Santos

São Bento, vida de oração e meditação

Origens São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna. Por conta das invasões dos bárbaros e indignados, São Bento optou por se retirar e manter-se isolado em uma gruta, nas montanhas da Úmbria. Vida de meditação e oração No local, ele dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Era alimentado por um outro monge que, através de um cesto erguido até o penhasco, mantinha-o munido de pão para completar a alimentação quase escassa. Depois de três anos, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou, nas Regras de São Pacômio e de São Basílio, uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Mosteiro de Monte Cassino Aos 40 anos, Bento sai da gruta e vai para o sul de Roma a fim de fundar o que viria a ser o maior centro da vida beneditina de todos os tempos, o Mosteiro de Monte Cassino, berço da Ordem dos Beneditinos. Ao todo, foram mais de 12 mosteiros fundados por ele ao longo da história. Regra de São Bento A Regra Beneditina dominou a Europa devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos. O lema principal era a máxima “Ora et labora" (Oração e trabalho), onde a oração era transformada em trabalho e o trabalho em oração, através da fé e da obediência. Além disso, a Regra de São Bento deixava todos bem à vontade, e era aplicada e moldada de acordo com a capacidade e as limitações de cada um. Expansão e consagração Os mosteiros beneditinos tornaram-se centros de referência e deles saíram vários nomes e ícones da Igreja Católica. Ao todo, foram 23 papas, 5 mil bispos e cerca de 3 mil santos canonizados. Medalha de São Bento A medalha de São Bento é um dos maiores símbolos e heranças deixadas por esse santo. As primeiras medalhas foram confeccionadas dentro do Mosteiro Cassino, e como símbolo principal carregam a cruz, muito usada por Bento em diversas situações de sua vida. Para Bento, o sinal da cruz era como um sinal de coisas boas sendo feitas, um sinal de vitória contra o mal e a morte. Em 1742, o Papa Bento XIV aprovou o uso da medalha oficializando-a assim como um instrumento de devoção de fé, ao contrário do que muitos pensavam ser apenas um amuleto de superstição. Páscoa Tradicionalmente, tinha-se o falecimento de São Bento como ocorrido em 543 d.C., mas estudos cronológicos mais recentes fixam o ano de 547 d.C. para a sua passagem para a glória. São Bento tem o título de “padroeiro da Europa”. Foi canonizado, em 1220, pelo Papa Honório III. Oração de entrega a São Bento: "Ó Padre São Bento, ajuda dos que a ti recorrem, aceitai-me sob a Tua Proteção, defendei-me dos perigos que assaltam a minha vida, obtém-me a graça do arrependimento sincero e de uma conversão verdadeira, para que possa reparar os pecados cometidos e glorificar a Deus todos os dias da minha vida. Tu que conformaste o teu coração à vontade do Senhor, recorda-te de mim junto do Altíssimo, para que, dando-me o perdão de todas as minhas faltas, Ele me faça forte na prática do bem, não permita que jamais d’Ele me separe, receba-me nos coros dos eleitos e, juntamente contigo, associe-me às fileiras dos santos que, atrás de ti, entraram na Beatitude Celeste. Deus Onipotente e Eterno, pelos méritos e exemplo de São Bento, de Sua Irmã Santa Escolástica e de todos os Santos Monges que estão no Céu renovai em mim o Vosso Espírito Santo, dai-me força no combate contra as seduções do maligno, paciência nas tribulações da vida, prudência nos perigos. Aumentai em mim o amor à caridade, o ardor na obediência e uma fidelidade humana na prática da vida cristã. Confrontado pelo Vosso auxílio e pela caridade de todos, possa eu vos servir com alegria e chegar vitorioso à Pátria Celeste, morada de todos os Santos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém." São Bento, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 11 de julho: Em Roma, São Pio I, papa, que, sendo irmão do famoso Hermas, autor da obra intitulada “O Pastor”, governou, como um bom pastor, a Igreja durante quinze anos. († 155) Em Icónio, na Licaónia, hoje Kónya, na Turquia, São Marciano, mártir, que, no tempo do governador Perénio, suportando muitos tormentos alcançou a palma do martírio. († s. III/IV) Em Cesareia da Mauritânia, hoje Cherchell, na Argélia, Santa Marciana, virgem, que, condenada às feras, consumou o seu martírio. († c. 303)Em Bordéus, na Aquitânia, na atual França, São Leôncio, bispo, celebrado como honra do povo e da cidade e dedicado construtor de templos, restaurador do Baptistério e silencioso benfeitor dos pobres.  († c. 570) Em Deer, junto ao estuário de Moray, na Escócia, São Drostano, abade, que presidiu a vários mosteiros e finalmente escolheu a vida eremítica. († s. VI f.) Em Disentis, na Récia Superior, atualmente na Suíça, os santos Plácido, mártir, e Sigisberto, abade; este último foi companheiro de São Columbano e fundou neste lugar o mosteiro de São Martinho, no qual foi o primeiro que coroou a vida monástica com o martírio. († s. VII) No mosteiro de Moyenmoutier, nos montes Vosgos, actualmente na França, Santo Hidulfo, bispo de Tréveris, que se retirou para a solidão, mas, com a afluência dos discípulos, construiu e governou um cenóbio. († 707) Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, Santo Abúndio, presbítero, que, durante a perseguição desencadeada pelos Mouros, interrogado pelo juiz, confessou intrepidamente a razão da sua fé, o que irritou imediatamente o mouro, que mandou dar-lhe a morte e expor o seu cadáver para ser devorado pelos cães e pelas feras. († 854) Em Kiev, na Rússia, Santa Olga, avó de São Vladimiro, que foi a primeira do povo rurik a receber o Baptismo, no qual tomou o nome de Helena, e abriu ao povo da Rússia o caminho para Cristo. († 969) No mosteiro de Grand-Selve, próximo de Toulouse, na França, o Beato Beltrão, abade, que, desejando estabelecer uma disciplina regular, agregou o seu mosteiro à Ordem Cisterciense. († 1149) Em Viborg, na Dinamarca, São Quetilo, presbítero e cónego regular, que dirigiu com suma diligência a escola capitular e foi insigne exemplo de vida monástica. († c. 1150) Em Lincoln, na Inglaterra, a comemoração dos beatos Tomás Benstead e Tomás Sprott, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, num dia incerto deste mês, foram condenados à morte por causa do seu sacerdócio. († 1600) Em Orange, na Provença, região da França, as beatas Santa Pelágia de São João Baptista (Rosália Clotilde Bès), Teotista Maria (Maria Isabel Pélissier), São Martinho (Maria Clara Blanc) e Santa Sofia (Maria Margarida de Barbegie d’Albarède), virgens e mártires por Cristo durante a Revolução Francesa. († 1794) Em Liugongyn, localidade próxima de Anping, no Hebei, província da China, as santas Ana An Xinzhi, Maria An Guozhi, Ana An Jiaozhi e Maria An Lihua, virgens e mártires, que, por recusarem terminantemente passar ao paganismo, foram degoladas durante a perseguição desencadeada pelos sectários “Yihetuan”. († 1900)Fontes: Catedralgo.org.br Martirológio Romano – liturgia.pt www.vaticannews.va       – Produção e edição: Bianca Vargas

Santo Olavo, rei da Noruega

Origens Olavo II Haraldsso nasceu, em 995, na Noruega, em uma família real. Quando jovem, foi enviado à Inglaterra em uma expedição, e teve contato com o Cristianismo. Batismo  Santo Olavo recebeu o batismo em 1014. Após ser batizado, Olavo retornou à Noruega para assumir o trono, já que o pai havia falecido. No país, encontrou usurpadores, e entrou em conflito para manter o reinado. Reinado de Santidade Como rei, buscou a santidade, governando mais pela força do testemunho do que pela força das armas. Empenhou-se muito para que seus súditos deixassem o paganismo. Construiu igrejas e viabilizou a vinda de sacerdotes estrangeiros, muitos deles naturais da Inglaterra, para que pudessem evangelizar e catequizar o povo. Exílio  Suas ações de converter o povo ao Rei dos Reis não agradou a todos. Por isso, Olavo exilou-se para a Rússia entre os anos 1028 e 1030. Páscoa Foi morto durante um conflito armado retornando a Noruega em 1030. Ele foi canonizado, em 1164, por um bispo a pedido do Papa Alexandre III. Minha oração Santo Olavo, que lutou contra o paganismo a todo custo, dai-nos forças para proclamar o nosso amor a Jesus Cristo. Amém."  Santo Olavo, rei da Noruega, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 10 de julho: Em Roma, os santos mártires Félix e Filipe, no cemitério de Priscila; Vital, Marcial e Alexandre, no cemitério dos Jordanos; Silano no cemitério de Máximo e Januário no cemitério de Pretextato. († data inc.) Na Via Aurélia, a nove milhas de Roma, as santas Rufina e Segunda, mártires. († data inc) No território de Sabina, hoje no Lácio, região da Itália, as santas Anatólia e Vitória, mártires. († data inc) Na África Setentrional, os santos Januário e Marinho, mártires. († data inc) Em Icónio, na Licaónia, hoje Kónya, na Turquia, Santo Apolónio de Sardes, mártir, que, segundo consta, sofreu o martírio da crucifixão. († data inc) Em Nicópolis, na antiga Arménia, os santos Leôncio, Maurício, Daniel, António, Aniceto, Sisino e outros, mártires, que no tempo do imperador Licínio e do governador Lísias foram torturados com vários suplícios. († s. IV) Na Pisídia, na atual Turquia, os santos Bianor e Silvano, mártires. († s. IV) Na Bretanha Menor, na França, São Pascário, bispo, que recebeu Santo Hermelando com doze companheiros, chamados do convento de Fontanelle, e o enviou para a ilha de Indre, a fim de lá fundar um mosteiro. († s. VII) Em Tamise, na Flandres, hoje na Bélgica, Santa Amalberga, a quem São Wilibrordo impôs o véu das virgens consagradas. († 772) Em Perúgia, na Úmbria, região da Itália, São Pedro Vincióli, presbítero e abade, que reconstruiu a igreja em ruínas de São Pedro e junto dela fundou um mosteiro. († 1007) Em Odense, na Dinamarca, São Canuto, mártir, que, durante o seu reino difundiu o culto divino, contribuiu para promover a situação e atividade do clero. († 1086) Em Orange, na Provença, região da França, as beatas Santa Sofia (Maria Gertrudes Ripert d’Alauzier) e Inês de Jesus (Sílvia Inês de Romillon), virgens da Ordem de Santa Úrsula e mártires durante a Revolução Francesa. († 1794) No Vietnam, santos António Nguyen Huu (Nam) Quynh e Pedro Nguyen Hhac Tu, mártires, que eram catequistas e foram estrangulados no tempo do imperador Minh Mang por causa da sua fé cristã.  († 1840) Em Damasco, na Síria, os beatos mártires Manuel Ruiz, presbítero e companheiros, sete da Ordem dos Frades Menores e três irmãos da Igreja Maronita. († 1860) Em Rocca Priora, próximo de Roma, o Beato Luís Novarese, presbítero, fundador dos Silenciosos Operários da Cruz, dedicados especialmente ao apostolado entre os enfermos. († 1984)Fontes: www.comshalom.org Martirológio Romano – liturgia.pt www.vaticannews.va       – Produção e edição: Bianca Vargas

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus

Origens Amábile Lúcia Visintainer nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, Itália. Os pais eram de origem simples e cristãos. Em setembro de 1875, com apenas 10 anos de idade, emigrou com seus pais para o Brasil, dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no atual município de Nova Trento, onde deram início à localidade de Vígolo. Após receber a sua primeira comunhão, com cerca de 12 anos, começou a participar do apostolado paroquial, catequizando os pequenos e visitando os doentes. Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela. Lá, ela rezava, cuidava dos doentes e instruía as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e a amiga Virgínia atuando como enfermeiras. Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro. Foi aprovada pelo bispo de Curitiba em agosto 1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina. Ida a São Paulo Em 1903, foi eleita superiora geral por toda a vida pelas irmãs da nascente congregação. Deixou Nova Trento e estabeleceu-se em São Paulo, no Bairro Ipiranga. Na cidade, ela ocupou-se de cuidar de crianças órfãs, filhos de ex-escravos e dos escravos idosos e abandonados. Foram anos marcados pela oração, pelo trabalho e sofrimento. Tudo feito e aceito para que a Congregação das Irmãzinhas fosse adiante. Páscoa  Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento. Teve o braço direito amputado e chegou até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na Casa-geral de sua congregação, em São Paulo. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II, no dia 18 de outubro de 1991, em Florianópolis. Minha oração "Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, ajudai-nos a sermos fiéis à virtude do serviço, motivados pelo amor de Deus e a salvação das almas. Amém."  Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 9 de julho: Santos Agostinho Zhaom Rong, presbítero, Pedro Sans i Jordá, bispo, e companheiros, mártires, que, deram testemunho do Evangelho com palavras e obras. Morreram vítimas da perseguição por ter pregado a fé.  († s. XVII-XX) Em Réggio Emília, região da Itália, a Beata Joana Scopélli, virgem da Ordem das Carmelitas, que construiu um mosteiro com a contribuição dos concidadãos. († 1491)  Em Londres, na Inglaterra, o Beato Adriano Fortescue, mártir, pai de família e cavaleiro, que, acusado falsamente de conspiração, foi encarcerado duas vezes, no reinado de Henrique VIII. († 1539)  Na Holanda, a paixão dos santos mártires Nicolau Pieck, presbítero, e dez companheiros da Ordem dos Frades Menores e oito do clero diocesano ou regular. Foram enforcados por terem defendido a presença real de Cristo na Eucaristia.  († 1572) Em Città di Castello, região da Itália, Santa Verónica Giuliáni, abadessa da Ordem das Clarissas Capuchinhas, que recebeu em corpo e alma os estigmas da Paixão do Senhor. († 1727) Em Orange, região da França, as beatas Santa Melânia (Maria Ana Madalena de Guilhermier), e Maria dos Anjos (Maria Ana Margarida de Rocher), virgens da Ordem de Santa Úrsula e mártires durante a Revolução Francesa. († 1794)  Em Kouy-Yang, cidade da província do Guizhou, na China, São Joaquim He Kaizhi, catequista e mártir, estrangulado por causa da sua fé cristã. († 1839)  Em Tai-Yuan-fu, também na China, a paixão dos santos Gregório Grássi e Francisco Fógolla, bispos da Ordem dos Frades Menores. Além de vinte e quatro companheiros, mártires, que na perseguição dos «Yihetuan» foram mortos em ódio ao nome de Cristo. († 1900) Em Dachau, na Alemanha, o Beato Fiel Chijnacki, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que foi deportado da Polónia, sua pátria e encarcerado no campo de concentração. († 1942)Em Roma, Santa Maria de Jesus Crucificado (Maria Petkovic), virgem, que fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia, da Ordem Terceira de São Francisco, destinada ao serviço dos doentes e dos marginados. († 1966)Fontes: Vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br       – Produção e edição: Bianca Vargas 

Beato João Schiavo, fundador da Missão Josefina no Brasil

Origem João Schiavo nasceu em 8 de julho de 1903, em Sant’Urbano de Montecchio Maggiore, Itália. Era filho de Luiz e Rosa e tinha oito irmãos. Entrou na Congregação dos Josefinos de Murialdo e, em 1919, fez sua primeira Profissão Religiosa. No dia 10 de julho de 1927, com 24 anos, foi ordenado sacerdote. Vinda ao Brasil  Quatro anos depois, veio ao Brasil, chegando primeiramente em Jaguarão (RS). Depois, foi para Caxias do Sul (RS), mais especificamente em Ana Rech, local onde foi animador dos seminaristas e noviços, professor, iniciador e diretor da Escola Normal Rural Murialdo. Padre João Schiavo foi o primeiro mestre de noviços da missão Josefina no Brasil. A ele se deve o desenvolvimento das Obras Josefinas, o reconhecimento oficial das escolas e a formação religiosa dos primeiros confrades brasileiros. Fundador  Em 1941, fundou o Seminário Josefino de Fazenda Souza, no interior de Caxias do Sul. Além disso, fundou várias obras voltadas a crianças e jovens pobres: Abrigo de Menores São José, em Caxias do Sul; Obra Social Educacional, em Porto Alegre (Partenon e no Morro da Cruz, respectivamente); Abrigo de Menores em Pelotas e Rio Grande (RS); Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Araranguá (SC). Em 1954, fundou o primeiro grupo das Irmãs Murialdinas de São José, no Brasil. Em 1957, criou em Fazenda Souza, a Escola Santa Maria Goretti das Irmãs Murialdinas, onde atuou como diretor e professor. Em fevereiro de 1956, deixou o cargo de Superior Provincial, mas continuou prestando serviço à sua Congregação e dedicando-se às Irmãs Murialdinas. Milagre Em outubro de 1997, a partir de uma aguda dor intestinal, Juvelino Carra, de Caxias do Sul (RS), foi encaminhado para uma cirurgia de emergência. O médico cirurgião constatou que se tratava de uma trombose mesentérica venosa superior aguda, envolvendo todo o intestino delgado. Após uma avaliação, o médico desistiu da cirurgia e encaminhou o paciente à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ser acompanhado até a iminente morte. Os familiares foram informados da situação: “Não há o que fazer a não ser aguardar o óbito”. Nesse momento, a esposa de Juvelino pegou o santinho com a oração de Padre João Schiavo, e repetia: “Padre João, tu deves sarar meu marido, tu deves ajudá-lo, tu deves reconduzi-lo para casa...”, enquanto apertava forte a imagem, a ponto de amassá-la. Juvelino começava a dar sinais de melhora, para surpresa de todos. Em sete dias, teve alta hospitalar, sem apresentar problemas ou sequelas. Páscoa  Padre João Schiavo faleceu dia 27 de janeiro de 1967. Sua sepultura está atualmente no interior de uma capela que leva o seu nome, em Fazenda Souza. É local de orações e peregrinações. Foi beatificado pelo Papa Francisco em 2017. A minha oração "Beato João Schiavo, dai-nos, por vossa intercessão, a graça de sermos evangelizadores da Eucaristia e estarmos sempre entregues à vontade de Deus. Amém." Beato João Schiavo, fundador da Missão Josefina no Brasil, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 8 de julho: Santos Áquila e Prisca ou Priscila, esposos, colaboradores de São Paulo, em cuja casa recebiam a assembleia dos cristãos, e por isso arriscaram a sua vida. Em Heracleia, na Trácia, hoje Mármara, na Turquia, Santa Glicéria, mártir. († data inc.) Em Cesareia da Palestina, São Procópio, bispo e mártir, que, no tempo do imperador Diocleciano, foi decapitado pelo juiz Fabiano. († c. 303) Em Taormina, na Sicília, região da Itália, São Pancrácio, bispo e mártir, que é considerado o primeiro bispo desta Igreja. († data inc.) Em Toul, na Gália Bélgica, hoje na França, Santo Auspício, bispo. († s. V) Na Renânia, região da hodierna Alemanha, São Disibodo, eremita, que, reunido com alguns companheiros, fundou um mosteiro junto ao rio Nahe. († s. VII) Em Bilsen, no Brabante, na actual Bélgica, Santa Landrada, abadessa. († 690) Em Würzburg, na Austrásia, hoje na Alemanha, São Quiliano, bispo e mártir, que chegou a esta região para pregar o Evangelho e, por observar diligentemente os costumes cristãos, foi cruelmente assassinado. († s. VII f.) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, a paixão dos santos monges Abramitas, que, no tempo do imperador Teófilo, consumaram o martírio por causa do culto das sagradas imagens. († s. IX) Em Spina Lambérti, na Emília-Romanha, região da Itália, o passamento de Santo Adriano III, papa, que procurou com grande diligência a reconciliação da Igreja Constantinopolitana com a Igreja Romana. († 885) Em Tívoli, no Lácio, região da Itália, o passamento do Beato Eugénio III, papa, que foi dileto discípulo de São Bernardo. († 1153) Em Shimabara, no Japão, o Beato Mâncio Araki, mártir, que, por ter recebido em sua casa o Beato Francisco Pacheco, presbítero, foi metido no cárcere, onde morreu consumido pela tuberculose. († 1626) Em Rencurel, localidade do Ródano-Alpes, região da França, o Beato Pedro Vigne, presbítero, que fundou a Congregação das Irmãs do Santíssimo Sacramento. († 1740)Fontes: www.padrejoaoschiavo.com.br www.josefinosdemurialdo.com.br Martirológio Romano – liturgia.pt www.vaticannews.va       – Produção e edição: Bianca Vargas 

Beata Maria Romero, socorro dos pobres e marginalizados

Origem Nasceu em 13 de janeiro de 1902 em Granada, na Nicarágua, e pertencia a uma família católica. Os pais, Félix e Ana, eram de classe média e tiveram treze filhos. Recebeu formação religiosa e excelente instrução tradicional. Gostava de estudar música, desenho e pintura. Consagrou-se a Deus e a Nossa Senhora  Aos doze anos, entrou para a escola das Filhas de Maria Auxiliadora, recém-chegadas àquele país. Mas, por causa de uma grave doença, ainda noviça teve de voltar para casa. Com o consentimento do seu confessor, emitiu o voto particular de castidade. Em 1923, consagrou-se a Deus e a Nossa Senhora, emitindo os votos religiosos. Foi transferida para a missão na Costa Rica, em 1931, onde ensinava música, desenho e datilografia. Além disso, incluiu às suas atividades a catequese aos jovens da periferia da capital, São José. Evangelização aos pobres  Passados três anos, Maria Romero deu vida a outra maneira de evangelização: socorria as famílias pobres e marginalizadas. Em 1961, iniciou uma série de cursos de qualificação profissional para os jovens carentes e também para os adultos. Fundou um hospital de clínicas gerais, em 1966, destinado ao atendimento de toda a comunidade, mas beneficiando especialmente os pobres. Já em 1973, conseguiu um terreno onde foram construídas casas para desabrigados das periferias. O local tornou-se a cidade de Santa Maria, em homenagem a sua fundadora. Dom do conselho  Outro dom que Maria Romero possuía era o do conselho, que ela não negava a ninguém. Páscoa  Faleceu, subitamente, dia 7 de julho de 1977, quando regressava de um descanso na Nicarágua. Suas relíquias estão sepultadas na igreja de São José da Costa Rica. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 2000. A minha oração "Beata Maria Romero, fostes o socorro dos pobres e desabrigados, amparo dos humildes e o conselho dos que pediram, intercedei por nós junto a Jesus, para que nosso coração seja tão bondoso e amável quanto o vosso. Amém!" Beata Maria Romero, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 7 de julho: São Panteno de Alexandria, homem de grande zelo apostólico e dotado de ciência e sabedoria, que pregou o Evangelho aos povos desconhecidos das regiões do Oriente. († s. III) Na França, Santa Edilburga que foi filha de um rei dos Anglos orientais e deu glória a Deus com a sua severa penitência corporal e perpétua virgindade. († 695) Em Winchester, na Inglaterra, Santo Heda, bispo dos saxões ocidentais, homem de eminente sabedoria. († 706) Na Alemanha, São Vilibaldo, bispo ordenado por São Bonifácio, com quem colaborou na evangelização da Germânia e converteu muitos povos a Cristo. († 787) Em Tamlacht, na Irlanda, São Mael Ruain, bispo e abade, que trabalhou arduamente para restaurar a celebração da sagrada liturgia, o culto dos Santos e a disciplina monástica. († 789) Em Urgel, na Catalunha, região da Espanha, Santo Odão, bispo, que foi eleito por unânime aclamação do povo e defendeu sempre os mais humildes e se mostrou benévolo para com todos. († 1122) Na Itália, o passamento do Beato Bento XI, Papa, da Ordem dos Pregadores,  que promoveu durante o seu breve pontificado a paz da Igreja, a renovação do ensino e o incremento da prática religiosa. († 1304) Em Fossano, no Piemonte, também na Itália, o Beato Odino Barótti, presbítero e pároco pobre.  († 1400) Em Wincester, na Inglaterra, os beatos Rogério Dickinson, presbítero, e Rodolfo Milner, agricultor e pai de família. Ambos foram presos e mortos por praticarem e propagarem a religião católica; com eles se comemora o Beato Lourenço Humphrey, um jovem que morreu enforcado no mesmo lugar em dia incerto por ter abraçado a fé católica. († 1591) Na França, o Beato José Juge de Saint-Martin, presbítero e mártir, que foi preso durante a Revolução Francesa por ser sacerdote e morreu enquanto estava recluído num barco-prisão. († 1794) Em Orange, também na França, a Beata Ifigénia de São Mateus (Francisca Gabriela Maria Suzana de Gaillard dela Valdène), virgem da Ordem de São Bento e mártir no tempo da Revolução Francesa. († 1794) No Hunan, província da China, os santos Antonino Fantosáti, bispo, e José Maria Gambaro, presbítero da Ordem dos Menores. Eles foram mortos pelos sequazes dos “Yihetuan” quando foram ajudar os cristãos perseguidos. († 1900) Em Hebei, também província da China, São Marcos Ji Tianxiang, mártir, que permaneceu trinta anos afastado da Eucaristia por não ter se privado do ópio, porém não cessou de orar e invocar uma santa morte. († 1900) Também em Hebei, Santa Maria Guo Lizhi, mártir, que exortou à firmeza de ânimo sete parentes seus que acompanhava ao lugar do suplício e pediu que também ela fosse morta depois deles. († 1900) Em Le Mans, na França, o Beato Carlos Liviero, bispo de Città del Castello e fundador da Congregação das Pequenas Servas do Sagrado Coração.(† 1932) Em Rakunai, ilha de Papua-Nova Guiné, na Melanésia, o Beato Pedro To Rot, que era catequista e pai de família. Durante a segunda guerra mundial, ele foi preso por perseverar no seu ministério e, injetado com veneno letal, consumou o seu martírio. († 1945) Fontes: Vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br       – Produção e edição: Bianca Vargas 

Santa Maria Goretti, a santa da castidade

A Igreja, neste dia, celebra a virgem e mártir que encantou e continua enriquecendo os cristãos com seu testemunho de 'sim' a Deus e 'não' ao pecado. Origem Nasceu em Corinaldo, centro da Itália, no ano de 1890. Era de família pobre, numerosa e camponesa, mas muito temente a Deus. Com a morte do pai, Maria Goretti, com os seus, foram morar num local perto de Roma, sob o mesmo teto de uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles Alessandro. "É pecado!" Aconteceu que este jovem, por várias vezes, tentou seduzir Goretti, que ficava em casa para cuidar dos irmãozinhos. E, por ser uma menina temente a Deus, sua resposta era cheia de maturidade: "Não, não, Deus não quer; é pecado!" Martírio pela pureza Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração, por isso, quando o jovem, que era de maior estatura e idade, tentou novamente seduzi-la, Goretti resistiu com mais um grande não. A resposta de Alessandro foram 14 facadas, enquanto da parte de Goretti, percebemos a santidade na confidência à sua mãe: "Sim, o perdoo... Lá no céu, rogarei para que ele se arrependa... Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna". Conversão O martírio desta adolescente de apenas 12 anos foi a causa da conversão do jovem assassino, que, depois de sair da cadeia, esteve com as 400 mil pessoas, na Praça de São Pedro, na ocasião da canonização dessa santa, ao lado da mãe dela, que o perdoou também. Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus, por isso, reina na glória com Cristo. Beatificação e canonização Sua beatificação foi celebrada no dia 27 de abril de 1947, por Papa Pio XII. E em 24 de junho de 1950, o mesmo celebrou a canonização da santa. Sua festa é celebrada no dia 6 de julho. Santa Maria Goretti é tida como a santa da castidade, da juventude, das vítimas de estupro, da pureza de coração e do perdão. É representada segurando lírios, que simbolizam sua pureza, e com vestes brancas, sinal de sua virgindade. A minha oração "Santa Maria Goretti, interceda por mim junto a Deus para que eu possa ser também casta e pura, de corpo, mente e coração! Que eu não tema entregar a minha vida por amor a Deus! Amém!" Santa Maria Goretti, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 6 de julho: Em Nicomédia, hoje na Turquia, Santa Ciríaca, virgem e mártir. († s. III/IV) Em Fiésole,  hoje na Toscana,  São Rómulo, diácono, que é considerado como o primeiro mártir celebrado desta cidade. († data inc) No Egito, São Sisos o Grande, eremita, singularmente insigne no exercício da vida monástica. († c. 429) Na Escócia, a comemoração de São Paládio, bispo, que, enviado da cidade de Roma à Irlanda, aí morreu no tempo em que São Germano de Auxerre combatia os erros de Pelágio entre os Bretões. († 432) No território de Armagh, na Irlanda, Santa Monena, abadessa do mosteiro de Killeevy por ela fundado. († 517) Junto ao rio Reno, na atual Alemanha, São Goar, presbítero, natural da Aquitânia, que fundou um hospício e um oratório para receber os peregrinos e ajudá-los na salvação das suas almas. († s. VI) No território de Condat, junto ao maciço do Jura, na Borgonha, hoje na França, São Justo, monge. († data inc.) Em Londres, na Inglaterra, São Tomás Moro, que é comemorado no dia 22 de Junho, juntamente com São João Fischer. († 1535) Também em Londres, o Beato Tomás Alfield, presbítero e mártir, que, num primeiro momento, cedeu à tortura e abjurou da fé católica; mas depois de ter sido mandado para o exílio, arrependeu-se e voltou para a Inglaterra, por ter divulgado uma Apologia em defesa dos católicos, sofreu o suplício da forca em Tyburn. († 1585) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Agostinho José (Elias) Desgardin, monge da Ordem Cisterciense e mártir. († 1794) Em Orange, também na França, a Beata Susana Águeda Deloye (Maria Rosa), virgem da Ordem de São Bento e mártir. († 1794) Em Shuangzhong, no Hebei, província da China, São Pedro Wang Zuolong, mártir, que, durante a perseguição dos «Yihetuan», foi conduzido ao templo do ídolo e, porque se recusou a renegar a fé em Cristo, morreu enforcado num poste. († 1900) Em Roma, a Beata Maria Teresa Ledochowska, que se dedicou totalmente aos africanos oprimidos pela escravidão e fundou o Sodalício de São Pedro Claver. († 1922) Em Buenos Aires, na Argentina, a Beata Nazária de Santa Teresa (Nazária Inácia March Mesa), virgem, que, movida pelo zelo missionário se consagrou totalmente à evangelização dos pobres nas várias nações da América Latina e fundou o Instituto das Missionárias Cruzadas da Igreja. († 1943) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt arquisp.org.br – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Santo Antônio Maria Zaccaria, pioneiro da Pastoral Familiar

Origem Antônio Maria nasceu em Cremona, no norte da Itália, em 1502, na família Zaccaria, tradicional nobreza italiana. Ao perder o pai muito cedo, teve de sua mãe o grande gesto de amor que consistiu em dedicar-se somente para sua educação e formação. Medicina Com apenas dezoito anos, Antônio doou toda a sua herança para sua mãe e foi estudar medicina. Ele fez de sua profissão um apostolado, por isso, não cuidava só do corpo de seus pacientes, mas também de suas almas. Ele os tratava todos como irmãos. Sacerdócio Chamado por Cristo, ampliou seu apostolado ao ser ordenado sacerdote em 1528 e, dessa forma, pôde testemunhar Jesus e a unidade da Igreja num tempo em que as ciências pagãs e a decadência das ordens religiosas e do clero pediam não uma Reforma Protestante, mas sim uma santidade transformadora. Fundador Ele fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo e, com a ajuda de uma condessa, a Congregação das Angélicas de São Paulo. Criou ainda o Grupo de Casais para os leigos. Antônio viveu e comunicou vida num dos períodos mais difíceis da Igreja de Cristo. Páscoa Depois de muito propagar a devoção a Jesus Eucarístico, foi acometido por uma epidemia, e com 37 anos veio a "dormir" nos braços de sua mãe terrestre e acordar nos braços de sua Mãe Celestial. Foi canonizado em 1897. É considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na história da Igreja. A minha oração "Meu Deus, que pela intercessão de Santo Antônio Maria Zaccaria, o Senhor possa me conceder a mesma graça que ele recebeu: propagar a devoção a Tua Eucaristia e acordar, após viver uma vida entregue a Ti, nos braços da Virgem Maria! Amém." Santo Antônio Maria Zaccaria, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 5 de julho:  Em Réggio Calábria, também na Itália, Santo Estêvão de Niceia, bispo e mártir. († c. 78)  Em Cirene, na Líbia, Santa Ciprila, mártir, que, segundo a tradição, suportou muito tempo em sua mão carvões a arder com incenso, para evitar que, deitando fora as brasas, desse a impressão de que oferecia o incenso aos deuses; depois, crudelissimamente dilacerada, ornada com o próprio sangue partiu deste mundo ao encontro do Esposo († s. IV) Comemoração de Santo Atanásio de Jerusalém, diácono da Igreja da Santa Ressurreição e mártir, assassinado pelo monge herético Teodósio, por ter censurado a sua impiedade e defender o santo Concílio de Calcedónia. († 451/452) Comemoração de São Domécio o Médico, eremita no monte Kurós, na antiga Arménia. († s. V) No monte Admirável, hoje Antakya, na Turquia, Santa Marta, mãe de São Simeão Estilita o Jovem. († 551) No mosteiro de Santa Maria de Terreto, perto de Réggio Calábria, na Itália, São Tomás, abade. († 1000) No Monte Athos, na Grécia, Santo Atanásio, hegúmeno, homem humilde e pacífico, que instituiu na Grande Laura uma forma de vida cenobítica. († c. 1004) Em Wexford, na Irlanda, os beatos Mateus Lambert, Roberto Meyler, Eduardo Cheevers e Patrício Cavanagh, mártires, que, por causa da sua fidelidade à Igreja Romana e do auxílio prestado aos católicos, foram enforcados e esquartejados. († 1581) Em Oxford, na Inglaterra, os beatos mártires Jorge Nichols e Ricardo Yaxley, presbíteros, Tomás Belson, candidato ao sacerdócio, e Hunfredo Pritchard, que, condenados à morte no tempo da mesma rainha, uns porque eram sacerdotes que entraram na Inglaterra, outros porque lhes prestaram auxílio, sofreram todos o suplício do patíbulo. († 1589) Perto de Huangeryin, província da China, as santas irmãs Teresa Chen Jinxie e Rosa Chen Aixie, virgens e mártires, que, d para salvaguardarem a honra da virgindade e a sua fé cristã, resistiram corajosamente às bárbaras depravações e à feroz crueldade dos perseguidores e foram trespassadas pelos golpes das lanças dos seus verdugos. († 1900) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt arquisp.org.br – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Santa Isabel de Portugal

Origem Nasceu na Espanha no ano de 1271. Pertencia à família real de Aragão, que lhe concedeu uma ótima formação, digna do seguimento de Cristo. Ela foi criada por seu avô, Tiago I, que estava recém-convertido ao cristianismo. Casamento Foi entregue em casamento ao rei Diniz, rei de Portugal, com apenas 12 anos de idade, e já dava testemunho de uma esposa cristã, uma mulher de oração e centrada na Eucaristia. Seu matrimônio foi um lugar de humilhação e santificação: ela permaneceu fiel e amável mesmo diante das traições e dificuldades com o esposo. Era rainha, mas nunca esqueceu que também era irmã dos mais necessitados. Mulher religiosa e de caridade Ela ajudou a propagar a grande devoção a Nossa Senhora da Conceição. Refundou, em 1314, o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra; também fundou, em 1321, em Santarém, o Hospital de Nossa Senhora dos Inocentes, voltado para crianças que, por algum motivo, eram abandonadas por suas mães. Uma de suas últimas obras de caridade talvez tenha sido cuidar do seu próprio esposo. Dom Diniz, que tanto a fez sofrer, agora precisava dos cuidados de Isabel, que se dispôs, quis cuidar dele. Ele ficou doente em 1324, e faleceu no ano seguinte. Viúva e Clarissa Então, Isabel deixou a sua condição de viver no palácio como rainha, abdicando seus bens e títulos para receber o hábito no Mosteiro das Clarissas em Coimbra, ingressando na Ordem Terceira Franciscana. Em 1336, saiu de Coimbra e foi ao encontro de seu filho devido a um novo conflito familiar. Mesmo enferma, conseguiu chegar. Foi acolhida e ouvida por seu filho. Páscoa Faleceu no dia 4 de julho de 1336, e foi sepultada no Mosteiro em Coimbra. Foi canonizada pelo Papa Urbano VIII em 1665. Padroeira de Portugal Santa Isabel foi declarada padroeira de Portugal, recebendo do povo o título de “rainha santa da concórdia e da paz”. A minha oração "Santa Isabel, fostes uma exímia esposa, mãe, serva, rainha e religiosa, porque em tudo se dedicou ao amor a Deus e ao próximo, intercede por nós junto ao Senhor, para que também saibamos amar e nos doar a Ele e aos nossos irmãos. Amém!" Santa Isabel, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 4 de julho:  Na África Setentrional, São Jucundiano, mártir. († data inc.) Em Vatan, atualmente na França, São Laureano, mártir. († s. III/IV) Em Cahors, São Florêncio, bispo, que São Paulino de Nola louva como humilde de coração, forte na graça divina e suave na palavra. († s. V in.) Em Langres, São Valentim, presbítero e eremita. († c. s. V) Em Blangy, também na atual França, Santa Berta, abadessa, que, tendo ingressado com as filhas Gertrudes e Deotila no mosteiro por ela fundado, alguns anos depois viveu como reclusa numa pequena cela. († c. 725) Em Erissos, na Grécia, o passamento de Santo André de Creta, bispo de Gortina, que cantou os louvores de Deus e exaltou a Virgem Mãe de Deus imaculada e elevada ao Céu. († 740) Em Augsburgo, na atual Alemanha, Santo Uldarico ou Ulrico, bispo, ilustre pela sua admirável abstinência, liberalidade e assiduidade às vigílias, que, depois de cinquenta anos de episcopado, morreu nonagenário. († 973) No mosteiro de Hautecombe, atualmente na França, o sepultamento do Beato Bonifácio, bispo, de linhagem régia, que, depois de ter ingressado na Cartuxa, foi eleito para a sede de Belley e finalmente elevado à sede de Cantuária. († 1270) Em Florença, região da Itália, o Beato João de Vespigniano. († s. XIII/XIV) Em Dorchester, na Inglaterra, os beatos mártires João (Conor O’Malley), autoapelidado Cornélio, presbítero pouco tempo antes admitido na Companhia de Jesus, Tomás Bosgrave, João Carey e Patrício Salmon, leigos que ajudaram este sacerdote, todos eles ao mesmo tempo, no reinado de Isabel I, glorificaram a Cristo com o martírio. († 1594) Em York, também na Inglaterra, os beatos mártires Guilherme Andleby, presbítero, Henrique Abbot, Tomás Warcop e Eduardo Fulthorp, leigos, que foram condenados à morte por causa da sua fidelidade à Igreja. († 1597) Beato Pedro Kibe Kasui,  no Japão, presbítero da Companhia de Jesus, e cento e oitenta e sete companheiros, mártires. († 1603-1639) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt arquisp.org.br – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São Tomé Apóstolo

Testemunho Bíblico Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. Os outros discípulos lhe disseram: "Vimos o Senhor!". Mas ele lhes disse: "Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não acreditarei". Uma semana mais tarde, os seus discípulos estavam outra vez ali, e Tomé com eles. Apesar de estarem trancadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A Paz esteja com vocês!". Depois, disse a Tomé: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e acredite". Disse-lhe Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!". Então Jesus lhe disse: "Você acreditou porque me viu! Felizes os que não viram e acreditarão». (Jo 20,24-29) Tomé incrédulo?  Geralmente, quando se fala de São Tomé, começa-se de trás para frente: depois da ressurreição, por não estar presente na aparição de Jesus aos Apóstolos, não acreditou no que lhe disseram. Porém, ninguém tem o direito de pensar que Tomé era uma pessoa tépida ou, pior ainda, um pecador. Era apenas um homem cuja fé profunda ainda devia ser posta à dura prova da vida, que ele não escondia: expôs suas dúvidas e fez a Jesus as perguntas que brotavam do seu coração. Por exemplo: quando Jesus voltou a Betânia, onde seu amigo Lázaro tinha falecido, os discípulos ficaram com medo, porque, na Judeia, o clima não era nada favorável. Ali, Tomé demonstrou não ter medo de nada, a ponto de dizer: “Vamos morrer com Ele". Durante a Última Ceia também, quando Cristo disse que ia preparar um lugar para todos na Casa do Pai, Tomé ficou desorientado. Por isso, perguntou ao Senhor para onde ia, e qual seria o caminho para chegar lá. Então, Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a vida!". Incredulidade do Apóstolo como estereótipo Toda a comunidade dos Apóstolos estava abalada pela morte de Jesus e pelas violências que padeceu. Porém, ao ressuscitar, Jesus apareceu, imediatamente, aos seus discípulos para tranquilizá-los. Tomé não estava lá naquele momento, e por isso não acreditou no que diziam. Talvez, por causa da sua teimosia inata ou por sentir de estar ausente, quis tocar as feridas dos cravos e nas mãos, e também no peito de Jesus. Afinal, ele era um homem como todos. Por isso, Jesus o satisfez ao voltar oito dias depois. Assim, Tomé acreditou, imediatamente, a ponto de confessar: "Meu Senhor e meu Deus!", como ninguém jamais havia feito. Por fim, Jesus fez uma promessa, que servia para toda a humanidade, até o fim dos tempos: "Felizes dos que acreditarão sem ter visto". O Papa São Gregório Magno, meditando essa realidade de São Tomé, diz: “A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos em Suas chagas, e curou com isso a ferida da nossa incredulidade”. A missão do discípulo Sabemos que Tomé não era muito instruído, mas, certamente, compensava esta lacuna pelo imenso amor que sentia por Jesus. Segundo a tradição, o Apóstolo recebeu a missão de evangelizar a Síria e, depois, a cidade de Edessa, da qual partiu para fundar a primeira comunidade cristã na Babilônia, Mesopotâmia, onde permaneceu sete anos. Dalí, embarcou para a Índia. De Muziris, onde já havia comunidade judaica promissora, que se tornou cristã, rapidamente atravessou todo o país até chegar à China, sempre e somente por amor ao Evangelho. Ao voltar à Índia, foi martirizado, transpassado por uma lança, na atual Chennai, em 3 de julho de 72. A minha oração "Ó Santo Apóstolo, predileto do Senhor, com tua incredulidade curou a nossa, com tua audácia tocaste no corpo glorioso do Senhor. Ensinai-nos a crer sem precedências e a provar da ressurreição do divino Mestre. Amém!" São Tomé , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 03 de Julho: Em Laodicéia, hoje Lataquia, na Síria, a comemoração de Santo Anatólio. († s. III) Em Bízia, hoje Wiza, na Turquia, São Memnão, centurião e mártir. († c. s. III) Na Mésia, território atualmente compreendido entre a Roménia e a Bulgária, a comemoração dos santos Marcos e Mociano, mártires. († c. s. IV) Em Altino, na Venécia, hoje no Véneto, região da Itália, Santo Heliodoro, bispo. († s. IV f.-V in.) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo Anatólio, bispo. († 458) Em Roma, junto de São Pedro, São Leão II, papa, que confirmou os decretos do Concílio III de Constantinopla. († 683) Em Toulouse, junto ao rio Garonne, na França, São Raimundo Gayrard, mestre-escola, que, após a morte da esposa, fundou um hospício e, finalmente, foi admitido entre os cónegos da basílica de São Saturnino. († 1118) Em Hung Yen, cidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São José Nguyen Dinh Uyen, mártir. († 1838) Em Vinh Long, cidade da Cochinchina, também no atual Vietnam, São Filipe Phan Van Minh, presbítero e mártir. († 1853) Em Fuencarral, atual bairro de Madrid, na Espanha, a Beata Maria Ana Mogas Fondcuberta, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs da Mãe do Divino Pastor. († 1886) Num pântano junto de Dongyangtai, perto de Shenxian, no Hebei, província da China, os santos Pedro Zhao Mingzhen e João Baptista Zhao Mingxi, mártires, dois irmãos. († 1900) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova  

São Bernardino Realino, salvava almas para Deus

Sacerdote da Companhia de Jesus que resplandeceu por caridade e bondade. Rejeitando as honras mundanas, dedicou-se à pastoral dos presos e doentes e ao ministério da palavra e da penitência. Tornou-se um santo padroeiro de uma cidade toda mesmo em vida.  Jovem dedicado ao estudo e às festas Bernardino Realino nasceu em Carpi (Modena), em 1 de dezembro de 1530. Filho mais velho de um senhor ao serviço dos tribunais no norte da Itália, Bernardino lança-se com alma aberta e ardente na vida juvenil das Universidades, passando de umas para as outras, sempre dedicadas com a mesma vivacidade e com feliz sucesso à medicina e à literatura, à filosofia e ao direito, feliz companheiro nos círculos estudantis de Modena e parceiros em suas diversões barulhentas. Companhia de Jesus Depois de se formar em Direito em Bolonha, em 1556, entrou ao serviço do Marquês Francesco Ferdinando d'Avalos; vice-rei da  Sicília, mudou-se para Nápoles e, em  1564, decidiu tornar-se religioso da Companhia de Jesus. Ele realiza um trabalho apostólico ativo, especialmente em Lecce, onde morreu em 2 de julho de 1616 aos 86 anos. As relíquias são mantidas na Igreja do Gesù em Lecce.  Homilia de canonização Canonizado em 1947 pelo Papa Pio XII, ele diz: “Tendo partido em uma ladeira tão escorregadia, para onde ele irá? A contenção de sua profunda fé religiosa o manterá à beira do abismo, enquanto um amor honesto cultivado no segredo de seu coração o guarda […] Diante de seus passos, abre-se o caminho brilhante do judiciário, a voz de Deus, que discretamente fala ao seu coração [...] você o vê aos trinta e quatro anos apresentando-se ao noviciado em Nápoles [...] Bernardino conhece cada vez mais a fugacidade do que o cerca, desprende-se cada vez mais resolutamente de tudo o que passa, riquezas, honras, laços de afeições mesmo legítimas, mas demasiado humanas, para consagrar-se sem reservas Àquele que permanece imutável, Senhor, Inspirador, Governante e Recompensador de todo o bem no meio do fluxo desta vida mortal”.  A minha oração "Depois de experimentar o mundo, tu descobristes que o melhor é estar ao lado de Deus. Por isso, ensina-nos a viver com piedade e livrai-nos das tentações e seduções do mundo para que sejamos santos. Que a tua bondade nos ajude a crescer nos estudos sem descuidar da espiritualidade. Amém!" São Bernardino, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 02 de Julho: Na Via Aurélia, no cemitério de Dâmaso, os santos Processo e Martiniano, mártires. († data inc.) Comemoração dos santos mártires Liberato, abade, Bonifácio, diácono, Servo e Rústico, subdiáconos, Rogato e Sétimo, monges, e Máximo, uma criança, mártires. († 484) Em Tours, na Nêustria, na atual França, Santa Monegundes. († d. 557) Em Winchester, na Inglaterra, São Suitino, bispo. († 862)  Em Sezze, no Lácio, região da Itália, São Lídano, abade e fundador do mosteiro nesta cidade. († 1118) Em Villeneuve, perto de Avinhão, na França, o passamento do Beato Pedro de Luxemburgo, bispo de Metz. († 1387) Em Fabriano, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, a comemoração dos beatos João e Pedro Becchétti, presbíteros da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († c. 1420/1421) Em Liège, na Bélgica, a Beata Eugénia Joubert, virgem da Congregação da Sagrada Família do Sagrado Coração. († 1904) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova