente, mas sempre defendendo essa verdade que é Jesus Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem. Páscoa Santo Hilário de Poitiers foi consumindo por essa verdade. Pelos seus escritos, que chegam até o tempo de hoje, percebe-se este amor por Jesus Cristo. Não só numa busca pessoal, mas de promover a salvação dos outros. No século IV, ele partiu para a glória. Minha oração “Santo Doutor, homem de profunda sabedoria e clareza do Evangelho, defensor do Cristo Deus-Homem, conceda-nos a graça de não desviarmos da fé católica e a sabedoria para ensiná-la aos que nos procuram. Amém.” Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 13 de janeiro Em Belgrado, na Mésia, na atual Sérvia, os santos Hermílio e Estratónico, mártires. († c. 310) Em Tréveris, na Gália, Bélgica, atualmente na Alemanha, Santo Agrício, bispo. († c. 330) Em Reims, também na Gália, Bélgica, atualmente na França, o sepultamento de São Remígio, bispo. († c. 530) Em Glasgow, na Escócia, São Kentigerno, presbítero e abade. († 603/612) Em Capitolíades, na Batânia, hoje na Síria, São Pedro, presbítero e mártir. († 713) Em Córdova, cidade da Andaluzia, região da Espanha, São Gumesindo, presbítero, e São Servideu, monge. († 852) No mosteiro de Ilbenstadt, na Alemanha, São Godofredo. († 1127) Perto de Huy, na região de Liège, na Bélgica, a Beata Ivete, viúva. († 1228) Em Milão, na Lombardia, região da Itália, a Beata Verónica Negróni de Binasco, virgem.(† 1497) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, no atual Vietnam, os santos Domingos Pham Trong (Án) Kham, Lucas (Cai) Thin, seu filho, e José Pham Trong (Cai) Tá. († 1859) Em Casillas de Martos, perto de Jaén, na Espanha, a Beata Francisca da Encarnação, monja da Ordem da Santíssima Trindade e mártir. († 1937) No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, na Baviera, região da Alemanha, o beato Emílio Szramek, presbítero e mártir. († 1942) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova