Santos

Santo André, o Apóstolo

Origens Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus. De início, foi discípulo de João Batista, até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e, com São João, começou a segui-Lo. Santo André é reconhecido pela Liturgia como o "Protocleto", ou seja, o primeiro a ser chamado: "Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!". O Abandono e o Seguimento de Cristo A Liturgia conta que, quando Jesus se apresentou pela segunda vez na região do Jordão, onde João Batista batizava, ele exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus”. "No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus’" (João 1,35-36). André e João, ouvindo essas palavras, decidiram deixar tudo para seguir Cristo. Evangelho Santo André expressa-se no Evangelho como "ponte do Salvador", porque é ele quem se coloca entre seu irmão Simão e Jesus. "Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)” (João 1,41). Santo André: a ponte do Salvador O Chamado de Jesus Segundo a narrativa de São João, este foi o primeiro encontro de André com Jesus. Entretanto, André e Pedro não ficaram definitivamente com o Senhor, voltando às suas ocupações de pescadores. Dias depois, Jesus passava pelo Lago de Tiberíades e avistando os irmãos pediu que eles O seguissem. "Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: ‘Vinde após mim e vos farei pescadores de homens’" (Mateus 4,18-19). Deu-se, a partir dessas palavras, o chamamento oficial de André como apóstolo junto com seu irmão Pedro. Apóstolo Discreto Poucas menções foram registradas no Evangelho sobre Santo André. A primeira delas é a multiplicação dos pães e peixes. Jesus interpela Filipe sobre a possibilidade de alimentar uma grande multidão, e André intervém dizendo: "Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes (...) mas que é isto para tanta gente?" (João 6,9). Pregador do Evangelho no mundo afora Evangelizador na região dos mares Cáspio e Negro Conta a tradição que, depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro, a fim de pregar o Evangelho pelo mundo afora. Páscoa Apóstolo da coragem e da alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X por volta do ano 60, a qual recebeu do santo este elogio: "Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!". Minha oração “Em forma de X foste testemunha de nosso Senhor e Salvador, que nós também possamos dar testemunho ao nosso modo de todo o coração. Perpetuai a fé cristã nos lugares mais remotos e divergentes, aumentai a fé naqueles que estão enfraquecidos e renovai os costumes cristãos. Amém.” Santo André Apóstolo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 30 de novembro Em Milão, Itália, São Mirocletes, bispo, que Santo Ambrósio menciona entre os bispos fiéis que o precederam. († d. 314) Na Bretanha Menor, na França, São Tudual, apelidado Pabu, abade e bispo, que construiu um mosteiro no território de Tréguier. († s. VI) No monte Siépi, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, São Galgano Guidotti, eremita. († 1181) Em Montpellier, na Provença, atualmente na França, o Beato João de Vercelas Garbella, presbítero, mestre geral da Ordem dos Pregadores. († 1283) Em Ratisbona, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Frederico, religioso da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († 1329) Em Lanceston, na Inglaterra, São Cutberto Mayne, presbítero e mártir. († 1577) Em York, Inglaterra, o Beato Alexandre Crow, presbítero e mártir. († 1586) Em Quixan, localidade do Sichuan, província da China, São Tadeu Liu Ruiting, presbítero e mártir. († 1823) Em Hué, no Anam, agora no Vietnam, São José Marchand, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir. († 1875) Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, o Beato Miguel Francisco Ruedas Mejias e seis companheiros, mártires, religiosos da Ordem de São João de Deus.(† 1936) Em Valência,na Espanha, o Beato José Otin Aquilué, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, os beatos Agostinho Renedo Martino, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e quarenta e nove companheiros mártires. († 1936) Perto de Munique, na Baviera, região da Alemanha, no campo de concentração de Dachau, o Beato Luís Roque Gientyngier, presbítero e mártir. († 1941) Fonte: Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C. Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Francisco Antônio Fasani, verdadeiro “ministro” franciscano

Origens São Francisco Antônio Fasani nasceu em Lucera, na Itália, em 6 de agosto de 1681. Seu nome de batismo era Giovanniello. Seus pais, Giuseppe Fasani e Isabella Della Monaca, tiveram a alegria de vê-lo crescer dotado de promissores dons morais e intelectuais. Ordem dos Frades Menores Conventuais Seus estudos tiveram início no convento franciscano dos Frades Menores Conventuais de Lucera; onde a compreensão sobre sua vocação tornou-se mais clara. Demonstrando o desejo de seguir a vida apostólica e evangélica, assim que entrou para a Ordem dos Frades Menores Conventuais, assumiu os nomes dos santos Francisco e Antônio. Grande Estudioso Em 1696, o jovem Francisco emitiu seus votos, assim completando os estudos das artes liberais; e continuou os estudos filosóficos nos seminários de sua província religiosa. Em seguida, começou os estudos teológicos em Agnone e os continuou no Centro de Estudos Gerais em Assis, próximo ao túmulo de São Francisco. Foi lá que Francisco recebeu sua ordenação sacerdotal em 1705. Em 1707, doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial. São Francisco Antônio Fasani: o modelo perfeito de sacerdote e pastor de almas Modelo São Francisco Antônio apresenta-se a nós, de modo especial, como modelo perfeito de sacerdote e pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, em Lucera e também nos territórios ao redor, dedicou-se as mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal. Amigo do Povo Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o "Pai Mestre". São Francisco Antônio Fasani era servo de todos os Frades Verdadeiro "ministro" Como religioso, foi um verdadeiro "ministro" no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida. Páscoa Acometido por uma enfermidade, ele queria oferecer sua morte ao Senhor com um espírito de alegria com a mesma expressão que dedicou toda a sua vida a Ele. Morreu em 29 de novembro de 1742. Seu corpo foi enterrado na igreja de São Francisco, após rituais fúnebres nos quais toda Lucera participou com o grito: "Nosso santo Padre Maestro morreu!". Via de Santificação "Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações", afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Francisco Antônio Fasani. As testemunhas de seu processo canônico, por sua santidade, nos asseguram que Deus recompensou todo o zelo apostólico de São Francisco Antônio Fasani com abundantes frutos de conversão e uma vida cristã renovada entre os fiéis. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado em 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Minha oração “Querido frade, através dos sagrados votos de castidade, obediência e pobreza, pudeste alcançar a santidade. Que, da mesma maneira, sigamos esses conselhos evangélicos e nos tornemos amigos íntimos de Jesus, Nosso Senhor, amém.” São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 29 de novembro  Em Roma, no cemitério de Trasão, junto à Via Salária Nova, São Saturnino de Cartago, mártir. († c. 250) Em Toulouse, na Gália Narbonense, na atual França, a comemoração de São Saturnino, bispo e mártir. († c. 250) Em Ancira, na Galácia, hoje Ancara, na Turquia, São Filomeno, mártir. († s. III) Em Tódi, na Úmbria, região da hodierna Itália, Santa Iluminada, virgem. († c. s. IV) Em Batnan, no Osroene, na hodierna Turquia, São Tiago, bispo de Sarug. († 521) Em Deventer, na Frísia, na atual Holanda, a trasladação de São Ratbodo, bispo de Utrecht. († 918) Em York, na Inglaterra, o Beato Eduardo Burden, presbítero e mártir. († 1588) Na mesma cidade de York, oito anos depois, os beatos Jorge Errington, Guilherme Gibson e Guilherme Knight, mártires. († 1596) Em Aceh, ilha de Sumatra, na atual Indonésia, os beatos mártires Dionísio da Natividade , presbítero, e Redento da Cruz, religiosos da Ordem dos Carmelitas Descalços. († 1638) Em Valladolid, na Espanha, o Beato Bernardo Francisco de Hoyos, presbítero da Companhia de Jesus. († 1735) Em Roma, a Beata Maria Madalena da Encarnação, virgem, fundadora do Instituto das Irmãs da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento. († 1824)  Em El Saler, localidade próxima de Valência, na Espanha, o Beato Alfredo Simão Colomina, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Catarina Labouré e a Medalha de Nossa Senhora das Graças

Origens Santa Catarina Labouré nasceu em Fain-lès-Moutiers, uma aldeia de Borgonha, na França, em 2 de maio de 1806. Seu pai era Pedro Labouré, e sua mãe Luísa Madalena Gontard. Catarina era a nona filha do casal. Moravam no campo, tinham amor ao trabalho e à simplicidade de vida. Um desejo latente Sua mãe faleceu aos 46 anos, quando Catarina tinha 9 anos de idade. Com a morte da mãe, assumiu com empenho a maternidade e a educação dos irmãos. Alimentava, em seu coração, o ardente desejo de ver Nossa Senhora, pedido esse constante em suas orações. Compreensão do seu chamado Um dia, dirigindo-se à Casa das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, nota na parede da sala de visitas uma fotografia do sacerdote que ela via em seus sonhos. Uma irmã lhe explicou: “É o nosso pai, São Vicente de Paulo”. Catarina compreende que ela seria Filha da Caridade. Noviciado Em 21 de abril de 1830, Catarina entra no noviciado das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris, após seu pai lhe dar permissão para sair de casa. Aparição da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré  O Mistério de Deus Aconteceu que, em 19 de julho de 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começou a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição. Por isso descreveu Catarina: "A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até a cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mais pedem." A medalha de Nossa Senhora das Graças Nossa Senhora apareceu, por três vezes, a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: "Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás de ouvir a minha voz em tuas orações". No fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada por todo o mundo. Santa Catarina Labouré foi silenciosa e fervorosa a Deus em sua humildade O Convento Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal dessa aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854. Desconhecida Santa Como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento e na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida. Páscoa Santa Catarina Labouré entrou no Céu, em 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.  Via de Santificação Em 1933, foi beatificada pelo Papa Pio XI. Por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se que estava perfeitamente conservado, até seus olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal sob o altar das aparições. Em 1947, foi canonizada pelo Papa Pio XII. A Prodigiosa Medalha de Nossa Senhora das Graças Como disse sua santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha "desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e, sobretudo, conversões, que a voz unânime do povo a chamou, desde logo, medalha milagrosa". Essa devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina, que muito bem soube relacionar-se com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças. Minha oração “Humilde serva de Maria, divulgadora das tuas mensagens e devoção, que assim como a ti também nos tornemos verdadeiros devotos e divulgadores do amor a Virgem Santíssima. Assim como tu, através dessa espiritualidade, sejamos santos como o Senhor nos quer. Amém.” Santa Catarina Labouré, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 28 de novembro Em Sebaste, na Armênia, hoje Sivas, na Turquia, Santo Irenarco, mártir. († s. IV) Na África Proconsular, no território da atual Líbia e Tunísia, a comemoração dos santos mártires Papiniano, bispo de Vita, e Mansueto, bispo de Urúsi. No mesmo tempo, outros santos bispos – Urbano de Girba, Crescente de Bizácio, Habetdeus de Teudáli, Eustrácio de Sufes, Crescónio de Oea, Vicis de Sábatra e Félix de Hadrumeto.  Depois, no tempo de Hunerico, filho de Genserico, Hortulano de Benefa e Florenciano de Midila. († c. 453-460) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo Estêvão o Jovem, monge e mártir. († 764) Perto de Rossano, na Calábria, região da Itália, Santa Teodora, abadessa, discípula de São Nilo o Jovem e mestra de vida monástica. († 980) Em Nápoles, na Campânia, também região da Itália, o sepultamento de São Tiago da Marca, presbítero da Ordem dos Menores. († 1476) Em York, na Inglaterra, o Beato Jaime Thomson, presbítero e mártir. († 1582) No território de Kham Duong, no Anam, hoje no Vietnam, Santo André Tran Van Trong, mártir. († 1835)  Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, o Beato João Jesus , presbítero, e catorze companheiros, mártires, religiosos da Ordem de São João de Deus. († 1936) Também em Paracuellos del Jarama, os beatos mártires Avelino Rodríguez Alonso, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e dezanove companheiros mártires. († 1936) Também em Paracuellos de Jarama, os beatos Francisco Estevão Lacal e Vicente Blanco Guadilla, presbíteros da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, e onze companheiros, mártires. († 1936) Em Picadero de Paterna, no território de Valência, também na Espanha, o Beato Luís Campos Górriz, mártir. († 1936) Fonte: Devocionário a Nossa Senhora das Graças – Editora Canção Nova Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa

Origens A devoção a Nossa Senhora das Graças teve início, em 1830, com as aparições da Virgem Maria à piedosa e humilde Santa Catarina Labouré, na época freira do convento das Filhas da Caridade. Ao todo, foram três aparições que aconteceram no convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, na França. Primeira Aparição A primeira aparição aconteceu na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, onde Nossa Senhora revela a Santa Catarina grandes calamidades e perseguições que aconteceriam na França. Segunda Aparição A segunda aparição aconteceu no dia 27 de novembro de 1830. A Santíssima Virgem aparece vestida de seda branca, um véu branco desce até a barra de seu vestido. Seus pés estão apoiados sobre a metade de um globo e esmagam uma serpente. Suas mãos estão erguidas à altura do peito e seguram um globo de ouro com uma cruz em cima. Seus olhos estão voltados para o céu. Nossa Senhora apareceu-lhe mostrando nos dedos anéis incrustados de belíssimas pedras preciosas, “lançando raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro”.  “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós” Logo após, formou-se em torno da Virgem um quadro oval no alto, na qual estavam escritas em letras de ouro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta foi a prova do Céu de que Nossa Senhora é imaculada e concebida sem o pecado original. Medalha Milagrosa A Virgem mandou que fossem cunhadas medalhas, conforme as visões concedidas a Santa Catarina. A devoção a Nossa Senhora das Graças e a “Medalha Milagrosa”, como ficou popularmente conhecida entre os povos, espalhou-se rapidamente, bem como os milagres e prodígios, conforme prometeu a Virgem Maria àqueles que usarem devotamente a sua medalha: “Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças”. Com a aprovação eclesiástica, as medalhas foram confeccionadas e distribuídas, inicialmente na França, e mais tarde pelo mundo todo. Verso da Medalha Após alguns instantes, o quadro se vira. Sobre o reverso, Catarina vê a letra “M” com uma cruz sobreposta e embaixo dois corações: o da esquerda cercado de espinhos e o da direita transpassado por uma espada. Doze estrelas distribuídas em forma oval cercam esse conjunto. Terceira Aparição Em dezembro de 1830, a Virgem Maria aparece pela terceira vez, apresentando a Santa Catarina os mesmos raios luminosos, dessa vez junto ao tabernáculo, e lhe confirma sua missão de cunhar a medalha. Nossa Senhora das Graças é invocada em todo o mundo O Dogma Desde o ano de 1830, a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós” é pronunciada várias vezes por cristãos no mundo todo. Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição. A Festa Em 1894, Papa Leão XIII concede a todas as Dioceses da França a festa na Manifestação da Virgem Imaculada, chamada de “Medalha Milagrosa”, a ser celebrada no dia 27 de novembro. Em julho de 1897, Papa Leão XIII, por meio de seu legado, coroou solenemente a imagem da Medalha Milagrosa. Devoção A devoção a Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa está presente no mundo inteiro devido à propagação da devoção realizada pelos Padres Lazaristas, pelas Filhas da Caridade e por toda a Família Vicentina. Oração a Nossa Senhora das Graças: Sim, ó Virgem Santa, não esqueçais as tristezas dessa terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, exílio ou morte. Tende piedade dos que choram, dos que suplicam, e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, a minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa! Amém. Minha oração “ Ó Mãe querida, nos cuide e nos proteja das doenças, da violência, da miséria física e espiritual. Sede nossa Senhora em tudo o que temos e somos, porque a ti confiamos a nossa vida, sabendo que de ti não somos decepcionados, mas sempre vistos como filhos queridos. Amém.” Nossa Senhora das Graças, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 27 de novembro Junto ao rio Cea, na Galécia, hoje na Espanha, os santos Facundo e Primitivo, mártires. († s. IV) Em Grumento, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Lavério, mártir. († s. IV) Em Aquileia, na Venécia, agora no Friúli, também região da Itália, São Valeriano, bispo. († 388) Na antiga Pérsia, São Tiago, denominado Interciso, mártir. († c. 420) Em Riez, na Provença, actualmente na França, São Máximo, que foi abade do mosteiro de Lérins, sucedendo a Santo Honorato, o fundador deste cenóbio, e depois foi bispo de Riez. († d. 455) No território de Blois, na Gália, na atual França, Santo Eusício, solitário. († 542) Em Carpentras, na Provença, também na actual França, São Sifrido, bispo. († s. VI) Em Noyon, cidade da Gália, igualmente na hodierna França, Santo Acário, bispo. († 640) Em Mogúncia, na Renânia da Austrásia, na atual Alemanha, Santa Bililde, virgem, que fundou um cenóbio no qual morreu santamente. († s. VIII in.) Na Escócia, São Fergusto, bispo, que, segundo a tradição, exerceu o ministério entre os Pictos. († a. 721) Em Salzburgo, na Baviera, na hodierna Áustria, São Virgílio, bispo. († 784) Em Beauvoir-sur-Mer, localidade do litoral da França, no território de Nantes, na Bretanha Menor, São Gulstano, monge. († c. 1040) Em L’Áquila, na região dos Vestinos, hoje nos Abruzos, região da Itália, o Beato Bernardino de Fossa , presbítero da Ordem dos Menores. († 1503) Em Nagasaki, no Japão, os beatos Tomás Koteda Kiuni e dez companheiros, mártires.  († 1619) No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Bronislau Kostowski, mártir. († 1942) Fonte: Devocionário a Nossa Senhora das Graças - Editora Canção Nova Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Leonardo de Porto Maurício, padroeiro dos sacerdotes

Origens São Leonardo, o grande missionário do século XVIII, como lhe chamou Santo Afonso Maria de Ligório, nasceu em Porto Maurício, perto de Gênova, Itália, em 20 de dezembro de 1676. Aconteceu que Leonardo perdeu muito cedo sua mãe, tendo sido criado e educado pelo seu tio.  Vocação Encontrou cedo  sua vocação ao sacerdócio, por isso, ao renunciar a si mesmo, foi para Roma formar-se no Colégio da Companhia de Jesus. Por causa da sua inocência e sólida virtude, conquistou a simpatia e a alta consideração de seus superiores, que nele viam outro angélico Luís Gonzaga. Entrou para a Ordem Franciscana, no Convento de São Boaventura; e com 26 anos já era padre. Vivenciou a riqueza do Evangelho Começou a vivenciar toda a riqueza do Evangelho e a radicalidade típica dos imitadores de Francisco, por isso, ocupou posições cada vez maiores no serviço à Ordem, à Igreja e para com todos. Foi devoto da Virgem Maria, que lhe salvou a vida num tempo de incurável doença (tuberculose). São Leonardo era devotíssimo do Sagrado Coração de Jesus na forma da adoração ao Jesus Eucarístico. São Leonardo de Porto Maurício: grande apóstolo do exercício da Via-Sacra Grande Franciscano No século XVIII, foi o grande apóstolo do santo exercício da Via-Sacra. Era um grande amante da pobreza radical e franciscana. Por toda vida, penitências e orações de São Leonardo convergiam para a salvação das almas.  Admirável Pregador Era tal a unção, a caridade ardente e o entusiasmo, que repassavam em suas pregações, que o célebre orador Bapherini, encanecido já no exercício da palavra, sendo enviado por Clemente XII a ouvir os sermões de Leonardo para, depois, o informar a este respeito, desempenhou-se da sua missão dizendo "que nunca ouvira pregador mais arrebatador, que o efeito de seus discursos era irresistível, que ele próprio não pudera reter as lágrimas". São Leonardo era digno sucessor de Santo Antônio de Lisboa, de São Bernardino de Sena e de São João Capistrano. O próprio Pontífice Bento XIV quis ouvir o famoso missionário, e para isso chamou-o a Roma. Em 1749, a fim de preparar os fiéis para o Ano Santo.  Páscoa Depois de derramar-se por Deus e pelos outros, São Leonardo de Porto Maurício não se tornou mártir, como tão desejava. Entretanto, deu toda sua vida no dia a dia até adoecer e entrar no Céu, a 26 de novembro de 1751, no Convento de São Boaventura, em Roma. Faleceu onde, 54 anos antes, consagrara-se ao Senhor sob o burel de São Francisco. São Leonardo de Porto Maurício deixou grandioso legado Escritos Não se limitou apenas à pregação o ilustre missionário de Porto Maurício, pois deixou uma vasta coleção de escritos, publicados, a princípio, isoladamente, e reunidos depois numa grande edição, que prolonga no futuro a sua prodigiosa ação missionária. Escreveu não apenas para dentro das fronteiras da Itália, mas cujo âmbito é todo o mundo civilizado, pelas traduções feitas em quase todas as línguas cultas. Esses escritos constituem, em geral, um rico tesouro de verdades ascéticas e ensinamentos morais e homileticos. Via de Santificação São Leonardo de Porto Maurício foi beatificado, em 19 de março de 1796. Sua canonização foi em 29 de junho de 1867, durante o pontificado do Papa Pio IX, que era muito devoto do santo. Em 1923, Pio XI o proclamou Padroeiro dos sacerdotes, que, em qualquer parte da terra, se consagram às missões populares católicas. Minha oração “Modelo de sacerdote e padroeiro, te pedimos mais e melhores servos para a vinha do Senhor. Que sejam homens de coragem e sabedoria, mas, acima de tudo, saibam pastorear cada fiel levando-os para a presença de Cristo. Amém.” São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 26 de novembro Em Roma, no cemitério de Priscila, junto à Via Salária Nova, São Sirício, papa. († 399) Em Adrianópolis, na atual Turquia, Santo Alípio, diácono e estilita. († d. 610) Em Konstanz, na Suábia, em território da atual Alemanha, São Conrado, bispo.(† 975) Em Lacedemónia, no Peloponeso, território da Grécia, São Nicão, monge. († 998) Na floresta próxima de Fratta,  hoje no Vêneto, Itália, a paixão de São Belino, bispo de Pádua e mártir. († 1147) No mosteiro dos Cónegos Regrantes de Sixt, na Savóia, território da França, o Beato Pôncio de Faucigny, que foi abade de Abondance. († 1178) Perto de Fabriano, nas Marcas, região da Itália, São Silvestre Gozzolíni, abade, que lançou as bases da Congregação dos Silvestrinos, sob a regra de São Bento. († 1267) Em Apt, na Provença, região da França, a Beata Delfina, esposa de Santo Eleázar de Sabran. († 1358/1360) Em York, na Inglaterra, os beatos mártires Hugo Taylor, presbítero, e Marmaduco Bowes. († 1585) Em Bisignano, na Calábria, região da Itália, Santo Humilde (Lucas António) Pirozzo, religioso da Ordem dos Frades Menores. († 1637) Em Roma, no convento de São Boaventura, no Palatino, São Leonardo de Porto Maurício, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1751) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, hoje no Vietnam, os santos Tomás Dinh Viet Du e Domingos Hguyen VanXuyên, presbíteros da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1839) Em Bassano, na Itália, a Beata Caetana Stérni, religiosa, que, fundou a Congregação das Irmãs da Vontade Divina.(† 1889) Em Roma, o Beato Tiago Alberione, presbítero, que fundou a Congregação da Pia Sociedade de São Paulo Apóstolo. († 1971) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Catarina de Alexandria, padroeira dos filósofos

Origens Santa Catarina de Alexandria nasceu no ano 287, em Alexandria, onde recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, venerada pela Igreja Ortodoxa como uma grande mártir, e na Igreja Católica é reverenciada como um dos catorze Santos Auxiliadores. Juventude Diz a lenda que o pai era Costes, rei de Alexandria. Aos 17 anos, Catarina era a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império. Essa sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente. Alma Orgulhosa "Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado", disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. "Gostas tu d'Ele?", perguntou Maria. -"Oh, sim". -"E tu, Jesus, gostas dela?" -"Não gosto, é muito feia". Catarina foi logo ter com Ananias: "Ele acha que sou feia", disse chorando. -"Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada", respondeu o eremita.  Santa Catarina de Alexandria: padroeira dos estudantes, filósofos e professores O Casamento Místico de Santa Catarina Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disso, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isso que se ficou chamando, desde então, o "casamento místico de Santa Catarina". Apresentação diante o Imperador Maximino Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maximino, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã.  Conversão de Filósofos Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maximino reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província, que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isso tudo para a infelicidade do terrível imperador. Santa Catarina de Alexandria: Provada na dor e Aprovada por Deus no Martírio  Páscoa Maximino mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, o ajudante de campo Porfírio e os duzentos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte desses, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305. Historiadores contam que o corpo de Santa Catarina foi levado pelos anjos ao Monte Sinai, onde, anos mais tarde, em honra à mártir, foi construído o Mosteiro de Santa Catarina por ordem do imperador bizantino Justiniano I. Via de Santificação Considerada padroeira dos estudantes, filósofos e professores, o culto a Santa estendeu-se por todo o mundo. A Universidade de Paris escolheu a santa como padroeira, e no Brasil é considerada padroeira do Estado de Santa Catarina. A festa em honra a Santa Catarina foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334). Minha oração “Com grande intelectualidade e sabedoria, soubeste amar e servir a Deus através desses dons da graça divina, fortaleça em nós as mesmas dádivas e nos ensine abrir novos caminhos no campo das ciências e tecnologias, mas acima de tudo sirvamos a Deus como Ele deseja. Amém.” Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 25 de novembro Em Cesareia, na Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, São Mercúrio, mártir. († data inc.) Em Roma, a comemoração de São Moisés, presbítero e mártir. († 251) Em Alexandria, no Egipto, São Pedro, bispo e mártir. Com ele se comemoram três bispos egípcios – Hesíquio, Pacómio e Teodoro – e muitos outros mártires na mesma perseguição. († 305-311) Na Numídia, em território da atual Argélia, São Márculo, bispo, que, segundo a tradição, morreu mártir no tempo do imperador Constante. († 347) No território de Agen, na Aquitânia, atualmente na França, São Maurino, mártir. († s. VI) No território de Valence, na Gália, também na hodierna França, a Beata Beatriz de Ornacieux, virgem da Ordem Cartusiana. († 1303/1309) Em Reute, na Suábia, em território da atual Alemanha, a Beata Isabel Achler, apelidada a Boa, virgem, que, vivendo como reclusa na Ordem Terceira Regular de São Francisco. († 1480) Em Seul, na Coreia, São Pedro Yi Ho-yong, mártir, que, sendo catequista, foi capturado pelas milícias, juntamente com sua irmã Santa Águeda Yi So-sa. († 1838) Em Puebla de Híjar, localidade próxima de Teruel, na Espanha, o Beato Jacinto Serrano López, da Ordem dos Pregadores e mártir. Com ele comemora-se o beato mártir Tiago Meseguer Burillo, presbítero da mesma Ordem. († 1936) Fonte: Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C Martirológio Romano Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires

Origens Memória dos santos André Dung Lac, presbítero e companheiros mártires. Numa celebração comum, veneram-se os 117 missionários que sofreram o martírio no Tonquim, Anam e Cochinchina, regiões da Ásia, do atual Vietnã. Entre eles, há oito bispos, muitos presbíteros e um ingente número de fiéis de ambos os sexos e de todas as condições e idades. Estes abraçaram seu desterro, os cárceres, os tormentos, enfim, os mais cruéis suplícios, por recusarem calcar a cruz e abjurar da fé cristã. A Chegada do Cristianismo no Vietnã O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI, por obra do padre Alexandre Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja asiática”, ainda dividida em três regiões: Tonquim, Aname e Cochinchina. Em 1645, foi expulso do país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos cristãos tornou-se cada vez mais difícil, por causa das sucessivas ondas de perseguições, que se alternavam com breves períodos de paz. A vida do Santo André Dung-Lac  Santo André Dung-Lac Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que, para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados de um catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de André. Este futuro mártir foi ordenado sacerdote. Em 1823, tornou-se vice-pároco, em Dongchuan, onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples, assistência assídua aos pobres e sobriedade em tudo.  A Primeira Prisão Em 1833, após a celebração da Missa, Santo André Dung-Lac foi preso pela primeira vez pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de uma alta soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de Dung para Lac, para chamar menos atenção. Assim, arriscou evangelizar as populações das províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn. O Chamado para o Martírio No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão Pedro. Assim, começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor queria que ele banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por isso, pediu ao Bispo para não pagar por sua libertação.  Páscoa Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes foram obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, ajoelharam-se e a beijaram. Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte: ambos foram justiçados com a decapitação, em dia 21 de dezembro, na periferia da cidade, no portão de Cau-Giay. A Via de Santificação dos Mártires no Vietnã Editais contra os Cristãos De 1645 a 1886, os editais contra os cristãos, no Vietnã, foram 53, causando a morte de 113 mil fiéis. Diante da firmeza da sua fé, a monarquia vietnamita determinou a sua dispersão e confisco dos bens.  Grupos Beatificados O primeiro grupo de 64 mártires foi beatificado por Leão XIII, em 1900; depois, Pio X beatificou outros três grupos, entre os quais alguns Dominicanos: dois em 1906 e o outro em 1909. Por fim, Pio XII beatificou o quinto grupo em 1951. Com um Decreto, datado de 1986, a Igreja reuniu todos estes grupos distintos em um único, composto de 117 mártires - entre sacerdotes, religiosos e leigos – que foram canonizados por São João Paulo II, em 1990.  O Líder do Grupo: André Dung- Lac O líder deste grande grupo foi Santo André Dung-Lac, que, provavelmente, era o mais conhecido. Entre os 117 mártires, 96 eram de nacionalidade vietnamita, 11 espanhóis da Ordem dos Pregadores e 10 franceses da Sociedade de Missões Estrangeiras de Paris. A Comemoração de hoje nos faz refletir sobre a união em favor da fé A Data Essa data demonstra a grande força da união comunitária em favor da fé. O exemplo dos primeiros mártires estimulou os conseguintes a fazerem o mesmo entregando suas vidas em oferta de oblação, em testemunho de fidelidade a Jesus até a morte. Isso marca o trabalho catequético e a experiência religiosa desse grupo que não se preocupou com aquilo que passa, mas preferiu abraçar as coisas que não passam. Nota-se, então, até que ponto pode chegar uma comunidade de fé reunida em torno amor a Jesus, ela é capaz do martírio.  Minha oração “ Nossos companheiros mártires, rogamos a vossa fortaleza nos momentos mais intensos de tentação e apostasia da fé. Pedimos que nos preparem nesta vida para as moradas eternas onde viveremos felizes para sempre junto a Jesus. Amém.” Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 24 de novembro Em Aquileia, na Venécia, no atual Friúli, região da Itália, a comemoração de São Crisógono, mártir, que é celebrado em Roma no dia do aniversário da dedicação da igreja cujo título tem o seu nome. († s. IV in.) Em Amélia, na Úmbria, região da Itália, Santa Firmina, mártir. († c. s. IV) Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, também região da Itália, São Protásio, bispo. († c. 356) Na cidadela de Blaye, próxima de Bordéus, na Aquitânia, atualmente na França, São Romão, presbítero. († c. 380) Em Cloyne, na Irlanda, São Colmano, bispo. († 604-608) No território Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, São Porciano, abade. († d. 532) Em Córdova, na Andaluzia, região da atual Espanha, as santas Flora e Maria, virgens e mártires. († 851) Em Reims, na França, a paixão de Santo Alberto de Lovaina, bispo de Liège e mártir. († 1192) No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, região da Itália, o Beato Bálsamo, abade. († 1232) Em Dong Hoi, cidade do Anam, no atual Vietnam, os santos Pedro Dumoulin-Borie, bispo, da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, Pedro Vo Dang Khoa e Vicente Hguyen The Diem, presbíteros. († 1838) Em Milão, na Itália, a Beata Maria Ana Sala, virgem da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina. († 1891) Em Picadero de Paterna, no território de Valência, região da Espanha, as beatas Niceta da Santa Prudência e companheiras, virgens do Instituto das Irmãs Carmelitas da Caridade e mártires. († 1936)  Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, também na Espanha, o Beato Félix Alonso Muñiz, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Clemente I, o quarto Papa da Igreja Católica

Origens São Clemente I é o terceiro sucessor de São Pedro como Bispo de Roma, depois de Lino e Anacleto. São Paulo o nomeia na Carta aos Filipenses: “Peço-vos que auxilieis também aqueles que, como Clemente e outros, comigo labutaram pelo Evangelho, cujos nomes estão escritos no livro da vida”. Com muito empenho, São Clemente regeu a Igreja de Roma dos anos 88 até 97. Pontificado São Clemente é conhecido na história da Igreja por uma Carta que se sobressai em seu pontificado. Trata-se de um documento de primeira grandeza, fundamental a favor do primado universal do Bispo de Roma: a Carta aos Coríntios. No texto, escrito no ano de 96, Clemente lamenta as adversidades que aconteceram devido à perseguição dos imperadores Domiciano e Nero. Carta de Orientação e Pacificação Perturbada por agitadores presumidos e invejosos, a comunidade cristã de Corinto ameaçava desagregação e ruptura. Com a missão de pacificar a comunidade, São Clemente escreve-lhe uma extensa carta de orientação e pacificação, repassada de energia persuasiva, recomendando humildade, paz e obediência à hierarquia eclesiástica já então definida nos seus diversos graus: Bispos, Presbíteros e Diáconos. São Clemente I, pacificador e autoridade sobre as outras Igrejas Viveu no mesmo tempo do Apóstolo São João Sua intervenção mostra que São Clemente I, para além de Bispo de Roma, sentia-se responsável e com autoridade sobre as outras Igrejas. E saliente-se que, nessa altura, vivia ainda o Apóstolo São João, o que nos permite concluir que o Primado não foi de modo algum uma ideia meramente nascida de circunstâncias favoráveis, mas uma convicção clara logo desde o início. Se assim não fosse, nunca São Clemente teria ousado meter-se onde, por hipótese, não era chamado. João, como Apóstolo de Cristo, era sem dúvida uma figura venerável. Mas era ao Bispo de Roma, como sucessor de São Pedro, que competia o governo da cristandade. Páscoa Uma tradição que remonta ao fim do século IV, afirma que São Clemente terminou sua vida com o martírio. Seu nome ficou incluído no Cânon Romano da Missa. Minha oração “Testemunha fiel de Cristo, desde os inícios perpetuaste a fé dando a tua própria vida, seja nosso auxílio nas crises espirituais e padroeiro da nossa evangelização e manutenção da fé de nossos irmãos e irmãs. Amém.” São Clemente I, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 23 de novembro São Columbano, abade, natural da Irlanda, que fundou o mosteiro de Luxeuil. († 615) Em Roma, no cemitério de Máximo, junto à Via Salária Nova, Santa Felicidade, mártir. († data inc.) Em Chiúsi, na Etrúria, na actual Toscana, região da Itália, Santa Mustíola, mártir.(† data inc.) Em Cízico, no Helesponto, na hodierna Turquia, São Sisínio, bispo e mártir. († s. IV) Em Mérida, cidade da antiga Lusitânia, agora na Espanha, Santa Lucrécia, mártir. († c. s. IV) Em Icónio, na Licaónia, hoje Kónya, na Turquia, Santo Anfilóquio, bispo. († a. 403)  Em Paris, na Gália Lionense, na atual França, São Severino, que, recluído numa cela, se consagrou à divina contemplação. († s. VI) Em Agrigento, na Sicília, região da Itália, São Gregório, bispo. († d. 603) Em Sint-Truiden, localidade que depois tomou o seu nome, no Brabante da Austrásia, hoje na Bélgica, São Trudão, presbítero. († c. 690) Em Alba, no Piemonte, região da Itália, Beata Margarida de Sabóia, que, ao ficar viúva, se consagrou a Deus no mosteiro de religiosas da Ordem dos Pregadores por ela mesma fundado. († 1464) Em Seul, na Coreia, Santa Cecília Yu So-sa, mártir. († 1839) Em Guadalupe, povoação do estado de Zacatecas, no México, o Beato Miguel Agostinho Pró, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1927) Em Madrid, na Espanha, a beata Maria Felicidade Cendoya y Araquistain , virgem da Ordem da Visitação de Santa Maria e mártir.(† 1936) Em Milão, cidade da Itália, a Beata Henriqueta Alfiéri, virgem das Irmãs da Caridade de Santa Joana Antida Thouret. († 1951) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C Martirológio Romano Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Cecília, padroeira dos músicos e cantores

Origens  Santa Cecília era uma nobre jovem romana, foi martirizada por volta do ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I. Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de Trastevere é anterior ao edito de Constantino. Em 313, decretou o domingo como dia ferial; e a festa em sua memória foi celebrada no ano 545. Voto de Virgindade Perpétua A narração do seu martírio está contida na Passio Sanctae Caeciliae, um texto mais literário que histórico caracterizado por uma forte conotação lendária. Segundo a Passio, Santa Cecília era esposa do patrício Valeriano, para quem, no dia do matrimônio, revelou ter-se convertido ao Cristianismo e ter feito o voto de virgindade perpétua, por isso, não poderia viver as relações matrimoniais, além disso, indicou que ele fizesse o mesmo. Valeriano aceitou, então, foi catequizado e batizado pelo Papa Urbano I.  A Prisão dos Irmãos Logo depois, também seu irmão Tibúrcio abraçou a fé cristã. Ambos os irmãos foram presos, por ordem do prefeito Turcio Almachio; após serem torturados, foram decapitados, juntos com Máximo, o oficial encarregado de levá-los ao cárcere; mas que, ao longo do caminho, também se convertera e, por isso, morreu junto a eles. A fé de Santa Cecília venceu a morte  As Frustradas tentativas de Almachio Por conseguinte, Almachio decidiu também matar Santa Cecília. No entanto, ele temia as repercussões por uma execução pública, visto a popularidade da jovem cristã. Então, após tê-la submetido a um julgamento sumário, mandou levá-la para a sua casa, onde foi trancada em uma terma, em altíssima temperatura, simulando uma morte por asfixia. Depois de um dia e uma noite, os guardas a encontraram milagrosamente viva, envolvida em um celeste refrigério. Assim, Almachio mandou decapitá-la. Mas apesar de três golpes violentos na nuca, o algoz não conseguiu cortar sua cabeça.  Páscoa Santa Cecília morreu após três dias de agonia, durante os quais doou todos os seus bens aos pobres, a sua casa à Igreja. Não podendo mais pronunciar sequer uma palavra, continuou a professar a sua fé em Deus, Uno e Trino, apenas com os dedos das mãos. Foi desta forma que o pintor Stefano Maderno a esculpiu na famosa estátua, que ainda se encontra sob o altar central da Basílica a ela dedicada. “A virgem Cecília que trazia sempre em seu coração o Evangelho de Cristo” (Papa Pascoal I) Relíquias A Lenda Áurea, a coletânea medieval de biografias hagiográficas, composta em latim pelo dominicano, Jacopo de Varazze, que conta uma série de elementos narrativos da Passio. Na coletânea, narra que foi o próprio Papa Urbano I, com a ajuda de alguns diáconos, que sepultou o corpo da jovem mártir nas Catacumbas de São Calisto. Foi sepultada em um lugar de honra, perto da cripta dos Papas.  A Transladação das Relíquias No ano 821, o Papa Pascoal I, grande devoto da santa, transladou suas relíquias à cripta da Basílica de Santa Cecília, no bairro romano de Trastevere, edificada em sua memória. Às vésperas do Jubileu de 1600, durante as obras de restauração da Basílica, a pedido do Cardeal Paulo Emílio Sfrondati, foi encontrado o sarcófago, com o corpo da jovem Santa. O corpo estava em ótimo estado de conservação, coberto com um vestido de seda e ouro. Santa Cecília e a Música A conexão com a Música Há uma conexão explícita entre Santa Cecília e a Música, documentada desde a Idade Média tardia. O motivo deve-se a uma errada interpretação, segundo alguns, de um trecho da Passio. Segundo outros, da antífona de entrada da Missa, por ocasião da sua festa, onde se lê: "Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor”. A partir da segunda metade do século XV, em diversos lugares da Europa, a iconografia da Santa começa a proliferar-se e a enriquecer-se de elementos musicais. Obra de Rafael Sanzio O êxtase de Santa Cecília, obra-prima de Rafael Sanzio para a igreja de São João no Monte, em Bolonha, que a representa com uma mão em um órgão móvel e, em seus pés, vários instrumentos musicais. A obra confirma a íntima ligação da mártir romana com a música. Ela já era invocada e celebrada como Padroeira dos músicos e cantores. Foi dedicada a ela a Academia de Música, fundada em Roma em 1584. Exemplo de Entrega total a Jesus Santa Cecília é para a Igreja um grande sinal de fé e pureza, pois ela permaneceu fiel aos seus votos de virgindade mesmo em meio às ameaças contra a sua vida. Escolheu abraçar o martírio do que renunciar seu amor total a Jesus. Torna-se, então, um exemplo de mulher forte na fé, convicta no amor. Portanto, é padroeira da música porque cantou com a vida uma canção de amor a Jesus. Minha oração “Ó querida santa, rogai pelos músicos, para que tenham composições santas, que se inspirem cada dia mais na vida e no testemunho da Igreja de Cristo; e, por meio disso, o nome do Senhor seja anunciado, querido e amado por todos os que rezam através das músicas. Amém.” Santa Cecília, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 22 de novembro  Comemoração de São Filémon de Colossos, na atual Turquia, cujo amor a Jesus Cristo foi causa de alegria para São Paulo; juntamente com ele é venerada sua esposa, Santa Ápia. Em Arbela, na Pérsia, hoje Erbil, no Iraque, Santo Ananias, mártir. († 345) Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Benigno, bispo. († c. 470) Em Autun, na Gália Lionense, na hodierna França, São Pragmácio, bispo. († c. 517) Junto ao rio Zihun, perto de Maras, cidade da Cilícia, no território atual da Turquia, os beatos Salvador Lillo, presbítero da Ordem dos Frades Menores, João, filho de Balzi, e outros seis companheiros naturais da Arménia, mártires.  († 1895) Na localidade de Triora, na Ligúria, região da Itália, o Beato Tomás Réggio, bispo de Gênova. († 1901) Em Teocaltitlan, cidade do México, São Pedro Esqueda Ramírez, presbítero e mártir. († 1927) Em Paterna, cidade da província de Valência, na Espanha, os beatos Elias e Beltrão Francisco, religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Em Orfans, perto de Gerona, também na Espanha, o Beato Fernando Maria, presbítero da Ordem dos Carmelitas e mártir. († 1936) Fonte: Livro ‘Legenda Áurea, Vidas de Santos’ -  Jacopo de Varazze Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Origens  A Festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo recorda, segundo os Evangelhos apócrifos, o dia em que Maria, ainda criança, vai ao templo de Jerusalém para se consagrar a Deus. Ciclo Mariano Depois de ter celebrado a Natividade de Maria Santíssima no dia 8 de setembro e quatro dias depois, dia 12, a Festa do Seu Santíssimo Nome, que lhe foi imposto logo após o seu nascimento. O Ciclo Mariano celebra, neste dia, a Apresentação no templo desta jovem, filha da bênção. A Memória A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado protoevangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém. O Dom de Maria A Igreja não pretende dar realce apenas ao acontecimento histórico, que não existe nos Evangelhos, mas ao dom total da jovem de Nazaré, que, ao ouvir a frase "Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática", se preparou para ser "templo do Filho". Apresentação de Nossa Senhora no Templo: um ato de amor e consagração  Os Manuscritos Os manuscritos não canônicos contam que Joaquim e Ana, por muito tempo, não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou total e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica. Por isso, essa festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar Jesus através daquela que muito bem soube fazer isso com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões: "Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação, criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isso mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente". Um ato de Amor A vida de Maria no Templo foi um profundo ato de amor e consagração de si mesma aos planos do Senhor. A festa da Apresentação de Maria nos leva a pensar em nossa consagração a Deus. A refletir sobre a graça que recebemos por meio de nosso batismo. Amar a Deus e servi-Lo é um compromisso ao qual nenhum cristão pode abrir mão.  Devoção da Beata Maria do Divino Coração A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia. O Mundo Consagrado ao Coração de Maria Concílio Vaticano II Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja. A Festa Neste dia de festa, o “dom” que Maria faz de si a Deus se entrelaça com seu compromisso de viver a vida, animada pela fé, na certeza de que o próprio Deus providenciará tudo (cf. Gn 22). Quando, para o homem, tudo parece impossível, tudo se torna possível para quem acredita em Deus. É preciso, com fé, confiar na intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Nossa Senhora da  Saúde  Neste mesmo dia 21 de novembro celebra-se a festa mais famosa de Maria, Nossa Senhora da Saúde. A festa foi instituída na então República do Vêneto, em 1630, que, depois, se espalhou por toda parte. Esta recorrência e tradição tiveram origem depois da epidemia, que atingiu todo o norte da Itália, entre 1630 e 1631, que também citada por Alessandro Manzoni em "Os Noivos". Além disso, por desejo de Pio XII, a Igreja também celebra, desde 1953, o “Dia das Monjas de Clausura”.  Minha oração “Ó Maria, assim como foste consagrada a Deus, faça de nós homens e mulheres consagrados da mesma forma. Não queremos nos consagrar só a Deus, mas também a ti porque reconhecemos que tu és um caminho perfeito para Cristo Jesus. Amém.” Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 21 de novembro Comemoração de São Rufo, a quem o apóstolo São Paulo, na sua Epístola aos Romanos, chama eleito do Senhor. Em Paréntium, na Ístria, hoje Porec, na Croácia, Santo Amaro, bispo e mártir. († c. s. IV) Em Cesareia da Palestina, Santo Agápio, mártir. († 306) Em Roma, junto de São Pedro, São Gelásio I, papa, ilustre pela sua doutrina e santidade. († 496) Em Cesena, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, região da Itália, Santo Amaro, bispo. († 946) Em Roma, a Beata Maria de Jesus Bom Pastor (Francisca de Siedliska), virgem, que fundou o Instituto das Irmãs da Sagrada Família de Nazaré. († 1902) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova