Santos

São Lourenço de Brindes, homem de Deus e pacificador

Origens Júlio César Russo, nome de batismo de São Lourenço, nasceu no dia 22 de julho de 1559, em Brindisi, na Itália. Após ficar órfão, aos quatorze anos de idade, foi acolhido por um tio, que residia em Veneza. Ordem dos Frades Menores de São Francisco de Assis Dois anos após chegar a Veneza, ele atendeu ao chamado e ingressou na Ordem dos Frades Menores de São Francisco de Assis. Juntou-se aos capuchinhos de Verona, onde recebeu a ordenação e assumiu o novo nome em 1582. Depois, completou sua formação na Universidade de Pádua. Voltou para Veneza, em 1586, com a missão de ser mestre de noviços da Ordem. Evangelizador e pacificador  São Lourenço foi pregador da Palavra de Deus em muitos lugares da Europa, como Itália, Espanha, Portugal, França, Bélgica, Holanda. Conhecedor do hebraico, aramaico, caldeu, grego, latim, alemão, italiano e outras línguas, pôde aprofundar nos estudos das Sagradas Escrituras, evangelizando assim firmemente a ortodoxia católica contra a Reforma Protestante. Também foi peça chave como pacificador durante a ameaça de invasão por parte dos turcos. Lourenço foi o superior-geral da sua própria Ordem e embaixador do Papa Paulo V, com a missão de intermediar príncipes e reis em conflito. São Lourenço fugia constantemente das honras. Além de dormir no chão, levantava-se à noite para rezar e alimentava-se somente de pão, água e verduras como penitência. Páscoa Lourenço faleceu, em Lisboa, em 1619, quando voltava pela segunda vez em missão a Lisboa, Portugal. Foi canonizado pelo Papa Leão XIII em 1881. Recebeu o título de doutor da Igreja em 1959, outorgado pelo Papa João XXII. Minha oração "São Lourenço de Brindes, concede-nos a graça da inteligência e sabedoria para não desanimarmos na caminhada de Cristo e na evangelização do irmão. Amém." São Lourenço de Brindes, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 21 de Julho: Em Marselha, na Provença, região da Gália, atualmente na França, São Vítor, mártir.  († c. 292) Em Emessa, hoje Homs, na Síria, São Simeão Salo. Também a comemoração de São João, eremita, que, durante quase trinta anos, foi companheiro de São Simeão na peregrinação aos Lugares Santos e no ermo próximo do lago Asfáltite, na Judeia. († s. IV) Em Roma, a comemoração de Santa Praxedes, a cujo título foi dedicada a Deus uma igreja no Esquilino. († a. 491) Em Estrasburgo, cidade da Borgonha, atualmente na França, Santo Arbogasto, bispo. († s. VI) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Gabiel Pergaud, presbítero e mártir, que, sendo cónego regular na abadia de Beaulieu, no território de Sain-Brieuc, durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi arrebatado para fora da abadia e encarcerado na esquálida galera, onde consumou o seu martírio, morrendo afectado por uma enfermidade contagiosa. († 1794) Em Yanzibian, próximo de Yangpingguan, na China, Santo Alberico Crescitélli, presbítero do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras e mártir, que, durante a perseguição dos “Yihetuan”, cruelmente espancado quase até à morte, foi no dia seguinte arrastado por um caminho pedregoso com os pés ligados até ao rio, onde, minuciosamente dilacerado e finalmente decapitado, recebeu a coroa do martírio. († 1900) A caminho de Daining, próximo de Yongnian, cidade do Hubei, província da China, a paixão de São José Wang Yumei, mártir na mesma perseguição. († 1900) Em Mora, próximo de Toledo, na Espanha, o Beato Agrícola Rodríguez Garcia de los Huertos, presbítero da diocese de Toledo e mártir, que durante a perseguição no combate da fé alcançou a vida eterna. († 1936) Em Morón de la Frontera, na Espanha, os beatos mártires José Limón Limón, presbítero e José Blanco Salgado, religioso. Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas 

Santo Apolinário, Bispo de Ravena

Origens Apolinário nasceu em Antioquia da Síria, sem uma precisão exata de data, no Século I. Nome Apolinário é um belíssimo nome, podendo ser definido com duas terminologias: "poderoso" e "virtuoso". Ao fazer a junção dessas duas palavras, significa que é "poderoso em virtudes". Encontro com Pedro Este santo, talvez desconhecido para você, tem uma particularidade singular: Está no Gênesis do cristianismo. Sim! Ele teve contato direto com os apóstolos de Cristo. O encontro com Pedro mudaria sua vida. Ele estava na Antioquia, com sua família pagã, quando encontrou o apóstolo e ficou profundamente tocado pelas suas palavras, a ponto de segui-lo até Roma. Sofrimento por causa de Cristo Depois foi enviado por São Pedro a Ravena, local em que construiu uma igreja da qual foi bispo. Apolinário evangelizou aquela região, pregando em nome de Jesus, o que irritou os pagãos. Por isso, sofreu torturas para parar de anunciar o Evangelho. Uma vez, foi espancado de uma forma tão brutal, que quase morreu. Além disso, foi obrigado a ficar de pés descalços e se lançar sobre brasas e também foi jogado água fervente sobre suas feridas. A eficácia do Evangelho Entrando na casa de uma pessoa da elite da época para curar sua filha, Apolinário a fez voltar à vida. A consequência foi a conversão da jovem, sua mãe e de toda uma multidão. Páscoa Apolinário morreu por volta do ano 79 d.C., em Ravena, após ser espancado por uma multidão. No lugar do martírio, foi construída uma basílica, hoje chamada Santo Apolinário em Classe, consagrada em 549. Os Papas Símaco e Honório I ajudaram a difundir o culto a esse santo. As relíquias do Santo foram trasladadas para a cidade de Ravena, no século IX. Foram conservadas em uma igreja que foi chamada Basílica de Santo Apolinário Novo. Minha oração "Oh, digníssimo Santo Apolinário, merecedor de admiração, que com dignidade de pontífice mereceu receber o poder apostólico, ajudar-nos a ser fiéis a Cristo e o Seu Evangelho até o fim! Ó fortíssimo atleta de Cristo, que, já resfriando o calor da idade, em meio às penas, pregou constantemente a Jesus Cristo, redentor do mundo, dai-nos a fortaleza, paz e caridade! Amém." Santo Apolinário, Bispo de Ravena, rogai por nós!   Outros santos e beatos celebrados em 20 de Julho: A comemoração de Santo Elias o Tesbita, profeta do Senhor no tempo de Acab e Acazias, reis de Israel. A comemoração de São José Barsabás, chamado o Justo, que exercitou o ministério da pregação e da santidade. Em Antioquia da Pisídia, na atual Turquia, Santa Marinha ou Margarida, que, segundo a tradição, consagrou o seu corpo a Cristo na santidade e no martírio. († data inc.) Na Etiópia, São Frumêncio, bispo, que, tendo sido prisioneiro, foi depois ordenado bispo por Santo Atanásio e propagou o Evangelho nesta região. († s. IV) Em Cartago, na atual Tunísia, Santo Aurélio, bispo,  que protegeu os fiéis contra os costumes pagãos e estabeleceu a sede episcopal no lugar onde antes se encontrava uma estátua da deusa Celeste. († c. 430) No território de Boulogne, na Gália, atualmente na França, São Vulmaro, presbítero, que fundou em Hautmont, no Hainaut, dois mosteiros, um para os monges e outro para as sagradas virgens. († c. 700) Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, São Paulo, diácono e mártir, que não teve medo de censurar aos príncipes e magistrados dos Mouros a falsidade do seu culto e foi morto confessando a fé em Cristo como verdadeiro Deus. († 851) Em Hildesheim, na Saxônia, região da atual Alemanha, o Beato Bernardo, bispo, que, embora cego, governou a sua Igreja durante vinte e três anos. († 1153) Em Seul, na Coreia, as santas Madalena Yi Yong-hui, Teresa Yi Mae-im, Marta Kim Song-im, Luzia Kim, Rosa Kim, Ana Kim Chang-gum e Maria Won Kwi-im, virgem. E São João Baptista Yi Kwang-nyol, mártires. († 1839) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, no atual Vietnam, São José Maria Díaz Sanjurgo, bispo da Ordem dos Pregadores e mártir, que, na perseguição desencadeada pelo imperador Tu Duc, foi condenado à morte em ódio à fé cristã. († 1857) Em Zhoujiahe, no Hebei, província da China, os santos Leão Inácio Mangin e Paulo Denn, presbíteros da Companhia de Jesus. Durante a perseguição desencadeada pela seita dos “Yihetuan”, eles foram surpreendidos e mortos diante do altar de um templo. Com eles pereceu também Santa Maria Zhou Wuzhi, que, intentando proteger com o seu corpo São Leão, ministro da sagrada Eucaristia, caiu ferida de morte. († 1900) Em Lujiazhuang, também no Hebei, São Pedro Zhou Rixin, mártir, que, na mesma perseguição dos “Yihetuan”, negou poder renegar a sua fé no Deus criador do mundo, e por isso foi decapitado. († 1900) Em Daliacum, na mesma província da China, Santa Maria Fu Guilin, uma professora que morreu decapitada enquanto invocava Cristo Salvador. († 1900) Em Wuqiao Zhaojia, também no Hebei, a comemoração das santas Maria Zhao Guozhi e suas filhas Rosa Zhao e Maria Zhao. Para não serem violadas, elas se lançaram num poço, mas foram de lá retiradas e consumaram o seu martírio. († 1900 Em Dechau, também no Hebei, a comemoração de São Xi Guizi, mártir, que, ainda catecúmeno, na praça em tumulto declarou ser cristão e foi dilacerado pelos golpes dos inimigos da fé. († 1900) Em Madrid, na Espanha, as beatas Rita Dolores do Coração de Jesus e Francisca do Coração de Jesus, virgens. Elas faziam parte da Congregação das Irmãs da Caridade do Sagrado Coração de Jesus e mártires. Foram presas durante a perseguição religiosa na guerra civil e pouco depois fuziladas na praça pública. († 1936) Em Sevilha, na Espanha, o Beato Antônio Fernandez Camacho, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que, na mesma perseguição contra a Igreja, confirmou com o seu sangue a sua fidelidade ao Senhor. († 1936) Em Madrid, na Espanha, os beatos Luís Furones Furones (Abraão Furones Furones), presbítero, e Jacinto Garcia Riesco, religioso. Ambos da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1936) Em Barcelona, na Espanha, os beatos mártires Lucas de São José (José Tristañy Pujol), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços, e João José de Jesus Crucificado (João Páfila Montlleó), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade. († 1936) Em Moiá, perto de Barcelona, na Espanha, o Beato Jorge de São José (António Bosch Verdura), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir. († 1936) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Padrepauloricardo.org – Pesquisa e redação: José Augusto – Seminarista da Comunidade Canção Nova – Produção e edição: Bianca Vargas 

São Símaco, Papa justo e conciliador

Origens São Símaco nasceu na Ilha da Sardenha no século V e foi o sucessor de Pedro como líder da Igreja. Papa Teve que enfrentar os desafios da oposição antipapa de Lourenço, que havia reivindicado a autoridade de Papa. A situação só foi resolvida quando o rei Teodorico, monarca ariano, interveio e decidiu que seria reconhecido como Papa legítimo aquele que fosse eleito primeiro e com o maior número de votos dos demais bispos. Portanto, São Símaco  foi eleito Papa em 498. Intrigas sociais e políticas São Símaco teve um papel importante como conciliador durante a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos que começavam a dominar o Ocidente. Ele entrou nas intrigas sociais e políticas para tomar partido da paz e da harmonia. Já próximo ao fim da vida, ele ainda encontrou tempo para resgatar e libertar os escravos. Enquanto foi Papa, ele construiu o primeiro núcleo do palácio do Vaticano. Páscoa Papa de número 51, São Símaco morreu em 19 de julho de 514 em Roma. Minha oração "São Símaco, homem de justiça e conciliador, concede-me a graça de ser resiliente na vida santificada e ajuda-me a espalhar a paz de Jesus ao mundo. Amém." São Símaco, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 19 de Julho: Comemoração de Santo Epafras, que trabalhou muito pelo Evangelho em Colossos, em Laodiceia e em Hierápolis. Em Meros, na Frígia, na atual Turquia, os santos Macedónio, Teódulo e Taciano, mártires, que, por ordem do governador Almáquio, foram colocados sobre grades de ferro em brasa. († c. 362) No mosteiro de Annesis, no Ponto, também na atual Turquia, Santa Macrina, virgem, irmã dos santos Basílio Magno, Gregório de Nissa e Pedro de Sebaste. († 379) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Dio o Taumaturgo, arquimandrita, natural de Antioquia, que, nesta cidade foi ordenado sacerdote e construiu um mosteiro sob a Regra dos Acemetas. († s. V in.) Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, Santa Áurea, virgem, que morreu durante a perseguição dos Mouros. († 856) Em Utrecht, na Gélbria da Lotaríngia, atual Holanda, São Bernoldo ou Bernolfo, bispo, que libertou igrejas e mosteiros do domínio dos poderosos, construiu muitas igrejas e fomentou nos mosteiros a observância dos Cluniacenses. († 1054) No mosteiro de Marienburg, na Francónia, atualmente na Alemanha, a Beata Estila, virgem consagrada, que foi sepultada na igreja por ela construída. († c. 1140) Em Folinho, na Úmbria, região da Itália, o Beato Pedro Crisci, que, tendo distribuído todos os seus bens pelos pobres, exercitou o ministério na igreja catedral e viveu em grande humildade e penitência na torre do campanário da igreja. († c. 1323) Em Chester, na Inglaterra, São João Plessington, presbítero e mártir, que, ordenado sacerdote em Segóvia e regressando à Inglaterra, foi por isso condenado a forca no reinado de Carlos II. († 1679) Em Lujiazuang, no Hebei, província da China, São João Baptista Zhou Wurui, mártir, que, ainda adolescente, se declarou abertamente cristão perante os sectários “Yihetuan” e por isso foi desmembrado e morto a golpes de machado. († 1900) Em Liucun, próximo da cidade de Renkin, também no Hebei, os santos mártires Isabel Qin Bianzhi e seu filho Simão Qin Chunfu, de catorze anos, que, durante a mesma perseguição dos “Yihetuan”, fortes na fé, superaram toda a crueldade dos inimigos. († 1900) Em Borowikowsczyzna, na Polónia, os beatos Aquiles Puchala e Hermano Stepien, presbíteros da Ordem dos Frades Menores Conventuais e mártires. Foram mortos durante a ocupação da Polónia, sua pátria, sob um regime militar estrangeiro. († 1943) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br Comshalom.org – Produção e edição: Bianca Vargas 

São Francisco Solano, Padroeiro dos Missionários da América Latina

Origens Nasceu em Montilla, Espanha, no ano de 1549. Pertencente a uma família abastada e de nobre ascendência, os pais, Mateus Sanches Solano e Ana Gimenez, eram cristãos fervorosos. Sua formação passou pelo colégio jesuíta, ingressando, mais tarde, na Ordem Franciscana. O que mais ansiava era ser um missionário. Porém, adiou os planos para cuidar dos doentes, principalmente os mais pobres na Espanha, que foram devastados pela peste. Ele acabou contraindo a doença, mas logo se recuperou. Missão na América Latina  Em 1589, Francisco foi escalado para uma missão evangelizadora no novo continente latino-americano. Durante o caminho, eles enfrentaram uma forte tempestade, que fez o navio encalhar em um banco de areia. Porém, com sua presença e palavra de fé, acalmou as pessoas. Com isso, acabou batizando muitos passageiros e também os escravos negros que viajavam com eles. Logo depois, o que Francisco dissera aconteceu. Um outro navio os avistou e  chegaram a salvo ao destino: Lima, no Peru. Quinze anos de apostolado  Durante os quinze anos de apostolado, vivenciou vários milagres como: a cura de doentes com o toque de seu cordão de franciscano, livrou totalmente uma vasta região da praga dos gafanhotos e o dom de aprender facilmente as novas línguas e catequizar a cada tribo em seu próprio dialeto. Páscoa Passou os últimos cinco anos de sua vida em Lima. Francisco Solano morreu em julho de 1610 enquanto os frades cantavam  o Credo. Suas últimas palavras foram:  “Glorificetur Deus”. Foi canonizado pelo Papa Bento XIII em 27 de dezembro de 1726. Minha oração "São Francisco Solano, Padroeiro dos Missionários da América Latina, dai-nos o anseio de sermos missionários e nunca desistir de anunciar as maravilhas de Deus. Amém." São Francisco Solano, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 18 de Julho: Comemoração do São Bartolomeu dos Mártires, bispo, que, nascido em Lisboa, ingressou na Ordem dos Pregadores e foi nomeado para a sede episcopal de Braga. († 1590) Na Via Tiburtina,  a comemoração dos santos Sinforosa e sete companheiros - Crescente, Juliano, Nemésio, Primitivo, Justino, Estacteu e Eugénio – mártires, que suportaram o martírio com diversos géneros de tortura, como irmãos em Cristo. († s. III-IV) Em Milão, na Ligúria, região da Itália, São Materno, bispo, que, restabelecida a liberdade da Igreja, trasladou com grande solenidade de Lódi para a sua cidade os corpos dos mártires Nabor e Félix. († s. IV) Em Doróstoro, na Mésia, na Bulgária, Santo Emiliano, mártir, que, destruiu o altar dos ídolos para impedir o sacrifício e, por isso, foi atirado para uma fornalha. († 362) Em Bréscia, na Venécia, atualmente na Lombardia, região da Itália, São Filastro, bispo, cuja vida e morte foram louvadas por São Gaudêncio, seu sucessor. († c. 397) Em Forlimpópuli, na atual Emília-Romanha, também região da Itália, São Rufilo, bispo, que é considerado o primeiro a governar esta Igreja e ter conduzido a Cristo todo o povo rural deste território. († s. V) Em Metz, na Austrásia, atualmente na França, Santo Arnolfo, bispo, que foi conselheiro de Dagoberto, rei da Austrásia, e depois, renunciando ao cargo, se retirou para a vida eremítica nos montes Vosgos. († 640) Em Constantinopla, na Turquia, Santa Teodósia, monja e mártir. Ela morreu por defender uma antiga imagem de Cristo que o imperador Leão ordenava remover do seu palácio. († s. VIII) Em Utrecht, na Géldria da Austrásia, atualmente na Holanda, São Frederico, bispo, que foi exímio conhecedor da Sagrada Escritura e se consagrou com grande zelo à evangelização dos Frisões. († 838) Em Ségni, no Lácio, região da Itália, São Bruno, bispo, que trabalhou e sofreu muito pela renovação da Igreja e, por isso, obrigado a deixar a sua sede episcopal, encontrou refúgio em Montecassino. († 1123) Em Cracóvia, na Polónia, São Simão de Lipnica, presbítero da Ordem dos Menores que, impelido pela sua caridade, encontrou a morte no cuidado dos empestados moribundos. († 1482) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João Baptista de Bruxelas, presbítero de Limoges e mártir, que, morreu durante a Revolução Francesa. († 1794) Em Nam Dinh, hoje no Vietnam, São Domingos Nicolau Dinh Dat, mártir, que, morreu estrangulado por ser cristão a mando do imperador Minh Mang. († 1859) Em Krystonópil, na Ucrânia, a Beata Tarcísia (Olga Mackiv), virgem da Congregação das Irmãs Escravas de Maria Imaculada e mártir.  († 1944) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas 

Beato Inácio de Azevedo e companheiros mártires 

Origens Nasceu em Portugal, no Porto, em 1527, filho de D. Emanuel e Dona Vielante, ambos descendentes de famílias lusitanas ricas e nobres. Recebeu cuidadosa educação e tornou-se o administrador dos bens familiares aos 18 anos de idade.  Companhia de Jesus Após um retiro realizado em Coimbra, decidiu-se pela vida religiosa, entrando na Companhia de Jesus em 1548; era a idade dos grandes ideais, dos sonhos e das grandes esperanças. Revelou-se logo excelente religioso; suas austeridades tiveram de ser moderadas pelo seu provincial, o padre Simão Rodriguez. Não terminara, aos 26 anos de idade, o seu curso de teologia, quando foi nomeado reitor do Colégio Santo Antônio em Lisboa. Tornou-se vice-provincial em 1556. Depois de terminados seus estudos, foi mandado a Braga para assessorar o bispo da cidade na reforma da diocese. Mais tarde, foi eleito por sua comunidade para ir a Roma para a eleição do novo responsável Geral.  Vida missionária Assim, em 1565, este Geral, que outro não foi senão são Francisco Borja, confiou a Inácio a inspeção das missões das Índias e do Brasil. Essa visita durou cerca de três anos. A evangelização do Brasil começara há apenas 16 anos, mas a Companhia de Jesus já estava em sete tribos do interior e no litoral possuía escolas e seminários. Em seu relatório, Inácio pedia reforços. São Francisco de Borja ordenou-lhe que recrutasse em Portugal e na Espanha elementos para o Brasil, e que os chefiasse. Após cinco meses de exercícios religiosos e preparativos, partiram, a 5 de junho de 1570, Azevedo e 39 companheiros, no navio mercante São Tiago. Trinta outros seguiam num barco de guerra da esquadra comandada por Dom Luís de Vasconcelos, então governador do Brasil. Oito dias depois, alcançavam a ilha da Madeira, onde Dom Luís decidiu permanecer a fim de esperar ventos mais favoráveis. Mas o capitão de São Tiago preferiu demandar às ilhas Canárias, apesar de se falar em perigosos piratas, sobretudo franceses.  Os mártires São Tiago, perto da Grande Canária, antes de seguir para Las Palmas, onde faria escala, ancorou num pequeno porto, onde Inácio foi aconselhado a deixar o barco. Todavia, inspirado talvez por Deus, o bem-aventurado preferiu permanecer a bordo. Deixando o pequenino ancoradouro, a nau alcançou o alto-mar, onde foi alcançada pelo corsário francês Jacques Sourie, que partira de La Rochelle para capturar os jesuítas. Após séria luta corpo a corpo, São Tiago foi dominado pelos calvinistas; Sourie declarou salvar a vida de todos os sobreviventes com exceção dos jesuítas; estes foram então friamente degolados, com exceção de um, o cozinheiro, que foi tomado como escravo e era coadjutor temporâneo. Mas o número de mártires foi 40, pois degolaram também um postulante, recrutado durante a viagem. Assim morreu Inácio de Azevedo. De seus 40 companheiros de martírio, nove eram espanhóis e os demais portugueses. O culto desses mártires foi confirmado por Pio IX em 1854. A minha oração "Rogamos aos mártires que nos ajudem a anunciar a Palavra de Deus com coragem e com um espírito missionário sempre fortificado. Pelo testemunho deles, possamos ser homens e mulheres evangelizadores por Cristo Nosso Senhor. Amém!" Bem-aventurados Mártires, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de Julho Em Cartago, na hodierna Tunísia, o dia natal dos santos mártires cilitanos – Esperato, Narzal, Citino, Vetúrio, Félix, Aquilino, Letâncio, Januária, Generosa, Véstia, Donata e Segunda. († 180) Em Amástris, na Paflagónia, na hodierna Turquia, São Jacinto, mártir. († c. s. III) Em Sevilha, na Bética, província da Hispânia, as santas Justa e Rufina, virgens. († c. 287) Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santa Marcelina, virgem, irmã de Santo Ambrósio. († s. IV f.) Em Roma, na igreja situada no monte Aventino, celebra-se um homem de Deus chamado Aleixo. († s. IV) Em Auxerre, na Gália Lionense, atualmente na França, São Teodósio, bispo. († s. VI) Em Pavia, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Enódio, bispo. († 521) Em Deurne, próximo de Antuérpia, no Brabante, região da Austrásia, atualmente na Bélgica, São Fredegando, monge. († s. VIII) No mosteiro de Winchelcombe, na Mércia, região da Inglaterra, São Kenelmo, príncipe da Mércia, que é considerado mártir. († c. 812) Em Roma, junto de São Pedro, São Leão IV, papa, defensor da cidade e apologista do primado de Pedro. († 855) Em Stockerau, no território de Viena, na Baviera, atualmente na Áustria, São Colomano. († 1012) Em Nitra, junto ao rio Waag, nos montes Cárpatos, em território da atual Eslováquia, os santos André ou Zoerardo e Bento, eremitas. († 1031 e 1034) Em Cracóvia, na Polônia, Santa Edviges, rainha, que, nascida na Hungria. († 1399) Em Paris, na França, as beatas Maria Madalena Claudina Lidoine (Teresa de Santo Agostinho) e quinze companheiras, virgens do Carmelo de Compiègne e mártires. († 1794) Em Zhujiaxiezhuang, próximo de Shenzian, no Hebei, província da China, São Pedro Liu Ziyu, mártir. († 1900) Em Leopoldov, na Eslováquia, o Beato Paulo Gojdich (Pedro Gojdich), bispo e mártir. († 1960) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] Um Santo para cada dia, Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora do Carmo, Virgem do Escapulário

Os primeiros monges  Os primeiros carmelitas, em fins do século XII depois de Cristo (mais de dois mil anos depois da vida do profeta Elias), decidiram formar uma comunidade no Monte Carmelo. O Monte Carmelo é conhecidíssimo pela sua beleza, o nome significa “jardim”. Os primeiros monges eram cavaleiros cruzados, que cansados da violência e injustiça daquelas guerras para conquistar a Terra Santa das mãos dos mouros, ali se refugiaram, sedentos de uma vida mais autenticamente evangélica. Atraídos ao Monte Carmelo, pela fama e tradição do profeta Elias, ali fundaram uma capela e em torno dela construíram seus quartos ou “celas”. Isto foi por volta de 1155. Dedicaram-se a uma vida de penitência e reparação pelos abusos dos cruzados; exercitaram-se na prática da oração e união com Deus e a trabalhos manuais. Escolheram Elias como Pai Espiritual e exemplo de vida monástica de oração e testemunho Profético em meio a um mundo dominado pelas injustiças. Consagrados a Maria Dedicaram uma capelinha a Virgem Maria e, sob sua proteção, imitavam suas virtudes. Chamaram Maria de “Senhora” do lugar, segundo os costumes feudais, e renderam a ela serviço de dedicada doação dos primeiros carmelitas. Os peregrinos e cruzados que os visitaram começaram a chamá-los Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.  O reconhecimento Mais ou menos no ano de 1209, os irmãos decidiram formalizar a sua vida, pedindo uma Regra de vida ao bispo Alberto, patriarca de Jerusalém. Ele lhes escreveu uma regra muito simples. Com o tempo, quando já na Europa, viajaram a Roma para apresentar ao Papa o pedido de aprovação da nova Ordem. No ano de 1226, o Papa Honório III concedeu a aprovação à Ordem. Com esta aprovação, os irmãos viveram com o ideal de se unirem continuamente ao Senhor, a toda e em cada obra, a exemplo de Elias, seu Pai Espiritual, e de sua Mãe e protetora, a Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe do Carmelo. Divisão e perseguição No ano de 1235, os mouros fizeram uma perseguição contra os cristãos, e por isso os carmelitas dividiram-se em dois grupos: um que permaneceu no Monte Carmelo – os monges foram massacrados e o mosteiro incendiado; o segundo grupo refugiou-se na Sicília, Creta, Itália e, finalmente, na Inglaterra, no ano de 1238. São Simão e o Escapulário Na Inglaterra, os irmãos fundaram um mosteiro em Aylesford e iniciaram um novo tempo. Lá, viveram por parte de um grupo a rejeição da Ordem. Imitando o exemplo dos primeiros Irmãos, o Prior Geral dos Carmelitas, São Simão Stock, recorreu à oração. Diz a tradição: na noite do dia 16 de julho de 1251, Simão dirigiu-se a Virgem Maria e pediu-lhe o “privilégio feudal”, a proteção da “Senhora” sobre seus vassalos em tempos de perseguição e dificuldades. Neste momento, rezou esta famosa oração: “Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre Virgem, Sede propícia aos carmelitas, Ó Estrela do Mar”. Logo, apareceu-lhe a própria Virgem Maria rodeada de anjos. Entregou-lhe o Escapulário que tinha em suas mãos e disse-lhe: “Recebe, meu filho muita amado, este Escapulário de tua Ordem, sinal de meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas: quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e de amor eterno”. Depois disso, Simão chamou todos os frades e explicou o que havia acontecido. Acrescentaram o Escapulário ao hábito e começaram a cantar esta maravilhosa aventura da Virgem Maria para ajudar os carmelitas. Depois, adaptou-se  o Escapulário grande a uma forma menor para o povo, e muitos começaram a usá-lo, como sinal de amor a Virgem Maria e símbolo de vida cristã fixa em Deus. Pedido em Fátima  No dia 13 de outubro de 1917, na última aparição de suas aparições na Cova da Iria, em Fátima, a Virgem Maria uniu três devoções marianas: a espiritualidade do Escapulário; oração do Santo Rosário; e a consagração ao seu Imaculado Coração. Logo depois da aparição, os três pastorinhos de Fátima tiveram visões. Na primeira delas, ao lado de São José, apareceu Nossa Senhora do Rosário, com o Menino Jesus ao colo. Em seguida, surgiu como Nossa Senhora das Dores, junto com seu Filho, o Homem das dores (cf. Is 53, 3), que passava por grandes sofrimentos. Na terceira e última visão, “gloriosa, coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão”. No ano de 1950, perguntaram à Irmã Lúcia o motivo da Virgem do Carmo aparecer com o Escapulário nas mãos. Em resposta, ela disse: “É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário”. Pouco tempo depois, no dia 11 de fevereiro de 1950, o Santo Padre, Papa Pio XII, providencialmente convidou toda a Igreja Universal a “'colocar, em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário, que está ao alcance de todos’; entendido como veste mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste”. A minha oração "Ó Virgem do Carmo, Virgem do Escapulário, livrai-nos de todo mal, de toda a doença maligna e das perseguições do inimigo. Assim como ajudai-nos a viver intimamente unidos a ti e ao teu filho Jesus. Amém!" Nossa Senhor do Carmo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 16 de julho: Em Anastasiópolis, na Galácia, na hodierna Turquia, Santo Antíoco, mártir, irmão de São Platão. († s. III-IV) Em Sebaste, na antiga Arménia, hoje Sivas, na Turquia, Santo Atenógenes, corepíscopo e mártir. († c. 305) Em Jersey, ilha do Mar do Norte, Santo Helério, eremita, que, segundo a tradição, sofreu o martírio. († s. VI) Em Maastricht, no Brabante, região da Austrásia, atualmente na Holanda, os santos Monulfo e Gondulfo, bispos. († s. VI/VII) Em Saintes, no Hainaut, na atual França, os santos mártires Reinilde, virgem, Grimoaldo e Gondulfo, que, segundo a tradição sofreram o martírio. († c. 680) Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, São Sisenando, diácono e mártir. († 851) No mosteiro de Chiemsee, na Baviera, região da atual Alemanha, a Beata Irmengarda, abadessa. († 866) A paixão do Beato Simão da Costa, religioso da Companhia de Jesus e o último dos mártires da nau «São Tiago». († 1570) Em Viana do Castelo, no mosteiro da Santa Cruz, em Portugal, o Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo de Braga. († 1590) Em Warwich, na Inglaterra, os beatos João Sugar, presbítero, e Roberto Grissold, mártires. († 1604) Em Cunhaú, cidade próxima de Natal, no Brasil, os beatos André de Soveral, presbítero da Companhia de Jesus, e Domingos Carvalho, mártires. († 1645) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, os beatos Nicolau Savouret, da Ordem dos Frades Menores Conventuais, e Cláudio Béguignot, da Ordem Cartusiana. († 1794) Em Orange, na França, as beatas Amada de Jesus (Maria Rosa de Gordon) e seis companheiras, virgens e mártires. († 1794) No território de Saint-Sauveur-le-Vicomte, na Normandia, região da França, Santa Maria Madalena Postel, virgem que  fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia. († 1846) Em Lujiapo, localidade próxima de Qinghe, no Hebei, província da China, os santos Lang Yangzhi, catecúmena, e Paulo Lang Fu, seu filho, mártires. († 1900) Em Zhangjiaji, localidade próxima de Ningjin, também no Hebei, Santa Teresa Zhang Hezhi, mártir. († 1900) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] Ordem do Carmo - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Bianca Vargas 

São Boaventura, doutor da Igreja

Curado por Francisco Natural de Bagnoregio, "cidade onde também morreu", nas proximidades de Viterbo, João Fidanza era filho de um médico. Percebeu logo que não queria seguir a profissão do pai. Segundo uma lenda, que também explicaria a adoção do seu nome religioso, o encontro com São Francisco de Assis teria sido decisivo em sua vida. De fato, quando era criança, o Santo o curou de uma doença grave, e fazendo o sinal da cruz em sua testa, exclamou: “Oh! boa ventura!".  Um Franciscano professor Aos 18 anos, foi estudar em Paris, onde entrou para a Ordem dos Frades Menores. Ao concluir seus estudos, em 1253, tornou-se magister (Professor) e por essa via santificou-se ao explicar os mistérios divinos. Assim, conseguiu a licença para ensinar teologia. Adotando a vida franciscana, tornou-se fiel a ele até o fim. Perseguição Ordens mendicantes  Na época, explodiu uma luta interna terrível entre os professores seculares e os pertencentes às Ordens mendicantes, que, por certo tempo, não eram reconhecidas pelas universidades. A rivalidade surgiu no início da Idade Média, quando, no século XII, a Igreja havia condenado os movimentos religiosos do pauperismo como hereges, até que o Papa Inocêncio III os incluiu no corpo eclesial sob a dependência direta do Papado. Porém, em 1254, a tensão voltou à gala, com a publicação de uma obra, que profetizava o advento de uma nova Igreja, fundada única e exclusivamente na pobreza, que deveria se concretizar em 1260. Cardeal Franciscano  No entanto, em 1257, Frei Boaventura tornou-se Ministro Geral dos Frades Menores, cargo que o obrigou a deixar o ensino e fazer viagens por toda a Europa. Em 1260, escreveu uma nova biografia de São Francisco, intitulada a Legenda Maior, que substituía todas as biografias existentes e tinha como objetivo fortalecer a unidade da Ordem, - que já contava 30 mil frades, - ameaçada tanto pela corrente espiritual quanto pelas tendências mundanas. Giotto inspirou-se nesta obra para pintar a série de Histórias de São Francisco.  Conselheiro Em 1271, ao voltar para Viterbo, ofereceu sua contribuição para a resolução do famoso Conclave, o mais longo da história, que elegeu seu amigo Gregório X. Este Papa, dois anos depois, o consagrou Bispo de Albano e Cardeal, confiando-lhe a tarefa de organizar, em Lyon, um Concílio para a unidade entre a Igreja latina e a grega. Precisamente durante este Concílio, após fazer duas intervenções, Boaventura faleceu em 1274. A Filosofia a serviço da Teologia  Em 1588, o Papa Sisto V o incluiu entre os Doutores da Igreja – que, na época, eram seis – junto com São Tomás de Aquino: Boaventura com o título de Doutor seráfico e Tomás com o de Doutor angélico. Sua contribuição para a doutrina teológica foi muito importante: partindo, antes de tudo, do pensamento de Santo Agostinho, expressou a necessidade de submeter a filosofia à teologia, uma vez que o objetivo desta última é Deus. Assim, a filosofia poderia apenas ajudar na busca humana de Deus, levando o homem de volta à sua dimensão interior - a alma – para reconduzir a Deus. São Boaventura afirmava ainda que Cristo é o caminho de todas as ciências, e que somente a Verdade revelada podia potenciá-las e uni-las em vista da meta perfeita e única, que é sempre o conhecimento de Deus. Por isso, o Santo, que defendia a tradição patrística e combatia o aristotelismo, chegou à conclusão de que o único conhecimento possível só era possível através da contemplação. A expressão da SS. Trindade no mundo  Ainda de origem agostiniana, também a elaboração da teologia trinitária de São Boaventura foi muito importante. Na prática, ele afirmava que o mundo era uma espécie de livro, no qual emerge a Trindade, da qual fora criado. Logo, Deus, Uno e Trino, está presente como "vestígio" ou marca em todos os seres animados e inanimados: como "imagem", nas criaturas dotadas de inteligência, como o homem; como "semelhança", nas criaturas justas e santas, tocadas pela Graça e animadas pelas virtudes da fé, esperança e caridade, que as tornam filhas de Deus. A minha oração "Santo mestre, ensinai-me a sabedoria e que eu faça dela a minha amiga. Assim como iluminai-me nas minhas escolhas, naquilo que devo fazer, para que vivendo neste mundo eu encontre o Senhor! Amém." São Boaventura, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 15 de Julho: Em Porto Romano, perto do atual Fiumicino, na Itália, os santos Eutrópio, Zósima e Bonosa, mártires. († data inc.) Em Cartago, atualmente na Tunísia, junto à Via chamada dos Cilitanos, na basílica de Fausto, o sepultamento de São Félix, bispo de Tibiuca e mártir. († 303) Também em Cartago, a comemoração dos santos Catulino, diácono e mártir. († 303) Em Alexandria, no Egito, os santos mártires Filipe e dez crianças. († c. s. IV) Na ilha de Ténedo, no Helesponto, junto ao atual estreito de Dardanelos, Santo Abudémio, mártir. († s. IV) Em Nísibe, na Mesopotâmia, hoje Nusaybin, na Turquia, São Tiago, primeiro bispo desta cidade, que participou no Concílio de Niceia. († 338) Em Roermond, no Brabante, região da Austrásia, atualmente na Holanda, São Plequelmo, bispo. († c. 713) No mosteiro de Ansbach, na Francónia, atualmente na Alemanha, São Gumberto, abade, que fundou este cenóbio na sua herdade. († c. 790) Na Tessália, região da Grécia, o passamento de São José, bispo de Tessalónica, irmão de São Teodoro Estudita, monge. († 832) Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santo Atanásio, bispo. († 872) Em Kiev, na Rússia, atualmente na Ucrânia, São Vladimir, príncipe. († 1015) Em Ratzeburgo, no Holstein, na atual Alemanha, Santo Ansuero, abade e mártir. († 1066) Em Västeras, na Suécia, São David, monge e bispo. († c. 1082) Em Breslau, na Silésia, actualmente na Polónia, o Beato Ceslau, presbítero dos primeiros irmãos da Ordem dos Pregadores. († 1242) Em Moncaliéri, localidade do Piemonte, região da Itália, o Beato Bernardo, margrave de Baden. († 1458) Comemoração dos beatos mártires Inácio de Azevedo, presbítero, e trinta e nove companheiros da Companhia de Jesus. († 1570) Em Campi Salentina, na Apúlia, região da Itália, São Pompílio Maria Pirróti, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias. († 1766) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na costa marítima da França, o Beato Miguel Bernardo Marchand, presbítero e mártir. († 1794) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, atualmente no Vietnam, São Pedro Nguyen Ba Tuan, presbítero e mártir. († 1838) Em Paris, na França, a Beata Ana Maria Javouhey, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de São José de Cluny para o cuidado dos enfermos e a formação cristã da juventude feminina. († 1851) Em My Tho, província da Cochinchina, atualmente no Vietnam, Santo André Nguyen Kim Thong Nam (Nam Thuong), martir. († 1855) Em Bielsk Podlaski, povoação da Polónia, o Beato António Beszta-Borowski, presbítero e mártir. († 1943) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Bianca Vargas 

São Camilo de Léllis, patrono dos enfermos

Patrono São Camilo de Lelis é patrono dos enfermos e protetor dos hospitais. Origens Nascido em 25 de maio de 1550 na vila Bucchianico, em Chieti, ao Sul da Itália. Filho de uma família nobre e tradicional, Camilo foi gerado quando seus pais já eram idosos. Sua mãe, Camila Compelli, era uma boa cristã e cuidava da casa; e seu pai, João de Lellis, um homem de carreira militar que passava muito tempo fora de casa. Ambos ficaram felizes com a chegada do filho, embora estivessem em idade avançada. Devido ao fato de sua mãe ter quase 60 anos de idade, Camilo nasceu num parto arriscado, mas uma criança saudável. Camilo cresceu sendo cuidado pela mãe, uma mulher de fé que o educou com princípios cristãos católicos e com bons costumes. No entanto, quando ele tinha 13 anos, sua mãe faleceu, e Camilo teve que ir morar com o pai, que tinha uma vida instável por conta da carreira militar, e que, apesar de ser um bom cristão, era viciado em jogos, o que não era bom exemplo para o filho. Cotidiano e entrada na carreira militar Quando tinha 14 anos de idade, Camilo foi colocado para trabalhar como soldado, uma vez que seu pai percebeu que ele não gostava de estudar e era um pouco rebelde. Ele foi um bom soldado e tinha uma boa estrutura física para os serviços braçais. O jovem Camilo perdeu seu pai com 19 anos, e ficou com uma situação financeira complicada, porque seu velho pai havia deixado como herança apenas suas armas, um punhal e uma espada. Camilo foi voluntário no exército veneziano, e, nesse serviço, testemunhou como era a vida de enfermos agonizantes que viviam diversas doenças. Ele também passou a conviver com uma úlcera no pé, que o fez passar dificuldades financeiras. Assim como seu pai, Camilo foi se encantando com os prazeres mundanos, levando uma vida profana e viciando-se em jogos. O encontro com o carisma franciscano Em 1570, com 20 anos de idade, Camilo teve um encontro que mudaria sua vida. Conheceu um jovem frade franciscano e sentiu-se atraído pelo carisma de São Francisco de Assis. Por isso, logo pediu para ingressar na ordem, mas seu pedido não foi aceito, porque Camilo tinha o grave problema da úlcera no pé. Diagnosticado com um tumor incurável e sem dinheiro para cuidar-se, Camilo partiu para Roma para pedir socorro no Hospital Santiago. No local, ele se ofereceu para trabalhar como auxiliar de enfermeiro, para assim também cuidar da sua enfermidade. Convivendo com as diversas realidades no hospital, ele foi sentindo que Deus o chamava a uma missão que seria também sua via de santificação: servir aos enfermos como se estivesse cuidando de Cristo. Camilo viveu uma bela amizade com São Felipe Neri, e sob sua orientação voltou aos estudos aos 32 anos; em 1584, com seus 34 anos, foi ordenado sacerdote. Com o ardor no coração de continuar a servir os doentes e mais necessitados, Padre Camilo fundou a irmandade dos voluntários dos enfermos para cuidar dos doentes pobres e miseráveis. Muitos homens de bom coração se uniram a ele nessa obra, e assim o grupo foi crescendo, tornando-se uma congregação dos voluntários dos enfermos. Em 1591, a congregação foi elevada pela Santa Sé Apostólica à categoria Ordem Religiosa, sendo conhecida como Ordem dos Ministros dos Enfermos. São Camilo foi o superior da Ordem durante 20 anos. Ele ensinou os seus irmãos a cuidarem dos enfermos como eles precisavam ser tratados. Páscoa Mesmo com as dores do seu tumor no pé, São Camilo trabalhou duro até suas forças se esgotarem e ele falecer com seus 64 anos de idade no dia 14 de julho de 1614 em Roma. Beatificação Em 29 de junho de 1746, dia da Festa de São Pedro e São Paulo, o então Papa Bento XIV declarou como santo o nome de Camilo de Lellis. Um milagre A úlcera no pé de São Camilo de Lellis sumiu assim que ele morreu. Ensinamentos de São Camilo de Lellis Até os dias atuais, os Camilianos buscam viver os princípios deixados por São Camilo de Lellis: viver um amor fraterno, amar a Ordem, unir-se e dedicar-se ao apostolado dos enfermos, trabalhar com alegria, cooperar na obra de Deus a partir da promoção da saúde e cura dos ferimentos, sempre acreditar que, como filhos amados de Deus, continuamente preservar a dignidade humana dentre outros. Camilianos no Brasil Atualmente, no Brasil, a Ordem dos Camilianos está presente em muitos estados, dentre eles em Santa Catarina no Seminário e o Hospital Iomorê; a Igreja e o Seminário de Jaçanã, a casa, o Ambulatório e o Santuário no Rio de Janeiro; parte do Seminário, localizado na Granja Viana, na cidade de Cotia, em São Paulo. No estado de São Paulo, na cidade de Santo André, está localizada a Paróquia São Camilo de Lellis. Algumas frases do santo “Deixe tudo nas mãos de Deus, e recorra a Nossa Senhora.” “Não faça oração que corta as asas da caridade.” “Os doentes são a pupila e o rosto de Deus.” “Todos peçam a Deus que lhes dê um amor de mãe para com o próximo.” “Os doentes nos revelam o rosto de Deus.” “Tudo passa, o bem permanece.” A minha oração “São Camilo, ensina-me a ser o olhar de misericórdia para com os que sofrem e contemplar nos necessitados sempre um Cristo que espera por ser acolhido, amado e cuidado. Recorda-me sempre que, como filho (a) amado (a) de Deus, também preciso oferecer amor. Ajuda-me a entender os momentos de sofrimentos nessa terra como uma via de santificação para minha alma. Concede àqueles que cuidam de enfermos a graça de serem amorosos e generosos na vivência do serviço.” São Camilo de Lellis, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 14 de julho: Em Bréscia, hoje região da Itália, Santo Optaciano, bispo, que subscreveu a carta sinodal sobre a fé católica a respeito da Encarnação, enviada por Eusébio, bispo de Milão, ao papa São Leão. († s. V) Atualmente na Bélgica, São Vicente ou Madelgário, que, com o assentimento da esposa Santa Valdetrudes, abraçou a vida monástica e, segundo a tradição, fundou dois mosteiros. († c. 677) Atualmente na Holanda, São Marquelmo, presbítero e monge, de origem inglesa, que, desde a infância, foi discípulo de São Vilibrordo e seu companheiro nos trabalhos de evangelização. († c. 775) Atualmente na Chéquia, o Beato Crosnato, mártir, que, depois da morte da esposa e do filho, abandonou a corte do rei para entrar no cenóbio dos Premonstratenses em Teplá e, ao defender os direitos do mosteiro, foi feito prisioneiro e abandonado até morrer de fome. († 1217) Em Verona, no Véneto, região da Itália, Santa Toscana, que, depois da morte do esposo, deu todos os seus bens aos pobres e se dedicou incansavelmente, na Ordem de São João de Jerusalém, ao cuidado dos enfermos. († 1343/1344) Em Folinho, na Úmbria, também região da Itália, a Beata Angelina de Marsciano, que, ao ficar viúva, se consagrou totalmente, durante mais de cinquenta anos, ao serviço de Deus e do próximo e deu início à ordem religiosa das Terciárias Franciscanas de clausura, para se dedicar à educação da juventude feminina. († 1435) Em Valência, na Espanha, o Beato Gaspar de Bono, presbítero da Ordem dos Mínimos, que abandonou as armas dos príncipes terrenos para servir a Cristo Rei e governou as casas da província espanhola da Ordem com zelo, prudência e caridade. († 1604) Em Lima, no Peru, São Francisco Solano, presbítero da Ordem dos Frades Menores, que, para a salvação das almas, percorreu por toda a parte as regiões da América do Sul e, com a sua palavra e o seu testemunho, ensinou aos indígenas e aos próprios colonos espanhóis a novidade da vida cristã. († 1610) Em Londres, na Inglaterra, o Beato Ricardo Langhorne, mártir, insigne jurista, que, acusado falsamente de conspiração, no reinado de Carlos II, foi condenado à morte e entregou a alma a Deus no patíbulo de Tyburn. († 1679) Em Cerecca-Ghebaba, localidade da Etiópia, o Beato Ghebre Miguel, presbítero da Congregação da Missão e mártir, que entrou na unidade da Igreja católica, e por isso sofreu durante treze meses o cárcere e caminhadas forçadas impelido por soldados, com os pés presos com cadeias, até que morreu consumido pelas incessantes flagelações, pela sede e pela fome. († 1855) Na cidade do Hebei, província da China, São João Wang Guixin, mártir, que, recusou manchar-se com uma pequena mentira que lhe poupava a vida e morreu por Cristo. († 1900)Fontes: www.camilianos.org.br Martirológio Romano – liturgia.pt www.vaticannews.va planosaocamilo.com.br blog.camilianos.org.br aleteia.org – Pesquisa e redação: Rane Nascimento CN – Produção e edição: Bianca Vargas

São Henrique II, imperador Romano

Origens Henrique era filho de duque Baviera, e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia a uma família santa, e por isso foi educado pelos cânones de Hildesheim; depois, pelo bispo Saint Wolfgang, em Regensburg. Seus outros irmãos também tiveram uma vida de santidade. Bruno foi o primeiro a abandonar o conforto da corte para tornar-se padre e, depois, bispo de Augusta. Das irmãs, Brígida fez-se monja, e Gisela foi mulher do rei Estêvão da Hungria, também um santo. "Entre seis" Quando jovem, sonhou com o seu falecido diretor espiritual, que teria escrito na parede do quarto do príncipe: "Entre seis". Ele interpretou primeiramente que teria seis dias antes de morrer, mas, como não aconteceu, preparou-se em vista de seis meses. Porém, seis anos após o sonho, ele assumiu o trono da Alemanha em 1002, quando seu pai morreu. Dois anos depois, também foi rei da Itália. Em 1014, o Papa Bento VIII consagrou Henrique imperador do Sacro Império Romano. Santa Cunegundes  Casou-se com a filha de um conde, Cunegundes de Luxemburgo, também santa. Junto da esposa, Henrique concedeu a população benefícios sociais e assistenciais.  O casal não conseguiu ter filhos. Páscoa  Henrique II morreu em 13 de julho de 1024, e foi sepultado em Bamberg.
Foi canonizado, em 1152, pelo Papa Eugênio III.
Com a morte do marido, Cunegundes foi morar em um mosteiro, abdicando do trono e da fortuna.
Ela morreu em 3 de março de 1039, e foi sepultada ao lado do marido.
Foi canonizada em 1200 pelo Papa Inocêncio III.
Minha oração "São Henrique, que amou a Deus acima do trono, vos pedimos a fortaleza de seguir uma vida santa, abandonando os caminhos fácies e luxuosos. Amém."
São Henrique II, imperador Romano, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 13 de julho:
Santo Esdras, sacerdote e escriba, que, no tempo de Artaxerxes, rei dos Persas, congregou o povo disperso e se empenhou para que a lei do Senhor fosse investigada, posta em prática e ensinada em Israel. Comemoração de São Silas, que, destinado pelos Apóstolos à Igreja dos gentios, exerceu incansavelmente o ministério da pregação do Evangelho. Em Alexandria, no Egito, São Serapião, mártir, que, no tempo do imperador Severo e do prefeito Áquila, foi queimado vivo e assim alcançou a coroa do martírio. († c. 212) Em Quios, ilha da Grécia, no Mar Egeu, Santa Mirope, mártir. († s. III/IV) Em Filomélio, na Frígia, na hodierna Turquia, os santos mártires Alexandre e trintasoldados, que, segundo a tradição, sofreram o martírio no tempo de Magno, prefeito de Antioquia da Pisídia. († s. IV) Em Albi, na Aquitânia, atualmente na França, o passamento de Santo Eugénio, bispo de Cartago que sofreu o exílio durante a perseguição dos Vândalos. († 501) Na Bretanha Menor, também na atual França, São Turiavo, abade do mosteiro de Dol e bispo. († s. VII/VIII) Em Génova, na Ligúria, região da Itália, o Beato Jaime de Vorágine, bispo, da Ordem dos Pregadores, que propôs nos seus escritos muitos exemplos de virtude. († 1298) Em Norwich, na Inglaterra, o Beato TomásTunstal, presbítero da Ordem de São Bento e mártir, que por ter entrado na Inglaterra como sacerdote, foi condenado à morte e suspenso no patíbulo. († 1616) Num sórdido barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, os beatos Luís Armando José Adam, da Ordem dos Frades Menores Conventuais, e Bartolomeu Jarrige de la Morélie de Biars, presbíteros e mártires, que foram condenados na perseguição desencadeada contra a Igreja. († 1794) Em Orange, na Provença, região da França, as beatas Madalena da Mãe de Deus (Isabel Verchière) e cinco companheiras, virgens e mártires na mesma revolução. († 1794) Em Chau Doc, cidade da Cochinchina, atualmente no Vietnam, São Manuel Lê Van Phung, mártir, pai de família que, embora detido no cárcere, não cessou de exortar os filhos e familiares à caridade para com os perseguidores. († 1859) Na Emília-Romanha, região da Itália, Santa Clélia Barbiéri, virgem, que fundou a Congregação das Mínimas de Nossa Senhora das Dores, para à formação humana e cristã das meninas pobres e indigentes. († 1870) Em Galeazza Pépoli, perto de Bolonha, também na Itália, o Beato Fernando Maria Bacciliéri, presbítero, que fundou a Congregação das Servas de Maria, para ajudar as famílias pobres e especialmente para a formação da juventude feminina. († 1893) Em Langziqiao, no Hebei, província da China, São Paulo Liu Jinde, mártir, que morreu durante a  perseguição desencadeada pelos “Yihetuan”. Ele foi ao encontro dos perseguidores com o rosário e o livro de orações na mão e os saudou de modo cristão, pelo que foi imediatamente assassinado. († 1900) Em Nangong, cidade do Hebei, também província da China, São José Wang Guiji, mártir, que morreu durante a mesma perseguição dos “Yihetuan”. († 1900) Em Niemowicze, perto de Grodno, na Polónia, hoje na Bielorrúsia, a Beata Mariana Biernacka, viúva e mártir. († 1943) Em São João de Porto Rico, o Beato Carlos Manuel Rodríguez Santiago, que se dedicou intensamente à reforma da sagrada liturgia e à difusão da fé entre os jovens. († 1963)Fontes: Arquisp.org.br Martirológio Romano – liturgia.pt www.vaticannews.va       – Produção e edição: Bianca Vargas

São João Gualberto, herói do perdão

  Origens  Segundo filho dos Visdonini, João Gualberto nasceu no ano de 995 em Florença. Assassinato do irmão  Seu irmão foi assassinato e, assim como o pai,  João Gualberto foi tomado pelo sentimento de vingança e jurou matar o assassino. Certo dia, em uma estreita estrada, Gualberto o encontrou desarmado e solitário. Imediatamente, arrancou sua espada, porém o adversário caiu de joelhos e suplicou: "Por amor de Jesus, que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!". Era uma Sexta-feira Santa de 1028, e assim tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto o perdoou. Em seguida, foi até uma igreja e, diante a Cruz, pediu a graça do perdão e a vida nova. Monge e abade Nos anos seguintes, João Gualberto tornou-se um humilde monge. Foi exemplo em disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Além disso, adquiriu o dom da profecia e dos milagres. Em 1035, com a morte do abade, ele foi eleito por unanimidade como sucessor, mas renunciou de imediato quando soube que o monge tesoureiro havia subornado o bispo de Florença para escolhê-lo como o novo abade. Ordem dos Monges Beneditinos de Vallombrosa Quando saiu do mosteiro, foi morar em uma floresta nos montes Apeninos, na montanha Vallombrosa, sobre o verde Vale do Arno. O local começou a receber inúmeros jovens em busca de orientação espiritual, graças à fama de sua santidade. Foi assim que surgiu um novo mosteiro e uma nova congregação religiosa. João Gualberto quis manter as Regras dos monges beneditinos. Logo, a Ordem dos Monges Beneditinos de Vallombrosa obteve aprovação canônica. Foi fundados de outros mosteiros, como o de Passignano, na Umbria. Páscoa João Gualberto morreu no dia 12 de julho de 1073, e é considerado o herói do perdão. Foi canonizado, em 1193, e foi declarado Padroeiro dos Florestais, pelo Papa Pio XII, em 1951. Minha oração "São João Gualberto, que tivestes o coração tocado pela misericórdia de Deus e concedestes o perdão ao assassino de vosso irmão, peço que nos dê a graça de perdoar o próximo em todas as circunstâncias. Amém." São João Gualberto, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 12 de Julho: Na Turquia, a comemoração dos santos Proclo e Hilarião, mártires, no tempo do imperador Trajano e do prefeito Máximo. († s. II) Em Aquileia, na Venécia, hoje no Friúli, região da Itália, os santos Fortunato e Hermágoras, mártires. († s. III) Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, também região da Itália, os santos Nabor e Félix, mártires, que sofreram o martírio em Lódi durante a perseguição de Maximiano e foram sepultados em Milão. († c.304) Em Fano, no Piceno, hoje nas Marcas, também região da Itália, São Paterniano, bispo. († s. IV) Em Lião, na Gália, atualmente na França, São Vivencíolo, bispo, incitou a presença de clérigos e leigos no Concílio de Epaone, para que o povo conhecesse melhor as normas pontificais. († c.523) No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, também região da Itália, São Leão I, abade, que socorreu os pobres com o trabalho das suas próprias mãos e os protegeu dos poderosos. († 1079) Em Londres, na Inglaterra, o Beato David Gunston, mártir, foi enforcado no patíbulo em Southwark porque negou a autoridade do rei Henrique VIII nos assuntos espirituais. († 1541) Também em Londres, São João Jones, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. Foi condenado à morte por ter entrado da Inglaterra como sacerdote. († 1598) Em Nagasáki, no Japão, os beatos Matias Araki e sete companheiros, mártires, que sofreram o martírio por Cristo. († 1626) Em Orange, na Provença, região da França, as beatas Rosa de São Francisco Xavier (Madalena Teresa Tallien), Marta do Bom Anjo (Maria Cluse), Maria de Santo Henrique (Margarida Eleonor de Justamond) e São Bernardo (Joana Maria de Romillon), virgens e mártires. († 1794) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, atualmente no Vietnam, São Clemente Inácio Delgado Cebrian, bispo e mártir, que foi preso por ordem do imperador Minh Mang por causa da sua fé em Cristo. († 1838) Na província de Nihn Binh, também no Tonquim, Santa Inês Lê Thi Thành (De), mártir, mãe de família, que morreu por ter escondido em casa um sacerdote.  († 1841) Na província de Nghê An, também no atual Vietnam, São Pedro Khanh, presbítero e mártir. Ele foi encarcerado durante seis meses por ser cristão e depois foi morto por ordem do imperador Thieu Tri. († 1842) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas