Santos

São Josafá, o incessante zelo ao seu povo à unidade católica

Origens  João Kuncewicz nasceu em Wladimir (Ucrânia), no ano de 1580, numa família de ortodoxos cismáticos, ou seja, ligados à Igreja Bizantina e não à Igreja Romana. Com a mudança de vida, mudou também o nome para Josafá, pois era comerciante; até que, tocado pelo Espírito do Senhor, abraçou a fé católica e entrou para a Ordem de São Basílio. Ordenação Como monge desde os 24 anos, tornou-se apóstolo da unidade e sacerdote do Senhor em 1609, quando foi ordenado. Em seguida, nomeado superior dos conventos de Briten e, logo depois, arquimandrita de Vilna. Virtuoso Dotado de muitas virtudes e dons, tornou-se Arcebispo de Polotsk, sede primacial dos Rutenos, em 1617. Lutou pela formação do clero, pela catequese do povo e pela evangelização de todos. São Josafá havia um grande coração para acolher os necessitados Caridade As portas de sua casa e do seu coração estavam sempre abertas para acolher os pobres e necessitados. Josafá, além de promover com o seu testemunho a caridade para com os pobres, desgastou-se por inteiro na promoção da unidade da Igreja Bizantina com a Romana, por isso, conseguiu levar muitos a viver unidos na Igreja de Cristo. Os que entravam em comunhão com a Igreja Romana, como Josafá, passaram a ser chamados de “uniatas”, ou seja, excluídos e acusados de maus patriotas e apóstolos, segundo os ortodoxos. Unificação da Igreja Dedicou-se no trabalho de unificação das Igrejas, buscando remover o cisma e reconduzir os hereges e cismáticos à união com a Cátedra de São Pedro. Seu apostolado foi coroado com êxito, pois muitos hereges voltaram ao seio da Igreja. Páscoa Seu zelo pelas causas da Igreja resultou em muitas perseguições, calúnias e oposições por parte dos cismáticos. Aconteceu que, em 1623, numa viagem pastoral, Josafá, com 43 anos na época, foi atacado, maltratado e martirizado. Após ser assassinado, São Josafá foi preso a um cão morto e lançado num rio. Dessa forma, entrou no Céu, donde continua intercedendo pela unidade dos cristãos, tanto assim que os próprios assassinos, mais tarde, converteram-se à unidade desejada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Via de Santificação Reconhecido pela Igreja por suas virtudes heroicas e, sobretudo, pela santidade de seu martírio, São Josafá foi solenemente canonizado por Pio IX em 1867. Minha oração “Santo bispo, combatente dos hereges e cismáticos, dai-nos a mesma busca pela unidade na verdade. Com teu pastoreio, ponha-nos diante do nosso Salvador, a fim de adorá-Lo e amá-Lo acima de tudo. Intercedei pela Igreja e seus membros desgarrados. Amém.” São Josafá, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 12 de novembro  Em Ancira, na Galácia, hoje Ancara, na Turquia, São Nilo, abade. († c. 430) Em Mull, ilha da Escócia, São Macário, bispo, oriundo da Irlanda, que é considerado discípulo de São Columba e fundador desta Igreja. († s. VI in.) Em Vienne, na Borgonha, atualmente na França, Santo Hesíquio, bispo. († d. 552) Nos montes da região de Cogolla, perto de Berceo, na atual Espanha, Santo Emiliano, presbítero. († 574) Em Colónia, na Austrásia, atualmente na Alemanha, São Cuniberto, bispo. († 663) Em Daventer, na Frísia, na atual Holanda, São Lebuíno ou Livino, presbítero. († c. 775) Em Kasimierz, junto ao rio Warta, na Polónia, os santos Bento, João, Mateus e Isaac, mártires. Com eles se comemora também Cristiano. († 1003) Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato João Cíni, que passou do serviço militar ao serviço divino na Ordem Terceira de São Francisco. († c. 1335) Em Alcalá de Henares, na Espanha, São Diogo, religioso da Ordem dos Menores. († 1463) Em Tuliman, cidade do México, São Margarido Flores, presbítero e mártir. († 1927) Em Alcúdia de Carlet, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato José Medes Ferrís, mártir. († 1936) Fonte: Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C Martirológico Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Martinho de Tours, o dono do manto que cobriu Jesus

Origens  Seu gesto: poucos personagens podem ter a sua história resumida em uma única ação tão poderosa a ponto de permanecer indelével e profunda em uma vida. São Martinho de Tours pertenceu a uma categoria especial de santos. Seu famoso manto é a antonomásia de um homem que nasceu em 316 ou 317, ao término do Tardo Império Romano, na Panônia, hoje Hungria. O Serviço Militar Filho de um tribuno militar, Martinho viveu em Pavia porque seu pai, um veterano do exército, havia recebido de presente um terreno naquela cidade. Seus pais eram pagãos, mas a criança era atraída pelo cristianismo. Com apenas 12 anos, queria ser asceta e retirar-se para o deserto. Mas um edito imperial colocou-lhe a farda e a espada antes de seu sonho de oração em solidão. Por isso Martinho teve que se alistar e acabou em um quartel na Gália. O Grandioso Gesto com o Manto Seu gesto do manto ocorreu em torno do ano 335. Como membro da guarda imperial, o jovem soldado era muito requisitado para as rondas noturnas. Em uma delas, durante o inverno, Martinho deparou-se, a cavalo, com um mendigo seminu. Movido de compaixão, tirou seu manto, cortou-o em duas partes e deu a metade ao pobre.  São Martinho de Tours teve compaixão pelo próximo O Sacramento do Batismo Na noite seguinte, Jesus apareceu-lhe em sonho, usando a metade do manto, dizendo aos anjos: "Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com seu manto". O sonho impressionou muito o jovem soldado que, na festa da Páscoa seguinte, foi batizado. Recebeu o Sacramento por volta dos 20 anos. Testemunho de sua Fé Por 20 anos, ele continuou a servir o exército de Roma, dando testemunho da sua fé em um ambiente tão distante dos seus sonhos de adolescente. Mas ele ainda tinha uma longa vida para ser vivida. Logo que pôde, ao ser dispensado do exército, foi ter com Dom Hilário, bispo de Poitiers, firme opositor da heresia ariana. Esta oposição do purpurado custou-lhe o exílio, pois o imperador Constâncio II era um seguidor da doutrina de Ário. No entanto, Martinho tinha ido visitar a sua família na Panônia. Ao saber da notícia, retirou-se para um mosteiro perto de Milão.  Fundação do Mosteiro Quando o Bispo voltou do exílio, Martinho foi visitá-lo, obtendo dele a permissão para fundar um mosteiro perto de Tours, e por ele foi ordenado diácono e presbítero. Assim, vivendo uma vida austera em cabanas, o ex-soldado — que havia dado seu manto a Jesus —, tornou-se pobre como desejava. Rezava e pregava a fé católica em terras francesas, onde ficou conhecido por muitos. As ações de São Martinho de Tours foi percebida pelo povo Proclamado Bispo pelo povo Cerca de 10 anos mais tarde, os cristãos de Tours, tendo ficado sem Pastor, aclamaram-no seu Bispo em 371. Desde então, Martinho dedicou-se com zelo fervoroso à evangelização no campo e à formação do clero. Martinho aceitou, mas com seu estilo próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as pessoas - pobres, presos e enfermos - continuassem a encontrar abrigo sob seu manto. São Martinho de Tours viveu nas adjacências dos muros da cidade, no mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. Dezenas de monges o seguiram, muitos deles pertenciam à casta nobre. O fim e o legado de sua vida Páscoa Em 397, em Condate, atual Candes de Saint Martin, o Bispo de 80 anos partiu com a missão de reconstituir um cisma surgido entre o clero local. Em virtude do seu carisma, pacificou os ânimos. Mas, antes de regressar para Tours, foi acometido por uma série de febres violentas. São Martinho de Tours faleceu, deitado na terra nua, conforme o seu desejo. Uma grande multidão participou do enterro de um homem tão querido, generoso e solidário como um verdadeiro cavaleiro de Cristo. Papa Emérito sobre São Martinho de Tours Sobre ele, disse o Papa Emérito no Angelus em 11 de novembro de 2007:  “Queridos irmãos e irmãs, o gesto caritativo de São Martinho inscreve-se na mesma lógica que levou Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas sobretudo a deixar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia, Sinal supremo do amor de Deus, Sacramentum caritatis. É a lógica da partilha, com a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo. Ajude-nos, São Martinho, a compreender que só através de um compromisso comum de partilha é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade. Isso pode acontecer se prevalecer um modelo mundial de autêntica solidariedade, capaz de garantir a todos os habitantes do planeta o alimento, as curas médicas necessárias, mas também o trabalho e os recursos energéticos, assim como os bens culturais, o saber científico e tecnológico.” Minha oração “São Martinho, que cobristes Jesus com teu manto no pobre abandonado, que também possamos imitar-te com nossa vida, cuidando dos menos favorecidos. Ensinai-nos a olhar os pobres e encontrar neles o rosto de Cristo, amar esses irmãos como Jesus nos ensinou. Amém.” São Martinho de Tours, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 11 de novembro  Junto ao lago de Mariótides, no Egipto, São Menas, mártir. († s. IV in.) Em Vence, na Provença da Gália, atualmente na França, a comemoração de São Verão, bispo. († s. V in.) Na província de Sâmnio, território da atual Itália, a comemoração de São Menas, solitário, cujas virtudes são mencionadas pelo papa São Gregório Magno. († c. 580) Em Amatonte, próximo de Limassol, na ilha de Chipre, o passamento de São João o Esmoler, bispo de Alexandria. († 620) No mosteiro de Malone, no Brabante, na atual Bélgica, São Bertuíno, venerado como bispo e abade. († 698) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Teodoro Estudita, abade. († 826) No mosteiro de Grottaferrata, na região de Frascáti, próximo de Roma, São Bartolomeu, abade.(† 1065) Em Nagasaki, no Japão, Santa Marina de Omura, virgem e mártir. († 1634) Em Verona, na Itália, a Beata Vicenta Maria, virgem, fundadora, juntamente com o beato Carlos Steeb, do Instituto das Irmãs da Misericórdia de Verona. († 1855) Em Laski Piasnica, perto da cidade de Wejherowo, na Polónia, a Beata Alice Kotowska, virgem da Congregação das Irmãs da Ressurreição do Senhor e mártir. († 1939) Em Sófia, na Bulgária, a paixão do Beato Vicente Eugénio Bossilkov, bispo de Nicópolis e mártir, da Congregação da Paixão de Jesus. († 1952) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Leão Magno, o 45º Papa da Igreja Católica

Origens  São Leão Magno é natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma por volta do ano 430. Dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice - o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440. Convenceu Átila a mudar de ideia No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua contínua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma. Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão. A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das "Salas do Vaticano" – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas. Impediu a cidade de ser incendiada Três anos depois, em 455, foi ainda o "Papa Magno", embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão. Nas Basílicas, a população encontrou abrigo e se salvou. São Leão Magno: defendeu a Doutrina da Igreja  Defesa da Doutrina A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia; que reconheceu e afirmou a unidade das duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: "Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade". Escritos Sustentador e promotor da primazia de Roma, o "Pontífice Magno" deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis. Foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez e pobreza, pelas injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias para manter constantemente a justiça e "oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível". O Primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno” Pontificado Seu Pontificado, que durou 21 anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão. O primeiro sucessor de Pedro a ser chamado "Magno". O primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas - o outro foi Gregório Magno - a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de "Doutor da Igreja". Páscoa A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro. Oração contra o desânimo (composta por São Leão Magno): Não desista nunca: nem quando o cansaço se fizer sentir, nem quando os teus pés tropeçarem, nem quando os teus olhos arderem, nem quando os teus esforços forem ignorados, nem quando a desilusão te abater, nem quando o erro te desencorajar, nem quando a traição te ferir, nem quando o sucesso te abandonar, nem quando a ingratidão te desconcertar, nem quando a incompreensão te rodear, nem quando a fadiga te prostrar, nem quando tudo tenha o aspecto do nada, nem quando o peso do pecado te esmagar. Invoque sempre a Deus, junte as mãos, reze, sorria… E recomece! Minha oração “Doutor nas ciências de Cristo, sábio no conhecimento do Mestre dos mestres, sejamos vossos discípulos e nos tornemos grandes conhecedores de Deus. Que quanto mais O conhecemos, mais O amemos e adoremos, O exaltemos acima de tudo! Amém.” São Leão Magno, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 10 de novembro  Na antiga Pérsia, o passamento de São Demetriano, bispo de Antioquia. († c. 260) Em Tiana, na Capadócia, na hodierna Turquia, Santo Orestes, mártir. († s. III/IV) Em Ravena, na Flamínia, hoje nas Marcas, região da Itália, São Probo, bispo. († s. III/IV) Na antiga Pérsia, os santos mártires Narsés, bispo, venerável ancião, e José, seu discípulo. († 343) Em Cantuária, na Inglaterra, São Justo, bispo. († 627) Em Villa del Foro, localidade do Piemonte, região da Itália, São Baudulino, eremita. († s. VIII) Em Nápoles, Itália, Santo André Avelino, presbítero da Congregação dos Cónegos Regrantes. († 1608) Em Barcelona, na Espanha, o Beato Acisclo Joaquim Piña Piazuelo, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Em Madrid, na Espanha, as beatas Manuela do Sagrado Coração, virgem da Congregação das Adoradoras Escravas do Santíssimo Sacramento e Companheiras, mártires. († 1936) Em Hamburgo, na Alemanha, os beatos Eduardo Müller, Germano Lange e João Prassek, presbíteros da diocese de Lübeck e mártires. († 1943) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Dedicação da Basílica de Latrão, a Mãe de todas as Igrejas

Origens  Sob o Pontificado de Bento XIII, em 1724, houve a criação da Festa que hoje celebramos. Desde então, ela foi estendida a toda a cristandade. Bento reconsagrou a Basílica depois dela ser várias vezes destruída e reconstruída, tendo a sua última atualização nesta data. Na Igreja Latina, essa data é sinal de amor e unidade ao Papa. O dia é dedicado para rezar pelo Papa e fazer memória de sua importância religiosa particular e mundial. E ainda dia de louvor e agradecimento pelo local físico (Igreja, capela, Matriz), no qual cada um frequenta como patrimônio e fonte de união eclesial. Liberdade aos Cristãos Quando o imperador Constantino deu plena liberdade aos cristãos (ano 313), estes não pouparam esforços para construir templos ao Senhor. Por isso, muitas igrejas foram construídas naquela época. O próprio imperador doou ao Papa Melquíades a antiga propriedade da família Lateranense. Ali, se construiu a Basílica, o Batistério e a “Patriarquia”, ou seja, a residência do Bispo de Roma. Onde os papas habitaram até o período de Avinhão.  Basílica do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e João Evangelista de Latrão A Dedicação O Papa Silvestre I dedicou-a ao Santíssimo Salvador (318 ou 324). Só no século VI foram acrescentados os títulos dos santos São João Batista e João Evangelista. Ali, foi construída uma Capela dedicada a São João Batista, que servia de batistério. No século IX, o Papa Sérgio III confirmou a dedicação a João Batista. Por fim, no século XII, Papa Lúcio II também a dedicou a São João Evangelista. Daí a denominação da Basílica Papal do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e Evangelista de Latrão. A Basílica é considerada pelos cristãos como a principal, “a mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade e do mundo”. A Importância dos Edifícios Materiais Bento XVI expressou essa data da seguinte forma: “Queridos amigos, a festa de hoje celebra um Mistério sempre atual, isto é, Deus quer edificar no mundo um templo espiritual, uma comunidade que o adore em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24). Mas esta celebração recorda também a importância dos edifícios materiais, nos quais as comunidades reúnem para celebrar o louvor de Deus. Cada comunidade tem, portanto, o dever de conservar com cuidado os próprios edifícios sagrados, que constituem um preciosos patrimônio religioso e histórico. Invoquemos então a intercessão de Maria Santíssima, para que nos ajude a tornar-nos como ela, ‘casa de Deus’, templo vivo do seu amor”. (Angelus, 9 de novembro de 2008). Somos morada do Jesus Ressuscitado  Somos a casa de Deus Assim, cada um de nós também é a "casa de Deus”, em Jesus ressuscitado, porque o Espírito mora em mim, em cada um de nós (1Cor 3,16). Por um lado, o simples fato de estarmos cientes disso, leva-nos a louvar o Senhor e, por outro, a dizer, às vezes, de modo excessivo: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa..." (Mt 8,8), esquecendo que Ele já está em nós, nos acolhe e nos ama, não como gostaríamos de ser, mas como somos, aqui e agora.  Tenhamos o olhar fixo em Jesus As distrações, presentes em nós, tornam desfocada a face do Senhor! Quando aprendermos a manter o nosso olhar fixo em Jesus, autor e aperfeiçoador da nossa fé e da nossa amizade com Ele (Cf. Hb 12,1-4), então o nosso rosto brilhará com a luz, que brota de um coração "unificado". O equilíbrio exigido não deve ser coisa passageira, mas todo um caminho de vida, um contínuo entrar em nós mesmos em vista da "morada do Rei" (Cf. Castelo Interior, Santa Teresa de Ávila). Minha oração “ Ao festejar essa basílica, pedimos ao Senhor que sejamos templos vivos de Deus e saibamos cuidar tanto do templo feito de tijolos quanto aqueles de carne. Que vejamos o sagrado nos objetos e nas pessoas que nos circundam. Amém.” Outros santos e beatos celebrados em 9 de novembro  Em Bourges, na Gália, atualmente na França, Santo Ursino, o primeiro bispo desta cidade. († s. III) Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santo Agripino, bispo. († s. III) Em Verdun, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Vito, bispo. († c. 530) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, as santas Eustólia e Sópatra, virgens e monjas. († s. VI) Em Lodève, na Gália Narbonense, hoje na França, São Jorge, bispo. († c. 870) Em Signa, perto de Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Joana, virgem, que por Cristo abraçou a vida solitária. († 1307) Em Ancona, no Piceno, hoje nas Marcas, também região da Itália, o Beato Gabriel Ferrétti, presbítero da Ordem dos Menores. († 1456) Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Luís Morbióli. († 1485) Em Murano, na Venécia, hoje no Véneto, também região da Itália, o Beato Graça de Cátaro, religioso da Ordem de Santo Agostinho. († 1508) Em Oxford, na Inglaterra, o Beato Jorge Napper, presbítero e mártir. († 1610) Em Antequera, na Andaluzia, região da Espanha, a Beata Maria do Carmo do Menino Jesus, viúva e fundadora do Instituto das Irmãs Franciscanas dos Sagrados Corações. († 1899) Em Dijon, na França, Santa Isabel da Santíssima Trindade Catez, virgem da Ordem das Carmelitas Descalças. († 1906) Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, o Beato Francisco José Martin López de Arroyave, religioso da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Em Borysow, povoação da Polónia, o Beato Henrique Hlebowicz, presbítero e mártir. († 1941)  Em Roma, o Beato Luís Beltrame Quattróchi, pai de família. († 1951) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Deodato I, o pontífice que guiou os cristãos em épocas difíceis

  Origens  São Deodato I foi, por quarenta anos, Padre em Roma, antes de suceder ao Papa Bonifácio IV a 19 de outubro de 615. Seu nome significa "dado por Deus". Em Roma, o Papa não era somente o Bispo e o Pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do império do Oriente. A teoria dos dois únicos, Papa e imperador, que deviam governar unidos, não encontrava grandes adesões em Constantinopla. O Diálogo com o Imperador O Papa Deodato, entretanto, buscou o diálogo junto ao imperador intercedendo pelas necessidades de seu povo. Apesar do imperador mostrar-se pouco solícito para o bem do povo, enviou o exarco Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi a única vez que o Papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, teve um contato com o imperador. Era uma época sombria, de fortes controvérsias doutrinárias entre Oriente e Ocidente. Martirológio Romano Foi inserido no Martirológio Romano um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava este pontífice que guiou os cristãos em épocas tão difíceis. Aconteceu durante uma das suas frequentes visitas aos doentes, aos mais abandonados, os que eram atingidos pela lepra. São Deodato teria curado um desses infelizes, após,  amavelmente, o abraçar e beijar. São Deodato I cuidou daqueles que mais precisavam  Páscoa São Deodato morreu em novembro do ano 618. Foi amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de apreciar seu bom coração. Durante as grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de Pontificado, dedicou-se ao povo. Enfrentou, inclusive, um terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horríveis epidemia. Minha oração “Sucessor de Pedro, de herança apostólica, Jesus lhe escolheu para perpetuar a Igreja e para governá-la, seja também o nosso guia espiritual, seja o guia do nosso Papa atual e também da Igreja, para que não percamos o foco — que é Jesus. Amém!” São Deodato I, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 08 de novembro Comemoração dos santos Simproniano, Cláudio, Nicóstrato, Castório e Simplício, mártires. († 306) Na região de Tours, da Gália Lionense, na atual França, São Claro, presbítero. († c. 396) Em Bremen, na Saxónia, atualmente na Alemanha, São Vileado, bispo.  († 789) Em Soissons, na França, o sepultamento de São Godofredo, bispo de Amiens. († 1115) Em Colónia, na Lotaríngia, actualmente na Alemanha, o Beato João Duns Escoto, presbítero da Ordem dos Menores. († 1308) Em Ostra Vétere, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, a Beata Maria Crucificada, abadessa da Ordem das Clarissas. († 1745) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, actualmente no Vietnam, os santos mártires José Nguyen Dinh Nghi, Paulo Nguyen Ngân, Martinho Ta Due Thinh, presbíteros, Martinho Tho e João Baptista Con, agricultores. († 1840) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Vilibrordo, o bispo de Utrecht

Origens  São Vilibrordo nasceu em Nortúmbria, Alemanha, em 658. Pertencente a uma família cristã, foi enviado pelo pai como oblato, aos cinco anos, para o mosteiro de York, Inglaterra. Crescido, decidiu dedicar-se ao estado monástico. Ingressou para a Irlanda para aperfeiçoar sua cultura teológica sob guia do abade Egberto. Após nove anos de estudos, foi ordenado sacerdote. Missionário na Holanda No ano de 690, foi enviado como missionário acompanhado de onze companheiros para a Frísia, para a evangelização de bárbaros que viviam na Holanda. Escolhido pelo rei Franco Pepino, foi-lhe confiado como campo de apostolado a região ao leste, onde viviam povos hostis ao Evangelho e estavam em frequentes revoltas. Tornou-se Bispo pelo Papa Sérgio I Realizou uma viagem para Roma, após sua experiência de apostolado, com o intuito de receber o apoio do Papa Sérgio I, que muito o animou e o presenteou com as relíquias de santos mártires para serem colocadas nas futuras igrejas. Voltou para Roma alguns anos mais tarde, a fim de relatar ao Papa seus sucessos, suas dificuldades e seus planos. Contente com seu empenho, o Papa decidiu torná-lo bispo, acrescentando ao seu nome um nome latino: Clemente. São Vilibrorbo: o fundador de sedes episcopais e mosteiros Sede episcopal em Utrecht Em seu árduo apostolado, São Vilibrordo fundou sua primeira sede episcopal em Utrecht, conquistou a catedral, dedicando-a ao Santíssimo Redentor. Fez progressos na conversão da Frísia e, em seguida, na Dinamarca e na região da Turíngia. O Afastamento de Frísia Com a morte do rei Pepino, seu protetor, duque Ratbodo reconquistou parte do território que havia perdido na Frísia, obrigando São Vilibrordo a se afastar da região, ficando retirado perto de Treves, onde anteriormente havia fundado um mosteiro. O Retorno Retornou para a Frísia um tempo depois, após a morte de Ratbodo, ajudou São Bonifácio alguns anos no apostolado da Alemanha, conseguindo consolidar a evangelização entre os povos do norte da Europa. Grande Homem Descrito por muitos biógrafos com pequena estatura,  São Vilibrordo foi um homem grandioso em suas ações, sobretudo um grande organizador, com destacado senso de comando que lhe permitiu graças também à formação de muitos bispos. Páscoa Cansado pelas fadigas apostólicas  e debilitado pela idade, afastou-se no mosteiro de Echternach, onde faleceu no dia 7 de novembro de 739. Minha oração “Com grande alma formativa, soubeste ensinar o evangelho aos líderes tanto quanto aos mais simples, educai-nos para uma vida entregue a Deus na formação das nossas almas, assim como a daqueles que necessitam de orientação. Que sejamos fiéis conselheiros, sem medo da verdade e da caridade. Amém.” São Vilibrordo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 07 de novembro  Em Pádua, Itália, São Prosdócimo, que é considerado o primeiro bispo desta Igreja. († s. III) Em Neocesareia, na atual Turquia, Santo Atenodoro, bispo. († s. III) Em Albi, na Aquitânia, atualmente na França, a comemoração de Santo Amaranto, mártir. († c. s. III) Em Melitene, na Arménia, hoje Turquia, os santos Hierão e muitos seus companheiros, mártires. († s. IV) Em Perúgia, Itália, Santo Herculano, bispo e mártir. († 548) Em Tours, na Nêustria, hoje na França, São Baldo, bispo. († c. 552) No lugar depois chamado Congresbury, na Inglaterra, São Cungaro, abade. († s. VI) Em Estrasburgo, na Borgonha, na hodierna França, a comemoração de São Florêncio, bispo.(† a. 614) No monte Galésio, próximo de Éfeso, em território da atual Turquia, São Lázaro, estilita. († 1054) Em Colónia, na Lotaríngia, atualmente na Alemanha, Santo Engelberto, bispo e mártir. († 1225) Em Pófi, localidade do Lácio, região da Itália, o Beato António Baldinúcci, presbítero da Companhia de Jesus. († 1717) Em Ket Cho, cidade do Tonquim, agora no Vietnam, os santos Jacinto Castañeda e Vicente Lê Quang Liêm, presbíteros da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1773) Em Zunyi, localidade do Guizhou, província da China, São Pedro Wu Guosheng, catequista e mártir. († 1814) Em Cremona, na Itália, São Vicente Gróssi, presbítero, que fundou o Instituto das Filhas do Oratório. († 1917) Em Paracuellos del Jarama, próxima de Madrid, Espanha, os beatos mártires Alfredo Fanjul Acebal, presbítero da Ordem dos Pregadores e companheiros mártires. († 1936) Em Paracuellos de Jarama, o beato José Vega Riaño, presbítero da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada e mártir. († 1936) Em Soto de Aldovea, na província de Madrid, Espanha, o Beato Serviliano Riaño, religioso da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada e mártir.  († 1936) Fonte: Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Nuno de Santa Maria, o grande Santo Condestável

Origens  Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal em 24 de junho de 1360. Filho do cavaleiro dos hospitalários, Álvaro Gonçalves Pereira recebeu a educação cavalheiresca, típica dos filhos das famílias nobres de seu tempo. Juventude Aos treze anos, tornou-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser, pouco depois, cavaleiro. Em 1376, aos 16 anos, casou-se, por vontade de seu pai, com a jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. De sua união nasceram três filhos: dois homens, que morreram em tenra idade; e uma menina, Beatriz, a qual mais tarde viria a casar-se com o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança. Condestável por D. João I Em 1383, diante da crise causada pela morte do rei D. Fernando, sem ter deixado filhos varões, seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter se casado com a filha do falecido rei. Tomando o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, comandante supremo do exército, Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até ser consagrado na batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385, a qual acabou por determinar a resolução do conflito. A  Perspicácia Militar de São Nuno de Santa Maria era acompanhado pela sua espiritualidade  Dotes Militares Os dotes militares de São Nuno eram, no entanto, acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria eram os alicerces de sua vida interior. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros de São Tiago e São Jorge. Construiu ainda às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de Santa Maria da Vitória. Entrada no Convento Após a morte de sua esposa, no ano 1387, Nuno recusou um novo casamento, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente alcançou a paz, distribuiu a maior parte de seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acabou por se desfazer totalmente dos demais em 1423, quando decidiu entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria. São Nuno dedicou-se totalmente aos Serviços do Senhor e de Maria  Abandono das Armas Impelido pelo amor, abandonando as armas e o poder, para revestir-se da armadura do Espírito recomendado pela Regra do Carmo, essa era a opção por uma mudança radical de vida em que selava o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado. Abandono dos Privilégios O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao ingressar no convento, abriu mão de todos os privilégios para assumir a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor e de Maria — sua Padroeira que sempre venerou —, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus. Páscoa São Nuno de Santa Maria morreu aos 71 anos de idade. Era o domingo de Páscoa, dia 1 de abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser aclamado “santo” pelo povo que, desde então, começou a chamá-lo de “Santo Condestável”. Via de Santificação Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV através do Decreto "Clementíssimus Deus", e foi consagrado beato no dia 6 de novembro. O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21 de fevereiro de 2009, determinou que o beato Nuno fosse inscrito no álbum dos santos no dia 26 de abril de 2009. Minha oração “São Nuno, que soube desapegar-se dos cargos para seguir a Deus por inteiro, rogai por nós para que não coloquemos o trabalho ou qualquer outro tipo de coisa acima do Senhor Jesus. Que Ele reine em nossas vidas e de nossas famílias. Amém.” São Nuno de Santa Maria, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 6 de novembro Em Toniza, na Numídia, hoje Túnis, na Tunísia, São Félix, mártir. († s. III) Comemoração de São Paulo, bispo de Constantinopla. († c. 351) Em Rennes, na Bretanha Menor, atualmente na França, São Melânio, bispo. († d. 511) No mosteiro de Llanilltud Fawor, na Câmbria, hoje País de Gales, lugar que tomou o seu nome, Santo Iltuto, abade, que fundou este cenóbio. († c. 540) Em Noblac, perto de Limoges, na Aquitânia, atualmente na França, São Leonardo, eremita. († c. s. VI) Em Jerusalém, os santos Calínico, Himério, Teodoro, Estêvão, outro Teodoro, João, outro João e mais alguns cujo nome é desconhecido, mártires. († 638) Em Barcelona, na Hispânia, São Severo, que, segundo a tradição, recebeu a coroa do martírio. († c. s. VII) No território dos Helvécios, na Borgonha, atualmente na Suíça, São Protásio, venerado como bispo de Lausana. († s. VII) No território de Thérouanne, na Austrásia, hoje na França, São Vinoco, abade. († 716) Em Apt, na Provença da Gália, na França, Santo Estêvão, bispo. († 1046) Em Le Dorat, no território de Limoges, na Aquitânia, hoje também na França, São Teobaldo, presbítero,. († 1070) Perto de Colónia, na Lotaríngia, na atual Alemanha, a Beata Cristina de Stolmeln, virgem. († 1312) Em Nishizaka, no Japão, o Beato Tomás de Santo Agostinho, presbítero da Ordem de Santo Agostinho. († 1637) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Zacarias e Santa Isabel

Zacarias e Isabel aparecem no primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas, que relata: "Havia, no tempo de Herodes, rei da Judeia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Ambos eram justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor. Mas não tinham filhos, pois Isabel era estéril, e ambos eram de idade avançada" (Lucas 1,5-7). Pelo próprio relato bíblico, descobrimos que viviam na aldeia de Ain-Karim (situada a poucos quilômetros de Jerusalém), e que tinham laços de parentesco com a Sagrada Família de Nazaré. Zacarias é descrito como um sacerdote, ou seja, aquele responsável por unir o povo a Deus. Isabel era descendente de Aarão, o maior sacerdote que já existiu. O Evangelho de Lucas os descreve como justos, irrepreensíveis e fiéis aos mandamentos do Senhor.  O matrimônio de Zacarias e Isabel não foi agraciado com o nascimento de um filho, pois Isabel era estéril, e ambos eram de idade avançada. Naquele tempo, não gerar um filho era tido como uma das piores desgraças, sendo vergonhoso e quase que um castigo divino para a sociedade. Entretanto, a união do casal era sólida, e ambos amavam e viviam a retidão, recorrendo sempre à força da oração. Certo dia, enquanto Zacarias rezava no Templo, foi visitado pelo anjo de Deus, que o convidou a colocar-se dentro do projeto de salvação e ser pai do precursor, aquele que prepararia a chegada do Messias para a salvação do mundo. “Não tenhas medo, Zacarias, porque foi ouvida tua oração; Isabel, tua mulher, vai te dar um filho a quem darás o nome de João. Ficarás alegre e contente e todos se alegrarão com seu nascimento” (Lucas 1,13-14).  Embora piedoso, Zacarias pediu ao anjo de Deus uma prova. Por este motivo, ficou mudo até o nascimento do filho. Isabel ficou grávida e retirou-se ao silêncio e à oração, aguardando o nascimento do filho. Maria, sua prima, ao receber do mesmo anjo, o anúncio de sua divina maternidade, ficou ciente da gravidez de Isabel. Partiu então às pressas para prestar assistência nos preparativos do parto.  No oitavo dia do nascimento, o menino foi circuncidado, como havia revelado o Anjo. A língua de Zacarias se soltou e ele voltou a falar, confirmando que o nome de seu filho seria João, um menino com papel singular na história da Salvação da humanidade: "Pois ele será grande perante o Senhor...e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe (Santa Isabel). Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus" (Lucas 1,15s). Quando Zacarias voltou a falar, pronunciou muitas palavras de louvores a Deus, “o Benedictus”, também conhecido como “Cântico de Zacarias”. Após o Salmo profético de São Zacarias pelo nascimento do filho, perdemos o contato com a vida do casal, que, sem dúvida, permaneceram fiéis ao Senhor até o fim de suas vidas. Assim, a Igreja, tanto do Oriente quanto do Ocidente, reconhecem o exemplo deste casal para todos os casais, já que "ambos eram justos diante de Deus e cumpriram todos os mandamentos e observâncias do Senhor" (Lucas 1,6). São Zacarias e Santa Isabel, rogai por nós! Referências: vaticannews.va Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C. 

São Guido Maria Conforti e a missão evangelizadora da Igreja

[caption id="attachment_12526" align="aligncenter" width="300"] Bispo e Fundador[/caption] Origens  São Guido Maria Conforti nasceu em Ravadese (Parma), em 30 de março de 1865. No mesmo dia foi batizado. Aos 11 anos, entrou no seminário. Uma doença com manifestações de tipo epiléptico atrasa a ordenação sacerdotal. Entretanto, foi nomeado vice-reitor do seminário, demonstrando notáveis ​​dons de educador, mas, sobretudo, orientando os jovens para a santidade com o testemunho de uma vida vivida à luz da fé. Recuperado a saúde, em 1888, foi ordenado sacerdote. Muito jovem sacerdote, recebeu o cargo de "Diretor da Pia Obra da Propagação da Fé". Ainda não tem trinta anos, é chamado para ocupar o cargo de Vigário Geral. Fundou a Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Estrangeiras Não podendo seguir, por motivos de saúde, a vocação missionária a que se sentia chamado, em 1895, fundou a Pia Sociedade de São Francisco Xavier, para as Missões Estrangeiras (Missionários Xaverianos), com o único e exclusivo fim da evangelização dos não Cristãos. Em 1899, ele enviou os dois primeiros missionários à China, seguidos ao longo dos anos por muitos outros. Chamado do Papa Leão XIII Em 1902, aos 37 anos, foi chamado pelo Papa Leão XIII para governar a Arquidiocese de Ravena. Para se entregar total e exclusivamente a Cristo e consagrar-se sem reservas ao bem das almas, no dia da consagração episcopal, faz os votos religiosos perpétuos. Durante dois anos, ele gasta todas as suas energias para o bem da diocese, mas sua saúde não se sustenta. Por um senso de responsabilidade para com o rebanho que lhe foi confiado, apresenta a renúncia que o Papa Pio X aceita. Ele, então, retornou ao seu Instituto onde se dedicou à formação de seus alunos missionários. São Guido Maria Conforti: dedicação total à missão pastoral Recuperação da Saúde Tendo recuperado a saúde, em 1907, o Papa pediu-lhe para governar a Diocese de Parma. Há mais de 24 anos é o seu bom pastor. Promove a educação religiosa, a ponto de torná-la a capital do seu empenho pastoral; estabelece escolas de doutrina cristã em todas as paróquias; prepara catequistas e catequistas com cursos especiais de cultura religiosa e pedagogia do ensino e, primeiro na Itália, celebra uma semana catequética.  Visita às Paróquias Enfrentando inúmeras dificuldades e aflições, ele fez a visita pastoral quatro vezes, indo até as paróquias menores. Uma quinta visita pastoral é interrompida pela morte. Celebra dois sínodos diocesanos, institui e promove associações católicas, boa imprensa, missões populares, congressos eucarísticos, marianos e missionários, conferências de ação católica. Colaborou na fundação da União Missionária do Clero Serviço Pastoral Não descuidando nada de seu serviço pastoral à diocese, ele se esforça ao máximo para anunciar o Evangelho aos não cristãos, tanto cuidando da família missionária, que fundou e da qual é Superior geral, como apoiando todas as iniciativas de animação missionária em Itália. Em 1916, colaborou na fundação da União Missionária do Clero, da qual foi o primeiro presidente por dez anos. Em 1928, ele próprio foi à China para visitar seus missionários e os cristianismos a eles confiados. Páscoa Em 5 de novembro de 1931, ele adormece no Senhor. Seu funeral vê um desfile extraordinário do povo. Via de Santificação A fama de suas virtudes e de sua santidade estendeu-se de Parma a todos os países onde trabalham os xaverianos. Os dois milagres de beatificação e canonização, de fato, acontecem no Burundi e no Brasil, respectivamente. Foi beatificado em São Pedro, pelo Papa João Paulo II, em 17 de março de 1996. Sua Santidade Bento XVI, no consistório público de 21 de fevereiro de 2011, decide inscrevê-lo na lista dos santos. Minha oração “Grande propagador do evangelho e missionário a exemplo de Jesus, rogai pelos missionários do mundo todo, para que não desanimem na causa do Reino celeste e sejam corajosos a ponto de entregar a própria vida. Dai que possamos ser bons testemunhos para aqueles que nos rodeiam. Amém.” São Guido Maria Conforti, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 05 de novembro Em Cesareia da Palestina, São Donino, mártir. († 307) Em Cesareia da Palestina, a comemoração dos santosAuxêncio, Teótimo, Filoteu e Timóteo, mártires. († 307) Na Apúlia, região da Itália, São Marcos, bispo de Ecano. († c. s. IV) Em Tréveris, na Renânia da Austrásia, atualmente na Alemanha, São Fibício, bispo. († c. 450) Na Bretanha Menor, atualmente na França, São Guetnoco, venerado como irmão dos santos Vinvaleu e Jacuto. († s. VI) No cenóbio de Chelles, junto de Meaux, na Gália Lionense, também na hodierna França, Santa Bertila, sua primeira abadessa. († c. 705) Em Beziers, na Gália Narbonense, igualmente na França, São Geraldo, bispo.(† 1123) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, o Beato Gómidas Keumurgian, presbítero e mártir. († 1707) Perto do rio Hung Yen, no Tonquim, hoje no Vietnam, São Domingos Mâu, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1858) Em Madrid, na Espanha, o Beato João António Burró Más, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Em El Saler, localidade próxima de Valência, também na Espanha, a Beata Maria do Carmo Viel Ferrando, virgem e mártir. († 1936) Na fortaleza de Hof, na Alemanha, o Beato Bernardo Lichtenberg, presbítero e mártir. († 1943) No campo de concentração da cidade de Abez, na Sibéria, província da Rússia, o Beato Gregório Lakota, bispo de Przemysl e mártir. († 1950) Fonte: Causesanti.va Martirológio Romano Vaticannews.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova  

Santa Bertila, uma nobre monja francesa que foi santa

Origem Na França, a pequena Bertila, nascida em 630, de pais nobres e piedosos, não sentia satisfação com a vida fútil só de folguedos e festas. Com o passar dos anos, aumentou essa insatisfação e a certeza de que não encontraria a felicidade nos prazeres que o mundo oferecia, nas aldeias e nos palácios. Dizia sempre que sua vida estava destinada à caridade e à humildade a serviço de Deus. E, assim, aconteceu. No início da adolescência, a seu pedido e com aprovação dos pais, ingressou no Mosteiro beneditino de Jouarre, próximo de Paris. A superiora era a própria a Santa Teodequildes, que logo percebeu a extrema vocação de Bertila. De fato, mesmo com pouca idade, ela assumiu com dedicação vários cargos de responsabilidade. Acabou sendo indicada para dirigir o novo Mosteiro de Chelles, fundado pela rainha Batildes, esposa do rei Clóvis II, e construído também nos arredores de Paris. Piedade e caridade que ganharam a Europa Bertila foi para lá no ano 659, como abadessa. O fervor que transmitia na piedade e caridade contagiou a todas as religiosas. A fama de celeiro de santidades do mosteiro ganhou as cortes de toda Europa. E os pedidos para ingressar no Mosteiro de Chelles começaram a chegar de todos os lugares. Eram dezenas e mais dezenas de mulheres que queriam seguir o exemplo de humildade da abadessa Bertila, abandonando a nobreza para dedicar a vida à penitencia, oração e caridade, aos pobres e doentes abandonados. Assim, no Mosteiro de Chelles, ingressaram várias princesas e rainhas. Até mesmo a sua fundadora, rainha Batildes, que, influenciada pela jovem abadessa, trocou a coroa pelo hábito beneditino. Santa incansável, páscoa e lembrança A incansável Santa Bertila, como era chamada por todos ainda em vida, dirigiu a instituição por quarenta e seis anos, até morrer em 5 de novembro de 705. O seu corpo foi sepultado no cemitério do mosteiro, local que logo se tornou rota de peregrinação dos fiéis, desejosos de agradecer a intercessão da querida santa. Mais tarde, o culto foi confirmado pela Igreja, e também a festa de Santa Bertila, que ocorre no dia de sua morte. As suas relíquias, hoje, estão guardadas na bela Catedral de Chelles. Santa Bertila, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 05 de novembro Em Cesareia da Palestina, São Donino, mártir, que, ainda jovem médico, no início da perseguição de Diocleciano foi condenado ao trabalho nas minas de Mísmiya, onde, depois de sofrer cruéis vexações, foi lançado ao fogo por ordem do prefeito Urbano, no ano quinto da perseguição, por permanecer firme na confissão da fé. († 307)  Também em Cesareia da Palestina, a comemoração dos santos Teótimo, Filoteu e Timóteo, mártires, que, sendo ainda jovens, foram condenados aos jogos de circo para diversão da plebe e depois, com Santo Auxêncio, já ancião, lançados às feras. († 307) Na Apúlia, região da Itália, São Marcos, bispo de Ecano. († c. s. IV) Em Tréveris, na Renânia da Austrásia, actualmente na Alemanha, São Fibício, bispo. († c. 450) Na Bretanha Menor, actualmente na França, São Guetnoco, venerado como irmão dos santos Vinvaleu e Jacuto. († s. VI) Em Beziers, na Gália Narbonense, igualmente na França, São Geraldo, bispo, homem de admirável honradez e simplicidade, que, sendo cónego regular, foi constrangido a aceitar o episcopado, em cuja dignidade se mostrou ainda mais humilde. († 1123) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, o Beato Gómidas Keumurgian (Cosme de Carboniano), presbítero e mártir, que, sendo pai de família, nascido e ordenado na Igreja da Arménia, por se manter firme na confissão e propagação da fé católica professada no Concílio de Calcedónia, sofreu muitas tribulações e finalmente foi degolado enquanto recitava o Símbolo niceno. († 1707) Perto do rio Hung Yen, no Tonquim, hoje no Vietnam, São Domingos Mâu, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, na perseguição do imperador Tu Duc, por mostrar publicamente a coroa do Rosário e exortar os cristãos à profissão da fé, foi conduzido ao suplício da decapitação, orando com as mãos juntas como quem sobe ao altar. († 1858) Em Parma, na Itália, São Guido Maria Confórti, bispo, que, como bom pastor, velou sempre pela defesa da Igreja e da fé do seu povo e, movido pela solicitude da evangelização dos povos, fundou a Pia Sociedade de São Francisco Xavier. († 1931) Em Madrid, na Espanha, o Beato João António Burró Más, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que, por causa do seu testemunho evangélico, foi assassinado durante a perseguição contra a Igreja. († 1936) Em El Saler, localidade próxima de Valência, também na Espanha, a Beata Maria do Carmo Viel Ferrando, virgem e mártir, que na mesma perseguição consumou o combate glorioso. († 1936) Na fortaleza de Hof, na Alemanha, o Beato Bernardo Lichtenberg, presbítero e mártir, que, ao ver ofendida a dignidade de Deus e dos homens, orava publicamente pelos judeus desumanamente torturados e detidos; por isso foi enviado para o campo de concentração de Dachau e, durante a viagem para o cativeiro, foi barbaramente oprimido por iníquas vexações e morreu corajosamente por Cristo. († 1943) No campo de concentração da cidade de Abez, na Sibéria, província da Rússia, o Beato Gregório Lakota, bispo de Przemysl e mártir, que, durante a ignóbil perseguição contra a fé cristã na sua pátria, superando os tormentos corporais, morreu intrepidamente por Cristo. († 1950) Fonte: Arquisp.org.br paulinas.org.br Martirológio Romano – Pesquisa e Redação: Leonardo Girotto