Santos

Santa Rosa de Viterbo, a jovem padroeira dos exilados

Origens da Santa Rosa de Viterbo foi uma menina de família pobre da cidade de Viterbo (Itália). Foi educada na fé católica e defendia o catolicismo a todo custo. Perseguida desde cedo Mostrou-se defensora da Igreja na disputa entre o Papa Inocêncio IV e o imperador Germanico Frederico II.  Foi perseguida pelo imperador Frederico II, mas não abriu mão de sua fé em Cristo. Demonstrava uma fé madura e penitente, a ponto de se impor severas penitências. Milagre aos 4 anos A pequena Rosa foi ao velório de sua tia. Achegando-se ao lado do caixão, a menina de 4 anos, envolvida por uma força sobrenatural, chamou pelo nome de sua tia, que ressuscitou em meio a todos que estavam no funeral. Entende-se que essa ressurreição foi uma forma de ressuscitar também a fé do povo de Viterbo, que tiveram suas esperanças também ressuscitadas e passaram a lutar novamente pela Santa Sé, que era ameaçada pelo imperador. Santa Rosa de Viterbo e o desejo de oração Espiritualidade Desde pequena, ela se sentia atraída pela espiritualidade franciscana; e, à medida que crescia, aumentava-se seu desejo de oração, de contemplação, de estar em lugares silenciosos para rezar.  Saúde fragilizada Acometida de uma forte febre, a Virgem Maria lhe aparece. A febre some e Nossa Senhora lhe confia uma missão e orienta a pedir sua admissão na Ordem Franciscana.  Ousadia na pregação Ainda na cidade de Viterbo, ela teve uma visão do crucificado, quando seu coração ardeu em chamas. Foi impulsionada a sair pelas ruas pregando com um crucifixo nas mão. Ao anunciar Jesus, a multidão que ela atraía era tão grande que, por vezes, não se podia vê-la pregando. Numa ocasião, Rosa começou a levitar-se até poder ser vista por todos. A levitação de Rosa foi atestada por milhares de testemunhas e a notícia percorreu a Itália. A pregação de Rosa transformou Viterbo. Pecadores empedernidos se converteram. Hereges voltavam ao seio da igreja e, principalmente, os partidários italianos do Imperador revoltado reconciliaram-se com seu soberano – o Sumo Pontífice. Muitas vezes, a multidão comovida interrompia a jovem missionária exclamando: "Viva a Igreja! Viva o Papa! Viva o Nosso Senhor Jesus Cristo!".  Denunciada ao Imperador Deportação Tempos depois, Frederico II voltou a dominar a Itália e, consequentemente, Viterbo. Rosa foi denunciada ao Imperador e levada à sua presença, sendo proibida pelo ditador de continuar suas pregações. E Rosa respondeu à Frederico: "Quem me manda pregar é muito mais poderoso e, assim, prefiro morrer a desobedecê-lo". Frederico prendeu Rosa e temendo que houvesse revolta em Viterbo, caso conservasse Rosa na prisão, o Imperador mandou deportar a jovem missionária e seus idosos pais. Depois de muitas privações em meio à neve, Rosa e seus pais chegaram à Soriano, onde uma multidão correu para ouvi-la. Ela permaneceu pregando a submissão à Igreja. Rejeitada e aceita Rosa decidiu consagrar-se à Deus no Convento de Santa Maria das Rosas. As freiras recusaram a presença de Rosa. E Rosa lhes disse: "A donzela que repelis hoje há de ser por vós aceita um dia, com alegria, e guardareis preciosamente". Rosa, então, transformou seu quarto em uma cela de religiosa e, assim, passou seus últimos sete anos de vida. Aos 18 anos, entregou sua alma a Deus. Seu corpo foi sepultado na Paróquia Santa Maria Del Poggio. Por três vezes o Papa Alexandre IV sonhou com Rosa, que lhe pedia por parte de Deus, que ele mesmo, o Papa, transladasse seus restos para o Convento Santa Maria das Rosas. Alexandre IV deslocou-se para Viterbo. As religiosas daquele convento receberam seus restos mortais como um verdadeiro tesouro.  Curiosidades - Oficialmente, existem duas festas de Santa Rosa de Viterbo: 6 de março, sendo o dia de sua morte; e 4 de setembro, dia da trasladação do seu corpo para o Convento Santa Maria das Rosas. - Os Papas Eugênio IV e Calisto III continuaram o seu processo de canonização que ficou pronto em 1457, mas, com a morte do Papa Calisto III, o decreto não foi promulgado, assim a canonização de Santa Rosa não chegou aos termos dentro dos trâmites exigidos. Mesmo assim, foi integrada ao Martirológio Romano e confirmada por documentos e pontífices.  Devoção a Santa Rosa de Viterbo Repercussão mundial Há Santuários de Santa Rosa de Viterbo nos EUA, França e México. Além da sacralidade, a vida da jovem Rosa de Viterbo foi excepcional, a ponto de repercutir, para que cidades recebessem o seu nome no Brasil, Colômbia, EUA e Espanha.  Devoção no Brasil Por influência da santa, no interior do Estado de São Paulo, existe o município de Santa Rosa de Viterbo. Nesta cidade, a devoção a Santa é cultivada e é difundida; pois é a história de uma jovem que amou a Igreja até o fim. Padroeira Reconhecida como intercessora da Juventude Franciscana e da Juventude Feminina da Ação Católica. Também é invocada como padroeira dos exilados. Súbito: oração pelos ucraniamos "Senhor Jesus, como tantos ucranianos que vivem hoje no exílio e saem em busca de refúgio, são tantos outros filhos teus espalhados pelo mundo que assim também sofrem. Tende misericórdia do teu povo Jesus. Amém." Minha oração "Senhor Jesus, a pequena Rosa, desde criança recebeu do Senhor graças sobrenaturais. Pedimos-Te, humildemente, cuide, guarde e proteja nossas crianças, para que, sob a Tua graça, vivam e anunciem a Tua Palavra. Assim pedimos porque cremos em teu amor e zelo pelos pequenos e inocentes. Amém!" Santa Rosa de Viterbo, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 06  de março: São Marciano, venerado como bispo e mártir na Itália [† data inc.] São Vitorino, mártir na Turquia [† data inc.] São Quiríaco, presbítero na Alemanha [† s. IV in.] Santo Evágrio, bispo na Turquia [† c. 378] São Julião, bispo, na Espanha onde reuniu três concílios e expôs seu grande sentido da justiça, caridade e zelo das almas [† 690] São Fridolino, abade, fundou dois mosteiros em honra de Santo Hilário na Suíça [† s. VIII] São Crodegando, bispo, que recomendou ao clero a observância claustral com uma norma de vida irrepreensível e promoveu de modo insigne o canto da Igreja na França [† 766] Quarenta e dois santos, na Síria, suportaram um glorioso combate e receberam vitoriosos a palma do martírio [† 848] Santo Olegário, bispo na Espanha [† 1137] Santa Coleta Boylet, virgem, reclusa numa pequena habitação junto da igreja, professou a Regra de São Francisco e reconduziu muitos mosteiros de Clarissas à observância primitiva, promovendo especialmente o espírito de pobreza e de penitência [† 1447] Fontes: sanctoral.com Ordem Franciscana Secular de Avilés Prefeitura de Santa Rosa de Viterbo (SP) santarosa.sp.gov.br vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas Pesquisa: Witerbo Maximo Cavalcante - Comunidade Canção Nova - Toulon (França) Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova    

São João José da Cruz: "Tudo o que Deus permite, permite para o nosso bem"

Origens Carlos Caetano Calosinto é seu nome de batismo. Ele é natural da Ilha de Isca, na Itália. Desde criança, em casa, tinha devoção a Maria. Ao longo da vida, sempre invocava a Nossa Senhora, pedindo conselhos e conforto nas situações mais difíceis. Nasceu em família rica e religiosa. Estudou com os agostinianos, para que sua formação religiosa fosse mais completa. Ali, o pequeno apaixonou-se por Jesus. E ouviu a sua voz de Jesus, que o chamava para dedicar toda a sua vida a Ele. Vocação ao despojamento Com apenas 16 anos, o jovem entrou para o convento de Santa Luzia no Monte, em Nápoles, onde mudou seu nome para João José da Cruz, no dia da sua profissão religiosa, aos 17 anos. Viveu entre os Frades Menores Descalços da Reforma de São Pedro de Alcântara, conhecidos como Alcantarinos. Devoção particular a Nossa Senhora Maria, como mãe carinhosa e fiel, o cobria de carinho e, às vezes, até lhe permitia fazer prodígios. Como Superior dos Alcantarinos, sempre manteve uma pequena imagem de Maria em sua escrivaninha, a qual contemplava e à qual se dirigia, em oração, antes de qualquer decisão ou pronunciamento. "Ele não sabia viver sem ela", dizem seus biógrafos e muitos testemunhos dos frades, aos quais recomendava prestar homenagem a Ela, pois d'Ela "receberiam consolação, ajuda e luz para resolver os problemas". O frade confidenciou suas últimas palavras sobre Maria, no leito de morte - 5 de março de 1734 - ao irmão que o assistia: "Recomendo-lhe Nossa Senhora": esse pode ser considerado seu testamento espiritual. "Tudo o que Deus permite, permite para o nosso bem." (São João José da Cruz) Amor à pobreza O frade sabia imitar a Irmã Pobreza com perfeição, ia à busca dos pobres, não apenas nas esquinas das ruas, mas também nas favelas e casebres. Durante toda a sua vida teve apenas um hábito, que, com o tempo, ficou todo remendado. Por isso, recebeu o apelido de "frade dos cem remendos". Fiel a São Pedro Alcântara João José foi escolhido para fundar um novo mosteiro em Piedimonte. Ali, construiu também um pequeno eremitério, que ainda hoje é meta de peregrinações, chamado "A Solidão". Durante a sua vida, teve de assistir a divisão entre os Alcantarinos da Espanha e os da Itália. Desses últimos, tornou-se Provincial e, como tal, trabalhou por vinte anos até conseguir reunir novamente a família. Foi alvo de tantas críticas injustas e até calúnias, às quais respondeu fazendo o voto de silêncio. Teve, entre outros, o mérito de restaurar a disciplina religiosa em muitos conventos da região napolitana, sempre muito fiel ao seu fundador dentro da família franciscana. Santificou-se levando outros a santidade Morreu em 5 de março 1734, portanto, com 80 anos. João José da Cruz foi canonizado por Gregório XVI, em 1839, junto com Francisco de Jerônimo e Afonso Maria de Liguori, que o conheceram durante a sua vida e lhe pediram conselhos. "Recomendo-lhe Nossa Senhora." - São João José da Cruz Vida Extraordinária Ele foi rodeado de fenômenos místicos que denotam o sopro particular da graça em sua vida: bilocações, profecias, perscrutar corações, levitações, curas milagrosas e até uma ressurreição. Havia nele dons carismáticos incríveis, mas a sua santidade e testemunho de vida no ordinário falavam mais alto que tudo isso. Oração oficial ao santo São João José da Cruz obtém-nos a sua alegria e serenidade nas doenças, como também nas provações, embora saibamos que o sofrimento é um grande dom de Deus, que deve ser oferecido com pureza ao Pai, sem ser perturbado pelas nossas reclamações. Seguindo o seu exemplo, queremos suportar tudo com paciência, sem fazer pesar nossas dores sobre os outros. Pedimos ao Senhor a força; e a Ele agradeçamos, não apenas quando nos proporciona alegria, mas também quando nos permite doenças e as diversas provações. Minha oração "Oh querido frade, ensinai-nos a viver em santidade e em pobreza de coração. Com a vossa intercessão, envia-nos um espírito de fidelidade e amor a Jesus, para que assim possamos caminhar rumo à santidade de vida. Faz de nós imitadores da Sabedoria e repletos de bons conselhos para os nossos irmãos e irmãs. Amém!" São João José da Cruz, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 05  de março: São Teófilo, bispo de Cesareia, na Palestina [† 195] São Cónon, mártir, na Turquia [† c. 250] São Lúcio, Papa [† 254] São Focas, mártir na Turquia [† c.s. IV] Santo Adrião, mártir na Palestina [† 309] São Gerásimo, anacoreta, praticou grandes obras de penitência, oferecendo direção aos que o procuravam, na Palestina [† 475] São Kierano ou Cirano, bispo e abade na Irlanda [† 530] São Virgílio, bispo, na França [† c. 618] Beato Cristóvão Macassóli, presbítero da Ordem dos Menores, insigne pela sua pregação e pela caridade para com os pobres na Itália [† 1485] Beato Jeremias de Valáchia (João Kostistik), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos [† 1625] Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas Santos franciscanos - franciscanos.org.br Livro "Relação dos Santos e Beatos da Igreja" - Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007] Pesquisa: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São João Antônio Farina, propagador da devoção aos Sagrados Corações

Bispo e fundador [1803 - 1888] Educação de valor A providência acompanhou João Antônio Farina desde a sua infância, na Itália, para que em tudo pudesse ser bem formado. Recebeu de seu tio paterno, padre Antônio Farina, um grande sacerdote da época, uma sólida formação. Tio esse que João considerava um mestre da espiritualidade.  Formação sacerdotal Aos quinze anos já se encaminha para o seminário diocesano de Vicenza (Itália), onde era reconhecido pelos colegas de estudos por sua capacidade intelectual e bondade de coração. Aos 21 anos, ainda como estudante de Teologia, foi designado professor no seminário onde lecionou por 18 anos. Manifestava seu dom para o Ensino. Ordenado em 1827 continua sua trajetória com a educação chegando a assumir a direção da escola pública. Dom a serviço Em 1831, como pároco em São Pedro Vicenza, iniciou trabalhos com escola popular de educação moral e cristã para meninas. Logo percebe a necessidade de professoras consagradas ao Senhor e dedicadas inteiramentes a Ele. Então, em 1836, funda a Congregação das Irmãs Mestras de Santa Dorotéia - Filhas dos Sagrados Corações. Essas seriam irmãs que cuidariam da educação por amor a Deus e a educação. O Espírito Santo o impulsiona e ir além e em 1840 começou a educação de meninas surdas e mudas. Em 1849 a de meninas cegas. Também projetou assistência a doentes e idosos, iniciando-a em 1846 em abrigos, hospitais e domicílio. Confirmar na Verdade Em 1850, foi nomeado Bispo de Treviso com as palavras: “digno pela razão e pela virtude deste grave ministério”. Com grande impulso de educar e cuidar dos mais pobres, permaneceu trabalhando fortemente pela educação, catequese e o crescimento espiritual do povo de Treviso. Foi conhecido como “bispo dos pobres”. Espiritualidade e ação Propagou a devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, consagrando suas paróquias à eles. Lutou contra a imprensa irreligiosa e sustentou a propagação da imprensa católica e de valores morais. União ao Santo Padre Participou ativamente do Concílio do Vaticano I onde foi aliado no dogma da infalibilidade Papal. Também junto ao Papa Leão XIII, defende a recitação do Santo Rosário e a peregrinação aos locais marianos. Morte e Santidade Sua páscoa para a vida eterna foi em 4 de março de 1888, deixando ao cuidado do Sagrado Coração 330 freiras, com 25 aspirantes e 42 noviças. A Congregação jpa estava em 48 cidades. Foi beatificado em 2001 pelo Papa João Paulo II e proclamado santo pelo Papa Francisco em 2014. Congregação no Brasil Hoje as Filhas dos Sagrados Corações estão presentes no Basil em três estados: Maranhão, Pará e Minas Gerais. Lema de vida: A verdadeira ciência consiste na educação do coração, isto é, no prático temor de Deus. Oração oficial Senhor, fizestes da longa vida de São João Antônio Farina a medida de uma caridade universal e o enriquecestes com a arte de doar-se aos pequenos, aos pobres e aos enfermos. Ele respondeu, vivenciando, com humilde coragem o vosso Evangelho, tornando-se, na vossa Igreja, a imagem viva do vosso amor. Concedei-nos, Senhor por intercessão dele, a graça de que necessitamos. Reze três vezes o 'glória ao Pai'. A minha oração "Senhor, mais do que multiplicar palavras, que minhas ações sejam coerentes ao que pulsa nos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Amém". São João Antônio Farina, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 04  de março: São Casimiro, conhecido pelo zelo na fé, na castidade e na penitência, na benignidade para com os pobres e na piedosa veneração da Sagrada Eucaristia e da bem-aventurada Virgem Maria, e, ainda jovem morreu vítima da tuberculose na Lituânia [† 1484] Santos Fócio, Arquelau, Quirino e outros dezessete mártires na Turquia [† s. III/IV] São Basino, primeiro foi monge, depois abade de São Maximino de Tréveris, e Bispo na Alemanha [† 705] Santo Apiano, monge na Itália [† s. VIII] São Pedro, dedicou sua juventude a vida monástica, foi eleito bispo de Policastro, porém regressou ao mosteiro, onde foi constituído abade e restaurou admiravelmente a observância religiosa [† 1123] Beato Humberto, terceiro conde da Sabóia, que, constrangido a abandonar o claustro para presidir à governação civil, praticou fervorosamente a vida monástica, à qual pouco tempo depois regressou [† 1188] Beatos Cristóvão Bales, presbítero, Alexandre Blake e Nicolau Horner, mártires na Inglaterra [† 1590] Beata Maria Luísa (Isabel de Lamoignon Molé de Champlatreux), viúva, mãe de S. Luís e fundadora das Irmãs da Caridade de São Luís na França [† 1825] Beata Plácida (Eulália Viel), virgem, que resplandeceu pelo seu zelo e humildade no governo da Congregação das Escolas Cristãs da Misericórdia na França [† 1877] Beato Roberto Spiske, presbítero diocesano, fundador da Congregação das Irmãs de Santa Edviges na Polônia [† 1888] Beatos Miecislau Bohatkiewicz, Ladislau Mackowiak e Estanislau Pyrtek, presbíteros e mártires na Polônia [† 1942] Beato Zoltan Lajos Meszlényi, bispo e mártir na Hungria [† 1951] Fontes: sdvi.org Homilia da Missa de canonização de São João Antônio Farina [vatican.va] Martirológio Romano Pesquisa: Pesquisa: Renato Wenceslau - candidato às ordens sacras - Comunidade Canção Nova Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

São Casimiro, que não caiu nas seduções do luxo e do poder

Origens São Casimiro nasceu em 1458. Era o terceiro filho de Casimiro IV, o rei da Polônia e grão-duque da Lituânia, e sua esposa Isabel de Áustria. Na infância, teve como instrutor João Dugloss, bispo de Lemberg. Apresentou imediatamente boa aptidão para o estudo e disciplina, foram sobretudo as lições espirituais que ele aproveitou. Insigne no zelo pela fé Desde muito cedo, deu a impressão de pretender seguir o caminho da santidade, manifestando-se indiferente às honras e prazeres, vigiando os sentidos, chorando ao meditar nos sofrimentos do Senhor e encontrando toda a sua felicidade na oração. Graças a servo discreto, foi-lhe possível, sem despertar atenções, pôr em prática as suas penitências. A Renúncia O Rei Casimiro IV colocou a Boêmia sobre o domínio e o reinado de seu primogênito.  Para o terceiro filho, São Casimiro, resolveu dar o trono da Hungria, mas renunciou à coroa da Hungria porque o Papa era contrário. São Casimiro: sempre fiel aos propósitos de Deus A Recusa De 1479 a 1483 teve de governar a Polônia, na ausência do pai. Tentaram nessa altura levá-lo a desposar a filha de Frederico III de Augsburg, cujo objetivo era expandir os confins do reino, mas, São Casemiro, recusou o pedido de casamento.  Páscoa São Casimiro, no dia 4 de março de 1484, aos 25 anos, vítima da tuberculose, na cidade de Grodno, perto de Vilna, na Lituânia, hoje na Bielorrússia, descansou piedosamente no Senhor, não caindo nas tentações do luxo e do poder. Foi canonizado, em 1522, e declarado patrono da Polônia em 1602.  O Legado São Casimiro foi um príncipe insigne no zelo pela fé, na castidade e na penitência, na benignidade para com os pobres e na piedosa veneração da Sagrada Eucaristia e da bem-aventurada Virgem Maria.  Minha oração “São Casimiro, te rogamos a mesma caridade para com os mais necessitados, assim como a nobreza de coração, para não perder a oportunidade de fazer o bem a todos. Que o Senhor nos cumule da virtude do desapego e caridade. Amém.” São Casimiro, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 4 de março  Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Fócio, Arquelau, Quirino e outros dezassete mártires.(† s. III/IV) Em Tréveris, na Renânia da Austrásia, hoje na Alemanha, São Basino, bispo. († 705) Em Comáquio, na Emília-Romanha, região da Itália, Santo Apiano, monge. († s. VIII) No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, também região da Itália, São Pedro, bispo de Policastro. († 1123) Em Chambéry, na Savóia, hoje na França, o Beato Humberto, terceiro conde da Sabóia. († 1188) Em Londres, na Inglaterra, os beatos Cristóvão Bales, presbítero, Alexandre Blake e Nicolau Horner, mártires. († 1590) Em Vannes, na Bretanha, região da França, a Beata Maria Luísa (Isabel de Lamoignon Molé de Champlatreux), viúva, mãe de S. Luís e fundadora das Irmãs da Caridade de São Luís. († 1825) No cenóbio de Saint-Sauveur-le-Vicomte, na Normandia, região da França, a Beata Plácida (Eulália Viel), virgem. († 1877) Em Vicenza, na Itália, São João António Farina, bispo, que fundou o Instituto das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações. († 1888) Em Wroclaw, na Polónia, o Beato Roberto Spiske, presbítero diocesano, fundador da Congregação das Irmãs de Santa Edviges. († 1888) Em Berezwecz, perto de Glebokie, cidade da Polónia, os beatos Miecislau Bohatkiewicz, Ladislau Mackowiak e Estanislau Pyrtek, presbíteros e mártires. († 1942) Em Kistarcsa, próximo de Budapeste, na Hungria, o Beato Zoltan Lajos Meszlényi, bispo de Esztergom-Budapeste e mártir. († 1951) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova  

Santa Catarina Drexel, amor à Eucaristia e serviço aos índios e afro-americanos

Origem Nasceu na Filadélfia (EUA). Filha de um famoso banqueiro, ela perdeu a mãe logo depois que nasceu e foi criada por seu pai e sua madrasta. Generosidade familiar A família de Catarina Drexel era rica e os bens que tinham eram partilhados com os mais necessitados. Ela aprendeu, desde criança, a ser generosa e a usar seus bens materiais para ajudar o próximo. O pai dela sustentava vários institutos católicos que cuidava dos pobres. Sua madrasta ensinou Catarina e suas duas irmãs a praticarem a caridade desde bem pequenas. Educação católica Catarina, que foi educada na fé desde jovem, trilhou um caminho espiritual de forma a querer conhecer, amar e servir ao Senhor. Santa Catarina Drexel e a vida missionária Indígenas e negros Catarina se compadeceu da situação que os indígenas e os negros viviam no Oeste americano. Então, sentiu no coração o desejo de ajudar. Decidida a fazer algo pelos mais necessitados, ela vai ao encontro do Papa Leão XIII, a fim de pedir missionários para trabalhar com índios e negros, pois ela já os ajudava. Foi então que o Papa sugeriu que ela mesma se tornasse missionária. Doação de vida Decida a se entregar a Deus e, assim, servir aos mais pobres, Catarina, aos 32 anos, fez sua primeira profissão religiosa, em 1891, nas Irmãs da Misericórdia. Não conformada ainda com a sua entrega a Deus, depois, ela fundou a ordem das Irmãs do Santíssimo Sacramento, aprovada em Roma, em 1913, com a finalidade de anunciar o evangelho e a vida eucarística entre índios e afro-americanos.  Irmãs do Santíssimo Sacramento Catarina e as irmãs da ordem do Santíssimo Sacramento cuidavam de um sistema de escolas católicas para índios e negros americanos, em 13 estados. Por ajudar aqueles que não eram homens livres, ela sofreu perseguição, mas não desistiu. Jesus Eucarístico: o seu verdadeiro amor  Eucaristia Tamanho era o seu amor pelo Senhor, ela ensinou as Irmãs do Santíssimo Sacramento que era preciso amar a Eucaristia e olhar para todos os povos, inclusive para os que sofriam discriminação racial.  Morte e subida aos altares Catarina Drexel faleceu com 97 anos, em 3 de março de 1955, na Pensilvânia. Seus últimos 20 anos foram de vida centrada na meditação e oração. Foi beatificada em 20 de novembro de 1988, por São João Paulo II, e canonizada, também por ele, em 1º de outubro de 2000. O verdadeiro valor Uma mulher rica financeiramente, mas com um espírito despojado de si mesma e de toda a riqueza que possuía. Ela entendeu que os bens terrenos de nada valem se não tivessem ao serviço de Deus. Sua maior riqueza era o amor a sagrada Eucaristia. Minha oração "Olhar para os que sofrem bem mais do que eu: 'Senhor, ajuda-me a fazer este exercício de não parar no meu sofrimento do tempo presente, mas olhar ao meu lado e reconhecer que a humanidade sofre e, com ela, devo unir-me à Cruz do Senhor'. Assim seja." Santa Catarina Drexel, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 03 de março: Santos Marinho, soldado, e Astério, senador, mártires durante a perseguição do imperador Galieno em Cesareia da Palestina [† c. 260] Santos Emetério e Celedónio, receberam a coroa do martírio por confessarem o nome de Cristo na Galécia [† c. s. IV] Santos Cleónico e Eutrópio, mártires na Turquia [† s. IV] São Ticiano, bispo na Itália [† c. 526] São Vinvaleu, primeiro abade do mosteiro de Landévennec, na França [† 533] Santa Artelaide, virgem na Itália [† c. 570] Santo Anselmo, fundador e primeiro abade do mosteiro na Campânia, região da Itália, [† 803] Santa Cunegundes, na Alemanha que depois da morte do esposo, se retirou no claustro de Kaufungen, para se entregar à vida monástica, tomando Cristo como sua herança, e aí morreu [† c. 1033/1039] Santa Teresa Eustóquio (Inácia) Verzéri, virgem, fundadora da Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Jesus na Itália [† 1852] Beato Frederico, presbítero, e depois abade do mosteiro premonstratense de Mariengaarde na Holanda [† 1175] Beato Pedro Jeremias, presbítero da Ordem dos Pregadores, se consagrou totalmente à obra da salvação das almas na Itália [† 1452] Beato Jacobino de’ Canepácci, religioso da Ordem dos Carmelitas, insigne pela sua vida de oração e penitência na Itália [† 1508] Beatos Liberato Weiss, Samuel Marzoráti e Miguel Pio Fásoli da Zerbo, presbíteros da Ordem dos Frades Menores e mártires na Etiópia [† 1716] Beato Pedro Renato Rogue, presbítero da Congregação da Missão e mártir, na França [† 1796] Beato Inocêncio de Berzo (João Scalvinóni), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, na Lombardia [† 1890] Fontes: vatican.va acidigital Martirológio Romano Liturgia das Horas Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Pesquisa: Rane Nascimento - Comunidade Canção Nova Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

Santa Ângela da Cruz superou o desprezo e fundou as Irmãs da Cruz

Origens Santa Ângela da Cruz é espanhola e de família com condição social modesta, mas repleta de virtudes cristãs. Ela cresceu em um ambiente muito religioso, ajudando os seus pais nos trabalhos manuais, principalmente na costura. Modo de viver De caráter dócil e discreta, suscitava admiração em todos que a conheciam. Embora tivesse que trabalhar, dava atenção para dedicar-se à oração e à mortificação. Experiência com a Cruz Certo dia, em uma longa prática de oração, Ângela fez uma experiência forte com a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isso lhe inspirou a imolar-se em união com Jesus para a salvação das almas.  “Quem quiser conservar a graça, não deve afastar os olhos da alma da Cruz, tanto na alegria como na tristeza.” (Santa Ângela da Cruz) Sua vocação: sofrimento Decidiu consagrar-se a Deus na vida religiosa. Por falta de saúde, não foi admitida no Carmelo, mas, em 1868, ingressou nas Filhas da Caridade. Dois anos depois, teve de deixar a Instituição. Viveu como "monja sem convento", voltando ao seu trabalho e aceitando a orientação do seu diretor espiritual. Escreveu os seus pensamentos e desejos da alma, até descobrir a sua vocação permanente: a fundação de um Instituto inspirada em "fazer-se pobre com os pobres". Instalou-se com outras três mulheres num quarto alugado, onde tinham em destaque o Crucifixo e um quadro da Virgem das Dores. Nasciam as Irmãs da Cruz. Apostolado Acolhiam meninas órfãs. Pediam esmola com uma das mãos e distribuíam-na com a outra. Em 1879, foram aprovadas pelo Bispo diocesano. Depressa, estenderam-se por toda a Espanha, chegaram à Itália e à América. A Irmã Ângela da Cruz foi nomeada Superiora-Geral, reeleita por quatro vezes, destacando-se pelas suas virtudes de naturalidade e simplicidade. Cruz e citação bíblica Sobre a mística da cruz ela deixa seu legado baseado nas sagradas escrituras: “Quanto a mim, que Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” baseando-se em Gálatas 6,14. Do grande legado, a morte e canonização No dia 7 de maio de 2003 , o corpo incorrupto da Santa foi transferido da Casa Mãe para a Catedral de Sevilha, onde presidiu os atos em sua homenagem, para a Canonização. Uma grande multidão se reuniu ao longo de seu caminho, decorando os templos e ruas ao longo do percurso para a ocasião. Por ocasião da canonização de Irmã Ángela de la Cruz, o Arcebispo de Sevilha, Dom Carlos Amigo, numa carta pastoral aos seus diocesanos afirmou, entre outras coisas: “Ángela de la Cruz está entre as figuras mais resplandecentes da história da nossa diocese. Ela brilha pela sua constante fidelidade à vontade de Deus; pela humildade que enche de grandeza o seu amor incondicional pelo seu Senhor; pela sua alegria na pobreza, que glorifica novamente a bondade do Criador; pela sua caridade sem medida em que Cristo honrou os mais pobres e desamparados" Ao ser canonizada por João Paulo II, Santa Ângela da Cruz é proposta a toda a Igreja como a intercessora mais original do caminho real da santa cruz do nosso tempo. Frase da Santa Ângela da Cruz “O amor verdadeiro e puro que vem de Deus está na alma e faz com que ela reconheça os próprios defeitos e a bondade divina. Tal amor leva a alma a Cristo, e ela compreende com segurança que não se pode verificar nem haver qualquer engano. A tal amor não se pode misturar algo deste mundo.” Páscoa Sofreu com trombose cerebral, o que a levou à morte depois de nove meses. Apesar de paralisada, mais procurava agradar do que incomodar. Faleceu em 2 de março de 1932, e Sevilha passou três dias diante do seu cadáver.  O Santo Padre Papa João Paulo II a beatificou no dia 5 de novembro de 1982. Minha oração "Senhor Nosso Deus, Santa Ângela da Cruz viveu a humilhação do desprezo por ter sua saúde fragilizada. Ela ressignificou a sua decisão por seguir a Cristo e avançou. Dai-nos essa graça diante do que vivemos hoje. Assim cremos. Amém." Santa Ângela da Cruz, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 02 de março: São Tróades, mártir na Turquia [† c. 250] São Ceada, bispo,  na Inglaterra [† 672] São Lucas Casáli de Nicósia, monge, célebre pela sua profunda humildade e grandes virtudes na Itália [Sec. IX] Santa Inês, abadessa, que, sendo filha do rei Ottokar, recusou as núpcias régias para ser esposa somente de Jesus Cristo e abraçou a Regra de Santa Clara num mosteiro por ela edificado, na Chéquia [† c.1282] Beato Carlos o Bom, mártir, na Bélgica [† 1127] Fontes: santaangeladelacruz.es vatican.va hermandades-de-sevilla.org Martirológio Romano Pesquisa: Nathália Cassiano - Comunidade Canção Nova Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

Santa Inês Cao Kuiying, mesmo engaiolada na China, não negou a fé

Origem Santa Inês Cao Kuiying nasceu numa aldeia chinesa. Ainda bem novinha, foi para um orfanato depois da morte de seus pais, que eram católicos. Fraternidade católica Quando jovem, mudou-se para Xingyi (China) em busca de trabalho. Lá, conheceu uma mulher, também católica, que a acolheu em sua casa. Foi nesse tempo que a jovem Inês se encontrou, pela primeira vez, com o Bispo Bai, que estava de passagem por aquela cidade. Intervenção da Providência Assim que o Bispo descobriu que aquela jovem não tinha família, quis ajudá-la inserindo-a na paróquia local. Ele a levou para participar de um aprofundamento de fé que acontecia na paróquia da cidade, e logo se impressionou com os rápidos progressos que Inês fazia. Santa Inês Cao Kuiying e o difícil casamento Matrimônio e provações Ao completar dezoito anos, ela se casou com um homem daquela região que trabalhava numa fazenda. Após o casamento, ela o descobriu muito violento. A partir daí, a jovem Inês enfrentou novas dificuldades. Seu cunhado e sua cunhada também passaram a tratá-la com desprezo por ser cristã. Este tratamento foi piorando cada vez mais, a ponto de Inês passar fome dentro da própria casa. Viuvez Infelizmente, a situação ficou bem pior depois do falecimento de seu marido: foi expulsa de casa. Para não passar fome, Inês fez trabalhos temporários em casas de família. Por causa desses trabalhos, conheceu uma piedosa viúva católica que a convidou para morar com ela. Em pouco tempo, era nítido o progresso espiritual que Inês vivia, ajudada por aquela mulher que a acolheu em casa. Sacramentos Por graça de Deus, a patroa de Inês Cao Kuiying sempre recebia em sua casa a visita de um sacerdote que ministrava para ela o Sacramento da Reconciliação (confissão) e a Eucaristia (celebrava a Santa Missa). Com isso, Inês cultivou com grande esmero a sua própria espiritualidade. Atitude missionária e vida ativa Ensinava o catecismo Certa vez, Inês Cao Kuiying conheceu um missionário que, encantado com o conhecimento que ela possuía sobre a fé católica, a convenceu sair em missão para ensinar a Palavra de Deus. Ela então mudou-se para Baijiazhai, em 1852, onde passou a ensinar o catecismo. De um lado para o outro, Inês pregava a Palavra de Deus e transmitia a fé católica. Em seus tempos livres, ela cozinhava, cuidava de uma casa de família e ainda fazia trabalhos de babá. Perseguição cristã O governo local adotou posturas cada vez mais intransigentes com os cristãos. Inês e muitos outros católicos foram levados sob custódia. Embora muitos daqueles cristãos presos tivessem sido libertados pouco tempo depois, Inês e mais um sacerdote, foram mantidos no cárcere. Engaiolada, manteve-se firme na fé O julgamento O Juiz daquela forania ainda tentou persuadir Inês a negar sua fé. Porém, ela manteve-se firme. Ele fez ameaças ainda mais duras ao dizer que ela seria torturada se não negasse sua fé. Mais uma vez, a jovem não demonstrou medo. Por fim, o magistrado a trancou em uma gaiola tão pequena, de modo que ela não conseguia se mexer. Do seu interior brotou a seguinte oração: "Deus, tenha misericórdia de mim; Jesus me salve!". Páscoa Em 1º de março de 1856, ela gritou forte: "Meu Deus, me ajude!" e expirou aos 35 anos. O Papa Leão XIII a proclamou bem-aventurada em 27 de maio de 1900, e no dia 1º de outubro de 2000, o Papa João Paulo II a canonizou com mais 120 mártires da China. Minha oração "Senhor, as situações que vivemos tentam nos engaiolar e, cada vez mais, o cerco se fecha para os cristãos. Dai-nos a coragem necessária para, diante das perseguições do tempo presente, não negarmos a Cristo. Assim seja." Santa Inês Cao Kuiying, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 1º de março: São Félix III, papa, [† 492] Santo Albino, bispo, na França, promoveu com ardor o Terceiro Concílio de Orleães para a renovação da Igreja [† c. 550] São David, bispo, em Gales, fundou um mosteiro, de onde partiram muitos monges para evangelizar [† c. 601] São Siviardo, abade de Anisole na França [† c. 680] São Suitberto, bispo, na Alemanha, anunciou o Evangelho aos Bátavos, aos Frisões e a outros povos da Germânia e morreu piedosamente, já em idade avançada, no mosteiro que tinha fundado [† 713] São Leão, bispo e mártir, Na Gasconha sudoeste da França e noroeste da Espanha [† s. IX] São Leão Lucas, abade de Monte Mula, que resplandeceu na vida eremítica e cenobítica segundo a observância dos monges orientais na Itália [† c. 900] São Rosendo, que foi primeiramente bispo de Dume, em Portugal, onde procurou promover e restaurar nesta região a vida monástica e, renunciando ao ministério episcopal, tomou o hábito monástico no mosteiro de Celanova, que dirigiu como abade na Espanha [† 977] Beato Cristóvão de Milão, presbítero da Ordem dos Pregadores, muito dedicado ao culto divino e à doutrina sagrada na Itália [† 1484] Beata Joana Maria Bonomo, abadessa da Ordem de São Bento, na Itália, dotada de dons místicos, experimentou no corpo e na alma as dores da Paixão do Senhor [† 1670] Fontes: saintagnestsao.org Martirológio Romano Pesquisa: Diácono Gleidson Carvalho - Comunidade Canção Nova - Vitória da Conquista (BA) Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

Santos Romão e Lupicino, os diferentes irmãos que viveram em harmonia

Vocação tardia Também, na atualidade, existem aqueles que descobrem o seu chamado à vida religiosa já na vida adulta, ou somente nessa fase, e correspondem à vocação que já intuíam ter. Esse foi o caso de Romão, francês, que optou pela vida religiosa aos 35 anos.  Vida dos Padres do Deserto Não saciado com a regra do mosteiro, sentiu-se impulsionado a uma vida mais radical. Enquanto caminhava em meio aos campos, deparou-se com um lugar cheio de árvores e uma fonte: ali se instalou e, esquecendo-se do mundo e de si mesmo, dedicou-se à oração, aos trabalhos manuais e à leitura da Bíblia. Quanto à Sagrada Escritura, foi o único livro que levou consigo, pois a considerava mais do que suficiente para viver. Irmãos sendo irmãos Lupicino, atraído pelo estilo de vida adotado pelo irmão, juntou-se a Romão e fundaram assim um mosteiro. Como acontece em muitas famílias, os irmãos fazem o quê? Discutem, brigam, provocam-se um ao outro, discordam etc. O mesmo aconteceu com Romão e Lupicino. Santos Romão e Lupicino: irmãos que, mesmo muito diferentes, viveram em paz Diferenças como riquezas Em especial na vida em comunidade, as diferenças entre os membros daquela família religiosa são riquezas e não barreiras. Conta-se que Romão era complacente, tolerante, confiava em todos e muito piedoso. Já Lucipino mais enérgico, prático, seletivo e pé no chão na hora das decisões. O perfil de cada um, porém, combinavam-se admiravelmente. Cada hora um abria mão de si para acolher o outro. Aí está a marca da santidade. Revelação da Virgem Maria Em oração, os irmãos monges recebem uma visita da Virgem Maria que os orienta dizendo: "Vocês devem lutar corajosamente contra o demônio e não temer os embustes e ódio daquele que frequentemente foi vencido pelos amigos de Deus. Se ele ataca os homens, é por medo de que eles, por suas virtudes, subam ao lugar de onde a infidelidade diabólica os fez cair". Milagre pelo acolhimento Romão foi ordenado padre; e assim viveu por quase 20 anos. Numa viagem, o sacerdote ficou hospedado num casebre onde vivia dois leprosos. Romão abraçou a ambos num gesto de acolhimento, solidarizou-se com suas dores e, na manhã seguinte, ambos estavam curados.  Obras e o final da vida dos irmãos As questões práticas Conta-se que Lupicino sempre se ateve muito às questões práticas da vida. Ele cuidava da estrutura para que seu irmão colocasse em prática as lindas inspirações que recebiam, como, por exemplo, a de fundar dois mosteiros masculinos e um feminino. Páscoa Romão morreu em 28 de fevereiro de 463, aos 73 anos de idade. Lucipino foi para eternidade em 480. O culto aos santos espalhou-se pela França, Bélgica, Suíça, Itália e por toda a Europa.  Minha oração "Senhor nosso Deus, ter pessoas ao nosso lado é uma bênção! Como São Romão e Lupicino tinham um ao outro, eu te louvo pelos filhos teus enviados para conviver comigo, me animar, sustentar a minha vocação e me impulsionar para que eu prossiga. Louvado seja o teu nome Senhor, pela vida em família e em comunidade. Amém". São Romão e Lupicino, rogai por nós! Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 28 de fevereiro: Santos presbíteros, diáconos e outros cristãos, mortos durante pandemia em Alexandria [† 262] Santas Marana e Cira, virgens, na Síria [† s. V] Santo Hilário, Papa [† 468] (Apenas nos anos que não são bissextos) Santo Osvaldo, bispo na Inglaterra [† 992] (Apenas nos anos que não são bissextos) Santo Augusto Chapdelaine, presbítero e mártir, preso por ser o primeiro a semear a fé cristã em Xilinxian na China [† 1856] (Apenas nos anos que não são bissextos) Beata Antônia de Florença, viúva, fundadora e primeira abadessa do mosteiro do Corpo de Cristo com a observância da primeira Regra de Santa Clara na Itália [† 1472] (Apenas nos anos que não são bissextos) Beatos Paulo Uchibori Sakuemon, Gaspar Kizaemon e sua esposa Maria Mine, Gaspar Nagai Sohan, mártires no Japão [† 1627] Beato Daniel Brottier, presbítero da Congregação do Espírito Santo, na França [† 1936] Beato Timóteo Trojanowski, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais e mártir, na Polónia [† 1942] Beato Carlos Gnócchi, presbítero, na Itália [† 1956] Fontes: Martirológio Romano Liturgia das Horas Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] Pesquisa e Redação: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

Santo Osvaldo, bispo

Começo na vida monástica Osvaldo, de origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, arcebispo de Cantuária, e parente de Oskyll, arcebispo de York. Educado sob os cuidados de seu tio, recebeu as santas ordens e tomou-se decano do cabido de Winchester. A vida levada pelo clero secular não lhe agradava de modo nenhum; alimentava o desejo de ingressar numa abadia beneditina, o que, de fato, realizou, tomando o hábito monástico em Fleury-sur-Loire, na França. Sua viagem a Roma Seu tio, no leito de morte, fez saber a Osvaldo que desejava tê-lo junto a si nos últimos momentos, mas o jovem monge, apenas desembarcado em Douvres, soube que o arcebispo de Cantuária acabara de expirar. Foi, portanto, a York ter com o seu outro parente, que o acolheu com bondade e convenceu a acompanhá-lo numa viagem a Roma. Na volta dessa viagem, Osvaldo ficou em Fleury-sur-Loire, e com ele Germano, jovem que se tomara seu amigo durante a viagem. Mas Oskyll, desejando fazer certas reformas em sua diocese, chamou Osvaldo para junto de si, a fim de tomar parte ativa na administração diocesana. Bispo em Worcester Nomeado bispo de Worcester, Osvaldo mostrou-se ativo, justo, hospitaleiro, generoso para com os pobres; tomou-se assim muito amado por seus diocesanos. Em comum entendimento com Dunstan, arcebispo de Cantuária – que influenciara em sua nomeação episcopal – e Ethelwold, bispo de Winchester, restabeleceu a disciplina monástica, procedendo sempre com grande doçura. Reforma dos mosteiros Foi nomeado arcebispo de York, em 972, pelo rei Eadgar, conservando, contudo, a administração da diocese de Worcester para levar a cabo a reforma dos mosteiros. Para fazer da abadia de Ramsay centro de estudo científico, fez vir de Fleury o monge Abbon, que aí ficou dois anos, isto é, até sua eleição como abade de Fleury. Como o clero da catedral de Worcester recusasse aceitar a reforma imposta por Osvaldo, este mandou construir aí uma abadia e uma igreja dedicadas a Nossa Senhora. Instalou aí beneditinos, que frequentemente visitava, e com isso a igreja abacial acabou se tomando igreja catedral. Devoção e respeito ao sagrado Teve Osvaldo grande devoção pelas relíquias dos santos. Na Quaresma, costumava lavar diariamente os pés de doze pobres; no dia 29 de fevereiro de 992, pelo fim dessa cerimônia, entregou a alma a Deus, ao canto da doxologia “Glória ao Pai”. Apreciador da ciência Homem de grande santidade, ativo, generoso e bom, Osvaldo apreciava também a ciência. Favoreceu o seu desenvolvimento nos mosteiros, que estiveram sob seus cuidados. Muitos milagres se produziram em seu túmulo, e seu nome foi inscrito nos calendários. Alguns o deram como mártir, mas erradamente, confundindo-o com o seu homônimo, o rei Osvaldo. Sua comemoração é feita no dia 29 de fevereiro, nos anos não bissextos, sua festa se celebra no dia 28 de fevereiro.   Santo Osvaldo, rogai por nós! Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 29 de fevereiro: Santo Hilário, Papa [† 468] Santo Augusto Chapdelaine, presbítero e mártir, preso por ser o primeiro a semear a fé cristã em Xilinxian na China [† 1856] Beata Antônia de Florença, viúva, fundadora e primeira abadessa do mosteiro do Corpo de Cristo com a observância da primeira Regra de Santa Clara na Itália [† 1472] Fontes: Martirológio Romano Sagrada Missão Vatican News Santie Beat – Pesquisa e Redação: Leonardo Girotto

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, o santo do sorriso

Origens Foi batizado em sua cidade natal, Assis (Itália), como Francisco Possenti. Tinha apenas 4 anos quando sua mãe morreu. Estudou em Colégios Católicos. Seu pai era governador do Estado Pontifício; e, por causa disso, ele mudava de cidade com frequência. Um jovem entre dois mundos Francisco era um jovem brilhante e sempre se destacou entre os outros meninos, era um ótimo aluno, bonito, educado, excelente bailarino e admirado por seus colegas e amigos, gostava muito do teatro e da literatura. Também, desde menino, sentia uma atração e admiração muito forte pela vida religiosa. Porém se sentiu dividido entre os divertimentos que tanto gostava, os romances, os bailes e festas da aristocracia de Espoleto e a vida de penitência e contemplação que o atraía. Segue a tua vocação Ainda durante a adolescência dele, a sua irmã morreu de cólera, e Francisco foi muito provado por essa perda. Refletiu sobre a inconsistência das alegrias humanas e voltou a pensar na vida religiosa. Mas seu pai o desmotivava. Em 1856, durante uma procissão Mariana, Francisco estava em meio à multidão de fiéis e, no momento em que o ícone da Virgem Maria estava diante dele, percebeu claramente Nossa Senhora dirigir-lhe as palavras: "Francisco, não entendeu ainda que essa vida não é feita para você? Segue a tua vocação". Quinze dias depois, aos 18 anos, ele deixou a cidade de Spoleto onde morava. Também conhecido como São Gabriel da Virgem Dolorosa Passionista para sempre Ingressou na Congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e pela Virgem Dolorosa. Ao ingressar no noviciado e receber o hábito, ele assume o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua devoção mariana.  Último sorriso e vida eterna Com apenas 23 anos, sente-se fraco, cansado, tem febre, dores no peito e muita tosse, onde vomitou sangue pela primeira vez. Foi diagnosticado com tuberculose. Depois de lutar fielmente e unir as suas dores à Paixão de Jesus, da qual era tão devoto, São Gabriel das Dores pede a absolvição de seus pecados e, diante da consciência de sua finitude, repete três vezes: "Meus méritos são vossas chagas, Senhor!". Morreu de tuberculose, aos 24 anos, no dia 27 de fevereiro de 1862. Registros do Santo Tem-se o registro de 40 cartas testemunhando a sua devoção a Nossa Senhora das Dores. Devoção a São Gabriel de Nossa Senhora das Dores Exemplo para a juventude Gabriel dedicou a sua juventude à caridade e à evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi beatificado em 1908 e canonizado em 1920, pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos. Devoção - Foi declarado copatrono da Ação Católica [Associação de Leigos Italiana] pelo Papa Pio XI em 1926. - Custodiado pela Congregação dos Passionistas, o Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, que fica na Província de Teramo, é um dos mais procurados da Itália. Sua relíquia no Santuário do Pai das Misericórdias Em 2014, quando foi dedicado o Santuário do Pai das Misericórdias, na sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), as relíquias de primeiro grau de São Gabriel foram solenemente depositadas no altar do templo. As mesmas foram doadas pelo fundador da Comunidade, monsenhor Jonas Abib, que viu como providência tê-las, já que a Comunidade iniciou seus trabalhos com jovens, e também a espiritualidade do Santuário tem sintonia com Nossa Senhora das Dores, por ter em seu interior uma grande imagem da Pietá, a Virgem Maria com o corpo de Jesus, morto, nos braços. Devoção paroquial no Brasil Conhece-se quatro Paróquias no Brasil que difundem essa devoção. Uma em São Paulo (SP), outra em Osasco (SP), uma em Itaquaquecetuba (SP), na Diocese de Mogi das Cruzes (SP); e outra na região metropolitana de Curitiba, na cidade de Fazenda do Rio Grande (PR). Minha oração "Senhor, ajuda-me, a exemplo de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a decidir-me radicalmente pelo Evangelho e renunciar, a cada dia, o pecado e as seduções do mundo. Dai-nos Jesus, um coração cheio de amor por Vossa Mãe Maria Santíssima e pela Vossa Paixão, assim como era inflamado o coração de São Gabriel das Dores." São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, rogai por nós! Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 27 de fevereiro: Santos Julião e Euno, mártires, no Egito [† s. III] São Besas, mártir, no Egito [† s. III] Santa Honorina, virgem e mártir na França [† data inc.] São Baldomiro, subdiácono, homem consagrado a Deus na França [† c. 660] Santos Basílio e Procópio Decapolita, monges, na Turquia [† 741] São Gregório, monge e doutor da Igreja, na Arménia [† c. 1005] São Lucas, abade do mosteiro do Santíssimo Salvador, sob a regra dos monges orientais na Itália [† 1149] Santa Ana Line, viúva e mártir, na Inglaterra, padeceram também com ela os beatos presbíteros e mártires Marcos Barkworth, da Ordem de São Bento, e Rogério Filcock, da Companhia de Jesus, [† 1601] Beato Guilherme Richardson, presbítero e mártir, em Londres [† 1603] Beata Francisca Ana de Nossa Senhora das Dores (Francisca Maria Cirer Carbonell), virgem,fundou a Comunidade das Irmãs da Caridade [† 1855] Beato José Tous y Soler, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, na Espanha [† 1871] Beata Maria de Jesus Deluil Martiny, virgem, mártir, na França [† 1884] Beata Maria da Caridade do Espírito Santo (Maria Josefa Carolina Brader), virgem, na Colômbia [† 1943] Fontes: Santuário São Gabriel de Nossa Senhora das Dores - sangabriele.org  Santuário do Pai das Misericórdias - paidasmisericordias.com Paróquia São Gabriel da Virgem Dolorosa de Itaquaquecetuba (SP) - [crédito da foto] Martirológio Romano vaticannews.va Liturgia das Horas Conteúdo certificado por Dom Amilton Manoel da Silva, Passionista, bispo de Guarapuava (PR) Pesquisa: Matheus Porfirio Cesario - Comunidade Canção Nova- Lorena Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova