Santos

São Gregório Magno, doutor da Igreja

Origens Gregório nasceu em Roma, no ano 540, em uma família patrícia, conhecida como Anici, de grande fé cristã. Ele prestou muitos serviços à Sé Apostólica. Seus pais, Gordiano e Silvia – que a Igreja venera como santa em 3 de novembro – transmitiram-lhes nobres valores evangélicos, mediante seu grande exemplo. De político a Monge Após seus estudos de Direito, Gregório empreendeu a carreira política e ocupou o cargo de Prefeito da cidade de Roma. Essa experiência o amadureceu e o levou a ter uma maior visão da cidade, as suas problemáticas e um profundo senso da ordem e da disciplina.  Alguns anos depois, atraído pela vida monacal, decidiu retirar-se da política. Deu seus bens aos pobres e fez da sua vila paterna, no bairro do Celio, um mosteiro dedicado a Santo André. Ali, dedicou-se à oração, ao recolhimento, ao estudo da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja. Eleito Papa O Papa Pelágio II nomeou Gregório diácono e o enviou a Constantinopla como seu Representante Apostólico, onde permaneceu seis anos. Além de desempenhar as funções diplomáticas que o Pontífice lhe havia confiado, continuou a viver como monge com outros religiosos.  Convocado novamente a Roma, voltou ao Celio. Com a morte do Papa Pelágio II, no ano 590, foi eleito seu Sucessor. Auxílio e consagração a São Miguel  Gregório teve que enfrentar um período difícil: corrupção dos Lombardos; abundantes chuvas e inundações, que provocaram numerosas vítimas e grandes prejuízos. A escassez atingiu diversas regiões da Itália; a epidemia da peste, que continuava a causar vítimas.  Então, Gregório exortou os fiéis a fazer penitência, rezar e tomar parte de uma solene procissão penitencial de três dias à Basílica de Santa Maria Maior ao atravessarem a ponte que liga a área do Vaticano ao centro da cidade, hoje chamada Ponte Santo Anjo. São Gregório Magno e a multidão tiveram a visão do arcanjo Miguel sobre a “Mole Adriana”, que foi interpretada como sinal celeste, que anunciava o fim da epidemia. Daqui, o costume de chamar o antigo mausoléu de Castelo Santo Anjo. Atuação em Roma Ocupando a Cátedra de Pedro, Gregório reorganizou a administração pontifícia e cuidou da Cúria Romana, onde tantos eclesiásticos e leigos tinham interesses bem diferentes daqueles espirituais e caritativos.  Assim, confiou a sua direção aos monges beneditinos. Reviu ainda as atividades eclesiásticas nas várias sedes episcopais, estabelecendo que os bens da Igreja fossem utilizados para a própria subsistência e em prol da obra evangelizadora no mundo. Tais bens deviam ser administrados com absoluta retidão, justiça e misericórdia.  Gregório ofereceu seus próprios bens e testamento à Igreja para ajudar os fiéis; comprou e distribuiu-lhes trigo; socorreu os necessitados; sustentou os sacerdotes, monges e claustrais em dificuldade; arcou com resgastes de prisioneiros; trabalhou por armistícios e tréguas.  Deve-se a ele também as táticas políticas para salvar Roma – esquecida pelos imperadores – e os tratados com os Lombardos para assegurar a paz na Itália central; estabeleceu relações de fraternidade com eles e se preocupou pela sua conversão; enfim, organizou missões de evangelização entre os Visigodos da Espanha, os Francos e os Saxões.  Enviou à Bretanha o prior do convento de Santo André no Celio, Agostinho – que depois se tornou Bispo de Cantuária – e quarenta monges. Reforma Litúrgica e Regras Pastorais O Papa Gregório I reformou ainda a celebração da Missa, tornando-a mais simples; promoveu o canto litúrgico, que recebeu o nome de gregoriano, e escreveu diversas obras.  Seu epistolário conta mais de 880 cartas e muitas homilias. Algumas de suas obras famosas: “Magna Moralia in Iob” (comentário moral sobre o livro de Jó), onde afirma que o ideal moral consiste em uma harmoniosa integração entre palavra e ação, pensamento e compromisso, oração e dedicação aos próprios deveres; “Regula Pastoralis”, que traça a figura de um Bispo ideal, insistindo sobre o dever do pastor de reconhecer, todos os dias, a sua miséria, e, por fim, dedica o último capítulo ao tema da humildade. Para demonstrar que a santidade é sempre possível, Gregório redigiu o livro intitulado Diálogos, um texto hagiográfico, onde cita exemplos, deixados por homens e mulheres, canonizados ou não, acompanhados de reflexões teológicas e místicas. Muito conhecido é seu “segundo livro” sobre São Bento de Núrsia.  Páscoa Poder-se dizer que Gregório Magno tenha sido o primeiro Papa a utilizar o poder temporal da Igreja, sem deixar de lado o aspecto espiritual do seu ofício.  No entanto, permaneceu sempre um homem simples, tanto que, nas suas Cartas oficiais, se define “Servus servorum Dei” (“Servo dos servos de Deus”), um apelativo que os Pontífices mantiveram no tempo. São Gregório Magno morreu em 12 de março de 604, e foi sepultado na Basílica de São Pedro. Minha oração “São Magno, grande Papa e Doutor da Igreja, ao mesmo tempo homem simples e de grande espiritualidade, ensinai aos líderes de todas as áreas da vida a seguirem o  exemplo de Cristo, servo de todos e em tudo humilde. Também, faça de nós seus imitadores. Amém!” São Gregório Magno, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 3 de setembro Comemoração de Santa Febe, serva do Senhor entre os fiéis de Cêncreas, na atual Grécia, que auxiliou muito São Paulo, como ele confirma na Epístola aos Romanos. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Basilissa, virgem e mártir. († s. IV) Em Córdova, na Hispânia Bética, São Sandálio, mártir. († s. IV) Em Toul, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Mansueto, primeiro bispo desta cidade. († s. IV) No monte Titano, próximo de Rímini, no território que hoje na península itálica tem o seu nome, São Marino, diácono e anacoreta. († s. IV/V) Na Irlanda, São Macanísio, bispo. († 514) Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Auxano, bispo. († c. 589) Em Montesárquio, na Campânia, também na Itália, São Vitaliano, bispo. († s. VII/VIII) No mosteiro de Stavelot, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Rimágilo, bispo e abade, que, depois de ter vivido no mosteiro de Solignac, fundou os mosteiros de Stavelot e de Malmedy, no ermo da floresta das Ardenas. († c. 671-679) Na ilha de Lérins, na Provença, atualmente na França, Santo Aigulfo, abade, e companheiros monges, que, segundo a tradição, sofreram o martírio numa incursão dos Sarracenos. († c. 675) Em Séez, na Nêustria, também na atual França, São Crodogango ou Crodegango, bispo e mártir. († s. VIII) No território de Astino, na Lombardia, região da Itália, o Beato Guala, bispo de Bréscia, da Ordem dos Pregadores, que, no tempo do imperador Frederico II, trabalhou com muito empenho e prudência pela paz da Igreja e da sociedade civil e finalmente foi condenado ao exílio. († 1244) Em Nagasaki, no Japão, os beatos Bartolomeu Gutiérrez, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, e cinco companheiros, mártires, que, em ódio à fé cristã, foram imersos em águas sulfúreas a ferver e depois lançados ao fogo. († 1632) Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Brígida de Jesus Morello, que, ficando viúva, se consagrou ao Senhor, dedicando-se à penitência e a muitas obras de caridade e, para a formação cristã da juventude feminina, fundou a Congregação das Irmãs Ursulinas de Maria Imaculada. († 1679) Em Paris, na França, a paixão dos beatos André Abel Alricy, presbítero, e setenta e um companheiros, mártires, entre os quais muitos presbíteros, que, depois da chacina do dia anterior, foram recluídos no Seminário de São Firmino e por fim assassinados em ódio à Igreja. († 1792) Também em Paris, no mesmo dia e ano, os beatos mártires João Baptista Bottex, Miguel Maria Francisco de la Gardette e Francisco Jacinto le Livec de Trésurin, que, durante a mesma perseguição, morreram por Cristo no cárcere “La Force”. († 1792) Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos João Pak Hu-jae e cinco companheiras, mártires, que, levados ao tribunal por serem cristãos, suportaram cruéis suplícios e por fim foram degolados. († 1839) Fonte: Martirológio Romano Vatican.news Santiebeati.it - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

Beata Ingrid Elofsdotter, viúva e freira dominicana

Origens  Beata Ingrid  Elofsdotter nasceu em Skänninge, na Suécia, no século XIII. Desde a infância, mostrou-se virtuosa, amável, caridosa e religiosa, recebeu uma educação nobre e primorosamente cristã. Alma de ideais cândidos, viveu desde os primeiros anos num fervor de piedade que nunca falhou.  Matrimônio As virtudes mais heroicas lhe pareciam naturais. E, quando muito jovem, foi forçada por seus pais a contrair um casamento muito rico, casou-se na adolescência, como era o costume da época, mesmo contrariando sua vocação, todo aquele esplendor mundano não a cegou, continuando a viver no mundo sem ser do mundo.  Aceitou tudo com humildade e resignação, e continuou a cuidar das obras de caridade que fundou para os pobres e doentes. Entre a população, tinha a fama de santidade. Votos Perpétuos Em 1281, já viúva, fez seus votos perpétuos. Com um fiel séquito de damas de honra, embarcou em uma longa peregrinação à Terra Santa, onde seu coração se iluminou ainda mais com o eterno amor ao Salvador Jesus. Da Palestina, ela foi para Roma e, depois, para São Giacomo di Compostela. De volta à sua terra natal, um único desejo a dominava: consagrar-se para sempre a uma vida de oração e penitência.  Fundação do Mosteiro Fundou um Mosteiro sob as regras de São Domingos. Dedicou-se totalmente às orações contemplativas e à vida de rigorosa austeridade. Isso aconteceu em 15 de agosto de 1281, na presença do rei Magnus Ladulas, com a ajuda e apoio do padre dominicano Pietro di Dacia e a autorização do bispo de Linkoping e do provincial.  Páscoa Faleceu em 2 de setembro de 1282, no convento em Skanninge, quando era Priora daquele Mosteiro, com tal fama de santidade e de prodígios maravilhosos, tanto que seu culto logo se estendeu aos povos vizinhos.  Processo de Canonização Em 1414, o Bispo de Linkoping, Canuto Bosson, pediu autorização à Santa Sé para abrir o processo de canonização. Encalhado em 1448, o processo recomeçou no início do século seguinte.  Relíquias  Embora não tenha chegado a uma canonização formal, levaram à solene tradução de suas relíquias em 29 de julho de 1507, por autoridade do Papa Alexandre VI, presente o Rei, uma grande multidão, todos os Bispos da Suécia e obviamente os Pregadores dessa área. Minha oração “Após dedicar-se à família, entregou-se totalmente à vida contemplativa. Dai-nos um desejo ardente de oração e contemplação mesmo em meio às atividades do dia. Que a oração se torne prioridade em nossa vida. Amém!” Beata Ingrid Elofsdotter, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 02 de setembro Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, São Zenão, mártir. Em Niceia, também na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Teódota, com seus filhos Evódio, Hermógenes e Calisto, mártires. († s. IV) Em Edessa, no Osroene, hoje, Sanliurfa, na Turquia, Santo Habib, diácono e mártir. (†322) Em Apameia, na Síria, Santo Antonino, mártir, que era canteiro, segundo a tradição e foi morto pelos pagãos aos vinte anos de idade por ter destruído os seus ídolos, movido pelo ardor da fé.(† s. IV) Em Tarragona, na Hispânia, São Próspero, bispo.(† s. IV/V) Em Lião, na Gália, atualmente na França, o sepultamento de São Justo, bispo. († d. 381) No monte Soratte, junto à Via Flamínia, no Lácio, região da Itália, São Nonoso, abade. († c. 570) Em Autun, na Borgonha, na hodierna França, São Siágrio, bispo, que nos concílios em que tomou parte foi muito notável pela sua sabedoria e zelo. († 599/600) Em Avinhão, na Provença,na atual França, Santo Agrícola, bispo, que, depois da sua vida monástica na ilha de Lérins, auxiliou seu pai, São Magno, e lhe sucedeu no episcopado. († c. 700) No Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santo Elpídio, cujo nome foi adotado pela cidade onde o seu corpo foi sepultado. († a. s. XI) Em Pôntica, no território de Bérgamo, na Lombardia, região da Itália, os santos Alberto e Vito, monges. († c. 1096) Em Skänninge, na Suécia, a Beata Ingrid Elofsdotter, que, ficando viúva, ofereceu todos os seus bens para o serviço de Deus e, depois de uma peregrinação à Terra Santa, tomou o hábito monástico da Ordem dos Pregadores. († 1282) Em Paris, na França, a paixão dos beatos mártires João Maria du Lau d’Allemans, Francisco José e Pedro Luís de la Rochefoucauld, bispos, e noventa e três companheiros, clérigos e religiosos. († 1792) Em Paris, no mesmo dia e ano, o Beato Pedro Tiago Maria Vitális, presbítero, e vinte companheiros, mártires. († 1792) Em Orriols, na Catalunha, região da Espanha, o Beato Esíquio José (Baldomero Margenat Puigmitjá), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Oviedo, nas Astúrias, também da Espanha, o Beato José Maria Laguia Puerto, religioso da Ordem dos Pregadores e mártir.  († 1936) Fonte: Martirológio Romano Arquidiocesebh.org.br Santiebeati.it - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Serva de Deus e Mártir Isabel Cristina Mrad Campos, virgem e pura

[caption id="attachment_11886" align="aligncenter" width="300"] Mártir (1962-1982)[/caption] Origens  Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG), filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. Com o desejo de fazer Medicina, foi para Juiz de Fora, em 1982, para se preparar em um curso pré-vestibular. Estudava, namorava, participava de festas, mas tinha uma vida de oração e sonhava ser pediatra para ajudar crianças carentes. Era sensível, sobretudo com os mais pobres, idosos e crianças, o que certamente aprendeu na família, que era vicentina. Na época, seu pai era presidente do Conselho Central de Barbacena. Vida Religiosa Fez parte do Grupo de Jovens da Sociedade de São Vicente de Paulo, onde um diretor espiritual lhe transmitiu a espiritualidade dos Cursilhos de Cristandade e dos Vicentinos. Além disso, frequentava o Mosteiro da Visitação, praticava a oração familiar, confessava-se regularmente e participava de campanhas organizadas pelos vicentinos. Páscoa No dia 1º de setembro de 1982, um homem foi montar um guarda-roupa no pequeno apartamento para onde se mudara com seu irmão, e tentou violentá-la. Isabel ficou incomodada com a atitude intrusiva do jovem, tanto que ficou rezando o tempo todo enquanto estava montando os móveis, como ela mesma relatou a familiares e amigos.  Ao oferecer resistência, recebeu uma cadeirada na cabeça, foi amarrada, amordaçada e teve suas roupas rasgadas. Como continuou a resistir, foi morta sem piedade com 15 facadas. Um crime cruel que abalou a família e todos que tomaram conhecimento do caso. Pelo que emerge da autópsia, ela resistiu a esse ataque, mantendo sua virgindade intacta. O martírio formal  ex parte persecutoris , o ataque não foi um arrebatamento momentâneo do assassino, mas um plano predeterminado que deveria ser correlacionado com a fé da vítima. De fato, Isabel permaneceu em oração o tempo todo que o homem esteve em casa para trabalhar. O jovem voltou mais tarde e tentou perseguir o seu intento. Isabel Cristina também se opôs fisicamente, impedindo a violação. Quanto ao martírio formal  ex parte victimae , o sacrifício de Isabel foi consequente ao exercício da castidade que habitualmente a caracterizava. Pedido de Beatificação A forma como foi morta, mas sobretudo como viveu, motivou um grupo de pessoas a entrar com o pedido do processo para sua beatificação. A solicitação foi aceita por Roma e, no dia 26 de janeiro de 2001, em Barbacena, foi instalado o processo, quando Isabel Cristina recebeu do Vaticano o título de Serva de Deus. A causa foi conduzida por um Tribunal Eclesiástico instituído por Dom Luciano.  Foram oito anos de trabalho, entre coleta de depoimentos e documentos, além da digitação e tradução para o italiano. Tendo a fase diocesana do processo sido finalizada em 2009, o seu martírio foi reconhecido pelo Papa Francisco, por meio de decreto, em outubro de 2020. Anúncio da Beatificação  O anúncio da data de beatificação, que era aguardada com grande expectativa em toda Arquidiocese de Mariana, foi confirmada no dia 22 de junho de 2022, pelo postulador da Causa de Beatificação da Venerável, doutor Paolo Vilotta, em carta ao arcebispo metropolitano, dom Airton José dos Santos. A Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos será beatificada, no dia 10 de dezembro de 2022, em Barbacena (MG), em celebração solene com o rito de beatificação presidida pelo prefeito do Dicastério da Causa dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro. Relíquia O fato de Isabel Cristina ter sido batizada e feito a Primeira Comunhão na Matriz da Piedade, pela ligação afetiva de seus pais com a paróquia, para facilitar a visitação, decidiu-se que seus restos mortais ficariam no Santuário da Piedade. O caixão de madeira com os restos mortais foi lacrado pelo Arcebispo Dom Geraldo, na presença do Postulador, e depois colocado num sarcófago de granito na Capela dos Passos. Também a caixa com toda a documentação foi lacrada e entregue ao sr. Agostini, portador delegado, que a entregou na Congregação para os Santos. (Com informações da Arquidiocese de Mariana) Minha oração “ Ó Isabel, foste fiel a Deus até as últimas circunstâncias, ofertando sua própria vida. Ensinai-nos a viver da mesma forma e valorizar o dom da castidade para que, através dele, amemos a Deus sobre todas as coisas. Amém.” Mártir Isabel Cristina Mrad Campos, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 1º de setembro Comemoração de São Josué, filho de Nun, servo do Senhor, que, pela imposição das mãos de Moisés sobre ele, ficou cheio do espírito de sabedoria. Em Reims, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Sisto, que é considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. III) Em Cápua, junto à Via Aquária, na Campânia, região da Itália, São Prisco, mártir. († s. IV) Em Tódi, na Úmbria, também região da Itália, São Terenciano, bispo. († c. s. IV) Em Dax, na Aquitânia, hoje na França, São Vicente, que é celebrado como bispo e mártir. († c. s. IV) Em Zurzach, junto do rio Reno, no território de Zurique da Germânia, atualmente na Suíça, Santa Verena, virgem. († s. IV) Em Le Mans, na Gália Lionense, hoje na França, São Vitório, recordado por São Gregório de Tours. (†490) Em Aquino, no Lácio, região da Itália, São Constâncio, bispo, cujo dom de profecia é louvado pelo papa São Gregório Magno. († 570) No território de Nimes, na Gália Narbonense, na hodierna França, São Gil ou Egídio, de quem tomou o nome a povoação que posteriormente se desenvolveu na região da Camargue. († s. VI/VII) Em Sens, na Nêustria, também na atual França, São Lopo, bispo. († c. 623) Em Veneza, cidade do atual Vêneto, região da Itália, a Beata Juliana de Collalto, abadessa da Ordem de São Bento. († 1262) Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Joana, virgem da Ordem Terceira das Servas de Maria, eminente pela sua oração e austeridade. († 1367)  Em Madrid, na Espanha, os beatos Cristino (Miguel Roca Huguet), presbítero, e onze companheiros, mártires. († 1936) Em Paterna, cidade da província de Valência, na Espanha, o Beato Afonso Sebastião Viñals, presbítero e mártir. († 1936) Em Barcelona, na Espanha, os beatos mártires Pedro de Alcântara (Cândido Rivera Rivera), presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais, Maria do Carmo Moreno Benítez e Maria do Amparo Carbonell Muñoz, virgens do Instituto de Maria Auxiliadora. (†1936) Em Barcelona, em dia incerto de Setembro, o Beato Bento Clemente (Félix España Ortiz), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir.(† 1936) Em Sotillo, localidade da Cantábria, no litoral da Espanha, em dia incerto de Setembro, o Beato Eugénio Andrés Amo, religioso da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Mataró, na Catalunha, região da Espanha, o Beato José Samsó i Elias, presbítero da diocese de Barcelona e mártir.(† 1936) Fonte: Vaticannews.va Martirológio Romano Causesanti.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Beatriz, exemplo de obediência e assistência aos pobres

Beatriz nasceu no Século XV em Ceuta, ao norte da África, cidade que, nessa época, encontrava-se sob o domínio da coroa de Portugal. Nasceu portuguesa, portanto. Seu pai foi governador de Ceuta. Ainda pequena, mudou-se para Portugal com sua família, que cultivou na menina uma profunda devoção a Nossa Senhora da Conceição. Aos vinte anos de idade, foi enviada para a Espanha como dama de honra de D. Isabel, neta de D. João I, que se tornou esposa do rei João II de Castela, onde começou seu calvário. Beatriz era muito bonita, e a rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou Beatriz em um caixão durante dias, a fim de que morresse asfixiada, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou. Como gesto concreto de agradecimento, Santa Beatriz aceitou sua vocação para a vida religiosa, e logo em seguida partiu a Toledo, onde se recolheu no mosteiro das Dominicanas (ramo feminino da Ordem de São Domingos de Gusmão), cujas religiosas viviam sob a regra cisterniense, onde viveu cerca de 30 anos. Deus, entretanto, tinha predestinado Beatriz para uma obra maior: fundar uma Ordem de estrita clausura numa vida contemplativa na oração, penitência e trabalho. Santa Beatriz da Silva deixou o mosteiro dominicano e foi habitar numa nova sede que veio a ser o berço das monjas concepcionistas. Essa Ordem está caracterizada por três heranças espirituais de Santa Beatriz: o amor a Maria Imaculada, a Paixão de Jesus Cristo e a Santíssima Eucaristia. Santa Beatriz faleceu, em 9 de agosto de 1490, com 66 anos de idade. No momento de sua morte, seu rosto fora visto transfigurado por uma grande claridade e uma estrela resplandecente sobre sua cabeça até ela expirar. Beatificada em 1926 pelo Papa Pio XI, sua canonização ocorreu no dia 3 de outubro de 1976 por Paulo VI. Minha oração “Senhor Pai de bondade, aprendamos com Santa Beatriz a aceitar os desafios da vida e nunca abandonar o projeto de Deus em favor da libertação da humanidade. Guia-nos pelos caminhos da sabedoria e do discernimento, e ajudai-nos a Vos encontrar nos mais pequeninos e sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!” Santa Beatriz, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 1º de setembro Comemoração de São Josué, filho de Nun, servo do Senhor, que, pela imposição das mãos de Moisés sobre ele, ficou cheio do espírito de sabedoria e, depois da morte de Moisés, introduziu de modo maravilhoso o povo de Israel, atravessando o rio Jordão, na terra prometida. Em Reims, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Sisto, que é considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. III) Em Cápua, junto à Via Aquária, na Campânia, região da Itália, São Prisco, mártir. († s. IV) Em Tódi, na Úmbria, também região da Itália, São Terenciano, bispo. († c. s. IV) Em Dax, na Aquitânia, hoje na França, São Vicente, que é celebrado como bispo e mártir. († c. s. IV) Em Zurzach, junto do rio Reno, no território de Zurique da Germânia, atualmente na Suíça, Santa Verena, virgem. († s. IV) Em Le Mans, na Gália Lionense, hoje na França, São Vitório, recordado por São Gregório de Tours. (†490) Em Aquino, no Lácio, região da Itália, São Constâncio, bispo, cujo dom de profecia é louvado pelo papa São Gregório Magno. († 570) No território de Nimes, na Gália Narbonense, na hodierna França, São Gil ou Egídio, de quem tomou o nome a povoação que posteriormente se desenvolveu na região da Camargue, onde ele, segundo a tradição, construiu um mosteiro e terminou o curso da sua vida mortal. († s. VI/VII) Em Sens, na Nêustria, também na atual França, São Lopo, bispo, que foi exilado por ter corajosamente afirmado perante um notável do lugar que o povo devia ser dirigido pelo sacerdote e obedecer mais a Deus do que aos príncipes. († c. 623) Em Veneza, cidade do atual Véneto, região da Itália, a Beata Juliana de Collalto, abadessa da Ordem de São Bento. († 1262) Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, também região da Itália, a Beata Joana, virgem da Ordem Terceira das Servas de Maria, eminente pela sua oração e austeridade. († 1367) Em Madrid, na Espanha, os beatos Cristino (Miguel Roca Huguet), presbítero, e onze companheiros, mártires, todos da Ordem de São João de Deus, que, durante a guerra civil, foram mortos em ódio à religião cristã. († 1936) Em Paterna, cidade da província de Valência, também na Espanha, o Beato Afonso Sebastião Viñals, presbítero e mártir, que era diretor espiritual da Escola de Formação Social de Valência, quando, na mesma perseguição contra a fé, recebeu a coroa de glória. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, os beatos mártires Pedro de Alcântara (Cândido Rivera Rivera), presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais, Maria do Carmo Moreno Benítez e Maria do Amparo Carbonell Muñoz, virgens do Instituto de Maria Auxiliadora, que, durante a mesma perseguição, configurando-se à paixão de Cristo, seu Esposo, alcançaram a recompensa da paz eterna. (†1936) Também em Barcelona, em dia incerto de Setembro, o Beato Bento Clemente (Félix España Ortiz), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir, que na mesma perseguição, vencendo o bom combate da fé, alcançou a vida eterna. († 1936)  Em Sotillo, localidade da Cantábria, no litoral da Espanha, em dia incerto de Setembro, o Beato Eugénio Andrés Amo, religioso da Ordem dos Pregadores e mártir, que, na mesma perseguição, morreu por Cristo. († 1936) Em Mataró, na Catalunha, também região da Espanha, o Beato José Samsó i Elias, presbítero da diocese de Barcelona e mártir, que, na violenta perseguição contra a Igreja, foi assassinado em ódio ao sacerdócio. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Arquidiamantina.org.br Arquidiocesebh.org.br – Produção e edição:  Leonardo Girotto

São Raimundo Nonato, Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras

Origens  São Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz.  Extraído vivo do seio da sua mãe sem vida, recebeu o sobrenome de Nonato, ou seja, "não nascido".  Chamado Religioso Dotado de grande inteligência, fez com certa tranquilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo da ideia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário. Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma. Ingresso na Ordem Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai. Finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se nessa missão de coração e alma.  Missão: Converter Devido à sua paixão pelas missões, foi enviado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. Conseguiu libertar cento e cinquenta escravos e devolvê-los às suas famílias. Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas, mesmo assim, não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. De Torturado a Cardeal Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou a ira dos magistrados muçulmanos. Os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados e abriam-na para lhe dar de comer a escassa ração dos presos. Tudo isso, para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a doutrina de Cristo. Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado cardeal pelo Papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma. Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Páscoa Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre. Acabou morrendo, em 31 de agosto de 1240, quando tinha apenas 40 anos de idade. Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade. Seu túmulo tornou-se local de peregrinação, sendo, então, erguida uma igreja para abrigar seus restos mortais.  Via de Santificação  Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681. São Raimundo Nonato, devido à condição difícil do seu nascimento, é venerado como Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras. Minha oração “Querido Santo, rogai pelas gestantes em suas dores e angústias assim como os profissionais da saúde que cuidam e se esmeram nessa missão. Alcançai a graça do nascimento das gestações mais difíceis e impossíveis. Amém!” São Raimundo Nonato, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 31 de agosto Em Jerusalém, comemoração dos santos José de Arimateia e Nicodemos, que acolheram o corpo de Jesus descido da cruz, o envolveram num lençol e colocaram no sepulcro.  Em Atenas, na Grécia, Santo Aristides, filósofo, ilustríssimo pela sua fé e sabedoria. († c. 150)  Em Tréveris, na Gália, Bélgica, atualmente na Alemanha, São Paulino, bispo e mártir. († 358) Em Lindisfarne, na Nortúmbria, na atual Inglaterra, Santo Aidano, bispo e abade, homem de insigne mansidão, piedade e justo governo. († 651) No ermo de Vallúcola, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato André de Borgo Sansepolcro, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, insigne pela sua austeridade e vida contemplativa. († 1315) Em Almeria, na Espanha, os beatos Edmígio (Isidoro Primo Rodríguez), Amálio (Justo Zariquiégui Mendoza) e Valério Bernardo (Marciano Herrero Martínez), da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Em Málaga, na Espanha, os beatos mártires Henrique Vidaurreta Palma, presbítero da diocese de Málaga, Félix Paco Escartin, presbítero da Sociedade Salesiana e Tomás Alonso Sanjuán, religioso da Sociedade Salesiana. († 1936) Em Sama de Langreo, cidade das Astúrias, na Espanha, os beatos  mártires Isidro Ordoñes Díez, José Maria Palácio Montes e Miguel Menéndez Garcia, presbíteros da Ordem dos Pregadores e Cristóvão Iturriaga-Echevarria Irazola e Pedro Vega Ponce, religiosos da mesma Ordem. († 1936) Em Barcelona, na Espanha, a Beata Josefina Sauleda Paulís (Boaventura Sauleda Paulís), virgem da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Barcelona, o Beato Pedro Tarrés Claret, presbítero. († 1950) Fonte: vaticannews.va Martirológio Romano Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Arquisp.org.br  - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Fiacre (“Fiacro”), eremita

Origem São Fiacre (“Fiacro”) nasceu de família nobre na Irlanda e foi educado sob os cuidados de um bispo de eminente santidade, que teria sido, segundo alguns, Conan, o bispo de Soder ou das Ilhas Ocidentais (Hébridas Exteriores). Considerando todas as vantagens do mundo como simples escória, São Fiacre deixou sua terra e amigos na flor da idade e, junto com alguns piedosos companheiros, navegou até a França, em busca de um retiro no qual pudesse se dedicar a Deus, escondido do resto do mundo. Tudo foi graça da Divina Providência A Divina Providência o conduziu até São Faro, que era bispo de Meaux e eminente em Santidade. Quando São Fiacre se dirigiu a ele, o prelado, encantado com os sinais de virtude e extraordinário talento que descobriu nesse estrangeiro, deu-lhe um abrigo solitário em uma floresta chamada Breuil, que era seu patrimônio, a duas léguas de Meaux. Neste lugar, o santo anacoreta limpou o solo das árvores e sarças, fez para si uma cela com um pequeno jardim e construiu um oratório em honra a Santíssima Virgem, no qual passava grande parte de seus dias e noites em devota oração. Cultivava o jardim e trabalhava com as próprias mãos para sua subsistência. Chamado à caridade Levava uma vida extremamente austera, e apenas alguma necessidade ou chamado de caridade podia interromper seus exercícios de oração e contemplação celestial. Muitos recorriam a ele em busca de conselho, e os pobres em busca de alívio. Porém, seguindo uma inviolável regra entre os monges irlandeses, jamais permitiu que qualquer mulher adentrasse os limites de seu eremitério Sua Páscoa São Kilian, um irlandês de sangue nobre, ao retornar de Roma, visitou São Fiacre, que era seu parente, e ao passar algum tempo sob sua disciplina, foi orientando, com a autorização dos bispos, a pregar naquela diocese e nas circunvizinhas. Realizou tal missão com admiráveis frutos de santidade. São Fiacre faleceu por volta do ano 670, em 30 de agosto.   São Fiacre (“Fiacro”), rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 28 de junho: Em Roma, no cemitério de Comodila, junto à Via Ostiense, os santos mártires Félix e Adauto, que juntos deram inquebrantável testemunho da sua fé em Cristo e juntos entraram vitoriosos no Céu. († c. 304) Comemoração dos sessenta santos mártires, que, em Suffetula, na África Bizacena, atualmente na Tunísia, por ter sido destruída uma estátua de Hermes, foram mortos pelo furor dos gentios. († 399) Em Roma, a comemoração de São Pamáquio senador, insigne pela sua firmeza na fé e generosidade para com os pobres, a cuja diligente piedade se deve a construção de uma igreja titular no monte Célio. († 410) No mosteiro de Rebais, próximo de Meaux, na Nêustria, atualmente na França, Santo Agilo, seu primeiro abade. († c. 650) Em Tessalónica, na Macedónia, atualmente na Grécia, São Fantino o Jovem, eremita, que passou toda a sua vida em jejuns, vigílias e trabalhos por Cristo. († s. X) Em Lucédio, no Piemonte, região da Itália, São Bonónio, abade, que seguiu a vida eremítica, primeiro no Egito, depois no monte Sinai. († 1026) Em Trévi, no Lácio, também região da Itália, São Pedro, que, embora analfabeto, cultivou na solidão a sabedoria do Evangelho. († 1050) Em Londres, na Inglaterra, Santa Margarida Ward, mártir, que, no reinado de Isabel I, por ter ajudado um sacerdote, foi condenada à morte e de bom grado recebeu o martírio no patíbulo de Tyburn. Com ela, no mesmo lugar, sofreram também o martírio os beatos Ricardo Leight, presbítero, e os leigos Eduardo Shelley e Ricardo Martin, ingleses, João Roche, irlandês, e Ricardo Lloyd, galês: o primeiro, porque era sacerdote; os outros, porque acolheram sacerdotes. († 1588) Em Saluzzo, no Piemonte, região da Itália, o Beato João Juvenal Ancina, bispo, que, anteriormente médico, foi dos primeiros a entrar no Oratório de São Filipe Néri. († 1604) Em Saragoça, na Espanha, a Beata Maria Ráfols, virgem, que, superando pacientemente muitas adversidades, fundou no hospital desta cidade a Congregação das Irmãs da Caridade de Santa Ana e a dirigiu com suma diligência. († 1853) Em Almeria, também na Espanha, os beatos mártires Diogo Ventaja Milán, bispo de Almeria, e Manuel Medina Olmos, bispo de Guádix, que, encarcerados em ódio à fé cristã, suportaram pacientemente os maus tratos e insultos, até que, durante a noite, foram fuzilados. († 1936) Na estrada de Puebla Tornesa para Villafamés, próximo de Castellón, também na Espanha, o Beato Joaquim de Albocácer (José Ferrer Adell), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que pelo martírio alcançou a recompensa prometida aos que perseveram na fé. († 1936) Em Bilbau, também na Espanha, o Beato Vicente Cabanes Badenas, presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores e mártir, que, durante a mesma perseguição contra a fé, mereceu entrar no banquete celeste. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, os beatos mártires António Maria Arriaga Anduíza, religioso da Ordem de Santo Agostinho, e Nicásio Romo Rúbio, religioso da Ordem dos Pregadores, que na mesma perseguição foram assassinados em ódio à fé cristã. († 1936) Em Atavaca, perto de Madrid, também na Espanha, os beatos Germano Martin Martin, presbítero, Dionísio Ullívarri Barajuán, religioso, ambos da Sociedade Salesiana e mártires, que, durante a perseguição contra a fé, derramaram o seu sangue por Cristo e alcançaram a palma da glória. († 1936) Em Kfiffan, no Líbano, o Beato Estêvão Nehmé (José Nehmé), religioso da Ordem Maronita Libanesa. († 1938) Em Belo Horizonte, no Brasil, o Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. († 1943) Em Venégono, próximo de Varese, na Itália, o passamento do Beato Alfredo Ildefonso Schuster, bispo, que era abade de São Paulo em Roma quando foi nomeado para a sede episcopal de Milão, ministério pastoral que exerceu incansavelmente com admirável sabedoria em favor do seu povo. († 1954) Fontes: Martirológio Romano Aleteia Livro “Vida dos Santos” – Minha Biblioteca Católica – Pesquisa e redação: Leonardo Girotto

Beato Eustáquio van Lieshout, semeador da saúde e da paz!

[caption id="attachment_11868" align="aligncenter" width="300"] Padre (1890-1943)[/caption] Origens  Humberto van Lieshout,  conhecido como o Venerável Padre Eustáquio, nasceu no dia 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda. Passou o final de sua vida no bairro Celeste Império, celebrando Missas na capela Cristo Rei. Andava por toda a região atendendo pessoas e resumindo sua missão em duas palavras: "Saúde e paz", numa atitude de fé e amor ao próximo.  Vida Sacerdotal Em 10 de dezembro de 1913, Padre Eustáquio iniciou o noviciado canônico, em Tremelo, na Bélgica. Fez votos temporários de pobreza, castidade e obediência como religioso da Congregação dos Sagrados Corações, no dia 27 de janeiro de 1915, tendo feito os votos perpétuos três anos mais tarde.  Em 10 de agosto de 1919, após cursar filosofia e teologia em seminários da Congregação, foi ordenado sacerdote por Dom Henrique Hopmans, bispo da diocese holandesa de Breda. Desse ano até agosto de 1924, trabalhou como auxiliar do mestre de noviços, vigário paroquial em Roelofarendsveen; tendo exercido, em 1920, o ministério sacerdotal em Maassluis, nas proximidades de Roterdam, cuidando de grande comunidade de famílias belgas que, em 1914, tiveram que deixar sua pátria por causa da invasão alemã. Chegada ao Brasil No dia 15 de julho de 1925, Padre Eustáquio e seus irmãos de Congregação chegaram em Romaria, no Triângulo Mineiro. Assumiram a pastoral do santuário episcopal e da paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja e das paróquias de São Miguel de Nova Ponte e Santana de Indianópolis, todas na Arquidiocese de Uberaba. A Padre Eustáquio coube a função de vigário paroquial com prioridade de serviços de atendimento às comunidades da sede paroquial de Nova Ponte e de todas as suas capelas. Em 26 de março de 1926, tornou-se reitor do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, pároco das três paróquias citadas e da paróquia de Iraí de Minas. Assumiu também as responsabilidades de conselheiro da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil. Ações Curativas Ao ministrar suas orientações pessoais, ações curativas de enfermidades físicas, padre Eustáquio falava da disposição de Deus em curar as pessoas integralmente. Sempre que possível, indicava medicamentos naturais de fácil aquisição e uso seguro.  Para tanto, seguia, com critério, as orientações medicamentais do "Manual de Medicina no Campo", um compêndio de medicina natural e de primeiros socorros que ele sempre carregava consigo, no bolso da batina ou com seus objetos religiosos, numa pequena valise de couro. Muitas pessoas que necessitavam de ajuda, na falta de farmacêutico ou médico, procuravam Padre Eustáquio. Mudança para São Paulo De Romaria, foi transferido para Poá, em São Paulo, onde continuou seu trabalho, incentivando lideranças religiosas existentes. Com a notícia de fatos referentes às bênçãos do Padre Eustáquio seguidas de curas, o aglomerado de pessoas começou a aumentar em Poá. Por causa do transtorno, foi enviado para Araguari e ficou um tempo em reclusão, onde continuou mantendo comunicação por carta com outras pessoas, principalmente seu amigo Padre Gil. Taumaturgo em Belo Horizonte A 12 de fevereiro de 1942, Padre Eustáquio regeu a paróquia de Ibiá, até ser transferido para Belo Horizonte em 7 de abril do mesmo ano. Chegou à capital mineira sem alarde, já que era nacionalmente venerado como santo e taumaturgo. A despeito da discrição, logo nos primeiros dias muitas pessoas o procuraram pedindo bênçãos e curas, na capela Cristo Rei, no bairro Celeste Império. Como a capela Cristo Rei era muito distante do convento dos frades franciscanos, onde os padres dos Sagrados Corações se hospedavam, por praticidade, Padre Eustáquio alugou uma casa a apenas um quilômetro da capela. Construção da Igreja dos Sagrados Corações Em 9 de setembro de 1942, o prefeito da capital, Juscelino Kubitscheck, que se considerava beneficiado por milagre, doou à paróquia um terreno onde foi construída a Igreja dos Sagrados Corações.  Nesse dia, após a cerimônia, Padre Eustáquio disse a alguns membros da Comissão Pró-Construção da Matriz: "Não verei o fim da guerra. Comecei a igreja, mas não a terminarei". Páscoa Em agosto de 1943, em Belo Horizonte, Padre Eustáquio demonstrou aparência abatida e cansaço. Na manhã do dia 23, ainda febril e mais abatido, dirigiu-se à igreja, como fazia todos os dias, para rezar a missa. Ao final, dirigiu-se à sacristia, onde se sentou em um banco e desfaleceu. Os médicos o examinaram, mas não houve dúvida no diagnóstico: tifo exantemático, devido a uma picada de carrapato. Padre Eustáquio permaneceu ali, rezando, embora dissesse que não sobreviveria. Recebeu o sacramento dos enfermos, mas chamava ansiosamente pelo amigo Padre Gil. Enquanto o aguardava, fez a renovação dos votos religiosos, pressentindo que a morte estava perto. No dia 30 de agosto, Padre Gil conseguiu chegar para ver o amigo. Vendo-o à porta, Padre Eustáquio, em esforço heroico, tentou erguer-se do leito. Com voz serena, disse-lhe: "Padre Gil, Graças a Deus!" e desfaleceu-se derradeiramente.  Via de Santificação Após sua morte, foi atribuída a ele a cura de um câncer de um devoto, constatada clinicamente e comprovada cientificamente. Esse relato consta no processo para sua beatificação, iniciado em 1997. Outros casos de curas e milagres também são relatados por várias pessoas. Padre Eustáquio costumava dizer que sua vocação era "amar e fazer amar a Deus". Em 15 de junho de 2006, o Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu à solenidade de Beatificação do Padre Eustáquio . Ocorreu no estádio de Belo Horizonte (MG). Minha oração “ Padre Eustáquio que tanto dedicou sua vida em prol da evangelização do povo brasileiro, continuai a rogar por nós, pelos doentes e mais necessitados da nossa nação. Com as graças do alto seja nosso padroeiro, pai e amigo. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!” Beato Eustáquio van Lieshout, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 30 de agosto Em Roma, no cemitério de Comodila, junto à Via Ostiense, os santos mártires Félix e Adauto. († c. 304) Comemoração dos sessenta santos mártires, que, em Suffetula, na África Bizacena, atualmente na Tunísia, por ter sido destruída uma estátua de Hermes, foram mortos pelo furor dos gentios. († 399) Em Roma, a comemoração de São Pamáquio senador, insigne pela sua firmeza na fé e generosidade para com os pobres. († 410) No mosteiro de Rebais, próximo de Meaux, na Nêustria, atualmente na França, Santo Agilo, seu primeiro abade. († c. 650) Em Breuil, também no território de Meaux, São Fiácrio, eremita, oriundo da Irlanda, que seguiu a vida solitária. († c. 670) Em Tessalônica, na Macedônia, atualmente na Grécia, São Fantino o Jovem, eremita, que passou toda a sua vida em jejuns, vigílias e trabalhos por Cristo. († s. X) Em Lucédio, no Piemonte, região da Itália, São Bonónio, abade, que seguiu a vida eremítica, primeiro no Egipto, depois no monte Sinai. († 1026) Em Trevi, no Lácio, também região da Itália, São Pedro, que, embora analfabeto, cultivou na solidão a sabedoria do Evangelho. († 1050) Em Londres, na Inglaterra, Santa Margarida Ward, mártir, que, no reinado de Isabel I, por ter ajudado um sacerdote. Com ela, no mesmo lugar, sofreram também o martírio os beatos Ricardo Leight, presbítero, e os leigos Eduardo Shelley e Ricardo Martin, ingleses, João Roche, irlandês, e Ricardo Lloyd, galês. († 1588) Em Saluzzo, no Piemonte, região da Itália, o Beato João Juvenal Ancina, bispo, que, anteriormente médico, foi um dos primeiros a entrar no Oratório de São Filipe Néri. († 1604) Em Saragoça, na Espanha, a Beata Maria Ráfols, virgem, que, superando pacientemente muitas adversidades, fundou no hospital desta cidade a Congregação das Irmãs da Caridade de Santa Ana. († 1853) Em Almeria, também na Espanha, os beatos mártires Diogo Ventaja Milán, bispo de Almeria, e Manuel Medina Olmos, bispo de Guádix. († 1936) Na Espanha, o Beato Joaquim de Albocácer (José Ferrer Adell), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1936) Em Bilbau, também na Espanha, o Beato Vicente Cabanes Badenas, presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores e mártir. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, os beatos mártires António Maria Arriaga Anduíza, religioso da Ordem de Santo Agostinho, e Nicásio Romo Rúbio, religioso da Ordem dos Pregadores.(† 1936) Em Atavaca, perto de Madrid, também na Espanha, os beatos Germano Martin Martin, presbítero, Dionísio Ullívarri Barajuán, religioso, ambos da Sociedade Salesiana, e mártires. († 1936) Em Kfiffan, no Líbano, o Beato Estêvão Nehmé (José Nehmé), religioso da Ordem Maronita Libanesa. († 1938) Em Venégono, próximo de Varese, na Itália, o passamento do Beato Alfredo Ildefonso Schuster, bispo, que era abade de São Paulo em Roma quando foi nomeado para a sede episcopal de Milão. († 1954) Fonte: vatican.va  vaticannews.va Martirológio Romano Causesanti.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Cesário de Arles

Os santos, como ninguém, entenderam que a graça do Cristo que quer santificar a todos é sempre a mesma na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um desses homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso, como bispo, tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo. Cesário nasceu na França, em 470. Ao deixar sua casa, entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles - Sul da França-, local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal. São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas, e isso fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica, já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isso, no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade. São Cesário de Arles, rogai por nós!

Martírio de São João Batista, o mártir da verdade

Origens  A memória do martírio de São João Batista associa-se à solenidade da sua Natividade, que se celebra em 24 de junho. João era primo de Jesus, concebido, de modo tardio, por Zacarias e Isabel, ambos descendentes de famílias sacerdotais: seu nascimento é colocado cerca de seis meses antes daquele de Cristo, segundo o episódio evangélico da Visita de Maria a Isabel.  Causa da Morte A causa principal do martírio foi uma mulher: Herodíades, atual esposa de Herodes Antipas, ex-esposa do seu irmão de criação. João foi preso por ter denunciado este casamento ilegal. Durante a festa de aniversário de Herodes, a filha de Herodíades, Salomé, dançou em homenagem ao rei, que era fascinado por ela: se ela dançasse, ele lhe permitiria pedir o que quisesse, até mesmo a metade do seu reino. Depois de consultar a mãe, ela pediu a cabeça de João Batista. Herodes não queria aceitar, mas não pôde recusar, porque lhe havia prometido.  A Morte Algum tempo depois do pedido de Salomé, o carrasco trazia a cabeça do profeta em um prato, entregando-a para Salomé e para sua maldosa mãe.  Batista morreu como mártir, não um mártir da fé, porque não lhe pediram para renegá-la, mas um mártir da verdade. Ele era um homem "justo e santo" (At 3,14), condenado à morte por sua liberdade de expressão e fidelidade ao seu mandato. João foi um mártir que sempre deixou espaço na sua vida, cada vez mais, para dar lugar ao Messias.  A Pequena Basílica  Por outro lado, a data da sua morte, ocorrida entre os anos 31 e 32, remonta à dedicação de uma pequena basílica, do século V, no lugar do seu sepulcro, em Sebaste da Samaria: de fato, parece que, naquele dia, tenha sido encontrada a sua cabeça, que o Papa Inocêncio II transladou para Roma, na igreja de São Silvestre “in Capite”.  Celebração  A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas: seu culto já existia na França, no século V, e em Roma no século seguinte. Minha oração “ Aquele que Batizou o Cristo também testemunhou com sua própria vida, ajudai-nos a dar bom testemunho de Jesus nos lugares mais extremos. Tornai os seus devotos testemunhas da verdade e da caridade até as últimas consequências. Amém!” São João Batista, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 29 de agosto Em Sirmion, na Panónia, hoje Sremska Motrovica, na Sérvia, Santa Basila. († s. III/IV) Em Roma, a comemoração de Santa Sabina, cujo título fundado no monte Aventino venera o seu nome. (422-432 constr.) Em Metz, na Gália Bélgica, atualmente na França, Santo Adelfo, bispo. († s. V) No território de Nantes, na Bretanha Menor, hoje também na França, São Vítor, eremita, que viveu recluso num pequeno oratório por ele construído junto de Le Chambon. († c. s. VII) Em Londres, na Inglaterra, a comemoração de São Sébio, rei dos Saxões Orientais, devotíssimo a Deus, que, deixando o reino, tomou o hábito monástico e com ele morreu, como tanto desejava. († c. 693) Em Paris, na Nêustria, na França, São Mederico, presbítero e abade de Autun, que viveu numa ermida, perto da cidade. († c. 700) Em Valência, na Espanha, os beatos mártires João de Perúgia, presbítero, e Pedro de Sassoferrato, religioso, ambos da Ordem dos Menores. († 1231) Em Cracóvia, na Polônia, a Beata Bronislava, virgem da Ordem dos Premonstratenses, que quis seguir uma vida humilde e oculta e, destruído o seu mosteiro pelos Tártaros. († 1259) Em Lencastre, na Inglaterra, o Beato Ricardo Herst, mártir, pai de família e agricultor, que, falsamente acusado de homicídio, no reinado de Jaime I, foi condenado ao suplício da forca e morreu por Cristo. († 1618)  Ao largo de Rochefort, na França, o Beato Luís Vulfilácio Huppy, presbítero e mártir. († 1794) Em Waterfold, na Irlanda, o Beato Edmundo Inácio Rice, que se dedicou com ardorosa diligência à formação das crianças e dos jovens em situações difíceis e, para fortalecer esta obra, fundou a Congregação dos Irmãos Cristãos e a dos Irmãos da Apresentação. († 1844) Em Rennes, na França, Santa Maria da Cruz (Joana Jugan), virgem, que, para mendigar o necessário para os pobres e para Deus, fundou a Congregação das Irmãzinhas dos Pobres. († 1879) Em Valência, na Espanha, o Beato Constantino Fernández Álvarez, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Hijar, localidade próxima de Teruel, também na Espanha, o Beato Francisco Monzón Romeo, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) No campo de concentração de Dachau, próximo de Baviera, na Alemanha, o Beato Domingos Jedrzejewski, presbítero e mártir.(† 1942) Em Poznan, na Polónia, a Beata Sancha Szymkowiak (Joanina Szymkowiak), virgem da Congregação das Filhas de Nossa Senhora das Dores. († 1942) Em Santa Júlia, povoação do Piemonte, na Itália, a Beata Teresa Bracco, virgem e mártir, trabalhadora do campo. († 1944) Em Ollur, na localidade de Kerala, estado da Índia, Santa Eufrásia do Sagrado Coração de Jesus (Rosa Eluvathingal), virgem da Congregação da Mãe do Carmelo. († 1952) Fonte: vaticannews.va Martirológio Romano Arquisp.org.br Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Agostinho, doutor da Igreja

Origens Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, em Tagaste, África. Foi educado à fé católica pela sua mãe, Santa Mônica, mas não seguiu seu exemplo. Adolescente vivaz, perspicaz e exuberante, dedicou-se ao estudo da retórica e seu resultado foi excelente. Amava a vida e seus prazeres, cultivava amizades, teve paixões amorosas, adorava o teatro, buscava divertimentos e distrações.  Em Cartagena, onde prosseguia seus estudos, apaixonou-se por uma moça; por ser de classe social inferior, fez dela apenas sua concubina, e o fruto desta relação foi Adeodato.  Não obstante a sua jovem idade, Agostinho permaneceu-lhe fiel e assumiu a responsabilidade da vida doméstica.  As Leituras lhe conduziram Entretanto, a leitura de Hortensius, de Cícero, mudou seu modo de encarar as coisas. “A felicidade – escreveu o grande orador – consiste nos bens que não perecem: sabedoria, verdade, virtudes”. Assim, Agostinho passou a buscá-las. Começou a sua busca pela Bíblia. Mas, acostumado com textos retumbantes, a achou grosseira e ilógica. Então, aproximou-se do maniqueísmo.  Ao voltar para Tagaste, abriu uma escola de gramática e retórica com a ajuda de um benfeitor. Porém, a vida que levava não o satisfazia, por isso regressou a Cartagena, esperando encontrar uma vida melhor. Porém, continuou insatisfeito. A sua sede de verdade não se aplacava com a doutrina maniqueísta.  Envolvimento com Heresias  O jovem retórico promissor passa a outros tipos de busca. Assim, no ano 382, transferiu-se para Roma, com o companheiro e seu filho, sem que sua mãe o soubesse, apesar de ter ido a Cartagena.  Na capital, porém, Agostinho manteve contato com os maniqueístas, dos quais recebeu ajuda e apoio. Depois, entendeu que a Providência atuava também através de escolhas erradas. A sua carreira teve sucesso, tanto que, em 384, conseguiu uma cátedra de Retórica em Milão. Contudo, sua inquietude interior continuava a atormentá-lo. A busca da verdade Sua ambição foi saciada, mas seu coração não. Para aperfeiçoar a sua “ars oratoria”, começou a seguir os sermões do santo Bispo Ambrósio. Queria entender suas capacidades dialéticas.  Todavia, as palavras do Bispo o atingem profundamente. Neste ínterim, sua mãe Mônica se transfere para Milão, permanecendo ao seu lado, sobretudo, com as orações. No entanto, Agostinho se aproximava, cada vez mais, da Igreja católica, tanto que já se sentia catecúmeno.  Agora só lhe faltava uma esposa que fosse cristã e não mais concubina. A mulher, que por anos havia convivido com ele, volta para a África. Ainda atormentado, Agostinho devora textos de filosofia e mergulha nas Sagradas Escrituras. Era tentado pela experiência dos pensadores grego e atraído pelo estilo de vida dos ascetas cristãos, mas não conseguiu se decidir. A conversão: “Pega e lê” Certo dia de agosto de 386, desorientado e confuso, deixando-se levar por um pranto copioso e desesperado, pareceu-lhe ouvir uma voz: “Pega e lê”! Achou que a voz o convidava a tomar em mãos as Cartas de Paulo, que estavam sobre a mesa, e a abri-las por acaso. E leu: “Comportemo-nos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências” (Rm 13, 13-14). A leitura deste trecho foi-lhe fulgurante. Então, conseguiu mudar de vida e dedicar-se totalmente a Deus.  Foi batizado por Santo Ambrósio na noite entre 24 e 25 de abril de 387. Desejoso de regressar à África, partiu para Roma, a fim de embarcar no porto de Óstia. Ali, faleceu sua mãe Mônica. Fundador e Bispo Em Tagaste, Agostinho funda sua primeira comunidade. Entre o fim de 390 e início de 391, encontra-se, casualmente, na basílica de Hipona, onde o Bispo Valério pregava aos fiéis sobre a necessidade de um presbítero na sua diocese. Por entusiasmo popular, Agostinho foi conduzido diante do Bispo, que o ordenou sacerdote. Ciente de ter que viver voltado para Deus, estudando e meditando as Escrituras, compreendeu que era chamado para algo mais. Sucedendo Valério, tornou-se Bispo de Hipona.  Deixou numerosos escritos, onde conseguiu conciliar “fé e razão”. Entre eles, O livre arbítrio, A Trindade, A cidade de Deus. Menção particular merecem As Confissões, nas quais Agostinho faz uma autonarração, deixando emergir, em modo magistral, a sua interioridade e a história do seu coração. Minha oração “Ao doutor da Igreja, rogamos a sabedoria do alto sobre todos aqueles que são líderes religiosos para que possam assumir, amar e cuidar de cada ovelha que o próprio Jesus os concedeu. Rogai também pelos agostinianos e a eles dê novas vocações." Santo Agostinho, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 28 de agosto: Em Roma, no cemitério de Basila, junto à Via Salária Antiga, Santo Hermes, mártir. († s. III) Em Constança, na Suábia, atualmente na Alemanha, a comemoração de São Paio, mártir. († c. s. III) Em Brioude, perto de Clermont-Ferrand, na Aquitânia, hoje na França, São Julião, mártir. († c. s. III) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo Alexandre, bispo. († c. 336) Em Cartago, na hodierna Tunísia, São Restituto, em cuja festividade Santo Agostinho fez em sua honra um sermão ao povo. († c. 360) Em Sársina, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, região da Itália, São Vicíno, primeiro bispo desta cidade. († s. IV/V) Em Saintes, na Gália, atualmente na França, São Viviano, bispo. († s. V) No Egipto, São Moisés o Etíope, que, depois de ter sido um ladrão famoso se tornou anacoreta, converteu muitos do seu bando e os conduziu com ele para o mosteiro. († c. 400) Em Sevilha, na Andaluzia, região da Hispânia, Santa Florentina, virgem. († s. VII) Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Guilherme Dean, presbítero, e sete companheiros mártires.  († 1588) Em Lencastre, também na Inglaterra, Santo Edmundo Arrowsmith, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1628) Em Monterrey, na Califórnia, Santo Junípero (Miguel Serra), presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1784) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Carlos Arnaldo Hanus, presbítero e mártir. († 1794) Em Barcelona, na Espanha, Santa Joaquina de Vedruma, mãe de família, que educou piedosamente nove filhos e, quando ficou viúva, fundou o Instituto das Carmelitas da Caridade. († 1854) Em Alençon, na França, Santa Zélia Maria Guerin, mãe de Santa Teresa do Menino Jesus. († 1877) Na região de Valência, na Espanha, os beatos mártires João Baptista Faubel Cano e Artur Ros Montalt, pais de família. († 1936) Em Vilanesa, localidade da mesma região da Espanha, o Beato Aurélio de Vilanesa (José Ample Alcaide), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir. († 1936) Em Elche de la Sierra, perto de Albacete, também na Espanha, o Beato Mamerto Carchano Carchano, presbítero da diocese de Toledo e mártir. († 1936) Em Nawojowa Gora, povoação da Polónia, o Beato Afonso Maria Mazurek, presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir. († 1944) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo