Santos

São Gregório Barbarigo, servidor da Igreja

Órfão na infância Gregorio Giovanni Gaspare Barbarigo nasceu em Veneza, em 16 de setembro de 1625, em uma família nobre. Gregório logo conhece o sofrimento quando perde a sua mãe para a peste aos dois anos de idade. Seu pai, senador da República de Veneza, enviou-o, em 1643, junto com o embaixador veneziano Alvise Contarini para Münster, na Alemanha, onde se preparava a paz de Vestfália, que colocaria fim à sangrenta Guerra dos Trinta Anos.  O encontro com o Papa Aqui tem lugar um encontro decisivo para a vida do jovem Gregório: aquele com o Cardeal Fabio Chigi, futuro Papa Alexandre VII. Depois de completar seus estudos em Pádua, Gregório tornou-se padre aos 30 anos. Alexandre VII enviou-o a Roma e, com a eclosão da peste, confiou-lhe a coordenação do socorro aos enfermos, que Gregório Barbarigo realizou com muito amor e dedicação. A confiança de Alexandre VII é então renovada ao colocá-lo à frente da diocese de Bérgamo em 1657. Anos depois, em 1664, ele será encarregado da diocese de Pádua.  Estilo pastoral Seu "estilo" será em ambos os casos inspirado em São Carlos Borromeo, um modelo para Gregório que, antes de tudo, vende todos os seus bens para dá-los aos pobres. Visita por toda a parte as paróquias das dioceses que lhe são confiadas, assiste os moribundos, divulga a imprensa católica entre o povo, aloja-se nas casas dos pobres. Durante o dia, ensina catecismo às crianças; à noite, reza. No seu centro está também a formação dos sacerdotes, pela qual está profundamente empenhado no Seminário de Pádua, que chega a ser considerado um dos melhores da Europa. Relacionamento com a Igreja Oriental Outro momento importante do compromisso de São Gregório Barbarigo é o da reunificação com as Igrejas Orientais. Depois de ter sido bispo de Bérgamo e antes de exercer o ministério em Pádua, passou mais um período em Roma. Em 1658, Alexandre VII fez dele um cardeal. Estes são os anos em que participa em vários conclaves. Inocêncio XI o escolhe como seu conselheiro e Gregório trabalha pela reunificação com as Igrejas Orientais. Estimado pelos Papas e amado pelo povo, Barbarigo morreu em Pádua em 1697. A minha oração "Querido santo, precisamos estar atentos aos mais necessitados, recordando que eles escondem Jesus em suas misérias. Ajudai-nos a viver sem perder nenhuma oportunidade de amar. Amém!"   São Gregório Barbarigo , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 18 de Junho: Santos Marcos e Marceliano, mártires, em Roma, no cemitério de Balbina, junto à Via Ardeatina. († c. 304). São Leôncio, no atual Líbano, soldado martirizado. († s. IV) Santos Ciríaco e Paula, mártires, na África Setentrional. († s. IV) Santo Amando, bispo, em Bordéus, na Aquitânia, atualmente na França, († s. V) São Calógero, eremita, no monte Gemmariaro, perto de Sciacca, na Sicília ocidental. († s. V) Santa Isabel, na atual Alemanha, virgem, insigne na observância da vida monástica. († 1164) Beata Hossana Andreási, em Mântua, na Lombardia, região da Itália, virgem das Irmãs da Penitência de São Domingos. († 1505) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São Rainério, padroeiro dos viajantes

Origens Rainério nasceu em Pisa, Itália, no ano de 1118.  Tendo a graça de nascer em um lar nobre, cristão e tradicional, teve sua educação e formação moral, religiosa e de negócios confiada a um bispo conhecido. Ele, porém, optou por estudar arte e, logo depois, se entregou a uma vida de pecado, caindo em um grande vazio existencial. Encontro eremítico e com os pobres Diante das consequências interiores que experimentava por estar entregue as contradições cristãs, impressionado com a miséria e a pobreza do povo à sua volta e, providencialmente, após um encontro com o eremita Alberto de Córsega – uma grande testemunha em seu tempo, que deixara tudo por causa de Jesus –, o jovem decidiu mudar de vida. Mosteiro e abandono de bens Já aos dezenove anos, ingressou como irmão leigo no Mosteiro de São Vito, onde viveu até os 23, sendo intimamente formado em santidade, em solidão e em desejo de corresponder aos desígnios de Deus. Assim, retirado por um tempo em penitência, sentiu seu chamado para deixar todos os seus bens. E ele o fez: foi para a Terra Santa, onde ficou muitos anos visitando os lugares santos e sendo instrumento de conversão para muitos. Retorno para a casa Obediente a Deus, Rainério voltou para Pisa, já com fama de santidade. Tornou-se formador dos monges e de muitos da cidade. "Rainieri d'água" Recebeu este apelido porque, pouco antes de abandonar este mundo, formulou uma prece de bênção para o pão e a água. A água e o pão, benzidos por ele ou por outro, mas com sua fórmula, serenavam tempestades, curavam numerosos doentes e libertavam possessos e prisioneiros. Páscoa Foi um grande apóstolo para o povo, consumindo-se pelo Evangelho. Veio a falecer em 1161. Após a sua morte, os milagres continuaram acontecendo, sobretudo por meio da água que era benzida com o auxílio de sua oração. No ano de 1591, suas ossadas foram encaminhadas para a catedral de Pisa, devido à fama dos milagres obtidos em seu nome. A canonização de São Rainério foi celebrada pelo Papa Alexandre III. A minha oração "São Rainério, tu que fostes um jovem inconformado com uma vida distante de Deus e que deixastes tudo por amor a Ele e aos pobres, conceda-me tal grande coração: incapaz de viver sem a presença do Senhor e consumido de zelo pelas almas. Amém!" São Rainério, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de Junho: Santos Blasto e Diógenes, mártires, em Roma, junto à Via Salária Antiga “ad Septem Colúmbas” († data inc.) Em Apolônia, na Macedônia, hoje na Albânia, os santos Isauro, Inocêncio, Félix, Hérmias, Peregrino e Basílio, mártires. († data inc.) Santos mártires Nicandro e Marciano, em Doróstoro, na Mésia, hoje na Bulgária, que, sendo soldados, recusaram ofertas e negaram-se firmemente a sacrificar aos deuses; por isso foram condenados à morte pelo governador Máximo. († c. 297) Santo Antídio, na atual França, bispo e mártir, que, segundo a tradição, recebeu a sentença da condenação à morte no tempo de Croco, rei dos Vândalos. († c. 411) Santo Hipácio, no território da atual Turquia, hegúmeno do mosteiro dos Rufinianos, que, com uma vida austera e rigorosos jejuns, ensinou aos seus discípulos a perfeita obediência à observância monástica e aos leigos o verdadeiro temor de Deus. († 446) Santo Herveu, atualmente território da França, eremita, que, segundo a tradição, sendo cego de nascença, cantava alegremente a felicidade do Paraíso. († s. VI) Santo Avito, abade, em Orleães, na Gália, também na actual França. († c. 530) Beata Teresa de Portugal, em Lorvão, localidade de Portugal, cuja memória se celebra em Portugal no dia 20 de Junho, juntamente com suas irmãs Sancha e Mafalda. († 1250) Beato Pedro Gambacorta, em Veneza, hoje no Véneto, região da Itália, o fundador da Ordem dos Eremitas de São Jerónimo, que teve como primeiros religiosos alguns ladrões por ele convertidos. († 1435) Beato Paulo Buráli, em Nápoles, na Campânia, também região da Itália, o da Ordem dos Clérigos Regrantes Teatinos, bispo de Piacenza e depois bispo de Nápoles, que trabalhou com toda a sua diligência para restaurar a disciplina da Igreja e confirmar na fé o povo que lhe foi confiado. († 1578) Beato Filipe Papon, num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o presbítero de Autun e mártir, que, sendo pároco, durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi condenado à prisão numa galera e, depois de ter dado a absolvição a um companheiro de prisão moribundo, também ele expirou. († 1794) São Pedro Dá, hoje no Vietnã, mártir, que, sendo carpinteiro e sacristão, apesar de torturado com muitos e atrozes suplícios no tempo do imperador Tu Duc, permaneceu firme na profissão de fé e finalmente morreu na fogueira. († 1862) Beato José Maria Cassant (Pedro José Cassant), no mosteiro de Santa Maria do Deserto, na França, presbítero da Ordem Cisterciense da Antiga Observância (Trapista), especialmente egrégio pelo admirável exemplo de penitência, constância e paciência nos sofrimentos e na enfermidade. Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org Franciscanos.org – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São Ciro e Santa Julita, testemunhas de fé em Jesus

Julita vivia na cidade de Icônio, atualmente Turquia. Ela era uma senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo após ter dado à luz um menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro. Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a perseguir, prender e matar cristãos. Julita, levando o filhinho Ciro, tentou fugir, mas acabou presa. O governador local, um cruel romano, tirou-lhe o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais à sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo. Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: “Também sou cristão! Também sou cristão!”. Foi tamanha a ira do governador que ele, com um pontapé, empurrou Ciro violentamente fazendo-o rolar pelos degraus do tribunal, esmigalhando o seu crânio. Conta-se que Julita ficou imóvel, não reclamou, nem chorou, apenas rezou para que pudesse seguir seu pequenino Ciro no martírio e encontrá-lo, o mais rápido possível, ao lado de Deus. E foi o que aconteceu. Julita continuou sendo brutalmente espancada e depois foi decapitada. Era o ano 304. Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo, precedido apenas dos Santos Mártires Inocentes, exterminados pelo rei Herodes em Belém. É considerado o Santo padroeiro das crianças que sofrem de maus tratos.
Oração Deus Nosso Pai, destes a Santa Julita e a São Ciro os sofrimentos do martírio. Por sua intercessão, dai-me uma fé verdadeira, forte, perseverante. Suplico-vos o perdão de meus pecados e a graça de Vos amar e bendizer todos os dias de minha vida. Amém!
Reflexão A memória dos mártires mantém viva a convicção de que vale a pena perder a vida em função do amor a Jesus Cristo. Quando ouvimos relatos de martírio, como o de hoje, sentimos nosso coração gelar de horror. Mas ainda hoje, séculos depois do início da Igreja, muitos cristãos ainda são martirizados de forma brutal e violenta. Ecoa ainda hoje o Evangelho de Jesus: “Se o grão de trigo não morre, ele não nasce para dar frutos em abundância”.
São Ciro e Santa Julita, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 16 de junho: São João Francisco Régis, presbítero. († 1640) Beato Aniceto Koplin e companheiros, mártires. († 1941) Fontes: Milícia da Imaculada Santoral Carmelita – carmelitas.org.br - Pesquisa e redação: Leonardo Girotto

Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, primeira mártir brasileira

A primeira mártir brasileira nasceu em 11 de abril de 1919, no município de Imaruí, Estado de Santa Catarina. Seus pais eram simples agricultores, e ela possuía mais oito irmãos. Albertina recebeu sua Primeira Comunhão no dia 16 de agosto de 1928. Desde cedo, despontava na vida de oração, no amor à família e ao próximo. Unia-se ao Crucificado por meio de penitências. Jovem, centrada no mistério da Eucaristia, ela tinha uma vida sacramental, penitencial e de oração. Albertina cuidava do rebanho de seu pai, que lhe deu a seguinte ordem: ela devia procurar um boi que se extraviou. No caminho, encontrou um homem de apelido 'Maneco Palhoça', que trabalhava para a família. Ela perguntou a ele se sabia onde estaria o boi perdido. Ele indicou um lugar distante e a surpreendeu lá, tentando estuprá-la, porém, não teve êxito. A jovem resistiu, pois não queria pecar. Por não conseguir nada, ele a pegou pelo cabelo, jogou-a ao chão e cortou seu pescoço, matando-a imediatamente. Maneco acusou outra pessoa, que foi presa imediatamente. Ele fingia que velava a menina e, ao se aproximar do corpo, o corte vertia sangue. Ele fugiu, mas foi preso e confessou o crime. Maneco deixou claro que ela não cedeu porque não queria pecar. Tudo isso aconteceu em 15 de junho de 1931. Por causa da castidade, Albertina não cedeu. Em 1952, na mesma capela onde Albertina recebeu a Primeira Comunhão, reuniu-se o Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Florianópolis para dar início ao processo de sua beatificação. Devido a várias circunstâncias, de 1959 em diante, o processo de Albertina foi interrompido, sendo retomado no ano de 2000. Em uma solene celebração, no dia 20 de outubro de 2007, na Catedral Diocesana de Tubarão, o Cardeal Saraiva presidiu a beatificação de Albertina Berkenbrock. A minha oração "Deus, Pai de todos nós! Vós nos destes vosso Filho Jesus, que derramou seu sangue na cruz por amor a cada um de nós. Vossa serva Albertina foi declarada bem-aventurada pela Igreja, porque, ainda jovem, também derramou seu sangue para ser fiel à vossa vontade e defender a vida em plenitude. Concedei-nos que, por seu testemunho, nos tornemos fortes na fé, no amor e na esperança, vivamos fielmente os compromissos do nosso Batismo, façamos da Eucaristia a fonte e o cume da nossa vida cristã, busquemos continuamente o perdão através da Confissão, sejamos plenos do Espírito Santo, vivenciando a Crisma, e cultivemos os valores do Evangelho. Por intercessão de Albertina, alcançai-nos a graça que neste momento imploramos de vós (expressar a graça que se deseja). Nós vo-lo pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém." Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 14 de Junho: Santa Maria Micaela do Santíssimo Sacramento, virgem e fundadora. († 1865) São Vito, mártir. († 300) São Modesto, mártir. († 300) Santa Germana Cousin, virgem. († 1601) Fontes: Santoral Carmelita – carmelitas.org.br Pesquisa e Redação: Leonardo Girotto

Santa Clotilde marcou a história política cristã da França

A santa que lembramos neste dia marcou a história política cristã da França, já que era filha do rei Ariano. Santa Clotilde nasceu em Leão, na França, no ano de 475. Ao perder os pais muito cedo, acabou sendo muito bem educada pela tia, que a introduziu na vida da graça. Clotilde era ainda uma bela princesa que, interior e exteriormente, comunicava formosura quando se casou com um rei pagão, ambicioso e guerreiro, tendo com ele cinco filhos que acabaram herdando o gênio do pai. Como rainha, Clotilde foi paciente, caridosa, simples; e como mãe e esposa, investiu tudo na conversão destes que amava de coração, por amor a Deus. O soberano se propôs à conversão, caso vencesse os alemães que avançavam sobre a França; ao conseguir esse feito, cumpriu sua palavra, pois, tocado por Jesus e motivado pela esposa, entrou na Catedral para receber o batismo e começar uma vida nova. O esposo morreu na Graça, ao contrário dos filhos revoltados e mortos à espada em guerras. Dessa forma, Santa Clotilde mudou para Tours, empenhou-se nas obras religiosas e ajudou na construção de igrejas e mosteiros, isto até entrar no Céu em 545. A fama de sua santidade propagou-se por toda a França, sendo autorizado pela Igreja o culto em devoção a santa. Sua memória tornou-se um exemplo para o mundo católico, e Santa Clotilde passou a ser venerada no dia de sua morte. A minha oração Meu Deus e meu Pai, depois de haverdes inflamado o coração de Santa Clotilde no zelo pela propagação da fé em Jesus Cristo, concedestes a essa santa rainha da França o poder de com suas orações praticar milagres. Pelos méritos de Santa Clotilde, concedei-nos, Senhor, o consolo e o remédio a todos nossos males, aflições, tristezas, embaraços e perigos. Dignai-Vos confirmar-nos, na Vossa Fé, até ao fim de nossa existência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim seja. Amém! Santa Clotilde, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 14 de Junho: Beata Francisca de Jesus (Nhá Xica), primeira negra brasileira a ser declarada beata pela Igreja Católica. († 1895) São Fernando de Portugal, o Infante Santo. († 1443) Beata Maria Cândida da Eucaristia, virgem. († 1949) Santo Anastásio de Córdova, presbítero e mártir. († 853) Santo Eliseu, profeta. († séc. IX A.C.) Santa Digna de Córdova, virgem e mártir. († 853) São Félix de Córdova, monje e mártir. († 853) Fontes: Santoral Carmelita – carmelitas.org.br Orações Católicas - oracoescatolicas.net Pesquisa e Redação: Leonardo Girotto

Santo Antônio, franciscano e doutor da Igreja

Lisboa ou Pádua? Celebramos a memória do popular santo — doutor da Igreja — que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231. Por isso, é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo. Agostinianos ou franciscanos? Com 15 anos, entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote, com 24 anos de idade, encaminhado à carreira de filósofo e teólogo. Mas, ao conhecer a família dos franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças, o santo decidiu-se por seguir os passos de Francisco e deixou a ordem de Agostinho. Antônio, missionário e pregador Escolheu ser chamado de Antônio em veneração a Santo Antão — anacoreta, no Egito. Logo que entrou na Ordem Franciscana, foi enviado para Marrocos. Ali, Antônio ficou tão doente, que teve de voltar, mas, providencialmente, porque foi ao encontro do "Pobre de Assis", o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Nesse sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Ele atraía grandes multidões com as suas pregações, passava diversas horas no confessionário e reservava, para si, momentos de retiro em solidão. Páscoa Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo, servindo à sua família franciscana por meio da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isso até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna, em 13 de junho de 1231. O santo, muito querido, amado e venerado já em vida, foi sepultado no quinto dia após sua morte, depois de uma longa decisão de onde seu corpo seria encerrado. Foi carregado em grande procissão até a Igreja de Santa Maria em Pádua. Popularidade Sua popularidade era tamanha, que, imediatamente, o seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo Papa Gregório IX. Reconhecido pela influência de Santo Agostinho, Antônio conjugou, de modo original, mente e coração, pesquisa teórica, prática das virtudes, estudo e oração. A minha oração Querido Santo Antônio, fostes um exímio pregador e servo do Senhor. Ensina-me a ser também uma serva fiel e entregue aos desígnios de Deus para a minha vida. Quero conseguir também viver conjugando mente e coração, estudo e oração. Amém! Santo Antônio, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 13 de junho: Santa Felícula, mártir, na Via Ardeatina, a sete milhas de Roma, († c. s. IV) Beato Aquileu, bispo, em Alexandria, no Egito, o insigne na erudição, na fé, na vida e virtudes. († 312) São Trifílio, em Nicósia, na ilha de Chipre, bispo, que defendeu vigorosamente a verdadeira fé nicena e, como escreve São Jerónimo, foi o orador mais eloquente do seu tempo e admirável comentador do “Cântico dos Cânticos”. († 370) São Ceteu ou Peregrino, nos Abruzos, região da Itália, bispo de Amiterno, que, no tempo em que os Lombardos invadiram a região, acusado falsamente de sublevar a cidade, foi por eles condenado à morte e afogado no rio. († c. 600) Santo Eulógio, em Alexandria, no Egito, bispo, célebre pela sua doutrina, a quem o papa São Gregório Magno escreveu várias cartas, escrevendo sobre ele: «Não está longe de mim quem está unido a mim». († c. 607) São Salmódio, eremita, em Limoges, atualmente na França, († s. VII) São Ramberto, no território de Lião, na Gália, também na atual França, mártir, que, sendo de ilustre família e dotado de nobres virtudes, foi tão odiado por Ebroíno, chefe do palácio real, que este o enviou para o desterro e finalmente o mandou matar com um golpe de lança. († 680) Santo Aventino, no vale de Larboust, nos montes Pireneus, também na hodierna França, eremita e mártir, que, segundo a tradição, foi morto pelos Mouros. († s. VIII) São Fândila, em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, presbítero e monge, que, durante a perseguição dos Mouros, no tempo do rei Moamed I, foi decapitado em ódio à fé cristã. († 853) Beato Gerardo, no mosteiro de Claraval, na Borgonha, região da França, o monge, irmão de São Bernardo, que, apesar da escassa cultura, tinha uma grande inteligência e discernimento espiritual. († 1138) Santos Agostinho Phan Viet Huy e Nicolau Bui Viet Thê, em Hué, hoje no Vietnam, os mártires, que, depois de terem pisado a cruz, constrangidos pelo terror, quando recuperaram a consciência, desejosos de expiar a sua culpa, pediram imediatamente ao imperador Minh Mang que fossem novamente julgados como cristãos e, por isso, esquartejados vivos num barco, alcançaram as alegrias celestes. († 1839) Beata Maria Ana Biernacka, em Naumowicze, cidade próxima de Grodno, na Polónia, a mãe de família e mártir, que, no regime de ocupação militar da sua pátria, durante a guerra, se ofereceu aos soldados para substituir sua nora que estava grávida e, imediatamente fuzilada, recebeu a palma gloriosa do martírio. († 1943) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews Franciscanos.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova.

Beato Francisco Kesy e quatro companheiros mártires

II Guerra Mundial  Em 1 de setembro de 1939, Hitler invadiu a Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial. A casa salesiana de Poznan, na rua Wroniecka, foi ocupada e transformada em um depósito de soldados alemães. Os jovens continuaram a se reunir nos jardins fora da cidade e nos bosques próximos. Numerosas associações secretas surgiram. Prisão e martírio Em setembro de 1940, Francesco Kesy e quatro jovens oratorianos foram presos sob acusação de pertencer a uma organização ilegal. Eles foram levados para a temível Fortaleza VII, perto de Poznan, onde foram torturados e interrogados. Mais tarde, foram transferidos para várias outras prisões, onde nem sempre tiveram a sorte de estar juntos. Regressados ​​a Poznan, foram julgados e acusados ​​de alta traição e sentenciados à morte. Eles foram martirizados em Dresden em 24 de agosto de 1942. Espiritualidade Salesiana Eles viviam em cativeiro com um espírito de fé e espiritualidade salesiana. Rezavam continuamente: rosário, novenas a Dom Bosco e a Maria Auxiliadora, oração de manhã e à noite. Eles tentaram manter contato com suas famílias por meio de mensagens que muitas vezes conseguiam enviar secretamente. Eles corajosamente pediram e garantiram orações. Sempre que podiam, animavam alegremente as festas litúrgicas passadas na cela. Sua fé nunca vacilou. Eles eram testemunhas confiáveis ​​para o fim. Reconhecimento O decreto do martírio foi publicado em 26 de março de 1999; beatificado em 12 de junho de 1999 por João Paulo II.  Kesy Franciszek Francesco Kesy nasceu em Berlim em 13 de novembro de 1920. A família mudou-se para Poznan para o trabalho de seu pai. Francisco foi aspirante ao seminário menor dos salesianos no Lad. Durante a ocupação, incapaz de continuar seus estudos, ele trabalhou em uma planta industrial. Ele passou seu tempo livre no oratório, onde, em estreita amizade com os outros quatro, animava associações e atividades juvenis. Ele lembra que era sensível, mas ao mesmo tempo alegre, calmo, agradável e sempre disposto a ajudar os outros. Quase todos os dias, ele recebeu a comunhão; à noite, ele recitou o rosário. "Para Wronki, desde que eu estava sozinho na cela - ele escreve em mensagens para a família -, eu tive tempo de me examinar. Prometi viver de maneira diferente, como recomendou Dom Bosco, viver para agradar ao Senhor e a sua Mãe Maria Santíssima. [...] eu oro ao bom Deus que todas estas tribulações e tristezas me toquem e não a você ". Edoardo Klinik Nascido em Bochum, em 21 de junho de 1919, tímido e quieto, ele se tornou mais animado quando entrou no oratório. Ele era um estudante sistemático, responsável. Distinguiu-se porque estava muito ocupado em todos os campos de atividade e dava a impressão de ser o mais sério e profundo. Jarogniew Wojciechowski Nascido em Poznan, 5 de novembro de 1922, ele era um meditativo, tende a aprofundar a visão das coisas para entender os acontecimentos. Ele era um animador no melhor sentido da palavra. Ele foi distinguido pelo bom humor, compromisso e testemunho. Ceslao Józwiak Nascido em Lazynie, em 7 de setembro de 1919, ele era um pouco irascível, mas espontâneo, cheio de energia, senhor de si mesmo, pronto para o sacrifício, coerente e positivamente autoritário. Ele se viu aspirando à perfeição cristã e progredindo nela. Um companheiro de prisão escreve: "Ele era bem-humorado e bondoso, tinha uma alma como um cristal ... Ele me falou de uma preocupação: nunca borrar com qualquer impureza". Edoardo Kazmierski Nascido em Poznan, em 1 de outubro de 1919, ele foi caracterizado pela sobriedade, prudência e bondade. No oratório, ele podia desenvolver qualidades musicais incomuns. A vida religiosa soprada na família e pelos salesianos logo o levou à maturidade cristã. Durante sua prisão, ele mostrou grande amor por companheiros ainda mais velhos. Ele estava livre de qualquer sentimento de ódio contra os perseguidores. A minha oração "Que o bom exemplo de fidelidade e fortaleza desses jovens salesianos nos inspirem a lutar contra o pecado e a vencer todas as tribulações desta vida com o Auxílio da sempre Virgem Maria nossa Mãe!" Beatos e mártires salesianos, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 12 de Junho: São Basílides, mártir, em Lórium, antiga cidade da Etrúria, na Via Aurélia, a doze milhas de Roma. († data inc.) Santo Onofre, anacoreta, no Egito. († 400) São Leão III, em Roma, papa. († 816) Santo Odolfo, presbítero, em Utrecht, hoje na Holanda. († c. 865) Santo Esquilo, na Suécia, bispo e mártir, natural da Inglaterra, que foi ordenado bispo por São Sigfredo. († c. 1080) Beato Guido, presbítero, em Cortona, hoje na Toscana, região da Itália. († c. 1245) Beato Plácido, abade, nos Abruzos, também região da Itália. († 1248) Beata Flórida (Lucrécia Helena Cévoli), em Città di Castello, na Úmbria, também região da Itália, a virgem da Ordem das Clarissas. († 1767) São Gaspar Bertóni, em Verona, no Véneto, também região da Itália, presbítero, que fundou a Congregação das Santas Chagas de Cristo. († 1843) Beato Lourenço Maria de São Francisco de Xavier (Lourenço Maria Sálvi), em Capránica, no território de Viterbo, próximo de Roma, o presbítero da Congregação da Paixão. († 1856) Beata Mercedes Maria de Jesus (Mercedes Molina), em Riobamba, no Equador, virgem. († 1883) Beata Maria Cândida da Eucaristia (Maria Barba), em Ragusa, na Sicília, província da Itália, virgem da Ordem das Carmelitas Descalças. († 1949) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] site Salesianos de Dom Bosco - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São Barnabé, filho da consolação

Despojamento A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum... Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade. Assim José, a quem os apóstolos deram o apelido de Barnabé, que quer dizer “Filho da Consolação”, levita, natural de Chipre, possuía um campo. Vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou aos pés dos apóstolos (Atos 4, 32-37). Discípulo de Jesus A Bíblia menciona, pela primeira vez, o nome de Barnabé entre aqueles que, depois da morte de Jesus em Jerusalém, se reúnem em torno dos Apóstolos. Trata-se de uma comunidade de fiéis, na qual vivem, fraternalmente, compartilhando seus bens. Porém, a tradição — transmitida por Eusébio de Cesareia, obtida de Clemente Alexandrino —, também o inclui entre os 72 discípulos enviados por Jesus em missão para anunciar o Reino de Deus. Logo, ele já pertencia ao grupo dos seguidores de Cristo. Sobre as suas origens sabemos, por meio da Sagrada Escritura, que era natural da ilha de Chipre, na Grécia, judeu e chamado José. Chamado de Apóstolo Barnabé encontra-se entre as pessoas mais influentes da primeira Comunidade cristã nascente, tanto que, embora não fizesse parte dos Doze, era chamado apóstolo. Barnabé, considerado um "homem virtuoso repleto de Espírito Santo e de fé", foi enviado para Antioquia da Síria, de onde chegavam notícias de numerosas conversões. Uma vez constatado que muitos acreditavam nele, Barnabé se alegra e exorta todos a "perseverarem com um coração resoluto no Senhor". Acolheu Paulo Foi o primeiro a acolher Paulo, após a sua conversão na estrada de Damasco, que chegara a Jerusalém para encontrar os Apóstolos. Enquanto muitos desconfiavam daquele Saulo, que perseguia os cristãos, Barnabé o acolheu e o inseriu na comunidade. Assim, pediu a ajuda de Paulo no seu serviço à nova comunidade de fiéis.  Companheiro de Paulo Logo, mais uma vez, Barnabé intervém na vida de Paulo, encorajando-o na sua missão como Apóstolo dos gentios. Os dois permanecem em Antioquia, durante um ano, instruindo muitos. Precisamente ali, "pela primeira vez, os discípulos foram chamados cristãos". Depois da pregação em Antioquia, Barnabé e Paulo partem para uma nova missão em Chipre. Com eles estava também João, chamado Marcos (o evangelista), primo de Barnabé. A etapa sucessiva era a Panfília, de onde João decide voltar para Jerusalém. Ao invés, Barnabé e Paulo prosseguem para a Pisídia, Licaônia, Listra e Derbe, mas, depois, voltam para Antioquia da Síria, detendo-se também em Perge e Atália. A circuncisão No entanto, as conversões dos pagãos, cada vez mais numerosas, começam a suscitar divergências sobre a necessidade ou não da circuncisão. Por isso, por volta do ano 49, Barnabé e Paulo voltaram a Jerusalém para resolver este problema com os Apóstolos. Logo depois, ambos se preparam para uma nova missão, mas Barnabé quis envolver novamente o jovem João, embora Paulo fosse contrário, por não confiar muito nele. Barnabé, porém, o vê como um discípulo para ser reabilitado. Não chegando a um acordo, seus destinos se separaram: Barnabé embarca para Chipre, com seu primo, e Paulo parte para a Ásia.  Discórdia entre santos "Até entre os Santos havia conflito, discórdia, divergência, que, para mim, causam consolação, pois os Santos não caem do céu": foi o que explicou Bento XVI, na audiência geral de 31 de janeiro de 2007, ao falar da relação entre Barnabé e Paulo. A santidade não consiste em nunca cometer erros, mas aumenta com a capacidade de se arrepender e a disponibilidade de recomeçar, mas, acima de tudo, com a capacidade de perdoar. De fato, mais tarde, Paulo mudou de ideia sobre João. Bispo na Itália O Novo Testamento não nos fornece mais informações sobre Barnabé, mas alguns documentos bizantinos falam de uma viagem que fez com Pedro, com destino a Roma, de onde prosseguiu para o norte da Itália. Em Milão, de modo particular, a sua pregação teria suscitado várias conversões, que deram origem à primeira comunidade cristã na cidade, que, por isso, o considerou seu primeiro Bispo. Martírio em Salamina Os Atos de Barnabé, obra do V século, narram a sua morte em Salamina, onde teria sido apedrejado por judeus sírios, no ano 61. A sepultura de Barnabé existe ainda hoje existe. Dizem que teria sido o próprio Barnabé a indicar, em sonho, a sua sepultura ao Bispo de Salamina, Anthemios, em fins do século V. Este, portanto, teria mandado trasladar os restos mortais do apóstolo Barnabé para a Basílica, que ele lhe quis dedicar. A minha oração "Santo Apóstolo, que vendo as ações do Senhor, aprendeu o espírito de consolação, ensinai-nos a consolar e dai a nós a consolação nos momentos mais difíceis da vida. Que essa prática seja para nós virtude e meio de santidade. Amém!" São Barnabé, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 11 de junho: São Máximo, bispo, em Nápoles, região da Itália. († s. IV) São Remberto, em Bremen, na atual Alemanha, bispo de Hamburgo e de Bremen. († 888) São Bardão, Abade e bispo, em Mogúncia, também na atual Alemanha, († 1051) Santa Alaíde, no mosteiro de La Cambre, na atual Bélgica, virgem da Ordem Cisterciense. († 1250) São Páris, em Treviso, na região da Itália, presbítero da Ordem Camaldulense. († 1267) Beata Iolanda, em Gniezno, na Polónia, a abadessa, que, depois da morte do esposo, professou a vida monástica com sua filha na Ordem de Santa Clara. († 1298) Beato Estêvão Bandélli, em Saluzzo, na região da Itália, o presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1450) São João de São Facundo González de Castrillo, em Salamanca, na Espanha, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († 1479) Santa Rosa Francisca Maria das Dores (Maria Rosa Molas Vallvé), em Tortosa, na Espanha, virgem, que transformou uma associação de piedosas mulheres na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação. († 1876) Santa Paula Frassinétti, em Roma, virgem, fundou a Congregação das Irmãs de Santa Doroteia. († 1882) Beata Maria Schininá, em Ragusa, na Sicília, região da Itália, a virgem e fundadora do instituto das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus. († 1910) Beato Inácio Maloyan, em Kara-Kenpru, na Turquia, o bispo de Mardin dos Armenos e mártir. († 1915) Hildegarda Burjan, em Viena, na Áustria, mãe de família, fundou a organização feminina Cáritas Socialis. († 1933) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

Santo Anjo da Guarda de Portugal, o Anjo da Paz

Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia As três aparições desse anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima e, acontecendo um ano antes da aparição de Nossa Senhora, foi uma preparação dos corações dos pastorinhos para o sobrenatural que viveriam. Primeira aparição Na primavera de 1916, as três crianças estavam na Loca do Cabeço, no lugar dos Valinhos, a pastorear, quando lhes apareceu um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam.” As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois, ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz de vossas súplicas”. Essa oração acompanhou os pastorinhos para sempre. Segunda aparição Num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria tem sobre vós desígnios de misericórdia... Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal.” Terceira aparição No outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores.” Depois disso, o Anjo da Eucaristia entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta, e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.” Esta oração nos une a Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santíssima Trindade. Testemunho dos pastorinhos A presença do Anjo de Portugal envolveu os pastorinhos em um enlaço de profundo amor e intimidade com Deus. "A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era tão intensa, que quase não nos dávamos conta da própria existência." "Estas palavras do Anjo gravaram-se em nosso espírito, como uma luz que nos fazia compreender quem era Deus, como nos amava e queria ser amado." "A paz e a felicidade que sentíamos era grande, mas só íntima, completamente concentrada a alma em Deus." A minha oração "Anjo da Paz, fostes tu que levastes a mensagem do amor ao sacrifício oferecido a Deus aos pastorinhos e, a partir disso, eles estiveram prontos para receber a presença de Maria para cumprir a missão que o Senhor lhes iria designar. Assim, peço-te também: fortalece o meu coração, a fim de que se sacrifique por amor e pela reparação do mundo inteiro, e concede-me ter todo o meu ser aberto às mensagens que o céu me quiser trazer. Amém!" Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 10 de junho: São Censúrio, bispo, em Auxerre, actualmente na França,  († s. V) São Landerico, em Paris, bispo, que, segundo consta, vendeu as alfaias sagradas para socorrer os pobres em tempo de fome e edificou um hospital junto da igreja catedral. († c. 656) Santo Itamar, em Rochester, na Inglaterra, bispo, que foi o primeiro natural da região de Cantuária a ser chamado para a ordem episcopal e resplandeceu pela sua erudição e santidade de vida. († c. 666) São Bogumilo, na Polônia, bispo de Gniezno, que, renunciando à sede episcopal, ali seguiu a vida eremítica em suprema austeridade. († 1182) Beata Diana de Andaló, em Bolonha, na região da Itália, virgem, que, superando todas as oposições da família, na presença do próprio São Domingos fez o voto de vida claustral e ingressou no mosteiro de Santa Inês por ela fundado. († 1236) Beato Henrique de Bolzano, em Treviso, na região da Itália, o que, sendo carpinteiro e inculto, dava tudo aos pobres e, apesar da sua deficiência física, partilhava com os outros mendigos a precária esmola que ele mendigava. († 1315) O passamento do Beato João Domínici, em Budapest, na Hungria, bispo de Dubrovnik, que, depois da peste negra, restaurou a observância regular nos conventos da Ordem dos Pregadores na Itália e, enviado para a Boémia e Hungria a fim de impugnar a pregação de João Hus, morreu nesta cidade. († 1419)  Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Tomás Green, presbítero, e Gualter Pierson, monge da Cartuxa desta cidade, que, por se oporem ao rei Henrique VIII na sua pretensão de assumir a suprema jurisdição sobre os direitos eclesiásticos, foram metidos num sórdido cárcere, onde, consumidos pela fome e a doença, encontraram a morte gloriosa. († 1537) Beato Eduardo Poppe, na Bélgica, o presbítero, que, apesar das adversidades do seu tempo, com os seus escritos e a sua pregação promoveu na Flandres a formação cristã e o culto da Eucaristia. († 1924) Beato Eustáquio Kugler, na Alemanha, religioso da Ordem Hospitaleira de São João de Deus. († 1946) Fontes: Martirológio Romano Opus dei Padrepauloricardo.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São José de Anchieta

Origens  Nascido nas Ilhas Canárias, na Espanha, José de Anchieta mudou-se ainda bem jovenzinho, com quatorze anos, para Portugal em prol dos estudos. Ingressou-se na Universidade de Coimbra para estudar Letras e Filosofia. Foi então em Portugal onde ele teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier. Chamado  Aos 17 anos, diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus. Anchieta torna-se jesuíta, em 1551, onde fez um noviciado exigente e, mesmo com a saúde frágil, fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência em 1553. São José de Anchieta, Apostolado no Brasil Inspirado pelas cartas dos missionários jesuítas, neste mesmo ano, aos 19 anos, José partiu para a Terra de Santa Cruz, onde viveu um grande trabalho de evangelização, devotando-se totalmente ao serviço dos nativos. O santo disseminou os preceitos cristãos utilizando particularidades locais, dedicou-se a aprender o idioma e, assim como os demais jesuítas, fez grande oposição aos abusos cometidos pelos colonizadores portugueses. Em 1566, Anchieta foi ordenado sacerdote. E, em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Literatura e "canarinho" José de Anchieta, desde mais jovem, era um amante da arte. Chamado pelos seus companheiros de "canarinho" devido ao gosto em declamar poesias, escreveu diversos autos e poemas sobre a vida de Cristo. Em um tempo de grande dificuldade em manter-se santo, após dar-se como refém a uma prisão em defesa da paz, fez uma promessa a Nossa Senhora e lhe escreveu o célebre "Poema à Virgem". Muitos dos seus escritos são de grande relevância para toda a história do Brasil. Peregrino e milagres  Assim como o fundador da Companhia de Jesus - Santo Inácio de Loyola -, José foi um peregrino nesta terra, viajou por diversos lugares nos quais fundou escolas e cidades, ensinou e aprendeu diversas faculdades com o povo nativo. Muitos são os milagres, as curas e os dons atribuídos a esse santo que viveu sua missão em intensa oração e comunhão com o Espírito Santo e na companhia da Virgem Maria. Beatificação e Canonização Considerado o “Apóstolo do Brasil”, José de Anchieta foi beatificado, em 22 de junho de 1980, pelo Papa João Paulo II; e, no dia 3 de abril de 2014, foi declarado santo por intermédio de um decreto assinado pelo Papa Francisco. A minha oração  São José de Anchieta, tantos foram os milagres e as curas que Deus concedeu-te realizar ao povo brasileiro! Por toda sua dedicação e entrega a nos trazer o Cristo, eu Te peço que continue a olhar do céu por toda a nossa nação. Que nos traga com a leveza da arte e da poesia o desejo de também nos entregarmos a Deus e aos seus desígnios. Amém! São José de Anchieta, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 09 de junho: Santo Efrém, diácono e doutor da Igreja, que consagrou-se ao ministério da palavra e, com os escritos, tornou-se tão célebre pela sua austeridade de vida e doutrina espiritual, que mereceu, pelos excelentes hinos que compôs, ser chamado a cítara do Espírito Santo. († 378) Os santos Primo e Feliciano, mártires, na Via Nomentana, a quinze milhas de Roma. († data inc.) São Diomedes, mártir, em Niceia, hoje na Turquia, († data inc.) São Vicente, mártir, que, segundo a tradição, consumou o seu martírio pelo nome de Cristo durante uma festa pagã dos gentios em honra do sol, em Vernemet, hoje na França, († s. IV in.) São Maximiano, bispo, em Siracusa, na Sicília, região da Itália, que é mencionado frequentemente pelo papa São Gregório Magno. († 594) São Colomba ou Colum Cille, em Iona, ilha da Escócia, presbítero e abade, natural da Irlanda e instruído nos preceitos monásticos, que fundou na sua pátria e depois em Iona vários mosteiros insignes pela observância religiosa e pela cultura literária, até que, já ancião, esperou serenamente o seu último dia e diante do altar descansou no Senhor. († 597) Mais santos São Ricardo, em Ândria, na região da Itália, bispo, natural da Inglaterra e célebre pela sua virtude, que acolheu condignamente as relíquias dos santos Erasmo e Ponciano. († s. XII f.) Beato Roberto Salt, em Londres, mártir, monge da Cartuxa desta cidade, que, pela fidelidade à Igreja firmemente conservada contra o rei Henrique VIII, foi detido no cárcere de Newport, onde morreu de fome. († 1537) Beato José Imbert, na França, presbítero e mártir da Companhia de Jesus. Durante a Revolução Francesa, foi nomeado pelo papa Pio VI vigário apostólico de Molins. Encerrado num barco-prisão em ódio à Igreja, aí morreu contagiado por uma infecção mortal. († 1794) Beata Ana Maria Taigi, em Roma, mãe de família, que, maltratada pela violência do esposo. Perseverou fielmente a cuidar dele e a ocupar-se da educação dos sete filhos.  Viveu sem omitir nunca a solicitude espiritual e material pelos pobres e doentes. († 1837) Beato Luís Boccardo, em Turim, na Itália, o presbítero da diocese de Turim, fundador do Instituto das Filhas de Jesus Rei. († 1936) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews franciscanos.org jesuitasbrasil.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova