Santos

Santa Helena, mãe do imperador Constantino

Origens  Santa Helena, de família plebeia e pagã, nasceu em meados do século III, provavelmente em Drepamin, na Bitínia, no Golfo da Nicomédia (hoje, Turquia); essa cidade, mais tarde, foi chamada Helenópolis, em sua honra, pelo seu filho e futuro imperador Constantino.  Segundo Santo Ambrósio, Helena exercia o cargo de "estabulária", ou seja, a estalajadeira encarregada dos estábulos. A modéstia e a delicadeza de Helena levaram o jovem oficial, Constâncio Cloro, a apaixonar-se por ela, apesar do seu nível social mais elevado. No entanto, quis casar-se com ela, levando-a consigo para Dardania, nos Bálcãs. A jovem, que não tinha direito ao título honorífico do seu marido, foi uma esposa fiel. No ano 280, em Naisso, na Sérvia, deu à luz ao filho Constantino. Fragilidades  Constâncio, esposo de Helena, consentiram-lhe obter, junto com Galério, o título de César (co-regente); mas era preciso ratificar a sua elevação pelo novo sistema político da Tetrarquia.  Por isso, os imperadores Diocleciano e Maximiano, em 293, obrigaram-no a divorciar-se da sua esposa e de unir-se em matrimônio com a enteada do segundo, Teodora. Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus. Helena foi obrigada a deixar sua família e seu filho.  Humildade na adversidade  Helena se fez pequena, afastada da família e do filho, que até então havia educado com dedicação e amor; ela nunca desanimou. Pelo contrário, permaneceu, humildemente, na sombra, enquanto Constantino foi elevado à corte de Diocleciano. Conversão  Com a morte de Constâncio em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Não sabemos quando se fez cristã; se ela que influiu na conversão de Constantino ou se, como escreve Eusébio de Cesareia, foi ele quem a converteu a ela. Tornou-se uma cristã fervorosa e piedosa.   Tinha-lhe muito amor e não parou de encher de honras. Entre as suas primeiras medidas, o novo imperador mandou chamar imediatamente a sua mãe, Helena Flávia Júlia, a qual foi condecorada com o título de Augusta.  Virtude da Humildade  As honras jamais influenciaram seu coração, pelo contrário, estimularam a sua atenção inata para com o próximo, que se concretizou em dar esmolas, satisfazer as necessidades materiais dos pobres e libertar numerosas pessoas das prisões, das minas e do exílio. Luminosa e contagiosa, a ponto de muitos perceberem a influência que teve na conversão do seu filho e na promulgação do Edito de Milão, em 313, que concedeu a liberdade de culto aos cristãos após três séculos de perseguição. Dizem que Helena participava das celebrações religiosas, usando roupas modestas, para se confundir com a multidão, e convidava os famintos para o almoço, servindo-os pessoalmente. Cruz na Terra Santa Em 326, um acontecimento perturbou a vida da família: Constantino mandou matar. Primeiro, seu filho Crispo, por instigação da madrasta, Fausta, sua segunda mulher, também suspeita de acometer a sua honra. Diante dessa tragédia, com 78 anos de idade, Helena manteve firme a sua fé fazendo uma peregrinação penitencial à Terra Santa. Ali, mandou construir duas Basílicas: a da Natividade, em Belém, e a da Ascensão, no Monte das Oliveiras. Essa iniciativa inspirou Constantino a construir também a Basílica da Ressurreição. No Gólgota, ao mandar destruir os edifícios pagãos, construídos pelos romanos, aconteceu uma prodigiosa descoberta da verdadeira Cruz: o cadáver de um homem, que jazia sobre o madeiro, encontrou milagrosamente a vida.  Os três cravos que perfuraram o Corpo de Jesus foram doados por Santa Helena para Constantino: um foi encastrado na Coroa de Ferro, conservado na Catedral de Monza, como lembrar que não existe soberano que não deve sucumbir à vontade de Deus. As preciosas relíquias estão guardadas, hoje, na Basílica romana de Santa Cruz de Jerusalém. Páscoa Santa Helena morreu em 329, aos 80 anos de idade, em um lugar não identificado. Ainda moribunda, foi assistida por seu filho, que, depois, levou seu corpo para a Via Labicana, em Roma, onde foi sepultado em um mausoléu em sua homenagem. Seu sarcófago de pórfiro, transportado ao Latrão, no século XI, hoje está conservado no Museu Vaticano. Minha oração “Querida Helena, que, por teu imenso amor ao catolicismo, influenciaste o teu filho, assim como também uma nação, ajudai as mães de todo o mundo a serem influenciadoras de suas famílias. Por Jesus Nosso Senhor. Amém!” Santa Helena, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 18 de agosto  Em Palestrina, no Lácio, região da Itália, Santo Agapito, mártir. († data inc.) Em Útica, atualmente na Tunísia, os santos mártires da “Massa Cândida”. († s. III-IV) Em Mira, na Lícia, atualmente na Turquia, São Leão, mártir.  († s. III-IV) Em Metz, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Firmino, bispo. († s. IV) Em Arles, na Provença, na atual França, Santo Eónio, bispo, que defendeu os erros de Pelágio. († 502) Na Bitínia, na atual Turquia, o passamento de São Macário, hegúmeno do mosteiro de Pelecete. († 850) No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, região da Itália, o Beato Leonardo, abade, extraordinário homem de paz. († 1255) Em Ravena, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Reinaldo de Concorezzo, bispo, ilustre pelo seu zelo, prudência e caridade. († 1321) Em Mântua, na Lombardia, região da Itália, a Beata Paula Montáldi, virgem, abadessa da Ordem das Clarissas.(† 1514) Na França, o Beato António Banassat, presbítero e mártir, um pároco que, durante a perseguição da Revolução Francesa, foi preso em ódio à fé cristã. († 1794) Em Valdemoro, na Espanha, o Beato Francisco Árias Martin, presbítero e mártir, um noviço da Ordem de São João de Deus. († 1936) Em Barbastro, na Espanha, os beatos Jaime Falgarona Vilanova e Atanásio Vidaurreta Labra, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria e mártires na mesma perseguição. († 1936) Em Alcañiz, localidade da província de Teruel, Espanha, o Beato Martinho Martínez Pascual, presbítero e mártir. († 1936) Em Rafelbunyol, localidade da província de Valência, também na Espanha, o Beato Vicente Maria Izquierdo Alcón, presbítero. († 1936) Em Valdepeñas, os beatos mártires Félix González Bustos, Pedro Buitrago Morales e Justo Arévalo y Mora, presbíteros da diocese de Ciudad Real, e cinco religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs.(† 1936) Em La Tejera, na Espanha, os beatos Celestino José Alonso Villar, Gregório Díez Pérez e Tiago Franco Mayo, presbíteros, e Abílio Sáiz López, religioso, todos da Ordem dos Pregadores e mártires.(† 1936) Em Seo de Urgel, na Espanha, o Beato Jacob Samuel (José Henrique Chamayou Oulés), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir.(† 1936) Em San Boy de Llusanés,na Espanha, os beatos Honorato Alfredo (Agostinho Pedro Calvo), e Olegário Ângelo (Eudaldo Rodas Más), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Em Torrijos, na Espanha, o Beato Libério González Nombela, presbítero da diocese de Toledo e mártir. († 1936) Em Santiago do Chile, Santo Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero da Companhia de Jesus. († 1952) Fonte: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] – Produção e edição: Melody de Paulo  – Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Jacinto, sobrinho do Bispo de Cracóvia

Origens  São Jacinto nasceu na Silésia, cidade localizada entre Breslau e Cracóvia, na Polônia, em 1183. Era sobrinho do Bispo de Cracóvia. Desde cedo, aprendeu a bondade e a caridade, despertando, assim, sua vocação religiosa. Vida  Estudou direito e teologia em Cracóvia, Praga e Bolonha e foi ordenado sacerdote e depois cônego da catedral de Cracóvia. Em Roma, conheceu São Domingos e entrou na Ordem dos Pregadores. Ele trabalha para a união das Igrejas do Oriente e do Ocidente, chegando até Kiev, onde desenvolveu mais uma eficiente missão evangelizadora, levando a Ordem dos Dominicanos para aquela região. Jacinto foi um incansável pregador da Palavra de Cristo e um dos mais pródigos colaboradores do estabelecimento da nova Ordem naquelas regiões mais distantes de Roma. Foram 40 anos de intensa vida missionária. Chamado por Nossa Senhora Na iconografia, Giacinto aparece vestido com o hábito dominicano e carrega o ostensório em uma mão e uma estátua de Nossa Senhora na outra. De acordo com uma história do século 16, de fato, enquanto ele fugia com o ostensório durante o ataque dos tártaros em Kiev, em 1241 e 42, ele foi chamado por Maria para levar sua estátua com ele. Além disso, o ostensório nas mãos representa o seu amor pela Eucaristia. Apóstolo da Polônia  A festa de São Jacinto, o "apóstolo da Polônia", era tradicionalmente celebrada um dia depois da sua morte. Contudo, em razão da veneração da Assunção de Maria, foi transferida para o dia 17 de agosto. Páscoa No ano dia 15 de agosto 1257, morreu no Mosteiro de Cracóvia, Polônia, consumido pelas fadigas, aos setenta e dois anos de idade. Considerado pelos biógrafos uma das glórias da Ordem Dominicana, foi canonizado em 1594 pelo papa Clemente VII. Minha oração “Santo devotíssimo da Eucaristia e de Maria, fazei com que os amemos de todo o coração assim como tu amavas. Da mesma forma, sejamos verdadeiros divulgadores de Deus. Amém!” São Jacinto, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 17 de agosto:  Memória de Santa Beatriz da Silva, da Ordem de São Domingos, em Toledo. († 1492) Em Cízico, no Helesponto, hoje na Turquia, São Míron, presbítero e mártir, que, no tempo do imperador Décio, depois de muitos suplícios foi decapitado. († s. III) Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, São Mamede, mártir, que, sendo um pastor de condição muito humilde. († 273/274) Na Sicília, hoje região da Itália, o dia natal de Santo Eusébio, papa, valoroso testemunho de Cristo, que foi deportado pelo imperador Maxêncio. († 310) Na Frísia, no território da atual Holanda, São Jerão, presbítero e mártir, que se narra ter sido morto por uns pagãos normandos. († 856) Em Tessalônica, na atual Grécia, o passamento de Santo Elias o Jovem, monge segundo as regras dos Padres orientais. († 903) Em Arcária, perto de Milazzo, na Sicília, São Nicolau Políti, eremita, que passou a vida em suprema austeridade numa caverna. († 1107) Em Colle di Val d’Elsa, hoje na Toscana, Itália, o Beato Alberto, presbítero, que deu ao povo um egrégio exemplo de virtude. († 1202) Em Montefalco, na Úmbria, também na Itália, Santa Clara da Cruz, virgem da Ordem das Eremitas de Santo Agostinho. († 1308) Em Nagasaki, no Japão, os santos mártires Tiago Kyuhei Gorobioye e Miguel Kurobi Oye, foram condenados à pena capital e morreram por Cristo. († 1633) Em Saumur, na França, Santa Joana Delanoue, virgem, que, totalmente confiada no auxílio da divina providência,fundou o Instituto das Irmãs de Santa Ana da Providência. († 1736) Na França, o Beato Natal Hilário Le Conte, mártir, que, durante a violenta perseguição religiosa foi encerrado na galera, consumido pela enfermidade, morreu por Cristo. († 1794) Em Castelfullit de la Roca, na Espanha, o Beato Henrique Canadell Quintana, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes da Escolas Pias e mártir, assassinado em ódio à Igreja († 1936) Fontes:  vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br Santiebati.it  Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] – Produção e edição: Melody de Paulo  – Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Estêvão da Hungria: rei, diplomata e caridoso

Origens  Santo Estêvão da Hungria nasceu por volta de 969 na região da Panônia, atual Hungria, área onde as tribos magiares (povos dominados pela Alemanha e França) se instalaram e conheceram o cristianismo. Este contato proporcionou que inúmeras pessoas fossem, aos poucos, se convertendo e abraçando a religião católica. Filho primogênito do duque Gesa com uma princesa cristã, foi criado no seguimento de Cristo. Ao completar dez anos de idade, foi batizado; na cerimônia, teve a felicidade de ver seu pai, convertido, recebendo o mesmo sacramento. Vida   Em 997, tornou-se rei após a morte de seu pai, que sonhava em unir seu povo em uma única nação cristã, mas não conseguiu alcançá-la. Estêvão resolveu seguir o legado de seu pai, sendo um excelente estadista, unificou as trinta e nove tribos, até então hostis entre si, fundando o povo húngaro. Ele consolidou o cristianismo como única religião deste povo,  e permitindo à Igreja maior estruturação. Missão Casou-se com a princesa Gisela, irmã do imperador da Baviera, Henrique II.  O seu orientador espiritual e conselheiro, o bispo de Praga, Adalberto, confiou aos monges beneditinos de Cluny a missão de ensinar ao povo a doutrina cristã. Conseguiu do Papa Silvestre II a fundação de uma hierarquia autônoma para a Igreja húngara. Para tanto, enviou a Roma o monge Astric, que o papa consagrou bispo com a função de consagrar outros bispos húngaros. Desta forma, criou dez dioceses, cuidou da fundação e da consolidação de muitas abadias, inspirando-se na reforma de Cluny.   Exemplo de Caridade Fundou hospitais, asilos e creches para a população pobre, atendendo, especialmente, os abandonados e marginalizados.  Com toda a sua humildade, fazia questão de tratar pessoalmente dos doentes, tendo adquirido o dom da cura. Corajoso e diplomático, soube consolidar as relações com os países vizinhos, mesmo mantendo vínculos com o imperador de Bizâncio, adquirindo também o dom da sabedoria. Assim, transformou a nação próspera e o povo húngaro num dos mais fervorosos seguidores da Igreja Católica. Legado  Santo Estêvão é exemplo do que podem fazer todas as pessoas influentes na sociedade. A influência é dom de Deus e há de orientar-se sempre para o bem. O apostolado cristão é dever de todos os que foram dotados de riquezas, poder e autoridade. Páscoa Muito hábil em política, o rei Estêvão I faleceu em 1038. Devido a seus grandes feitos, passou a ser venerado pelo povo húngaro, que fez do seu túmulo local de intensa peregrinação de fiéis, que iam agradecer ou pedir sua intercessão para graças e milagres.  Via de Santificação Cinquenta anos mais tarde, após os seus feitos de santidade percorrem toda a Europa, foi incluído no livro dos santos, em 1083, pelo papa Gregório VII.   Minhas Orações “A ti querido Estêvão, mestre da caridade, pedimos que rogue pelos nossos políticos e líderes sociais a fim de que se tornem verdadeiros discípulos da tua virtude de magnânimo. Por Cristo, nosso Senhor, amém!” Santo Estêvão da Hungria, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 16 de agosto: Comemoração de Santo Arsácio, que professou a fé cristã e, deixando a vida militar, se retirou para a solidão em Nicomédia. († c. 358) Em Sion, no território de Valais, na Helvécia, hoje na Suíça, São Teodoro, primeiro bispo desta cidade, que defendeu a fé católica contra os arianos.(† s. IV) Na Bretanha Menor, na hodierna França, Santo Armagilo, eremita. († s. VI) No território de Le Mans, na Gália, hoje também na França, São Frambaldo, monge, que seguiu ora a vida solitária ora a vida cenobítica. († c. 650) Na floresta de Rennes, na Bretanha Menor, também na França, o Beato Rodolfo de la Fustaie, presbítero, fundador do Mosteiro de São Sulpício. († 1129) Em Subiaco, da Itália, o Beato Lourenço que, tendo matado um homem acidentalmente, decidiu expiar a sua pena com extrema austeridade e penitência. († 1243) Na Lombardia, também na Itália, São Roque, adquiriu fama de santidade com a sua piedosa peregrinação através da Itália, cuidando os afetados pela peste. († c. 1379) Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Ângelo Agostinho Mazzinghi, presbítero da Ordem dos Carmelitas. († 1438) Em Hagi, no Japão, o Beato Melchior Kumagai Motonao, pai de família e mártir. († 1605) Em Kioto, no Japão, o Beato João de Santa Marta, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. († 1618) Em Kokura, no Japão, os beatos mártires Simão Bokusai Kyota, catequista, e Madalena Bokusai Kyota, esposos, Tomé Gengoro e Maria, também esposos, e Tiago seu filho. († 1620) Na França, o Beato João Baptista Ménestrel, presbítero e mártir.(† 1794) Em Fanjiazhuang, província da China, Santa Rosa Fan Hui, virgem e mártir.(† 1900) Em Barcelona, na Espanha, a Beata Petra de São José, que fundou a Congregação das Irmãs Mães dos Desamparados. († 1906) Em Dénia, na província de Alicante, também na Espanha, o Beato Plácido Garcia Gilaber, religioso da Ordem dos Frades Menores e mártir, que consumou egregiamente o seu combate por Cristo. († 1936) Em Benicassim, na Espanha, o Beato Henrique Garcia Beltran, diácono da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir,  († 1936) Em Picassent, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato Gabriel María de Benifayó (José Maria Sanchis Mompó) († 1936) Em Pozoblanco, perto de Córdova, na Espanha, o Beato António Rodríguez Blanco, presbítero da diocese de Córdova e mártir († 1936) Em Fuente el Fresno, na Espanha, os beatos mártires Vítor Chumillas Fernández, presbítero, e dezanove companheiros. Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] - Produção e edição: Melody de Paulo 

Assunção de Nossa Senhora, dogma de fé

Origens A Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria é celebrada no dia 15 de agosto, desde o século V, com o significado de "Nascimento para o Céu", ou, segundo a tradição bizantina, de "Dormição". Em Roma, essa festa era celebrada desde meados do século VII, mas foi preciso esperar até 1° de novembro de 1950, quando Pio XII proclamou o Dogma da Assunção de Maria, elevada ao céu em corpo e alma.  Cumprimento da fé No Credo Apostólico, professamos a nossa fé na "ressurreição da carne" e na "vida eterna", fim e sentido último do caminho da vida terrena. Esta promessa de fé cumpriu-se em Maria, sinal de “consolo e esperança” (Prefácio). Trata-se de um privilégio de Maria, por ser intimamente ligado ao fato de ser Mãe de Jesus: visto que a morte e a corrupção do corpo humano são consequências do pecado, não era oportuno que a Virgem Maria - isenta de pecado - fosse implicada nesta lei humana. Daí o mistério da sua "Dormição" ou "Assunção ao céu".  Maria elevada ao céu O fato de Maria ter sido elevada ao céu é motivo de júbilo, alegria e esperança para nós: "Já e ainda não". Uma criatura de Deus, Maria, já está no Céu e, com Ela e como ela, também nós, criaturas de Deus, estaremos um dia. Portanto, o destino de Maria, unida ao corpo transfigurado e glorioso de Jesus, será o mesmo destino de todos os que estão unidos ao Senhor Jesus, na fé e no amor. A importância do corpo A Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, em corpo e alma ao Céu, é um sinal eloquente do que, não só a "alma", mas também a "corporeidade" confirmam que "tudo era muito bom" (Gn 1,31), tanto que, como aconteceu com a Virgem Maria, também a "nossa carne" será elevada ao céu. Isto, porém, não quer dizer que somos isentos do nosso compromisso com a história; pelo contrário, é precisamente o nosso olhar, voltado para a Meta, o Céu, a nossa Pátria, que nos dá o impulso para nos comprometermos com a vida presente, nas pegadas do Magnificat: felizes pela misericórdia de Deus, atenciosos com todos nossos irmãos e irmãs, que encontramos ao longo do caminho, começando pelos mais fracos e frágeis. Proclamação do Dogma "Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos S. Pedro e S. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial" (Pio XII, Munificentissimus Deus, 1º de novembro de 1950). Páscoa Maria encontra-se na glória de Deus; Ela alcançou a Meta, onde, um dia, todos nos encontraremos. Eis porque, hoje, Maria é sinal de consolação e esperança, pois, se Ela, criatura como nós, conseguiu, também nós conseguiremos. Mantenhamos nosso olhar e coração fixos naquela Mulher, que nunca abandonou seu Filho Jesus e, com Ele, agora, goza da alegria e da glória celeste. Confiemos em Maria! Que Ela nos ajude a percorrer o caminho da vida, reconhecendo as grandes coisas, que Deus faz em nós e em torno de nós, sendo capazes de engrandecê-Lo, com o Canto da nossa existência! Minha oração "Santíssima Mãe, Teu amor nos alcança e nos consola, Teu dogma aponta a verdade da ressurreição e a importância do corpo, assim como demonstrou o Teu filho. Ajudai-nos a crescer na fé e a nos tornarmos convictos desses fatos proclamados. Amém!" Maria Assunta ao céu, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em  de Agosto Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, a comemoração de São Tarcísio, mártir. († c. 257) Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Estratão, Filipe e Eutiquiano, mártires. († data inc.) Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Simpliciano, bispo. († 401) Comemoração de Santo Alípio, bispo de Tagaste, na Numídia, atualmente na Argélia, que foi discípulo de Santo Agostinho.(† c. 430) Em Hildesheim, na Saxónia, região da Alemanha, Santo Alfredo, bispo. († 874) Em Alba Regia, na Panónia, hoje Szekesfehervar, na Hungria, Santo Estêvão, rei da Hungria. († 1038) Em Cracóvia, na Polónia, São Jacinto, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1257) Em Savigliano, no Piemonte, região da Itália, o Beato Aimão Taparélli, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1495) Em Pallanza, próximo de Novara, também na Itália, a Beata Juliana de Busto Arsízio, virgem da Ordem de Santo Agostinho. († 1501) Em Roma, Santo Estanislau Kostka, natural da Polónia, admitido no noviciado por São Francisco de Borja. († 1568) Na cidade de Wendo, próximo de Busira, na actual República Democrática do Congo, o Beato Isidoro Bakanja, mártir. († 1909)  Em Chalchihuites, na região de Durango, no México, os santos mártires Luís Batis Sáinz, presbítero, Manuel Morales, pai de família, Salvador Lara Puente e David Roldán Lara. († 1926) Em Barbastro, próximo de Huesca, no território de Aragão, na Espanha, os beatos Luís Masferrer Vila, presbítero, e dezenove companheiros, mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. († 1936) Em Almazora, localidade próxima de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato José Maria Peris Polo, presbítero da Sociedade dos Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, a Beata Maria do Sacrário de São Luís Gonzaga (Elvira Moragas Cantarero), virgem da Ordem das Carmelitas Descalças e mártir. († 1936) Também em Madrid, o Beato Domingos Maria de Alboraya (Agostinho Hurtado Soler), presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores. († 1936) Em Motril, localidade próxima de Granada, no litoral da Espanha, o Beato Vicente Soler, presbítero da Ordem dos Agostinhos Recoletos e mártir. († 1936) Em Palma de Gandia, localidade da região de Valência, também na Espanha, o Beato Carmelo Sastre Sastre, presbítero e mártir. († 1936) Em Tárrega, povoação próxima de Barcelona, também na Espanha, o Beato Jaime Bonet Nadal, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, o Beato José Santoja Pinsach, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Málaga, também na Espanha, os beatos mártires Manuel Formigo Giráldez, presbítero da Ordem de Santo Agostinho, e Francisco Míguez Fernández, presbítero da Sociedade Salesiana. († 1936) Em Caldas de Oviedo, nas Astúrias, também na Espanha, o Beato Severiano Montes Fernández, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e mártir. († 1936) Em Pádua, na Itália, o Beato Cláudio (Ricardo Granzotto), religioso da Ordem dos Frades Menores. († 1947) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Melody de Paulo

São Maximiliano Maria Kolbe, mensageiro da paz no Holocausto

Origens Rajmund Kolbe nasceu em Zdunska-Wola (Lodz), no centro da Polônia, em 8 de janeiro de 1894, e foi batizado no mesmo dia. A família mudou-se então para Pabianice, onde Raimundo frequentou a escola primária, sentiu um misterioso convite da Virgem Maria para amar generosamente Jesus e sentiu os primeiros sinais de uma vocação religiosa e sacerdotal. Em 1907, Raimundo foi acolhido no Seminário dos Frades Menores Conventuais de São Leopoldo. Em 4 de setembro de 1910, iniciou o noviciado com o nome de Fr. Maximiliano; e, em 5 de setembro de 1911, fez a profissão simples. Ordenação e Lema de vida Foi transferido para Roma, onde viveu de 1912 a 1919. Fez a profissão solene em 1º de novembro de 1914. Ordenado sacerdote em 28 de abril de 1918. Uma sólida e segura formação espiritual abriu o espírito de frei Maximiliano a uma aguda penetração e profunda contemplação do mistério de Cristo. Estes sentimentos de fé e resoluções de zelo, que Maximiliano resume no lema: "Renovar tudo em Cristo pela Imaculada Conceição", estão na base da instituição da "Milícia de Maria Imaculada" (MI). Polônia e a Milícia da Imaculada Em 1919, padre Maximilian estava de volta à Polônia onde, apesar de uma grave doença que o obrigou a permanecer durante muito tempo no sanatório de Zakopane, dedicou-se com ardor ao exercício do ministério sacerdotal e à organização da MI. Em 1919, em Cracóvia, obteve o consentimento do Arcebispo para imprimir o "Relatório de Registro" da MI e pôde recrutar os primeiros soldados da Imaculada Conceição. Em 1922, ele começou a publicação de "Rycerz Niepokalanej" (O Cavaleiro da Imaculada Conceição), a revista oficial da MI; enquanto em Roma o Cardeal Vigário aprova canonicamente a MI como uma "Pia União". Posteriormente, a MI encontrará cada vez mais adesões entre sacerdotes, religiosos e fiéis de muitas nações. Entretanto, na Polônia, padre Maximiliano obtém a possibilidade de instalar um centro editorial autónomo no Convento de Grodno, que lhe permite publicar "Il Cavaliere" com edição e difusão mais proveitosas para "trazer a Imaculada Conceição aos lares, para que as almas, aproximando-se de Maria, recebam a graça da conversão e da santidade". Expansão Em 1927, padre Kolbe iniciou a construção de uma cidade-convento perto de Varsóvia, a que chamou "Niepokalanów" (Cidade da Imaculada Conceição). Desde o início, Niepokalanów assumiu a fisionomia de uma autêntica "fraternidade franciscana", pela importância primordial dada à oração, pelo testemunho de vida evangélica e pela vivacidade do trabalho apostólico. Os frades, formados e orientados por padre Maximiliano, vivem em conformidade com a Regra de São Francisco, no espírito de consagração à Imaculada Conceição, e todos colaboram na atividade editorial e no uso de outros meios de comunicação social para o aumento do Reino de Cristo e a difusão da devoção à Santíssima Virgem. Padre Kolbe, autêntico apóstolo de Maria, gostaria de fundar outras "Cidades da Imaculada" em várias outras partes do mundo; mas, em 1936, ele teve de retornar à Polônia para reassumir a liderança de Niepokalanów.  Guerra Ele acolhe refugiados, feridos, fracos, famintos, desanimados, cristãos e judeus no convento, a quem oferece todo conforto espiritual e material. Em 19 de setembro, a polícia nazista deportou o pequeno grupo de frades de Niepokalanów para o campo de concentração de Amtitz, na Alemanha, onde padre Maximiliano encorajou os irmãos a transformar a prisão em uma missão de testemunho. Todos puderam regressar livres à Niepokalanów, em dezembro. Em 17 de fevereiro de 1941, padre Maximiliano foi encarcerado na prisão de Pawiak, onde sofreu as primeiras torturas pelos guardas nazistas; e, em 28 de maio, foi transferido para o infame campo de concentração de Oswiipcim. A presença do padre Kolbe, nos vários quarteirões do campo da morte, foi testemunha da fé do sacerdote, pronto a dar a vida pelos outros; do religioso franciscano, testemunha evangélica da caridade e mensageiro da paz e do bem para os irmãos; do cavaleiro de Maria Imaculada, que confia todos os homens ao amor da Mãe divina. Envolvido nos mesmos sofrimentos infligidos a tantas vítimas inocentes, ele reza e faz rezar, suporta e perdoa, ilumina e fortalece na fé, absolve os pecadores e infunde esperança. Martírio  A fé o fez, com extremo entusiasmo de amor, oferecer-se livremente para substituir um irmão prisioneiro condenado, juntamente com outros nove em represália injusta, a passar fome. No bunker da morte, padre Maximiliano fez ressoar com a oração o canto da vida redimida que não morre, o canto do amor que é a única força criadora, o canto da vitória prometida à fé em Cristo. Em 14 de agosto de 1941, véspera da festa da Assunção de Maria Santíssima, faleceu com uma injeção de ácido carbônico.  A minha oração "Ao santo amigo da Cruz e de Jesus, que destes sua vida no lugar dos inocentes e a eles dedicou-se todo o tempo, pedimos a graça de crescer nas virtudes da coragem e da defesa dos mais necessitados. Que Nosso Senhor nos eduque nesse mistério do martírio diário. Amém!" São Maximiliano Kolbe , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em  de Agosto: No Hilírico, na hodierna Croácia, Santo Ursicino, mártir. († s. IV) Em Apameia, na Síria, São Marcelo, bispo e mártir. († c. 390) Em Roma, Santo Eusébio. († s. IV-V) Em Ross, na Irlanda, São Facanano, bispo e abade. († s. VI) Em Oudenburg, na Flandres, atualmente na Bélgica, o passamento de Santo Arnolfo, bispo de Soissons. († 1087) Próximo de Montebaróccio, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato Santo de Urbino Brancorsíni, irmão leigo da Ordem dos Menores. († 1390) Em Otranto, na Apúlia, região da Itália, cerca de oitocentos santos mártires, que, constrangidos a renegar a fé durante uma incursão dos soldados otomanos, mas exortados por Santo António Primaldo, idoso tecelão. († 1480) Em Nagasáki, no Japão, os santos mártires Domingos Ibáñes de Erquícia, presbítero da Ordem dos Pregadores, e Francisco Shoyemon. († 1633) Em Coriano, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Isabel Rénzi, virgem, fundadora da Congregação das Piedosas Mestras de Nossa Senhora das Dores. († 1859) Em Picassent, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato Vicente Rubiols Castelló, presbítero e mártir. († 1936) Em El Saler, junto da cidade de Valência, na Espanha, o Beato Félix Yuste Cava, presbítero e mártir. († 1936) Perto de Barcelona, também na Espanha, a Beata Maria do Patrocínio de São José (Maria de Puiggraciós Josefa Francisca Badia Flaquer), virgem da Ordem das Carmelitas e mártir. († 1936) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

Santa Dulce dos Pobres, anjo bom da Bahia

Origens Dulce Lopes Pontes nasceu, em 26 de maio de 1914, em São Salvador da Bahia (Brasil). Batizada com o nome de Maria Rita, foi a segunda dos cinco filhos de Augusto e Dulce Maria de Souza Brito Lópes Pontes. Órfã de mãe aos seis anos, ela tinha cerca de 16 anos quando começou a manifestar a qualidade que a teria distinguido ao longo de sua vida: a caridade. No porão da casa, acolhia crianças, adultos e idosos pobres e cuidava deles. De sua família e vizinhos, obtinha alimentos, roupas, remédios e alguns trocados que lhes destinava para aliviar seu sofrimento. Freira Enquanto cursava o mestrado em São Salvador da Bahia, ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Mais tarde, conheceu o Superior Provincial dos Missionários da Imaculada Conceição. Logo que se formou, em 8 de fevereiro de 1933, ingressou nesta Congregação, que faz parte da grande família franciscana. Em 15 de agosto de 1934, fez os votos religiosos e adotou o nome de Dulce, em memória de sua mãe.  Os trabalhos Em 1935, fundou o primeiro movimento operário cristão em São Salvador: o Sindicato Operário de São Francisco; em 1937, fundou o Clube dos Trabalhadores da Bahia; em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, escola pública para trabalhadores e filhos de trabalhadores, no bairro de Massaranduba, em São Salvador. No mesmo ano, iniciou-se a acolhida aos doentes em prédios abandonados da cidade; em 1949, com a permissão da Superiora, pôde acolher setenta enfermos em um abrigo obtido no galinheiro adjacente à casa de sua congregação. Em 1960, foi inaugurado o Asilo Social Suor Dulce, com um Estatuto que abarcava todas as suas fundações e enfatizava seu caráter exclusivamente cristão e humanitário. Em julho de 1979, o Cardeal Arcebispo Avelar Brandão Vilela convidou Santa Teresa de Calcutá a São Salvador para abrir uma casa em Alagados. Irmã Dulce aproveitou para conhecê-la. Exatamente um ano depois, houve outro encontro importante, aquele com São João Paulo II. Em 8 de fevereiro de 1983, foi inaugurado o novo hospital Santo Antônio, considerado, pelos baianos, mais um "milagre de Irmã Dulce". Os últimos anos Os últimos meses da vida da beata foram caracterizados pela doença. Piorou em novembro de 1990. Em outubro de 1991, São João Paulo II foi a São Salvador e quis ir às Obras visitar Irmã Dulce. O Cardeal Lucas Moriera Neves contou que o Santo Padre disse várias vezes: “Este é o sofrimento dos inocentes. Igual ao de Jesus”. Ele enfrentou todo o seu sofrimento abandonado nos braços do Senhor. Todo o Apostolado dos Beatos resplandece entre aqueles cristãos que fizeram caridade a Deus e ao próximo durante toda a sua vida. Sua caridade era maternal, terna. A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do Alto extraia energia e recursos para pôr em marcha uma espantosa atividade de serviço aos últimos. Longe de qualquer horizontalismo, como verdadeira alma franciscana, fez-se pobre com os pobres por amor ao supremamente pobre. Sem fomentar conflitos de classe, lembrou aos ricos da necessidade evangélica de partir o pão com os famintos.  Páscoa  Sua vida foi uma confissão da primazia de Deus e da grandeza do homem filho de Deus, mesmo onde a imagem divina parece obscurecida, degradada e humilhada. Em 13 de março de 1992, a Beata Dulce faleceu em São Salvador da Bahia. De todo o Brasil ela foi, e ainda se define, a "Mãe dos Pobres" e o "Anjo Bom da Bahia". Em 13 de Outubro de 2019, o Papa Francisco realizou o ato de canonização. Minha oração "Ó mãe dos pobres, cuidai do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! " Santa Dulce, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em  de Agosto: Santos mártires Ponciano, papa, e Hipólito, presbítero. († c. 236) Em Ímola, na Flamínia, hoje na Emília Romanha, região da Itália, São Cassiano, mártir. († c. 300)   Em Lião, na Gália, atualmente na França, Santo Antíoco, bispo. († c. 500) Em Poitiers, na Aquitânia, também na atual França, Santa Radegunda, rainha dos Francos, que, vivendo ainda Clotário, seu esposo, recebeu o sagrado véu e entrou no mosteiro da Santa Cruz de Poitiers. († 587) Em Skemáris, na região de Lazika, situada na cordilheira do Cáucaso, o passamento de São Máximo Confessor, abade de Crisópolis. († 662) Em Fritzlar, no território do Hesse, na Austrásia, hoje na Alemanha, São Vigberto, presbítero e abade. († c. 739) No mosteiro de Altenberg, no território de Wetzlar, também na Alemanha, a Beata Gertrudes, abadessa da Ordem Premonstratense.(† 1297) Em Kilmallock, na Irlanda, os beatos Patrício O’Healy, bispo de Mayo, e Cono O’Rourke, presbítero, ambos da Ordem dos Frades Menores. († 1579) Em Warwick, na Inglaterra, o Beato Guilherme Freeman, presbítero e mártir. († 1595) Em Roma, São João Berchmans, religioso da Companhia de Jesus. († 1621) Em Viena, na Áustria, o Beato Marcos de Aviano (Carlos Domingos) Cristófori, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1699) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Gabilhaud, presbítero e mártir. († 1794) Em Saugues, povoação próxima de Le Puy-en-Velay, também na França, São Benildo (Pedro Romançon), da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. († 1862) Em Barbastro, próximo de Huesca, cidade de Aragão, na Espanha, os beatos Secundino Maria Ortega Garcia, presbítero, e dezanove companheiros, mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. († 1936) Em Almazora, povoação da província de Castellon, também na Espanha, o Beato João Agramunt, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártir. († 1936) Em Albocácer, também na província de Castellon, o Beato Modesto Garcia Marti, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, o Beato José Bonet Nadal, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Em Revolts de Torrent, localidade da província de Girona, também na Espanha, os beatos Francisco Alfredo (Francisco Mallo Sánchez) e Hilarião Eugénio (Eugénio Cuesta Padierna), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, os beatos Inocêncio Garcia Díez e Reginaldo Hernández Ramírez, presbíteros da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1936) Em Salás de Palarrds, perto de Lérida, também na Espanha, os beatos José Tàpies Sirvant e seis companheiros, presbíteros da diocese de Urgel e mártires. († 1936) Em Berlim, no lugar chamado Plötzensee, na Alemanha, o Beato Tiago Gapp, presbítero da Sociedade de Maria e mártir. († 1943) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Melody de Paulo

Santa Joana Francisca de Chantal, amiga de São Francisco de Sales

                          Origens  Ele nasceu em Dijon, em 23 de janeiro de 1572, em uma família da alta nobreza da Borgonha. Seu pai é Benigno Frémyot, segundo presidente do Parlamento. Ela logo perdeu a mãe e cresceu sob a educação e moral de seu pai. Em 29 de dezembro de 1592, Giovanna casou-se com Cristóvão II, barão de Chantal. Ela foi imediatamente chamada de "a dama perfeita" por seus esforços na propriedade Bourbilly e pela atenção e preocupação que reservava ao esposo. Desta união perfeita, nasceram seis filhos: os dois primeiros morrem ao nascer; depois, chegam Celso Benigno, Maria Amata, Francesca e Carlotta. Doce, serena e afável, Giovanna é amada por sua família, assim como pelos criados. Amizade que santifica Na história da Igreja, encontramos alguns casos em que homem e mulher atuaram juntos no caminho da santidade, lembramos Francisco e Clara, Elzeario de Sabran e Delfina de Glandève, Teresa de Ávila e Giovanni della Croce, Bento e Escolástica, São Francisco de Sales e Giovanna Francesca Frémyot de Chantal, santa de hoje. Graças ao encontro com o bispo de Genebra, Joana definiu seu caminho de santidade. Os franceses a chamam de Santa Chantal e a veneram em Annecy, onde repousa ao lado de São Francisco de Sales. Devota dos pobres Quando Cristoforo se ausenta do castelo para cumprir seus deveres na corte, Giovanna deixa suas roupas elegantes e se dedica aos pobres, a quem oferece não apenas dinheiro, mas sua própria pessoa, servindo-lhes. Sua caridade tornou-se imensa durante a fome que atingiu a Borgonha no inverno de 1600-1601. É aqui que a baronesa transforma o seu lar num verdadeiro hospital para acolher mães e crianças em dificuldade e encarrega-se da construção de um novo forno para poder distribuir pão a todos aqueles que batem à sua porta. Um dia lhe disseram que só restava um saco de centeio no celeiro; ela, sem hesitar, mandou continuar a distribuição do pão.  Viuvez Então, vem a primeira grande prova, a morte de Cristóvão, morto por um arcabuz baleado durante uma caçada. Ela continua viúva com apenas 29 anos, mãe de quatro filhos, a primeira com apenas cinco anos e a última alguns dias. Neste tempo de luto e dor, amadurece o desejo de consagrar-se a Cristo, mas os deveres familiares não lhe permitem uma escolha de vida tão drástica. Enquanto espera conhecer a vontade de Deus,  dedica-se totalmente aos filhos, à administração da casa e à oração. Seu sogro, o barão de Chantal, informa que ela deve se mudar imediatamente para a casa dele em Monthélon, se quiser que seus filhos participem da herança, e ela aceita, sabendo que ficaria encarregada da residência do velho barão. Por muito tempo, ela terá que suportar a opressão deste. Seu nome começa a se tornar conhecido por sua caridade. Ela não é mais chamada de "dama perfeita", mas de "nossa boa senhora".  Prova e providência Outra prova difícil que ela enfrenta agora: seu guia espiritual não entende sua pessoa, ele não pode ler sua alma. Um dia, seu pai a convida a Dijon, desta vez para ouvir a Quaresma do bispo de Genebra, Francisco de Sales, cuja fama se espalha cada vez mais em Savoy e em toda a França. O primeiro encontro entre Giovanna e o bispo aconteceu em 5 de março de 1604. Desde então, foi estabelecido um caminho extraordinário de união fraterna e espiritual. A direção espiritual de Francisco de Sales realiza-se sobretudo através de correspondências.  Fundação da Ordem da Visitação Em 1610, ela assinou uma escritura em frente ao notário em que se desfez de todos os bens em favor de seus filhos. Deixa assim a família e parte para Annecy; a 6 de Junho, juntamente com duas companheiras, Giacomina Favre e Giovanna Carlotta de Bréchard, entra na pequena e humilde «casa da Galeria», berço da Ordem da Visitação. Ela será sempre "mãe", continuando a amar profundamente e com ternura os seus filhos. Novas mortes, novas tristezas... tanto que apenas sua filha Francesca sobreviverá a ela entre filhos, irmãos, irmãos e nora. Portanto, Deus se torna para ela a única busca, o único fim de sua vida atual. Quando Francisco de Sales faleceu (28 de dezembro de 1622), Joana se viu sozinha no comando da nova família religiosa da Visitação. Ela se tornou uma peregrina nas ruas da França. Fundou 87 casas da visitação. Páscoa Consumida "no amor ao trabalho e no trabalho do amor", como costumava dizer, faleceu em 13 de dezembro de 1641 no mosteiro de Moulins. As "Cartas de amizade e orientação" são o testemunho mais vivo da grande espiritualidade de Madre Chantal e são a prova de que ela era muito inteligente e "livre", em vez de reduzida a uma sombra anônima de São Francisco de Sales. Canonizada por Clemente XIII, em 16 de julho de 1767. Minha oração "Santa Madre, que, aos moldes de Virgem da visitação, aprende a acolher e amar a todos, que possamos por sua intercessão seguir seus passos e desenvolver a arte do acolhimento. Por Cristo, Nosso Senhor."  Santa Joana de Chantal , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 12 de agosto: Em Catânia, na Sicília, atualmente região da Itália, Santo Euplo, mártir. († 304) Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Aniceto e Fócio, mártires. († s. IV) Em Killala, na Irlanda, São Muredach, bispo. († c. s. V) Também na Irlanda, no mosteiro que recebeu o seu nome, Santa Lélia, virgem. († s. V) Em Bréscia, na Lombardia, região da Itália, Santo Herculano, bispo. († s. VI) Em Lérins, ilha da Provença, atualmente na França, os santos mártires Porcário, abade, e muitos outros monges. († c. s. VIII) Em Ruthin, no País de Gales setentrional, o Beato Carlos Meehan, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. († 1679) Em Roma, o Beato Inocêncio XI, papa. († 1689) Num sórdido barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Jarrige de la Morélie de Puyredon, presbítero e mártir. († 1794) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, hoje no Vietnam, os santos mártires Tiago Dô Mai Nam My, presbítero, António Nguyen Dich, agricultor, e Miguel Hguyen Huy My, médico. († 1838) Em Hornachuelos, vila próxima de Córdova, na Espanha, a Beata Vitória Díez y Bustos de Molina, virgem e mártir. († 1936) Em Valdemoro, próximo de Madrid, também na Espanha, o Beato Flávio (Atilano Dionísio Argüeso González), religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Em Barbastro, próximo de Huesca, no território de Aragão, também na Espanha, os beatos Sebastião Calvo Martínez, presbítero, e cinco companheiros, mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. († 1936) Em Tarragona, também na Espanha, o Beato António Perulles Estivill, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir. († 1936) Em Fuencarral, na cidade de Madrid, também na Espanha, o Beato Boaventura Garcia Paredes, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Puente del Arzobispo, próximo de Toledo, também na Espanha, o Beato Domingos Sánchez Lázaro, presbítero da diocese de Toledo e mártir. († 1936) Em Villacañas, próximo de Toledo, também na Espanha, o Beato Francisco Maqueda López, candidato ao presbiterado e mártir. († 1936) Em Dachau, próximo de Munique da Baviera, na Alemanha, os beatos Floriano Stepniak, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, e José Straszewski, presbíteros e mártires. († 1942) Em Planegg, também próximo de Munique da Baviera, na Alemanha, o Beato Carlos Leisner, presbítero do Movimento Apostólico de Shönstatt e mártir. († 1945) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] Santiebati.it  - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Melody de Paulo

Santa Clara, patrona da televisão

Origens Santa Clara nasceu em Assis, Itália, no ano de 1193, em uma nobre família. Destacou-se pela sua caridade e respeito para com os pequenos, por isso, ao se deparar com a pobreza evangélica vivida por Francisco de Assis, apaixonou-se por esse estilo de vida. Encontro com Francisco de Assis Em 1212, quando tinha apenas dezenove anos, a jovem abandonou o seu lar para ir ao encontro de Francisco de Assis, na igreja de Santa Maria dos Anjos. Ela cortou o cabelo e vestiu um modesto hábito de lã, além disso, pronunciou os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Clara foi, primeiro, para o mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas. Pouco depois, foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela. Clarissas Ao se dirigir ao convento de São Damião, Clara – juntamente com outras moças – deu início a uma nova vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, elas foram chamadas de "Damas Pobres" e, finalmente, de "Clarissas". Seguindo as orientações de Francisco, em 1216, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Porém, conseguiu o "privilégio da pobreza" do Papa Inocêncio III, mantendo o carisma franciscano. Patrona da televisão  Em 1226, Francisco de Assis morreu, e Clara acompanhou o funeral dele sem sair do quarto, já que estava doente. Ela via as imagens como se projetadas na parede. Anteriormente a isso, ela teve esse mesmo tipo de visão em uma noite de Natal, quando viu o presépio e pôde assistir ao santo ofício que acontecia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, foi proclamada oficialmente "Patrona da Televisão". Outro grande feito dessa santa foi a expulsão dos turcos muçulmanos da cidade de Assis. Ela portava nas mãos o Santíssimo Sacramento. Páscoa Santa Clara faleceu, no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade. Foi canonizada no ano de 1255, pelo Papa Alexandre IV. Minha oração "Santa Clara, que, seguindo os passos de São Francisco de Assis, iluminou o mundo com a vossa obediência ao Senhor, ajudai-nos a ter um coração como o vosso: humilde, pobre e temente a Deus. Amém!" Santa Clara, patrona da televisão, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 11 de agosto: Em Comana, no Ponto, hoje Gumenek, na Turquia, Santo Alexandre, chamado o Carvoeiro, bispo. († s. III) Em Roma, no cemitério “Ad Duas Lauros”, junto à Via Labicana, São Tibúrcio, mártir. († s. III-IV) Também em Roma, a comemoração de Santa Susana. († data inc.) Em Assis, na Úmbria, hoje na Toscana, região da Itália, São Rufino, que é considerado o primeiro bispo desta cidade e mártir. († c. s. IV) Em Benevento, na Campânia, também região da Itália, São Cassiano, bispo. († s. IV) Em Évreux, na Gália, hoje na França, São Taurino, que é venerado como primeiro bispo desta cidade. († c. s. V) Na Irlanda, Santa Atracta, abadessa, que, segundo a tradição, recebeu das mãos de São Patrício o véu das virgens. († s. V)  Na província de Valéria, hoje na Úmbria, região da Itália, Santo Equício, abade. († a. 571) Em Cambrai, na Austrásia, atualmente na França, São Gaugerico, bispo. († c. 625) Em Arles, na Provença, também na atual França, Santa Rustícola, abadessa, que dirigiu santamente as monjas durante quase sessenta anos. († 632) Em Gloucester, na Inglaterra, os beatos João Sandys e Estêvão Rowsham, presbíteros, e Guilherme Lampley, alfaiate, mártires. († 1586, 1587, 1588) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João (Tiago Jorge Rhem), presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1794) Em Milão, na Itália, o Beato Luís Birághi, presbítero da diocese de Milão, fundador da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina. († 1879) Em Agullent, povoação do território de Valência, na Espanha, o Beato Rafael Afonso Gutiérrez, mártir. Com ele comemora-se também o beato mártir Carlos Díaz Gandia. († 1936) Em Prat de Compte, povoação próxima de Tarragona, também na Espanha, o Beato Miguel Domingos Cendra, religioso da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Nos confins do Tibete, o Beato Maurício Tornay, presbítero e mártir. († 1949) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas

São Lourenço, diácono amigo do Papa Sisto II

Origens  São Lourenço nasceu na Espanha na primeira metade do século II. Conta-nos a história que São Lourenço tinha grande amizade com o Papa Sisto II, o qual confiou-lhe a função de arquidiácono. Ele administrava os bens e as ofertas para ajudar os pobres, órfãos e viúvas. Tesouros da Igreja  No ano 258 d.C., foi publicado um decreto do imperador Valeriano, em que ordenava que todos os bispos, presbíteros e diáconos deveriam ser condenados à morte. Lourenço, alguns diáconos e o Papa Sisto II foram presos. O Pontífice foi assassinado no dia 6 de agosto. O imperador poupou a vida de Lourenço pedindo que lhe entregasse os “tesouros da Igreja”. Ele reuniu órfãos, cegos, coxos, viúvas e idosos e apresentou ao imperador  dizendo: "Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem e podem ser encontrados em toda parte". Páscoa  No dia 10 de agosto, São Lourenço também foi martirizado. Segundo uma antiga “Paixão”, coletada por Santo Ambrósio, ele foi queimado em uma grelha. Após a sua morte, o corpo de São Lourenço foi deposto em uma sepultura na Via Tiburtina. No lugar do seu martírio, foi construída uma igreja, dedicada a São Lourenço, em Panisperna. Minha oração  "São Lourenço, que nunca desanimastes na fé em Deus, dai-nos o desejo e a força de enfrentar as dificuldades por amor e seguir o Evangelho. Amém!" São Lourenço, diácono amigo do Papa Sisto II, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 10 de agosto: Comemoração dos santos mártires, em Alexandria, no Egito, que morreram durante a perseguição do imperador Valeriano. († 257) Em Dunblane, na Escócia, São Blano, bispo. († s. VI) Em Alcamo, na Sicília, região da Itália, o Beato Arcângelo de Calatafíni Piacentíni, presbítero da Ordem dos Menores. († 1460) Em Iki, cidade do Japão, o Beato Agostinho Ota, religioso da Companhia de Jesus e mártir. († 1622) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, os beatos Cláudio José Jouffret de Bonnefont, da Sociedade de São Sulpício, Francisco François, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, e Lázaro Tiersot, da Ordem Cartusiana, presbíteros e mártires. († 1794) No lugar chamado El Saler, próximo de Valência, na Espanha, o Beato José Toledo Pellicer, presbítero e mártir. († 1936) Em Valência, também na Espanha, o Beato João Martorell Sória, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir.  Com ele é também comemorado o Beato mártir Pedro Mesonero Rodríguez, religioso da mesma Sociedade. († 1936) No campo de concentração de Dachau, próximo de Munique da Baviera, na Alemanha, os beatos Francisco Drzewiecki, da Congregação da Pequena Obra da Divina Providência, e Eduardo Grzymala, presbíteros e mártires. († 1942) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), mártir

Origens Edith nasceu em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, em 1891; ela era a 11ª filha de um casal muito fervoroso de judeus. O pai morreu quando ela ainda não tinha completado dois anos. A mãe educou as crianças dentro da religião judaica. Durante a adolescência, Edith teve uma crise e afastou-se de Deus. Mais tarde, dedicou-se a uma vida de estudos na Universidade de Breslau, tendo como meta a Filosofia. Fé e ciência  A sua conversão aconteceu, em 1921, quando ela leu a autobiografia de Santa Teresa d'Ávila durante uma noite. "Quando fechei o livro, disse para mim mesma: é esta a verdade", declarou ela mais tarde. Recebeu o Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade dos pais, mas nunca renegou suas raízes judaicas. Usou seus dons acadêmicos para servir a Deus. Tornou-se professora e Irmã carmelita em Colônia, em 1934, com o nome de Teresa Benedita da Cruz. Perseguição  A perseguição nazista aos judeus alemães intensificou-se, e por isso Edith foi transferida para o Carmelo de Echt, na Holanda, juntamente com sua irmã Rosa, que também foi batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento. Os bispos católicos dos Países Baixos fizeram um comunicado contra as deportações dos judeus. Em forma de represália, Hitler mandou invadir o convento na Holanda e prender Edith e sua irmã. Elas e mais 244 judeus católicos foram levados para o campo de concentração Auschwitz. Ali, cuidou das crianças encarceradas e ensinou o Evangelho aos presos. Páscoa  Edith Stein morreu, em agosto de 1942, juntamente com a sua irmã Rosa nas câmaras de gás de Auschwitz; depois, seu corpo foi queimado. Foi canonizada em Roma, em 1998, pelo então Papa João Paulo II. Minha oração  "Ó Santa Teresa Benedita da Cruz, ajuda-me a ter um encontro verdadeiro com Jesus, a fim de morrer para as coisas deste mundo e viver apenas para Ele. Santa Edith Stein, interceda por mim a Deus Pai, para que logo estejamos todos juntos no paraíso. Amém."  Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 9 de agosto: Em Roma, no cemitério de São Lourenço, junto à Via Tiburtina, São Romão, mártir. († c. 258) No mosteiro de Achonry, na Irlanda, São Nateu, bispo e abade. († s. VI) Em Kilmore, também na Irlanda, São Fedlimino, bispo. († c. s. VI) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, a comemoração dos santos mártires. († c. 729) Em Palena, na Calábria, atualmente nos Abruzos, região das Itália, o Beato Falco, eremita. († s. X/XI) Em Florença, na Etrúria, atualmente na Toscana, também região da Itália, o Beato João de Salerno, presbítero da Ordem dos Pregadores. († c. 1242) No monte de Verna, também na Etrúria, região da Itália, o Beato João de Fermo, presbítero da Ordem dos Menores. († 1322) Em Londres, na Inglaterra, o Beato Ricardo Bere, presbítero e mártir. († 1537) Num sórdido barco-prisão, ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Cláudio Richard, presbítero da Ordem de São Bento e mártir. († 1794) Em Salamanca, na Espanha, Santa Cândida Maria de Jesus (Joana Josefa Cipítria), virgem, que fundou a Congregação das Filhas de Jesus. († 1912) Em Molokai, ilha do arquipélago do Hawai, Santa Mariana Cope de Molokai (Bárbara Kobb), virgem das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco de Siracusa. († 1918) Em Barbastro, na Espanha, o Beato Florentino Asêncio Barroso, bispo e mártir. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, os beatos Rúben de Jesus (Rúben López Aguilar) e seis companheiros, religiosos da Ordem de São João de Deus e mártires. († 1936) Em Azanuy, localidade da província de Huesca, também na Espanha, os beatos Faustino Oteiza Segura, presbítero, e Florentino Filipe Naya, religiosos da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártires. († 1936) Em Argés, localidade próxima de Toledo, também na Espanha, o Beato Guilherme Plaza Hernández, presbítero da Irmandade dos Sacerdotes Operários e mártir. († 1936) Em Carcaixent, localidade próxima de Valência, também na Espanha, o Beato Germano Maria (José Maria Garrigues Hernández), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir. († 1936) Em Villa de Don Fradique, perto de Toledo, também na Espanha, o Beato Francisco López-Gasco Fernández Largo, presbítero da diocese de Toledo e mártir. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, o Beato José Maria Celaya Badiola, religioso da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, o Beato Lourenço Gabriel (José Figueras Rey), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Brandeburgo, na Alemanha, o Beato Francisco Jägerstätter, mártir. († 1943) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas