Santos

São Luís Scrosoppi acompanha quem se entrega à Providência de Deus

Padroeiro Com a sua intercessão a favor dos pequenos, dos pobres, da juventude em dificuldade, das pessoas que sofrem, de quantos vivem situações penosas, também hoje, padre Luís continua a indicar para todos a estrada da união com Deus, da compaixão e do amor, além disso, está pronto para acompanhar os passos daqueles que se entregam à Providência de Deus.  Naturalidade São Luís Scrosoppi nasceu em 4 de agosto de 1804, em Údine, cidade do Friuli, no Norte da Itália. Cresce num ambiente familiar rico de fé e caridade cristã. Aos doze anos, inicia o caminho do sacerdócio, frequentando o seminário diocesano de Údine e, em 1827, é ordenado sacerdote; ao seu lado estão os irmãos Carlos e João Batista, ambos sacerdotes. Descoberta do chamado Num ambiente paupérrimo do Friuli de 1800, debilitado pela carestia, guerras e epidemias, São Luís Scrosoppi dedica-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, à acolhida e à educação das "derrelitas", as jovens mais sozinhas e abandonadas de Údine e dos arredores. Para elas, ele coloca à disposição os seus bens, às suas energias, o seu afeto. A sua vida, de fato, é uma expressão palpável da grande confiança na Providência divina. Assim escreve, a respeito da obra de caridade na qual está envolvido: "A Providência de Deus, que dispõe os ânimos e rende os corações para favorecer as suas obras, foi a única fonte da existência deste Instituto... Aquela amorosa Providência, que não deixa confundir quem nela confia". Não perde ocasião para infundir essa confiança e serenidade nas meninas acolhidas e nas jovens senhoras que se dedicam à sua educação.  São Luís Scrosoppi e a Congregação das Irmãs da Providência Início da Fundação Na tarde do dia 1 de fevereiro de 1837, as nove senhoras, que colaboraram na educação das meninas, escolhem viver na pobreza e na doação total de si. É nesta simplicidade que nasce a Congregação das Irmãs da Providência, a família religiosa fundada pelo padre Luís.  Fundamentos da espiritualidade O fundador as encoraja ao sacrifício e as exorta aos cuidados afetuosos das meninas, que devem considerar a "pupila dos seus olhos". Disse-lhes: "Mais que qualquer outra coisa, estas filhas dos pobres têm necessidade de educar o coração e de aprender tudo o que é necessário para conduzirem honestamente a sua vida". E ainda: "O cansaço, a aplicação, a ocupação contínua e as preocupações fastidiosas para ajudá-las, socorrê-las e instruí-las, não vos desencorajem, sabendo que fazeis tudo isto a Jesus". A vocação "oratoriana" Entretanto, Luís vai amadurecendo a necessidade de uma consagração mais total ao Senhor. Está fascinado pelo ideal de pobreza e de fraternidade universal de Francisco de Assis, mas os acontecimentos da vida e da história o conduzirão sobre os passos de São Felipe Neri. A vocação "oratoriana" de Luís se realiza em 1846; e, na maturidade dos seus 42 anos, torna-se filho de São Felipe: dele aprende a mansidão e a doçura, que o ajudarão a ser mais idôneo na função de fundador e pai da Congregação das Irmãs da Providência.  Obras construídas Todas as obras por ele empreendidas, durante a sua vida, refletem essa escolha preferencial para os mais pobres, para os últimos, os abandonados. "Doze casas - havia profetizado - abrirei antes da minha morte", e isso aconteceu. Doze casas nas quais as Irmãs da Providência se dedicam num serviço humilde, com empenho e alegre às jovens à mercê de si mesmas, aos doentes pobres e transcurados, aos anciãos abandonados. As dificuldades, a doença e o falecimento de São Luís Scrosoppi Provações Na segunda metade de 1800, a Itália, região após região, vai se unificando. Uma das consequências disso, que aconteceu infelizmente num clima anticlerical, é o decreto de supressão da "Casa das Derrelitas" e da Congregação dos Padres do Oratório, de Údine. Tem início para o padre Luís uma dura luta para salvar as obras a favor das "derrelitas" e consegue, mas não pôde fazer nada para impedir a supressão da Congregação do Oratório. A triste situação política consegue, assim, destruir as estruturas materiais da Congregação do Oratório de Údine, contudo, não pode impedir Padre Luís de permanecer para sempre discípulo fiel de São Felipe. Páscoa No fim de 1883, é constrangido a suspender toda atividade, as forças começam a diminuir e é atormentado por uma febre constantemente alta. A doença progride de modo inexorável. Recomenda às Irmãs de nada temer" porque foi Deus que fez nascer e crescer a Família religiosa e será ainda Ele que a fará progredir". Quando sente chegar o fim dirige as últimas palavras às Irmãs: "Depois da minha morte, a vossa Congregação terá muitas tribulações, mas depois renascerá a vida nova. Caridade! Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: salvar as almas e salvá-las com a Caridade". Na noite de quinta-feira, 03 de abril de 1884, faleceu o santo.   Devoção a São Luís Scrosoppi Oração Ó Senhor, que em São Luís acendeu o fogo do teu amor para a humanidade sofredora e o tornou modelo de santidade para todos nós, infundi o mesmo Espírito de caridade operante no teu povo e nesta tua Igreja, para torná-la imagem legível do teu vulto paterno para os homens e mulheres do terceiro milênio. Ó São Luís, modelo de generosidade, com a ajuda da Virgem Mãe, que foi teu sustento para toda a vida, intercede para que esta tua terra saiba apresentar pastores santos, cristãos generosos e almas consagradas ao serviço de Cristo e do Evangelho. Amém. Minha oração “Nosso querido santo intercessor, concede-nos a graça de viver sob a tutela da providência. Que tudo o que fizermos esteja debaixo da vontade de Deus, isso te pedimos e cremos que nos ensinará a viver dessa forma, Amém.” São Luís Scrosoppi, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 3 de abril  São Sisto I, papa em Roma. († 128) Santos Cresto e Papo, mártires em Constança, cidade da Cítia, na atual Romênia. († c. s. IV) Santo Ulpiano, mártir em Tiro, na Fenícia, hoje no Líbano. († 306) São João, bispo  em Nápoles, na Campânia, região da Itália. († 432) São Nicetas, no Mosteiro de Medíkion, na Bitínia, na atual Turquia. († 824) São José o Hinógrafo, presbítero e monge em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia. († 886) São Ricardo, bispo em Chichester, na Inglaterra. († 1235) São Gandolfo de Binasco Sáchi, presbítero da Ordem dos Menores em Polizzi, na Sicília, região da Itália. († c. 1260)  Beato João, presbítero,  em Penna, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália. († 1275) Os beatos Roberto Middleton, da Companhia de Jesus, e Turstão Hunt, presbíteros e mártires, em Lancaster, na Inglaterra. († 1601) Os beatos Ezequiel (José Luciano) Huerta Gutiérrez e Salvador (José) Huerta Gutiérrez, pais de família e mártires, em Guadalajara, região de Jalisco, no México. († 1927) O Beato João de Jesus e Maria (João Otazua y Madariaga), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir em Mancha Real, perto de Jaén, na Espanha. († 1937) Beato Pedro Eduardo Dankowski, presbítero e mártir perto de Cracóvia, na Polônia, no campo de concentração de Auschwitz. († 1942) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007] - Pesquisa: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

São Francisco de Paula, conhecido como "O Eremita da Caridade"

Origens São Francisco de Paula realiza muitos milagres e é muito venerado na Calábria. Nasceu em Paola (Cosenza) em 1416 em uma família pobre. O casal de idosos quer um filho e reza para que São Francisco de Assis faça o milagre. É assim que acontece. A promessa  Após quinze anos de casamento, nasce um lindo menino que leva o nome do Pobre Homem de Assis, Francisco. Imediatamente depois, um dos olhos do menino fica doente. Os pais prometem manter a criança no convento por um ano e rezar a São Francisco. O apelo é ouvido: a criança se cura e a promessa é cumprida. Convento Quando entrou no convento, Francesco era um menino, mas já queria viver como um frade humilde: dormia no chão, comia pouco, rezava sempre. Ele então sente que quer se dedicar totalmente a Deus e se retira para uma caverna à beira-mar, perto de Paola, onde, durante cinco anos, vive na solidão comendo apenas grama. Milagres Ele realiza muitos milagres e se torna muito famoso. No convento acende a panela com as leguminosas com o sinal da cruz. Ele cura leprosos, cegos e paralíticos. Multiplique o pão e o vinho. Cidade livre de epidemias. O milagre mais conhecido é o de atravessar o Estreito de Messina com o manto, já que o santo não tem dinheiro para pagar ao barqueiro que o deverá transportar. O próprio barqueiro, presenciando o milagre, lamenta ter negado sua ajuda e pede perdão ao frade. Ordem dos Eremitas Muitos discípulos convergem em torno de Francisco. Assim nasceu a Ordem dos Eremitas (ou Mínimos) de São Francisco de Assis. O santo foi peregrino a Assis, Montecassino, Loreto e Roma. Em Roma, Francisco continua perturbado pela vida suntuosa levada por um cardeal, tanto que o repreende, lembrando-lhe a simplicidade evangélica. Visita ao Rei da França Os poderosos da época queriam conhecê-lo, ser aconselhados por ele, curados, como o muito doente rei da França Luís XI. O frade vai para França. Não cura o rei, mas lhe dá muita serenidade. A corte o ama e estima, tanto que ele permanece na França por vinte e cinco anos, tempo que Francisco aproveita para criar muitos outros conventos. Protetor e Padroeiro O humilde franciscano permanece pobre e simples durante toda a sua vida, defende os pobres e ataca os poderosos que levam uma vida confortável e mundana e molestam injustamente o povo. Francesco di Paola morreu em 1507, aos 91 anos, em Tours (França). Protetor dos eremitas, marinheiros, viajantes e peixeiros, é invocado por casais estéreis para ter um filho. Ele é o padroeiro da Calábria. Minha oração “Deus, nosso Pai, São Francisco de Paula viveu a simplicidade e a pobreza evangélica. Também hoje nos chamais a dar testemunho da vossa bondade e da vossa misericórdia no meio dos homens. Libertai os nossos corações da insensatez e da lentidão para crer no que vosso Filho Jesus revelou: o mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição. Permanecei conosco, Senhor, conduzi-nos à fraternidade à reconciliação. Possamos exclamar jubilosos como os primeiros discípulos: É verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão. E nós o reconhecemos na fração do pão! Amém.” São Francisco de Paula, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 2 de abril  Em Cesareia da Palestina, Santo Anfiano ou Apiano, mártir, que, no tempo do imperador Maximino, quando os habitantes daquela terra eram obrigados a sacrificar publicamente aos deuses, se aproximou corajosamente do governador Urbano e, segurando-lhe a mão direita, obrigou-o a suspender o rito; imediatamente os soldados se arremessaram sobre ele e, envolvendo - lhe os pés num lençol embebido em óleo, atearam-lhe fogo e lançaram-no vivo ao mar.(† 306)  Em Cesareia da Palestina, Santo Anfiano ou Apiano, mártir, que, no tempo do imperador Maximino, quando os habitantes daquela terra eram obrigados a sacrificar publicamente aos deuses, se aproximou corajosamente do governador Urbano e, segurando-lhe a mão direita, obrigou-o a suspender o rito; imediatamente os soldados se arremessaram sobre ele e, envolvendo - lhe os pés num lençol embebido em óleo, atearam-lhe fogo e lançaram-no vivo ao mar.(† 306) Também em Cesareia da Palestina, a paixão de Santa Teodora, virgem de Tiro, que, na mesma perseguição, por saudar publicamente os confessores da fé que estavam perante o tribunal e rogar-lhes que se lembrassem dela quando chegassem à presença do Senhor, foi presa pelos soldados e conduzida ao prefeito, por ordem do qual sofreu cruéis suplícios e finalmente foi lançada ao mar.(† 307) Em Como, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Abúndio, bispo, que, tendo sido enviado a Constantinopla pelo papa Leão Magno, aí defendeu firmemente a verdadeira fé.(† 468)  Em Cápua, na Campânia, também região da Itália, São Vítor, bispo, célebre pela sua erudição e santidade.(† 554)  Em Lião, na Gália, actualmente na França, São Nicécio, bispo, que foi sempre solícito para com os pobres e bondoso para com os humildes e ensinou esta Igreja a seguir uma norma na salmodia.(† 573) No mosteiro de Luxeuill, na Borgonha, também na atual França, Santo Eustásio, abade, que foi discípulo de São Columbano e prelado de quase seiscentos monges.(† 629) No Chelmsford, na Inglaterra, São João Paine, presbítero e mártir, que, no reinado de Isabel I, falsamente acusado de alta traição, sofreu o suplício da forca.(† 1582) Em Tomhom, localidade da ilha de Guam, na Oceania, São Pedro Calungsod, catequista, e o Beato Diogo Luís de San Vítores, presbítero da Companhia de Jesus, que por causa da sua fé cristã foram cruelmente assassinados e lançados ao mar por apóstatas e alguns indígenas sequazes de superstições pagãs.(† 1672) Em Spoleto, na Úmbria, região da Itália, o Beato Leopoldo de Gaiche, presbítero da Ordem dos Frades Menores, que organizou santos retiros em Monteluco.(† 1815) Em Xuong Dien, no Tonquim, hoje no Vietnam, São Domingos Tuoc, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir na perseguição do imperador Minh Mang.(† 1839) Em Pádua, no Véneto, região da Itália, a Beata Isabel Vendramini, virgem, que dedicou a sua vida aos pobres e, superando muitas adversidades, fundou o Instituto das Irmãs Isabelinas da Ordem Terceira de São Francisco.(† 1860) Em Vich, cidade da Catalunha, na Espanha, São Francisco Coll y Guitart, presbítero da Ordem dos Pregadores, que, injustamente expulso do claustro, perseverou firmemente na sua vocação e anunciou por toda esta região o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.(† 1875) Em Gyor, na Hungria, o Beato Guilherme Apor, bispo e mártir, que, durante a segunda guerra mundial, abriu as suas portas a cerca de trezentos refugiados e, espancado na tarde da Sexta-Feira da Paixão do Senhor por defender das mãos dos soldados algumas jovens indefesas, morreu três dias depois.(† 1945) Em L’viv, na Ucrânia, o Beato Nicolau Carneckyj, bispo, que, exercendo a função de exarca apostólico em Volyn’ e Pidljashja, durante a perseguição contra a fé cristã, seguiu os passos de Cristo como pastor fiel e por sua graça alcançou o reino celeste.(† 1959) Em Maracay, na Venezuela, a beata Maria de São José Alvarado (Laura Alvarado Cardozo), virgem, que fundou a Congregação das Agostinhas Recoletas do Sagrado Coração e assistiu sempre com suprema caridade as órfãs, os idosos e os pobres abandonados.(† 1967) Em Roma, junto de São Pedro, o dia natal de São João Paulo II, papa, cuja memória se celebra no dia 22 de Outubro.(† 2005)   Fontes: Martirológio Romano Santiebeati.it Milicia da imaculada – Pesquisa e Redação: Ronaldo Pires Atividade  

São Ludovico Pavoni doou-se total e concretamente pelo jovens

Origens Ludovico Pavoni nasceu em Bréscia (Itália), no dia 11 de setembro de 1784. Primeiro de cinco filhos, ele viveu em um tempo de mudanças políticas e sociais: a Revolução Francesa (1789), a Revolução Jacobina (1797), a dominação napoleônica com suas diversas denominações e, enfim, desde 1814, a dominação austríaca. Política do amor aos jovens pobres A política de Ludovico Pavoni, ordenado padre em 1807, foi sempre e unicamente a do amor. Renunciando à fáceis perspectivas de carreira eclesiástica, soube doar- se com generosa criatividade a quem tinha mais necessidade: os jovens, e entre esses os mais pobres. Para eles, abriu seu Oratório em 1812.  Empenho catequético Dedicava-se, ao mesmo tempo, como notará o bispo, a ajudar os párocos, instruindo, catequizando com homilias, catecismos e com retiros, fazendo grande bem à juventude, especialmente à mais pobre que tem maior necessidade.  São Ludovico Pavoni e o Instituto de São Barnabé Encargos e fundação Aos 34 anos, foi nomeado cônego da Catedral e lhe foi confiada a reitoria da basílica de São Barnabé. Percebendo, no entanto, que muitos oratorianos, sobretudo os pobres, fraquejavam e se desviavam do bom caminho ao se inserirem no mundo do trabalho, que, infelizmente, não garantia um ambiente moral e cristão sadio, Ludovico Pavoni decidiu fundar um Instituto beneficente ou Colégio de Artes onde, pelo menos, os órfãos ou os descuidados pelos próprios pais fossem acolhidos, gratuitamente mantidos e educados de forma cristã. Ludovico sonhava habilitar os jovens para o desempenho de alguma profissão. Com o objetivo de formá-los, ao mesmo tempo, afeiçoados à religião, úteis à sociedade e ao Estado. Nasceu, assim, o Instituto de São Barnabé. Oficinas de salvação Entre as artes, a mais importante foi a tipografia, querida por padre Pavoni como “Escola Tipográfica” que pode ser considerada a primeira Escola gráfica da Itália e que logo se torna uma verdadeira Editora. Com o passar dos anos, multiplicaram-se os ofícios ensinados em São Barnabé. Em 1831, padre Pavoni enumera oito oficinas existentes: tipografia e calcografia, encadernação, livraria, ourivesaria, serralheria, carpintaria, tornearia e sapataria. Seguindo a inspiração O Instituto de São Barnabé reunia, pela primeira vez, o aspecto educativo, o assistencial e o profissional, mas a marca mais profunda, a ideia característica do novo Instituto era que os meninos pobres, abandonados pelos pais e parentes mais próximos, aí encontrassem tudo o que tinham perdido: não somente um pão, uma roupa e uma educação nas letras e artes, mas o pai e a mãe, a família de que a desventura os privou, e com o pai, a mãe, a família, tudo o que um pobre podia receber e gozar. Condecorado Cavaleiro da Coroa Férrea Além do esperado… Padre Pavoni pensou também nos camponeses e projetou uma Escola Agrícola. Em 1841, acolhe também deficientes auditivos. Em 3 de junho de 1844, foi condecorado pelo imperador com o título de Cavaleiro da Coroa Férrea. Cuidados Extendidos  Para sustentar e dar continuidade ao Instituto, Ludovico Pavoni cultivava há muito, a ideia de formar com seus jovens mais fervorosos uma regular Congregação. Consistia na unidade com os vínculos da caridade cristã e fundamentada nas virtudes evangélicas. Além da dedicação inteiramente ao acolhimento e à educação dos filhinhos abandonados e se disponha a estender gratuitamente seus cuidados também em favor da tão recomendada Casa da Indústria, prejudicada com a falta de mestres competentes nas artes. Aprovação Obtido o Decreto da finalidade da Congregação, por parte do Papa Gregório XVI, em 1843, alcançou finalmente a aprovação imperial, com a criação da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada. A Congregação dos Filhos de Maria Imaculada Os Pavonianos Quanto à marca da nova família religiosa, os contemporâneos reconhecem-lhe a originalidade e a novidade. Devendo a mesma compor-se de religiosos sacerdotes para a direção espiritual, disciplinar e administrativa da obra e de religiosos leigos para a condução das oficinas e a educação dos jovens. Surge assim a nova imagem do religioso trabalhador e educador: o irmão coadjutor pavoniano, inserido diretamente na missão específica da Congregação, com paridade de direitos e de deveres com os sacerdotes. Morte no Domingo de Ramos Com a saúde comprometida, Ludovico a teve agravada e, na madrugada de 1º de abril, domingo de Ramos, morreu. Santidade Na beatificação de Ludovico Pavoni, sancionada pelo Papa Pio XII, o Pontífice fala sobre a heroicidade das virtudes no qual é chamado de um outro Felipe Neri, precursor de São João Bosco, “rival” perfeito de São José Cottolengo. Minha oração "A sede pela salvação das almas habitava o coração de São Ludovico Pavoni. 'Senhor, que meu coração seja incendiado pelo ardor evangelizador. Dá-me o Teu Espírito Santo com cada um dos seus dons. Amém'." São Ludovico Pavoni, rogai por nós! Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 1º de abril Santos mártires Venâncio, bispo e companheiros Anastásio, Amaro, Pauliniano, Télio, Astério, Septímio, Antioquiano e Gaiano, que a Igreja venera na mesma festividade. († s. III/IV) Santas Ágape e Quiónia, virgens e mártires que, foram entregues ao governador Dulcécio e condenadas à fogueira. († 304) Santa Maria Egipcíaca,  pecadora de Alexandria que pela intercessão da Virgem Maria, converteu-se a Deus na Cidade Santa e se consagrou a uma vida penitente e solitária além do Jordão, na Palestina († s. V) São Valérico, presbítero, que atraiu muitos companheiros à vida eremítica na França († s. VII) São Celso, bispo de Armagh, que promoveu diligentemente a renovação da Igreja na Irlanda († 1129) Santo Hugo, bispo, que durante quase cinquenta anos dirigiu a Igreja com o seu admirável exemplo de caridade na França († 1132) Beato Hugo, abade, cuja caridade e prudência promoveu a conciliação entre o Papa Alexandre III e o imperador Frederico I na França († 1194) São Gilberto, bispo, que construiu em Dornoch a igreja catedral e fundou hospícios para os pobres na Escócia. († c. 1245) Beato João Bretton, mártir, pai de família, que, no reinado de Isabel I, foi várias vezes incriminado pela sua perseverante fidelidade à Igreja Romana († 1598) Beato Carlos de Áustria (Carlos I de Habsburgo), que contribuiu diligentemente, pela sua condição régia, para o fortalecimento do reino de Deus, em Portugal († 1922) Beatos Anacleto González Flores (José), Jorge Raimundo Vargas González, Luís Padilla Gómez (José Dionísio), e Raimundo Vicente Vargas González, mártires, no México († 1927) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007] - Pesquisa: Cristian da Silva - jovem, filho de membros da Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São Benjamim, o santo torturado com farpas embaixo das unhas

Origem Nasceu na Pérsia no ano 394. E, logo que evangelizado, engajou-se na igreja e descobriu a sua vocação ao diaconato. “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fl 1,21). Jovem mártir da igreja, São Benjamim encarnou na vida as palavras do apóstolo Paulo aos filipenses, dando a sua vida pelo evangelho e conversão das almas. Vida Naquela época, tensões políticas e religiosas, entre o rei persa e o domínio romano, desencadearam numa grande perseguição aos cristãos que durou cerca de três anos. O diácono Benjamim, cuja atividade e influência desagradaram ao rei Isdeberg, foi espancado e preso. Ardor apostólico Benjamim era um jovem com muito ardor apostólico e amor pelas almas. Exímio pregador, falava com eloquência levando muitos a se converterem, inclusive sacerdotes persa de uma seita pagã. Durante o período de um ano de encarceramento, dedicou-se à oração, à meditação e à escrita. São Bejamin: santidade e martírio A prisão e negociação Do lado de fora da prisão, ocorriam negociações para restabelecer a paz entre o rei persa e o embaixador de Roma. O embaixador pediu a liberdade de Benjamim. O rei consentiu, mas impôs a condição do diácono prometer não voltar a exercer o seu ministério entre os magos e sacerdotes da religião persa. Benjamim declarou que nunca fecharia aos homens as fontes da graça divina, nem deixaria de fazer brilhar diante dos seus olhos a verdadeira luz – disse ainda: "de outra forma, eu próprio incorreria nos castigos que o Mestre reserva aos servos que enterram o seu talento". Mesmo assim, foi posto em liberdade sob fiança do embaixador romano. O retorno ao serviço a Deus Com a alegria singular daqueles que fazem o encontro pessoal com Jesus, Benjamim, agora em liberdade, rapidamente colocou-se a servir o Senhor e a anunciar o evangelho. Muitos sinais foram realizados por meio dele: cegos voltaram a ver, leprosos foram curados e muitas pessoas se converteram. Confrontou o rei Logo que Isdeberg, o rei persa, ficou sabendo das atividades de Benjamim, ele o intimou para estar na presença dele e, desta vez, ordenou-lhe que adorasse o sol e o fogo. O diácono respondeu: "faz de mim o que quiseres, mas eu nunca renegarei o Criador do Céu e da terra, para prestar culto a criaturas perecedouras". E, corajosamente, confrontou o rei indagando: "Que juízo farias de um súdito que prestasse a outros senhores a fidelidade que te é devida a ti?". Farpas embaixo das unhas Furioso, Isdeberg ordenou que o torturassem em lugar público e, enquanto enfiavam farpas embaixo das unhas e em outras partes sensíveis do corpo, o impeliam a negar a sua fé. Como persistiu em não negar a Cristo, aplicaram-lhe o suplício da empalação. Por volta do ano 424, morre São Benjamim, martirizado por anunciar e testemunhar Cristo. Minha oração "Senhor Jesus, aos 30 anos, Benjamim teve a coragem de sofrer e morrer por Ti. Dá-me essa graça, se preciso for. Amém." São Benjamim, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 31 de março Santa Balbina, cuja basílica no monte Aventino testemunha a veneração do seu nome. († a. 595) Santo Agilolfo, bispo, ilustre pela sua pregação e santidade de vida, na Alemanha († 751/752) São Guido, abade do mosteiro de Pomposa, que, depois de ter recebido muitos discípulos e construído edifícios sagrados, se consagrou inteiramente à oração, à contemplação e ao culto divino, na Itália († 1046) Beata Joana, virgem da Ordem das Carmelitas, na França († s. XIV) Beato Boaventura de Forli, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que, pregando em diversas regiões da Itália, exortou o povo à penitência e morreu octogenário durante uma pregação quaresmal, na Itália († 1491) Beato Cristóvão Robinson, presbítero e mártir, que foi testemunha do martírio de São João Boste, na Inglaterra. († 1597) Beata Natália Tulasiewicz, mártir, que, durante a ocupação militar da Polônia, sua pátria, foi encerrada num campo de concentração, na Alemanha († 1945) Fontes: calendarr.com - Carlendário Português tendadosenhor.com.br vaticannews.va Martirológio Romano Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] - Pesquisa: João Paulo de Queiroz - Comunidade Canção Nova - Natal (RN) - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São João Clímaco, em seu escondimento, atraiu tantos para Cristo

Origens João nasceu na Síria em 579. Desde criança, demonstrou ser bem inteligente. Teve boa formação cristã e também literária. De família nobre e rica, com um futuro promissor na sociedade, ele preferia a simplicidade e a oração. Assim, aos 16 anos, sentiu-se chamado para a vida monástica eremítica. Em busca do Monte Sinai Foi para o Monte Sinai, onde havia vários mosteiros com comunidades monásticas vivas. No Monte Sinai, João se fez discípulo de um dos mestres mais conhecidos que habitava o mosteiro mais famoso da região. O mestre era conhecido como o ancião e venerável Raiuthi. No mosteiro, João destacou-se pelo amor à oração, aos sacrifícios, ao trabalho pesado e aos estudos. Seriedade na vocação João levou muito a sério o seu chamado para a vida monástica e sua vocação para uma vida reclusa, dedicada à oração, à solidão e à ascese. E era isso que João buscava, por meio da vida simples no mosteiro. Ele só saia das dependências do mosteiro quando precisava colher frutas, raízes e outros alimentos para si e para os monges. Além disso, ele só se encontrava com os outros monges nos finais de semana, quando faziam orações e celebrações coletivas. São João Clímaco e a vida nos mosteiros do Monte Sinai Contexto histórico No século IV, as perseguições dos romanos contra os cristãos tinham terminado. Ao mesmo tempo, inúmeros mosteiros muito simples tinham sido construídos na região do Monte Sinai por muitos monges, que buscavam a vida de oração e de contemplação. Na época, esses mosteiros ficaram famosos por causa da hospitalidade dedicada aos peregrinos e pelas bibliotecas que guardavam manuscritos valiosos. Nesse ambiente, São João Clímaco viveu e atuou, tornando-se o maior dentre os monges que habitavam o Monte Sinai, o local onde Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei. Conhecido no escondimento Disse Jesus que “Não se acende uma lâmpada para colocá-la em baixo da mesa”. E isso aconteceu com São João Clímaco. Mesmo estando “escondido” no mosteiro procurando a solidão, os monges e, depois, o povo, o descobriram. Todos começaram a procurá-lo para pedir conselhos e orientação espiritual quando souberam que se tratava de um homem santo e sábio. Assim, sua fama se espalhou. O povo atravessava o deserto para ouvi-lo, aprender com ele e pedir conselhos, bênçãos e orações. Abade geral Quando completou 60 anos, São João Clímaco foi eleito unanimemente como o abade geral de todos os monges e eremitas que habitavam a serra onde se encontra o Monte Sinai.  Livro de São João Clímaco Como abade, São João Clímaco escreveu bastante. Porém, apenas um livro seu se conservou. Trata-se de um livro importantíssimo e famoso, que alcançou grande divulgação na Idade Média. O livro é intitulado "Escada do Paraíso". Foi por causa deste livro que São João recebeu o apelido de Clímaco. Trata-se de uma expressão grega que significa "aquele da escada". Os Trinta Degraus Escada do Paraíso Neste livro, São João Clímaco apresenta trinta degraus para subir até alcançar o estado de perfeição da alma. É como se fosse um manual. Nele, é apresentada toda a doutrina monástica, tanto para os noviços quanto para os monges. São João Clímaco descreve no livro “degrau por degrau”, mostrando as dificuldades que virão, como superá-las e a felicidade do Paraíso, que será alcançada no fim da escada, depois da morte, que é a passagem para a eternidade junto com Nosso Senhor Jesus. Entrada no paraíso São João Clímaco faleceu no dia 30 de março de 649. Faleceu como exemplo de vida, amado, venerado e admirado por todos os cristãos, tanto os do Oriente quanto os do Ocidente. Logo após a sua morte, passou a ser celebrado pelos cristãos no mesmo dia de sua morte, ou seja, de sua entrada no paraíso. Minha oração “Senhor Jesus, em meio a tantos barulhos e sentimentos, que eu e minha família consigamos encontrar o mais importante: a Sua vontade e Sua presença. Dá-nos essa graça. Amém.” São João Clímaco, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 30 de março São Segundo, mártir, na Itália († data inc.) São Senhorinho, mártir, na atual Grécia († s. IV) São Régulo, bispo, na atual França († s. IV) Muitos santos mártires, que, em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, no tempo do imperador Constâncio, por ordem do bispo ariano Macedónio, foram mandados para o exílio e torturados com inauditos tormentos.(† s. IV) São Zósimo, bispo, que foi primeiramente o humilde guarda do túmulo de Santa Luzia e depois abade no mosteiro desta localidade, na Sicília, região da Itália († c. 600) Santa Osburga, primeira abadessa do mosteiro na Inglaterra († c. 1018) São Clínio, abade, na Itália († d. 1030) São Pedro Regalado de Valladolid, presbítero da Ordem dos Menores, na Espanha († 1456) Beato Amadeu IX, duque de Saboia, que no seu governo promoveu por todos os meios a paz e favoreceu com seus bens e ardente zelo a causa dos pobres, das viúvas e dos órfãos, na Itália († 1472) Santos mártires António Daveluy, bispo, Pedro Aumaître, Martinho Lucas Huin, presbíteros, José Chang Chu-gi, Tomé Son Cha-son e Lucas Hwang Sok-tu, catequistas, que pela fé em Cristo morreram decapitados, na Coreia († 1866) São Luís de Casória (Arcângelo Palmentiéri), presbítero da Ordem dos Frades Menores, que fundou duas congregações: os Irmãos da Caridade e as Irmãs Franciscanas de Santa Isabel, em Nápoles, na Itália († 1885) São Leonardo Murialdo, presbítero, que fundou a piedosa Sociedade de São José, para que as crianças abandonadas pudessem sentir os efeitos da fé e caridade cristãs, em Turim, na Itália († 1900) São Júlio Álvarez, presbítero e mártir, que, durante a perseguição religiosa, com o derramamento do seu sangue deu testemunho da fidelidade a Cristo e à sua Igreja, no México († 1927) Beata Maria Restituta (Helena Kafka), virgem da Congregação das Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã e mártir, na Áustria († 1943) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano cruzterrasanta.com.br - Redação: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

São Ludolfo, da Ordem Premonstratense e um exemplo de zelo pela Igreja

Origens Vida discreta, pouco se conhece sobre a origem desse santo até a sua entrada para a vida religiosa. Vida religiosa Entrou para a Ordem de São Norberto, a Ordem Premonstratense, conhecida também como Cónegos Brancos. Levou uma vida estritamente religiosa e tornou-se conhecido por sua entrega total à pregação da Palavra. Tornou-se, então, chanceler da Catedral de Raceburgo (Ratzeburg), na Alemanha. Devido à sua fidelidade e empenho, foi indicado pelos seus confrades para que se tornasse Bispo. Perseguido como bispo Como Bispo, enfrentou dificuldades em governar. Um soberano de nome Alberto Urso, desejando governar sozinho, resolveu tirar o Bispo Ludolfo de sua Catedral, provocando uma enorme resistência. Exigiu que o Bispo fosse tirado de lá, preso e torturado com muito sofrimento. São Ludolfo: da morte a devoção Páscoa Quando foi solto da prisão, encontrou refúgio com o príncipe João de Mecklemburgo, mas estava muito enfraquecido pela falta de alimento e veio a falecer em 29 de março de 1256. Túmulo Foi sepultado em sua Igreja e honrado como mártir. É venerado na região de Wismar, região da Alemanha, onde é lembrado pela sua luta em defesa da Igreja. Sua memória é celebrada, como mártir, na Alemanha e em toda Ordem Premonstratense no dia 29 de março. Oração do santo Ó Deus, que fizestes do bem-aventurado São Ludolfo, bispo e mártir, arauto fiel de vosso nome, concedei-nos, Vos pedimos, que, seguindo o seu exemplo, preguemos o vosso Evangelho a todos e perseveremos na construção do Reino de Vossa caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Minha oração "Que São Ludolfo interceda por nós, para que possamos ser defensores da Santa Igreja, fiéis ao chamado de Deus e pregadores autênticos do Evangelho!" São Ludolfo, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 29 de março Santo Eustásio, bispo, na Itália († s. III) São Marcos, bispo de Aretusa, na Síria († 364) Santos Armogasto, Arquinimo e Saturnino, mártires, que, na África setentrional, durante a perseguição dos Vândalos, sofreram terríveis suplícios e infâmias pela confissão da verdadeira fé. († c. 462) Beato Bertoldo, soldado, que foi admitido entre os irmãos que neste monte tinham abraçado a vida monástica, no monte Carmelo, na Palestina († 1188) São Guilherme Tempier, bispo, que, com prudência e firmeza, defendeu contra os nobres a Igreja que lhe foi confiada e corrigiu os costumes do povo, na França († 1197) Beato João Hambley, presbítero e mártir, na Inglaterra († 1587) Fontes: Martirológio Romano premonstratensesdabahia.com.br Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] - Pesquisa: Emanuel França - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São Sebastião Pelczar, em tudo serviu a Deus, por isso, se consumiu

Origens José Sebastião Pelczar nasceu em 17 de janeiro de 1842, na Polônia. Cresceu e viveu a sua infância impregnado da religiosidade popular da casa dos seus pais. Desde criança já apresentava uma sabedoria diferenciada. E, ainda estudante, decidiu dedicar a vida ao serviço de Deus, e isso o conduziu até o último dia de sua vida.  Trajetória Ingressou no Seminário Menor e, em 1860, iniciou os estudos teológicos no Seminário Maior de Przemysl, na Polônia. Em 1864, foi ordenado sacerdote. Nos inícios do seu ministério sacerdotal, estudou em Roma; e, em 1868, voltou à Polônia para lecionar no seminário de Przemysl. Em 1882 e 1883 foi reitor da Universidade de Almae Matris de Cracóvia, se destacando como professor e um homem culto. Em 1899, foi nomeado Bispo Auxiliar de Przemysl. Um ano depois, se tornou bispo titular da diocese. Morreu no dia 28 de março de 1924, deixando o exemplo de um homem que em tudo serviu a Deus, por isso, se consumiu.  Vocação Desde jovem apresentou o desejo de servir a Deus. E, certa vez, escreveu em seu diário: “Os ideais terrenos vão-se desvanecendo, vejo o ideal de vida no sacrifício e o ideal do sacrifício vejo-o no sacerdócio". Com 22 anos, quando foi ordenado sacerdote, passou a dedicar a sua vida ao estudo e à caridade. Foi membro da Sociedade de São Vicente de Paulo e da Sociedade de Educação Popular. Usando da inteligência que possuía, fundou centenas de bibliotecas e organizou cursos gratuitos com a intenção de ajudar na formação religiosa e social da época.  São Sebastião Pelczar: fundador da Congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus Fundador Em 1894, impulsionado por Deus e pelas necessidades da sociedade do seu tempo, fundou a Congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus, que tem como carisma a difusão do Reino de amor do Coração de Jesus. Conduziu as Irmãs da congregação a serem sinal e instrumento de amor para as jovens, para os doentes e a todos aqueles que estivessem necessitados.  Intelectual e caridoso Soube com a própria vida dar exemplo de comunhão entre intelectualidade e caridade. Com os seus conhecimentos acadêmicos, ajudou a muitos padres e fiéis da sua diocese, mas também não esqueceu do seu dever moral e social, ajudando-os no cultivo da piedade popular e nas necessidades sociais que possuíam. Cuidou dos pobres, criou jardins de infância, forneceu refeições para os pobres, casas para os desabrigados, escolas para os jovens e ensino gratuito no Seminário para os rapazes pobres. Durante o seu pastoreio, a diocese de Przemysl cresceu na construção de novas igrejas e capelas, a fim de conter a piedade popular do culto ao Sacratíssimo Coração de Jesus e de Nossa Senhora, suscitado por São Sebastião Pelczar.  Beatificação e Canonização Foi beatificado em 2 de junho de 1991, na Igreja do Sagrado Coração, em Rzeszów, por São João Paulo II, em ocasião da sua visita à Polônia. Aos 18 de maio de 2003, foi canonizado no Vaticano.  Oração Senhor, que chamastes São Sebastião Pelczar para ser fiel a tua voz e formar um povo para a santidade, ajuda-nos a, seguindo o seu exemplo, caminhar em direção à Tua vontade, sem nos esquecer de que somos os primeiros chamados a esta vida de santidade. Amém!  Minha oração “Senhor Jesus, como São Sebastião Pelczar, que eu saiba em tudo servir a Deus e por Ele me consumir. Amém.” São Sebastião Pelczar, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 28 de março São Castor, mártir, na Turquia († data inc.) Santos mártires Prisco, Malco e Alexandre, mártires († 260) São Cirilo, diácono e mártir, que foi cruelmente assassinado no tempo do imperador Juliano Apóstata, no Líbano († c. 362) São Protério, bispo, que, após um tumultuoso motim popular, na Quinta-Feira Santa da Ceia do Senhor, foi ferozmente assassinado pelos monofisitas, sequazes do seu predecessor Dióscoro, no Egipto († 454) São Gontrão ou Guntrano, rei dos Francos, que distribuiu os tesouros da sua riqueza em favor das igrejas e dos pobres, na França. († 593) Santo Hilarião, hegúmeno do mosteiro de Pelecete, que defendeu vigorosamente o culto das sagradas imagens, na Turquia († s. VIII) Santo Estêvão Harding, abade, na França († 1134) São Cono, monge sob a observância dos Padres orientais, na Sicília, região da Itália († 1236) Beato António Patrízzi, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, ilustre pelo seu exímio amor aos irmãos e ao próximo, na Toscana, região da Itália († c. 1311) Beata Joana Maria de Maillé, que, depois da morte do esposo na guerra, reduzida à miséria e expulsa da sua casa pelos parentes e abandonada por todos, viveu reclusa numa cela junto do convento dos Menores, mendigando o pão, mas totalmente confiada em Deus, na França († 1414) Beato Cristóvão Wharton, presbítero e mártir, que, no reinado de Isabel I, foi condenado ao suplício da forca em ódio ao sacerdócio, na Inglaterra († 1600) Beata Renata Maria Feillatreau, mártir, mulher casada que, durante a Revolução Francesa, foi decapitada por permanecer fiel à Igreja católica, na França († 1794) Fontes: Vaticano - vaticannews.va Aleteia - pt.aleteia.org Homilia de Beatificação - vatican.va Martiriológio Romano - Pesquisa: Renné Viana - candidato às ordens sacras - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

São Ruperto, o corajoso e memorável Bispo de Salzburgo

Origens São Ruperto descendia dos rupertinos, importante família que dominava com o título de conde a região do médio e do alto Reno. Dessa família nasceu também outro São Roberto (ou Ruperto) de Bingen, cuja vida foi escrita por Santa Hildegarda. Os rupertinos eram parentes dos carolíngios e o centro de suas atividades era em Worms. São Ruperto recebeu sua formação de cunho monástico irlandês.  Obras em vida No ano de 700, foi impelido pelos seus mestres e sentiu-se impulsionado à pregação e ao testemunho monástico indo à Baviera. Apoiado pelo conde Teodo de Baviera, fundou, perto do lago Waller, a 10 km de Salisburgo, uma igreja dedicada a São Pedro. O lugar, porém, não pareceu próprio para os fins de Ruperto, que pediu ao conde outro terreno perto do rio Salzach, próximo à antiga cidade romana de Juvavum. O mosteiro que ali construiu, dedicado a São Pedro, é o mais antigo da Áustria e está ligado com o núcleo de Nova Salisburgo. Seu desenvolvimento deve-se também à colaboração de doze conterrâneos seus. Desses, Cunialdo e Gislero foram honrados como santos. O Mosteiro Feminino Perto do mosteiro de São Pedro surgiu um mosteiro feminino que foi confiado à direção da abadessa Erentrude, sobrinha do santo. Foi este punhado de corajosos que fez surgir a Nova Salisburgo. São Ruperto é justamente reconhecido como seu fundador. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria. São Ruperto: modelo de monge, fundador e Bispo de Salzburgo Episcopado São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo. E sua influência alastrou-se tanto que é festejado, nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque ali foi tomado como modelo pelos monges irlandeses. Páscoa Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal. Oração Senhor, por intercessão de São Ruperto, queremos hoje vos rogar pelas vocações religiosas, para que os jovens vocacionados encontrem apoio em suas famílias e na sociedade para o desenvolvimento da Igreja. Rogamos também por todo o clero, para que, na santidade, governem com sabedoria o Seu povo. Amém.  Minha oração "É preciso coragem para seguir os passos de Deus, para construir e implementar o Reino do Senhor. Ensina-nos a ser pessoas cheias desse ânimo que vem do Espírito e, como o nosso santo, realizar o resultado de fé e obras." São Ruperto, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 27 de março: Beato Peregrino de Falerone, presbítero em San Severino, no Piceno, atualmente nas Marcas, região da Itália.(† 1232) Beata Panaceia de’ Múzzi, virgem e mártir em Quarona, próximo de Novara, no Piemonte, também região da Itália.(† 1383) Beato Francisco Faà di Bruno, presbítero em Turim, também no Piemonte. (†1888)  Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] - Pesquisa: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

São Ludgero, obediente a Deus acima de tudo

Formação Nasceu em 745, em Suescnom, na Frísia. Pertencia a uma família nobre. Desde criança, dedicou-se aos estudos e à vida religiosa. O empenhado São Ludgero foi formado como discípulo de São Gregório, no mosteiro, e, depois, de Alcuíno de York, reitor de uma escola muito famosa em sua época. Voltando à sua terra natal, Alberico suscitou-lhe o presbiterato, quando foi ordenado sacerdote em Colônia, no ano de 777. Controvérsias Ludgero se dedicou à evangelização da região pagã da Frísia, através da pregação, onde São Bonifácio sofrera o martírio. Converteu multidões, fundou diversos mosteiros e construiu muitas igrejas. Por causa das instabilidades onde morava e a revolta de Widukindo, foi para Roma procurando aconselhar-se com o Papa Adriano II e, após um longo retiro, sentiu-se indicado por Deus a tornar-se beneditino no monte Cassino. Com a vitória de Carlos Magno, em 787, Ludgero pôde voltar ao seu território no qual dedicou-se à evangelização dos saxões. O bispado Em 802, depois de ter evangelizado e fundado o mosteiro de Werden, Hildebaldo, o arcebispo de Colônia ordenou-o bispo em Munster, sendo o primeiro daquele local. Ali anexou lugares à sua diocese na Frísia e fundou o mosteiro de Helmstad. Em seu ministério, teve embates com o imperador, mas nunca se submeteu a ele em detrimento da vontade de Deus, o qual obedecia acima de tudo.  Ministério Seu trabalho foi rodeado de milagres e profecias, mas, acima de tudo, por uma forte pregação da Palavra, na qual era capaz de converter multidões. Além disso, destacou-se por construir igrejas e mosteiros, além de formar sacerdotes segundo a vontade de Deus.  Previu sua morte Mesmo em meio às enfermidades, nunca deixou de implementar o Reino de Deus. Porém, previu sua morte e foi o que aconteceu em 26 de março de 809, sendo enterrado no mosteiro de Werden.  Município de Ludgero (SC) O município foi colonizado por alemães vindos da Colônia Teresópolis. Os colonizadores chegaram na década de 1860, provenientes da região de Münster, principalmente de Heek, que também tem Ludgero como padroeiro. Tal migração deu-se a partir de 1873, principalmente devido à baixa fertilidade do solo do local e ao abandono por parte do governo. A minha oração "Ó saudoso bispo, que, com tão grande amor nos ensinaste a servir incansavelmente a Jesus como um exímio pastor, nos dignai a servir de tal modo que vos imite e sejamos luz em meio a este mundo." São Ludgero, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 26 de março: Em Roma, junto à Via Labicana, São Cástulo, mártir. († data inc.) Os santos Manuel, Sabino, Quadrato e Teodósio, mártires na Anatólia, na atual Turquia, († data inc.) Santo Eutíquio, subdiácono de Alexandria. († 356)  São Pedro, bispo, irmão mais novo de São Basílio Magno. Morreu em Sebaste, na antiga Arménia, hoje Sivas, na Turquia. († c. 391)  São Bercário, primeiro abade de Hautvillers e de Montier-en-Der, no território de Champagne, actualmente na França.(† 685) Em Montalbano, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, os santos Barôncio e Desidério, eremitas. († s. VII)  Beata Madalena Catarina Morano, virgem do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora em Catânia, cidade da Sicília, na Itália.  († 1908) Fontes: franciscanos.org.br vaticannews.va Martirológio Romano Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]     - Pesquisa: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

Anunciação do Senhor: o verdadeiro valor de um sim

Origens Na história da existência, constantemente somos desafiados pela vida a darmos uma resposta ativa, consciente e madura ante os apelos e desafios que a nossa própria existência nos interpela. A todo instante, somos colocados em uma posição de escolha, entre aquilo que se quer e aquilo que não se quer; entre o possuir e o nada ter; entre o ser e o não ser.  Sim e não O sim e o não fazem parte do nosso cotidiano, sem eles dificilmente poderíamos ser propriamente humanos. Eis o que diz o Senhor: "Hoje, estou colocando diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade" (Dt 30,15). Neste contexto de escolha propriamente humana, encontra-se a Virgem Mãe de Nazaré. Eis a serva do Senhor Maria, na plenitude de sua liberdade, escuta, mais do que a saudação de um anjo, a voz de Deus, a voz de sua própria consciência a te indagar: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus” (Lc 1,30). Diante da proposta, Maria dá sua resposta: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Foi por causa dessa resposta que o Eterno entrou no tempo; que o Todo assume em si o fragmento, Deus assume a forma humana para nos salvar. Solenidade da Anunciação do Senhor: o sim de uma mulher Solenidade A Solenidade da Anunciação do Senhor, que encontra o seu fundamento bíblico situado na narrativa evangélica do evangelista Lucas, no capítulo 1, 26-38, é a solenidade que exalta, na sua estrutura interna, o sim de uma Mulher ao projeto salvífico de Deus, mas que, de modo mais singular, quer manifestar a grandiosidade do sim definitivo de Deus para com a humanidade. A anunciação do Senhor é a solenidade que, por excelência, expressa a vontade divina de querer dar-se a conhecer o homem e salvá-lo e, ao mesmo tempo, a disponibilidade do ser humano em acolher essa autorrevelação divina. Encarnação do Verbo O episódio narrado no Evangelho de Lucas mostra a origem histórica do problema enfrentado pelas primeiras comunidades cristã acerca da encarnação total do Verbo eterno de Deus no seio virginal de Maria. A narrativa explicita o diálogo realizado entre Divino e o humano, entre Maria e o anjo, o mensageiro de Deus. Maria, na narrativa, é interpelada pelo anjo, acerca da vontade divina, que encontrou nela, na simples jovem de Nazaré, graça diante de Deus. Nesse episódio evangélico, contemplamos que a liberdade humana, que é fruto do amor de Deus aos homens, nunca foi violado pelo Criador; ao contrário, Ele propõe a Maria uma missão, e Maria, na sua total liberdade, se dispõe a realizá-la, mesmo não sabendo como tudo se daria. Debates acerca da Encarnação e Divindade de Jesus Discussão sobre Maria e Jesus Essa bela narrativa, a pouco comentada, muito fora debatida pelos Padres da Igreja, na reta intenção de defender não somente a Virgindade e Maternidade de Maria, mas, sobretudo, a real Encarnação e Divindade de Jesus, seu filho. Em meados dos anos 325 d.C., com o Concílio de Nicéia e de Constantinopla (381), foram estabelecidos no símbolo da fé, o Credo Nicenoconstantinopolitano, a sentença dogmática de que, verdadeiramente, o Verbo eterno de Deus encarnado no seio da humanidade, por meio da concepção virginal de Maria, era realmente o Filho de Deus.  A Natureza Humana de Jesus Em Jesus, a natureza humana e divina coabitavam mutuamente, sem confusão, mas em plena união hipostática de naturezas. O pequeno e humilde carpinteiro de Nazaré era, na verdade, o verdadeiro Filho de Deus, emanada na história humana pela ação do Espírito Santo. Theotokos Contudo, foi somente em 431 d.C., no Concílio de Éfeso, que a Igreja proclama solenemente Maria como Mãe de Deus (Theotokos), defendendo, dessa maneira, a real Encarnação do Filho de Deus no seio da humanidade, por meio do sim de Maria. Tal decreto resultou posteriormente a instituição da festa litúrgica da Anunciação do Senhor. Todavia, a Igreja, por volta do século VI, sob o comando do Pontífice Sérgio I, introduziu definitivamente, no calendário litúrgico da Igreja romana, a solenidade da Anunciação do Senhor, que é celebrada todos os anos no dia 25 de março, a exatos nove meses antes do Natal do Senhor. Uma graça para a humanidade De fato, no sim de Maria, o sim de Deus em favor da humanidade é plenamente realizado. Em Maria, Deus realiza o seu projeto salvífico no tempo e na história humana. Se por Eva nos veio a desgraça, por Maria nos foi novamente aberta as portas da Graça. Momento para refletir: como anda o seu sim para os projetos de Deus? Sentido da Solenidade Celebrar a solenidade da Anunciação do Senhor é dar graças a Deus por todos os benefícios que, pelo sim de Maria, o Senhor nos dispensou. Celebrar a festa solene da Anunciação do Senhor é contemplar a salvação de Deus realizada no sim de uma Mulher. É contemplar o sim de Deus, por meio de uma Mulher. O sim de Maria foi um sim que mudou o curso da história. O sim de Maria nos possibilitou conhecermos o Pai, revelado pelo Filho, no poder e na ação do Espírito Santo. Somos convidados a mudar o curso da história em razão do nosso sim a Deus, ao projeto de Deus. Deus em meio a nós Deus quer habitar no mundo, na realidade do mundo, na nossa família, na nossa sociedade, no nosso país. Mas para que isso posso se realizar, é preciso que também nós sejamos, assim como a pequena jovem de Nazaré, abertos e generosos a acolher a vontade de Deus em nossa vida, para que o verdadeiro valor de um sim possa transformar o curso da história. Minha oração “ Ó Virgem Santíssima, sempre disposta a fazer a vontade do Pai, com seu sim contribuíste para a salvação. Dai-nos a graça de fazer a nossa parte no plano salvífico também dizendo o nosso sim a Deus e ao seu chamado de amor. Amém.” Nossa Senhora, rogai por nós!  Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 25 de março: Santo Ladrão, chamado “Dimas”, segundo a tradição, que na cruz professou a fé em Cristo. São Dula, mártir, na Turquia († data inc.) São Quirino, mártir († data inc.) Santa Matrona, mártir, na Grécia († data inc.) São Mona, bispo na Itália († c. 300) Santo Hermelando, o primeiro abade do mosteiro de  Fontenelle, na França († c. 720) São Nicodemos, eremita, que foi mestre de vida monástica. († 990) São Procópio, que, deixando a esposa e o filho, se consagrou à vida eremítica. († 1053) Beato Everardo, conde de Nellenburg, que abraçou a vida monástica no cenóbio de Todos os Santos († 1078) Beato Tomás, eremita, na Itália († 1337) Santa Margarida Clitherow, mártir, que, com o assentimento do esposo, aderiu à fé católica, na Inglaterra († 1586) Beato Jaime Bird, mártir, na Inglaterra († 1592) Santa Lúcia Filippíni, fundadora do Instituto das Piedosas Mestras, destinado a promover a formação das jovens e mulheres, na Itália († 1732) Beata Maria Rosa Flesch (Margarida Flesch), virgem, fundadora do Instituto das Irmãs Franciscanas de Santa Maria dos Anjos, na Alemanha († 1906) Beato Plácido Riccárdi, presbítero da Ordem de São Bento († 1915) Beata Josafata (Miquelina Hordáshevska), virgem, que, fundou o Instituto das Irmãs Servas de Maria Imaculada († 1919) Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas, virgem, fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas do Santíssimo Rosário de Jerusalém. († 1927) Beato Emiliano Kovc, presbítero e mártir († 1944) Beato Hilário Januszewski, presbítero da Ordem dos Irmãos Descalços de Nossa Senhora do Carmo e mártir, na Alemanha († 1945) Fonte: Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Redação: Lucas Paulino da Silva - candidato às ordens sacras na Comunidade Canção Nova - Oração: Rafael Vitto - Produção: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova