Santos

Nossa Senhora de Loreto, aberta ao mundo

Origens É uma celebração que recorda um acontecimento sobrenatural: O transporte da Casa de Nazaré (onde Jesus viveu). Trata-se de uma Casa com apenas três paredes, aberta ao mundo e a todas as pessoas. Assim se apresenta a Santa Casa de Nazaré, sob um precioso revestimento de mármore renascentista. Segundo a tradição, foi transportada, "por ministério angélico", em uma rua pública em Loreto. Esta casa terrena, onde a Virgem Maria recebeu o anúncio do Anjo Gabriel e viveu, com Jesus e José, é testemunho do evento mais importante da história: a Encarnação. Pesquisas As pesquisas históricas, arqueológicas e científicas parecem confirmar a sua autenticidade, sancionada, pela primeira vez, em 1310, com a Bula do Papa Clemente V. Estudos recentes demonstram que as pedras do edifício foram elaboradas segundo o uso dos Natabeus, conhecido na Galileia no tempo de Jesus. Especialistas confirmam que os incisos em grafites nestas pedras são claramente de origem judaico-cristã. Além disso, que a argamassa utilizada é desconhecida na construção de edifícios na região italiana das Marcas. Relação aos cruzados Além do mais, cinco cruzes em tecido, pertencente provavelmente aos Cruzados, e alguns restos de um ovo de avestruz, símbolo do mistério da Encarnação, foram encontrados entre os tijolos da construção da Santa Casa, cujo perímetro corresponde perfeitamente com a dimensão dos alicerces que permaneceram em Nazaré. Nossa Senhora de Loreto: as três paredes abertas ao mundo Três paredes Mas por que só três paredes? Com toda a probabilidade, elas faziam parte da Casa da Virgem. A antecâmara em alvenaria, que dava acesso à parte posterior da gruta, escavada na rocha, ainda hoje venerada na Basílica da Anunciação em Nazaré. Muitos continuam a se questionar como tenha acontecido o transporte desta relíquia descoberta. A olho nu, não parece ser reconstruída, apesar do incêndio desastroso de 1921. Aquela catástrofe causou a destruição de parte da decoração pictórica do Santuário e do quadro de madeira original da Senhora Negra. Segundo a tradição, em 1291, após a expulsão dos Cruzados da Palestina, as paredes da Casa de Nazaré foram transportadas, pela primeira vez, à cidade de Ilíria, na atual Croácia. Em seguida, foram transportadas a Loreto, uma pequena cidade no centro da Itália. Narrativa de Teramano Uma crônica de 1465, narrada por Teramano, diz: "... depois que o povo da Galileia e de Nazaré trocou a religião de Cristo por aquela de Maomé, os Anjos tiraram a mencionada igreja daquele lugar e a transportaram para a Eslavônia. Lá, porém, não foi honrada como convinha a Virgem Maria, por isso os Anjos a tiraram daquele lugar e a levaram, por via marítima, até o território de Recanati".  A Hipótese Muitos, hoje, tendem a aceitar a hipótese, avaliada pelo antigo Código Chartularium culisanense, segundo a qual os Anjos da tradição, à qual é atribuído o transporte, se referiam à nobre família bizantina de Épiro, chamada Angeli, que, no século XIII, salvou a venerável igrejinha, via marítima, da fúria dos Sarracenos. No entanto, o perfeito estado de montagem e conservação das pedras manteve viva uma interpretação do transporte, aberta ao sobrenatural. A impressão de Bento XVI sobre a Casa da Virgem Maria Visita de Bento XVI em 2012 Causa perplexidade a colocação da Casa de Maria em uma “rua pública”. "Neste aspecto, consiste a mensagem singular desta Casa: não é uma casa particular, mas aberta a todos, situada nos caminhos de todos. Com efeito, estamos a caminho de outra Casa: a Cidade Eterna"! Minha oração “ Senhor, que o mistério de Loreto nos ensine a entender que temos sempre um lugar na de acolhida na casa de Nazaré, no seio da família de Jesus. Assim como nos eduque a estar sempre aberto àqueles que precisam ser acolhidos, que nossa casa também se torne refúgio para as pessoas. Amém.” Nossa Senhora de Loreto, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 10 de dezembro Em Mérida, na Lusitânia, atualmente na Espanha, Santa Eulália, virgem e mártir. († c. 304) Em Roma, no cemitério de Trasão, junto à Via Salária Nova, Santo Amaro, mártir. († c. s. IV) Em Ancira, na Galácia, hoje Ancara, na Turquia, São Gemelo, mártir. († c. s. IV) Em Roma, junto de São Pedro, São Gregório III, papa. († 741) No mosteiro de São Nicolau de Viotorito, na Calábria, região da Itália, São Lucas, bispo de Ísola di Cappo Rizzuto. († 1114) Em Londres, na Inglaterra, os santos mártires Edmundo Gennings, presbítero, e Suituno Wels. († 1591) Em Londres, os santos Polidoro Plasden e Eustácio White, presbíteros, e os beatos Brian Lacy, João Mason e Sídnei Hogdson, mártires. († 1591) Em Londres, dezanove anos depois, São João Roberts, da Ordem de São Bento, e o Beato Tomás Somers, presbíteros e mártires. († 1610) Em Turim, na Itália, o Beato Marcos António Durando, presbítero da Congregação das Missões, que fundou a Congregação das Irmãs de Jesus Nazareno. († 1880) Em Vallés, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato Gonçalo Viñes Masip, presbítero e mártir. († 1936) Em Picadero de Paterna, localidade da mesma província da Espanha, os beatos mártires António Martin Hernández, presbítero, e Agostinho Garcia Calvo, religioso, ambos da Sociedade Salesiana. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São Juan Diego Cuauhtlatoatzin e a Nossa Senhora de Guadalupe

Origens São Juan Diego nasceu em 1474, em Cuauhtitlan, no México. Antes de ser batizado, tinha o nome de Cuauhtlatoatzin. Recebeu o nome de Juan Diego, pois o hábito dos missionários era dar o nome de “João” a todos os batizados. De origem pobre, Juan pertencia à mais baixa casta do Império Asteca. A Conversão Atraído pela doutrina franciscana, que chegou ao México em 1524, Juan converteu-se e foi batizado junto com sua esposa. O missionário responsável por sua evangelização foi Frei Toríbio de Benavente. O Longo Percurso São Juan Diego tinha o costume de realizar um percurso de vinte quilômetros para participar da Santa Missa em Tlatelolco. Tirava proveito das celebrações para aumentar sua instrução religiosa e também para venerar a Virgem Maria.  São Juan Diego Cuauhtlatoatzin: o homem querido pela Virgem Maria Homem Simples Reconhecido como um homem piedoso e de intensa espiritualidade, era amigo da oração e concentrado na meditação dos mistérios religiosos. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social. A Viuvez Ficou viúvo, em 1529, após a morte de sua esposa, Maria Lúcia. Ele ficou doente e acabou não suportando. Foi então morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas.  A Primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe No dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, durante uma de suas idas à igreja, em Tepeyac, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. O local hoje é chamado de “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”. O Pedido de Nossa Senhora de Guadalupe Encarregado pela Virgem Maria, foi pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. O bispo não se convenceu, então, Ela sugeriu que Juan Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição. O Manto coberto de rosas e a Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe O Milagre No dia 12 de dezembro de 1531, Juan estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, mandou que ele fosse no alto da colina de Tepeyac e colhesse flores para ela. "No píncaro da colina, encontrarás a surpresa de flores desabrochadas. Só tens de as colher e trazê-las aqui. Vai, espero por ti!". Apesar do frio, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela pediu que Juan as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, Juan Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. O bispo e todos os presentes ajoelharam-se diante deste milagre. Páscoa Após o milagre de Guadalupe, Juan foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem. Dedicou o restante de sua vida propagando as aparições de Guadalupe aos seus conterrâneos nativos, que se converteram. Juan Diego faleceu no dia 3 de junho de 1548, aos 74 anos. Via de Santificação São Juan Diego foi beatificado em 6 de maio de 1990, pelo Papa João Paulo II, no México. Durante a canonização de Juan Diego, em 31 de julho de 2002, João Paulo II designou a festa litúrgica para o dia 9 de dezembro, dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, e em louvor a São Juan Diego pela sua simples fé nutrida pelo Catecismo, como um modelo de humildade para todos nós. Minha oração “Homem escolhido por Maria para ser seu representante e porta-voz, dai a nós a simplicidade e humildade necessárias para agradar o coração de Deus, assim como o amor e o zelo com a Virgem Maria e sua mensagem. Amém.” São Juan Diego, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 09 de dezembro Em Toledo, na Hispânia, Santa Leocádia, virgem e mártir. († c. 304) Em Pavia, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Siro, primeiro bispo da cidade. († s. IV) Em Nazianzo, na Capadócia, na hodierna Turquia, Santa Gorgónia, mãe de família.(† c. 370) No mosteiro de Genouillac, junto de Périgueux, na Gália, atualmente na França, São Cipriano, abade, ilustre pela dedicação aos enfermos. († s. VI) Em Yatsushiro, no Japão, os beatos Simão Takeda Gohyoe, Joana Takeda, Inês Takeda, Madalena Minami e Luís Minami, mártires.(† 1603) Junto ao rio Meno, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Libório Wagner, presbítero e mártir. († 1631) Em Gray, na Borgonha, hoje na França, onde se tinha acolhido ao ser exilado, o passamento de São Pedro Fourier, presbítero, que, restaurou os Cónegos Regrantes do Nosso Salvador e fundou o Instituto das Canonisas Regrantes de Nossa Senhora. († 1640) Em Moricone, na Sabina, hoje no Lácio, região da Itália, o Beato Bernardo Maria de Jesus , presbítero da Congregação da Paixão.(† 1911) Em Llombay, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato José Ferrer Esteve, presbítero da Ordem dos Cónegos Regrantes das Escolas Pias e mártir. († 1936) Em Picadero de Paterna, também na província de Valência, os beatos Recaredo de los Rios Fabregat, Julião Rodríguez Sánchez e José Giménez López, presbíteros da Sociedade Salesiana e mártires. († 1936) Em Barcelona, na Espanha, o Beato Agápio José, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, um dogma de fé

Origens A festa litúrgica que celebramos, hoje, exalta uma das grandes maravilhas da história de nossa salvação: a Imaculada Conceição de Maria. Durante toda a sua vida terrena, Maria foi livre da mancha do pecado. Essa verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. "Entrando, o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’” (Lucas 1,28). Muitos padres e doutores da Igreja Oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura do que os anjos. A Repulsa A Igreja Ocidental, que sempre amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Não por repulsa a Nossa Senhora, mas para conservar a doutrina da redenção operada por Cristo em favor de todos. A Comprovação Teológica Em 1304, o Papa Bento XI reuniu, na Universidade de Paris, uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo. Da repulsa da doutrina da Imaculada Conceição de Maria ao Calendário Romano O Calendário Romano Rapidamente, a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant'Ana, foi introduzida no calendário romano. José de Anchieta foi o apóstolo que propagou essa doutrina no Brasil. Desde o início de sua colonização, dedicou igrejas a esse ministério. A Medalha A própria Virgem Maria apareceu, em 1830, a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Esta medalha, anunciada em todo o mundo, possibilitou a devoção a Maria Imaculada, induzindo os bispos a solicitarem ao Papa a definição do dogma, que já era vivenciado entre os cristãos. O Dogma Sendo assim, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: "Maria isenta do pecado original". A Confirmação A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: "Eu sou a Imaculada Conceição". Minha oração “ Mãezinha, fostes concebida sem a mancha do pecado, mas para além desse dom sobrenatural sob seguir o Cristo de modo perfeito, conceda a nós a força para vencer os pecados e nos tornarmos cada vez mais a imagem e semelhança de seu Filho Jesus. Amém.” Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 8 de dezembro Alexandria, no Egipto, a comemoração de São Macário, mártir. († 250)  Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, o sepultamento de Santo Eutiquiano, papa. († 283) Em Tréveris, na Gália Bélgica, na atual Alemanha, Santo Eucário, considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. III) Comemoração de São Patápio, solitário, que, oriundo da Tebaida. († s. V/VI) Nos montes Vosgos, na Borgonha, atualmente na França, São Romarico, abade. († 653) Em Vaux-de-Cernay, na região de Paris, São Teobaldo de Marliaco, abade da Ordem Cisterciense. († 1247) Em Kumamoto, cidade do Japão, o Beato João Minami Gorozaemon, pai de família e mártir. († 1603) No Ontário, província do Canadá, a paixão de São Natal Chabanel, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1649) Em Lima, no Peru, Santa Narcisa de Jesus Martillo Moran, virgem. († 1869) Em Picadero de la Paterna, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato José Maria Zabal Blasco, mártir. († 1936) No campo de concentração de Dachau, perto de Munique da Baviera, região da Alemanha, o Beato Luís Liguda, presbítero da Sociedade do Verbo Divino e mártir. († 1942) Fonte: Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C. Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Ambrósio, o grande bispo de Milão

Origens Santo Ambrósio, de nobre e distinta família romana, nasceu em 340, em Tréveros, Alemanha, onde seu pai exercia o cargo de prefeito das Gálias. A mãe ficou viúva muito cedo e voltou a Roma levando seus três filhos: Marcelina, Sátiro e Ambrósio. Homem Virtuoso Muito cedo, Santo Ambrósio aprendeu a alimentar as virtudes cívicas e morais, ao ponto de ter sido, por volta do ano 370, governador das províncias da Emília e da Ligúria, com sede em Milão. A Eleição Com a morte do Bispo de Milão, chamado Ariano, Ambrósio foi para a eleição do novo Bispo, a fim de evitar grandes conflitos. Em meio à confusão, de repente uma criança grita: "Ambrósio, Bispo!". O Clero e o povo aderiu e todos aclamaram: "Queremos Ambrósio Bispo!". O povo teve que teimar durante uma semana, até que, vendo nisso a voz de Deus, Ambrósio, que ocupava alto cargo no Império Romano e somente era catecúmeno, cedeu à vontade do Senhor.  Santo Ambrósio: Bispo Eleito pelo povo Bispo de Milão O 1° Concílio de Niceia, em 325, tinha proibido que subisse ao Episcopado qualquer neófito. Mas o Papa e o Imperador aprovaram a eleição. Depois de batizado, foi ordenado sacerdote e, logo em seguida, Bispo de Milão. Tudo isso no ano de 374. Doutor e Padre do Cristianismo no Ocidente Providencialmente, usou as qualidades de organizador e administrador para o bem da Igreja, podendo assim atuar no campo pastoral, político, doutrinal, litúrgico, a ponto de merecer o título de grande Doutor e Padre do Cristianismo no Ocidente.  Figura Respeitada Sua figura política ficou marcante, principalmente quando aplicou ao Imperador uma dura penitência pública comum, pois teria Teodósio, em busca de vingança, consentido uma invasão à cidade de Tessalônica, que resultou em muitas mortes. Santo Ambrósio: Verdadeiro pastor e mestre dos fiéis Buscava garantir a paz Sua maior prioridade de vida foi garantir paz e concórdia ao povo sem jamais tolerar erros. Combateu o arianismo, que o levou a discordar de governantes e soberanos. No que diz respeito à Imperatriz Justina, que desejou restaurar a estátua da deusa Vitória, ele se opôs valentemente enquanto viveu. Conversão de Santo Agostinho Santo Ambrósio, como homem de Deus, partilhou sua riqueza material e espiritual com o povo, jejuava sempre, foi pai carinhoso e tão grande orador que teve papel importante na conversão de Santo Agostinho. Páscoa Incansável na oração, Ambrósio construiu basílicas, compôs hinos que mudaram a maneira de rezar. Deixou muitos escritos e morreu com 60 anos no dia 4 de abril de 397, após 23 anos de serviço ao seu amado Cristo, com estas palavras: "Não vivi de tal modo que tenha vergonha de continuar vivendo, mas não tenho medo de morrer, porque temos um Senhor que é bom". Minha oração “Grande Ambrósio, responsável pela conversão de muitos santos e de grandes pecadores, a ti pedimos a mesma graça sobre os pecadores atuais, os mais longes de Deus, os mais perdidos. Conduzi-os para a vontade do Pai e a santificação do povo. Amém.” Santo Ambrósio, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 7 de dezembro Em Spoleto, na Úmbria, região da Itália, São Sabino, venerado como bispo e mártir. († c. 300) Na Síria, Santo Atenodoro, mártir,. († c. 304) Em Teano, na Campânia, região da Itália, Santo Urbano, bispo. († s. IV) Na Palestina, São João o Silencioso ou Hesicaste, que, renunciando ao episcopado de Colónia, na antiga Arménia, viveu como monge. († 558) Em Faremoutiers, no território de Meaux, na Gália, hoje na França, Santa Fara, abadessa. († 657) No Ontário, estado do Canadá, a paixão de São Carlos Garnier, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1649) Em Savona, no litoral da Itália, Santa Maria Josefa Rossello, virgem, que fundou o Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia. († 1880) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Nicolau de Mira, o padroeiro dos marinheiros

Origens São Nicolau de Mira nasceu no ano 275 em Pátara, cidade marítima da Lícia, na Turquia meridional. Seus pais eram ricos e possuíam uma profunda vida de oração. Ainda muito jovem, tornou-se órfão. Recordando a passagem do “Jovem rico”, Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que, ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados e pobres. Sacerdócio Educado no cristianismo, tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde, com amor, evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam. Salvou a vida de jovens meninas Certa vez, ficou sabendo que um homem havia perdido todo o seu dinheiro. Ele tinha três filhas, as quais tinham idade suficiente para o casamento, mas não tinham os dotes para a celebração. Por isso, as filhas do pobre homem seriam vendidas como escravas, pois não poderiam viver na casa por mais tempo. Na noite antes da partida da filha mais velha que seria vendida, ela lavou suas meias e as colocou em frente ao fogo para que secassem.  São Nicolau de Mira: salvou jovens e criou o mito do Papai Noel  Os Presentes Na manhã seguinte, a jovem viu que havia, dentro de sua meia, uma bolsinha com ouro. Daí que, nos países do Norte da Europa, usando da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro. Bispo Sucessor Com a morte do bispo de Mira, Nicolau foi eleito seu sucessor. A obediência fez com que Nicolau abandonasse a solidão para assumir as responsabilidades de bispo. Conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração e carisma de milagres em favor, sobretudo, dos enfermos. A Prisão e a Tortura Historiadores relatam que, ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado à morte, mas, felizmente, salvou-se em 325, pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa. Presenciou o arrependimento de um grande perseguidor Concílio de Niceia São Nicolau de Mira participou do Concílio de Niceia, onde, contra a heresia ariana, foi definida a divindade de Jesus, declarado consubstancial ao Pai. Nicolau presenciou uma cena indescritível: Constantino Magno, um grande perseguidor do povo cristão, ajoelhou-se para beijar as cicatrizes de Nicolau e de outros cristãos torturados na última perseguição. Páscoa São Nicolau de Mira faleceu em 343, na cidade de Mira, com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegassem ao povo. Após sua morte, seu túmulo em Mira se tornou um local de peregrinação.  Relíquias As relíquias de São Nicolau de Mira foram consideradas milagrosas devido a um misterioso líquido que saía de dentro, chamado “maná de São Nicolau”. São Nicolau de Mira é invocado contra os perigos de incêndios e é padroeiro dos marinheiros. Minha oração “São Nicolau, o modelo do Papai Noel, exemplo de bondade paterna assim como o Pai celeste, enriquecei os homens com os dons da mesma paternidade. Dai às famílias a graça da bondade e as virtudes para educar os filhos. Amém.” São Nicolau, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 6 de dezembro  Em Roma, a comemoração de Santa Asela, virgem. († d. 385) Na África Setentrional, a comemoração dos santos mártires. Neste grupo, são dignos de memória Dionísia e seu filho Majórico. († s. V) Em Bréscia, na Lombardia, região da Itália, Santo Obício, que, sendo militar de cavalaria, se converteu a Deus. († 1204) Em Granada, na Espanha, o beato mártir Pedro Pascoal, bispo de Jaen, da Ordem das Mercês. († 1300)  Em Hai Duong, cidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São José Nguyen Duy Khang, mártir.(† 1861) Na Espanha, a comemoração dos mártires espanhóis do século XX. Em Picadero de Paterna, localidade da província de Valência, na Espanha, a Beata Luísa Maria Frias Cañizares, virgem e mártir. († 1936) Em Guadalajara, também na Espanha, os beatos Miguel Lasaga Carazo, presbítero da Sociedade Salesiana e companheiros mártires.(† 1936) Em Bucarest, na Roménia, o Beato João Scheffler, bispo de Statu Mare e mártir. Fonte: Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C. Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Martinho de Dume, bispo

Origens São Martinho de Dume nasceu na Panônia, atual Hungria, em 518. Ainda jovem, dirigiu-se para o Oriente, onde professou uma vida regular: estudou a língua grega e outras ciências eclesiásticas, em que muito cedo se distinguiu, até ser classificado, por Santo Isidoro, como ilustre na Fé e na Ciência. Gregório de Tours também o considerou um entre os homens insuperáveis do seu tempo.  O Retorno à Europa Retornando do Oriente, dirigiu-se à Roma e França, onde travou conhecimento com as personagens mais eminentes em saber e santidade. Sobretudo, quis visitar o túmulo do seu homônimo e compatriota, São Martinho de Tours, que, desde então, considerava como seu patrono e modelo. Foi nesta época que São Martinho de Dume se encontrou com o rei dos Suevos, Charrarico, ao qual acompanhou para o noroeste da Península Ibérica, em 550. Ali, onde com restos do gentilismo e bastante ignorância religiosa se espalhara o Arianismo. O Apostolado Para acorrer a tantos males, não tardou Martinho em planejar e colocar em andamento seu vigoroso apostolado. Num mosteiro, edificado pelo mesmo rei, em Dume, ao lado de Braga, assenta o grande apóstolo dos suevos suas instalações como escola de monaquismo e base de irradiação catequética e missionária. A igreja do mosteiro é dedicada a São Martinho de Tours e foi sagrada em 558. O seu abade foi elevado ao episcopado pelo Bispo de Braga, já em 556, em atenção ao seu exímio saber e extraordinário zelo e santidade.  São Martinho de Dume: Padroeiro da Arquidiocese de Braga Concílio de Braga Com a subida ao trono do rei Teodomiro, em 559, consumava-se o regresso dos Suevos ao Catolicismo, deixando o Arianismo. Ilustre por tão preclaras prerrogativas, passa Martinho para a Sé de Braga, em 569, quando o Catolicismo nesta região gozava já de alto esplendor, o que tornou possível o 1° Concílio de Braga, em 561, no pontificado de João III. Em 572, foi Martinho a alma do 2° Concílio de Braga. Nesta altura, escreveu ele: "Com a ajuda da graça de Deus, nenhuma dúvida há sobre a unidade e retidão da fé nesta província". As Obras São Martinho de Dume não esqueceu da importância e eficácia do apostolado da pena. Deixou assim várias obras sobre as virtudes monásticas, bem como matérias teológicas e canônicas. Páscoa Faleceu em 20 de março de 579, e foi sepultado na catedral de Dume. Desde 1606, as suas relíquias estão depositadas na Sé de Braga. Compusera para si, em latim, o seguinte epitáfio sepulcral, em que mostra a veneração que dedicava ao santo Bispo de Tours: "Nascido na Panônia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado Bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da Missa. Tendo-te seguido, ó Patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo". Desde o ano de 1985, passou a ser padroeiro principal da arquidiocese de Braga. Minha oração “Grande condutor da Igreja, nesses tempos tão difíceis de apostasia e perda de valores, nós te rogamos que nos ajude a vencer todas as batalhas da atualidade, as tentações e provocações do inimigo. Que o Senhor nos conceda, por seu intermédio, a amizade divina. Amém.” São Martinho de Dume, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em  5 de dezembro  Memória dos santos Frutuoso e Geraldo, bispos de Braga, em Portugal. ( c. 665; 1108) Em Tabessa, na Numídia, na atual Argélia, a paixão de Santa Crispina de Tagore, mãe de família. († 304) Perto de Jerusalém, São Sabas, abade. († 532) No cenóbio de São Pedro de Aquara, na Lucânia, hoje na Campânia, região da Itália, São Lúcido, monge. († c. 938) Em Mântua, na Lombardia, também região da Itália, o Beato Bartolomeu Fánti, presbítero da Ordem dos Carmelitas. († 1495) Em Londres, na Inglaterra, São João Almond, presbítero e mártir. († 1612) Em Scwerin, cidade da região de Mecklenburg, na Alemanha, o passamento do Beato Nicolau Stensen, bispo titular de Ticiópolis. († 1683) Em Turim, na Itália, o Beato Filipe Rináldi, presbítero da Sociedade Salesiana. († 1931) Em Guadalajara, na Espanha, o Beato Luís Martínez Alvarellos, religioso da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Perto de Munique, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Narciso Putz, presbítero e mártir. († 1942) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São João Damasceno, o “São Tomás do Oriente”

Origens  São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria), num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade. O pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, os quais, naquela época, eram senhores do país. Essa estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e méritos desse levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco. Renúncia dos Bens São João Damasceno, ainda jovem e ajudante, gozava de muitos privilégios financeiros do pai. Entretanto, ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção à Palavra, que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou a todos os bens e os deu aos pobres, concedeu liberdade aos servos e fez uma peregrinação a pé pela Palestina. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar às "delícias venenosas" do pecado. O Convento Retirou-se para um convento de São Sabas, perto de Jerusalém, e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Ordenado sacerdote, aceitou o cargo de pregador titular na Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém. Início da Guerra Uma herança, proveniente da tradição do Antigo Testamento, proibia toda e qualquer reprodução da imagem de Deus, sendo assim condenavam o uso de imagens nas Igrejas. O imperador bizantino Leão Isáurico empreendeu uma guerra contra o culto das imagens sagradas. Sendo assim, a pedido do Papa Gregório III, São João Damasceno assumiu o papel de defensor das imagens, travando uma luta contra os iconoclastas.  A arma de São João Damasceno: a Teologia  Teologia Sua principal arma era a teologia, e sua principal tese foi um dos fundamentos da fé cristã: a Encarnação. Bento XVI, em sua catequese, na Audiência geral de 6 de maio de 2009, recordou:  “João Damasceno foi o primeiro a fazer a distinção, no culto público e privado dos cristãos, entre a adoração e a veneração: a primeira pode ser dirigida somente a Deus; a segunda pode ser utilizada como imagem para se dirigir a uma pessoa à qual presta culto.” As Obras Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja, declarado por Leão XIII, em 1890. Recebeu o apelido de “São Tomás do Oriente”, por sua contribuição dada à Igreja Oriental. Sua principal obra foi a “De Fide orthodoxa”, que enfatiza o pensamento da Patrística grega e as decisões doutrinais dos Concílios da época, sendo também um ponto de referência essencial para a teologia católica como para a ortodoxa. São João Damasceno fez presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição Curado por Nossa Senhora Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram a mão direita dele, a fim de não mais escrever. Por intervenção de Nossa Senhora, foi curado. Seu amor à Mãe de Jesus foi tão concreto, que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria. Páscoa Este filho predileto da Mãe faleceu no dia 4 de dezembro de 749, no mosteiro de São Sebas, na Palestina. Oração de São João Damasceno a Nossa Senhora: “Saúdo-vos, Maria, esperança dos cristãos! Atendei a súplica de um pecador, que vos ama com ternura, que vos honra de modo particular e deposita em vós toda a esperança da sua salvação. Recebi de vós a vida. Vós me reconduzis à graça do vosso Filho e sois penhor seguro da minha salvação. Rogo-vos, pois, de livrar-me do peso dos meus pecados; dissipar as trevas do meu coração; reprimi as tentações dos meus inimigos e guiai a minha vida, de tal modo que eu possa, por vosso intermédio e sob a vossa proteção, chegar à felicidade eterna do Paraíso.” Minha oração “Ó santo defensor da doutrina e da fé católica, soube combater as heresias e ensinar a verdade, pedimos-te as graças, para que nós tenhamos a sede do conhecimento de Cristo, sede de compreendê-Lo e de amá-Lo, para que, assim, não caiamos nos erros e nas tentações. Amém.” São João Damasceno, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 4 de dezembro  Comemoração de Santa Bárbara, que, segundo a tradição, foi virgem e mártir em Nicomédia, na atual Turquia. († data inc.) Em Alexandria, no Egipto, Santo Héraclas, bispo, discípulo de Orígenes. († 247/249) Em Sebastopol, no Ponto, na hodierna Turquia, São Melécio, bispo. († s. IV) Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, São Félix, bispo, que tinha sido diácono com Santo Ambrósio na Igreja de Milão. († 431/432) Em Vienne, na Gália Lionense, na atual França, Santo Apro, presbítero. († s. VII) No território de Bourges, na Aquitânia, na hodierna França, São Sigirano ou Sirano, monge, peregrino e abade de Longoret. († s. VII) Em Le Mans, na Nêustria, hoje na França, Santa Adraílde ou Ada, abadessa do mosteiro de Santa Maria. († d. 692) No mosteiro de Ellwangen, na Baviera, região da Alemanha, São Sola ou Sualo, presbítero e eremita. († 794) Em Poliboto, na Frígia, Turquia, São João, chamado o Taumaturgo, bispo. († s. IX) No mosteiro de Siegburg, na Renânia, Alemanha, Santo Anónio, bispo de Colónia. († 1075) Em Salisbury, na Inglaterra, Santo Osmundo, bispo.(† 1099) Em Parma, Emília-Romanha,Itália, São Bernardo, Bispo. († 1133) Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, Itália, o Beato Pedro Pectinário, religioso da Ordem Terceira de São Francisco. († 1289)  Em Edo, localidade do Japão, os beatos mártires Francisco Gálvez, presbítero da Ordem dos Frades Menores, Jerónimo de Ângelis, presbítero, e Simão Yempo, religioso. († 1622/1623) Em Tóquio, no Japão, o Beato João Hara Mondo, religioso da Ordem Terceira de São Francisco e mártir. († 1623) Em Colónia, na Renânia da Prússia, hoje na Alemanha, o beato Adolfo Kolping, presbítero. († 1865) Em Verona, na Itália, São João Calábria, presbítero, que fundou a Congregação dos Pobres Servos e das Servas da Divina Providência. († 1954) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Francisco Xavier, grande propagador do Evangelho

Origens A Igreja, que na sua essência é missionária, teve um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente no século XV e XVI. No Oriente, São Francisco Xavier destacou-se com uma santidade que o levou à ousadia de fundar várias missões, a ponto de ser conhecido como "São Paulo do Oriente". Francisco Xavier nasceu no castelo de Xavier, em Navarra, norte da Espanha, em 7 de abril de 1506. De família nobre, seu pai era presidente do Conselho Real de Navarra. A Conversão por Inácio de Loyola Em 1525, com dezoito anos, foi para Paris dedicar-se aos estudos universitários. No ano de 1530, tornou-se “Magister Artium”, pronto para a carreira acadêmica. Vaidoso e ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, que também estudava no Colégio de Santa Bárbara. A relação dos dois foi complicada de início, tanto que o próprio Inácio definiu Francisco como “o pedaço de massa mais difícil que amassou”. Com o tempo e a intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até que entrou no verdadeiro processo de conversão. O resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus, fundada em 1539. A Primeira Partida Já como padre e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado a ir em missão para o Oriente. Foi o primeiro jesuíta que partiu de Lisboa para as missões nas Índias em 7 de abril de 1541. Fez um frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades. São Francisco Xavier: Patrono Universal das Missões De Portugal à Índia A viagem de Lisboa a Goa (Estado indiano) durou, aproximadamente, treze meses; uma viagem fatigante devido à falta de comida, ao calor intenso e às tempestades. Chegou a Goa, em 1542, escolhendo como casa o hospital da cidade; sua cama era ao lado de pacientes em situação grave. Seu ministério, a partir desse momento, foi dedicar-se à assistência dos excluídos da sociedade. No ensinamento com as crianças, adotou um novo método, ensinando o Catecismo com o auxílio de um sininho, que tocava pelas ruas, a fim de reunir as crianças na igreja. Traduziu os princípios da Doutrina Católica em versos e, para facilitar o aprendizado, cantava-os. Lançou-se para o mundo Entre os anos de 1545 e 1547, Francisco conseguiu avançar para outras regiões. Chegou em Malaca, arquipélago das Molucas, e às Ilhas do Moro, sem se preocupar com qualquer perigo, pois confiava em Deus. O desejo de Evangelizar o Japão No ano de 1547, sua vida teve uma reviravolta, encontrou Hanjiro, um fugitivo japonês, ansioso em converter-se ao cristianismo. Este encontro acendeu em seu coração o desejo de anunciar o Evangelho à terra do “Sol levante”. Chegou no Japão em 1549, embora soubesse da pena de morte para quem administrasse o sacramento do Batismo, submeteu-se a aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar um Cristo encarnado. O final de uma vida dedicada às missões Missão na China Ambicionando a China para Cristo, Francisco encarou o país como uma nova terra de missão. Em 1552, chegou à ilha de Shangchuan, onde tentou embarcar para a cidade de Cantão, mas foi acometido por uma forte febre e cansaço.  Páscoa Faleceu no dia 3 de dezembro de 1552. Dois anos após sua morte, seu corpo íntegro foi trasladado para a igreja de Bom Jesus de Goa, Índia, onde é venerado. Esse grande santo missionário entrou no Céu com 46 anos e percorreu grandes distâncias para anunciar o Evangelho. Sua missão foi grandiosa, que se colocássemos em uma linha suas viagens, daríamos três vezes a volta na Terra.  São Francisco Xavier, com dez anos de apostolado, tornou-se merecidamente o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha do Menino Jesus em 1927. Via de Santificação Foi beatificado, em 1619, por Paulo V, e canonizado, em 1622, por Gregório XV. Seu pensamento pode ser resumido em uma oração que ele sempre rezava: "Senhor, eu vos amo, não porque me podeis dar o céu ou me condenar ao inferno, mas porque sois meu Deus! Amo-vos porque vós sois vós"! Minha oração “ Grande arauto do Evangelho, anunciador e propagador da Palavra àqueles que mais necessitam, te rogamos que conduza a Igreja onde ainda não há evangelização. E aos pregadores e missionários, dai saúde e sabedoria para viver a sua vocação. Que cada um de nós tenha esse poder de inculturação, a fim de que Cristo seja amado em todos os cantos do mundo. Amém” São Francisco Xavier, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 3 de dezembro Comemoração de São Sofonias, profeta nos dias de Josias, rei de Judá. Em Tânger, na Mauritânia, atualmente em Marrocos, São Cassiano, mártir. († c. 300) Em Winchester, na Inglaterra, o sepultamento de São Birino, o primeiro bispo de Dorchester. († c. 650)  Em Chur, cidade da Récia, na Helvécia, hoje Suíça, São Lúcio, eremita. († s. VI/VII) Em Londres, na Inglaterra, o Beato Eduardo Coleman, mártir. († 1678) Em Trento, na região do Véneto, na Itália, o Beato João Nepomuceno De Tschiderer. († 1860) Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, os beatos Francisco Fernández Escosura e Manuel Santiago Santiago, religiosos da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1936) Em Linares, perto de Jaén, na Andaluzia, região da Espanha, o Beato Manuel Lozano Garrido , fiel leigo, que soube irradiar com o seu exemplo e escritos o amor de Deus e a grandeza de alma. († 1971) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Silvério, o Papa mártir

Origens Não há registros exatos sobre a data do nascimento de São Silvério. Nascido em Frosinone, Itália, era filho do Papa Hormisdas, que havia se casado antes de se tornar membro do alto clero. O Pontificado Silvério entrou para o serviço da Igreja, em abril de 536, após a morte do Papa Agapito. Foi eleito mesmo com o  descontentamento de muitos que não o queriam como Papa, pois, na época, ele era apenas um subdiácono, um ofício religioso considerado muito baixo para ter acesso ao trono de Pedro. Entretanto, o rei Teodato, com uma ameaça, impôs a sua eleição, restando ao clero aceitar apenas. Uma ameaça Uma das maiores opositoras de São Silvério foi Teodora, esposa do imperador oriental Justiniano, partidária dos Monofisistas (doutrina teológica desenvolvida entre o ano 400, pelo arquimandrita Eutíquio, que nega a natureza divina de Cristo). Teodora havia escolhido para sucessor de Agapito o seu pupilo Virgílio. São Silvério: o Papa que sofreu com a separação da Igreja A separação das Igrejas em Roma A doutrina Monofisismo, condenada herética pelo Concílio de Calcedônia, em 451, conseguiu encontrar prosélitos por volta dos séculos V e VI, causando uma grande separação de Roma entre as Igrejas Copta, Armênia e Jacobita da Síria. Reflexos do Conflito No decorrer desse conflito, no ponto de vista político, complicava-se a situação na península italiana que, na época, era disputada entre Constantinopla e os invasores Godos. O pontificado de Silvério e toda a esfera religiosa pagavam todo o preço nessa disputa de poderes. O imperador Justiniano acabou por declarar guerra contra os Ostogodos, enviando seu melhor general, Belizário para o combate. A Falsa Acusação Neste contexto, Teodora ainda travava uma batalha contra Silvério, onde tentava abrandar suas posições em favor do Monofisismo. Entretanto, não tendo sucesso, tramou um complô contra Silvério; com uma carta falsa, afirmava que o Papa havia permitido a entrada dos Godos em Roma para libertá-los dos Bizantinos. Sem o direito de explicar-se, Silvério foi despojado de suas vestes papais e, vestido como monge, foi levado para Constantinopla. Sem ajuda, acabou sendo deportado para Patara, na Lícia. Em seu lugar, Virgílio tornou-se Papa, mas não foi hostil ao Monofisismo. Da falsa acusação à vida eterna Curto Pontificado Eleito como o 58º Papa da Igreja de Roma, o pontificado de Silvério durou apenas um ano, por causa dessa grande guerra que perdurou por 18 anos. A Prisão de São Silvério O Bispo de Patara, disposto a inocentar Silvério, apresentou ao imperador provas irrefutáveis que provavam a inocência de Silvério, que obrigaram Justiniano a libertá-lo e mandá-lo de volta para Roma. Porém, Virgílio, para se defender, fez com que o general Belizário prendesse Silvério e o deportasse para a ilha das Pontinas, em Palmarola.  Páscoa Na tentativa de acabar com o cisma entre as Igrejas neste território, Silvério decidiu abdicar e, em aproximadamente um mês, em 2 de dezembro de 537, faleceu. Foi declarado o santo padroeiro de sua cidade, Frosinone, Itália. Minha oração “Aquele que soube seguir o Cristo e imitá-Lo em tudo, até mesmo no martírio, dai ao nosso Papa a mesma força e sabedoria. Dai também aos líderes aquela virtude que leva a doar-se inteiramente, sempre à frente de seu povo como modelo do rebanho e bom pastor. Amém.” São Silvério, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 2 de dezembro Comemoração de Santo Habacuc, profeta. Em Roma, Santa Bibiana, mártir, a quem o papa São Simplício dedicou uma igreja no Esquilino. († data inc.) Em Roma, no cemitério de Ponciano, junto à Via Portuense, São Piménio, presbítero e mártir. († s. III/IV) Em Aquileia, no Friúli, atual região da Itália, São Cromácio, bispo, verdadeiro artífice da paz. († c. 407) No mosteiro de Groenendaal, na região de Bruxellas, na atual Bélgica, o Beato João Ruysbroeck, presbítero e cónego regrante. (†1381) Em Múrcia, na Espanha, a Beata Maria Ângela Astorch, abadessa da Ordem das Clarissas. († 1665) Em Logiewniki, localidade da Polônia, o Beato Rafael, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais. († 1741) Em Manresa, cidade da província de Barcelona, na Espanha, os beatos Jaime Bertino e Leão Justino, religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Em Stanislaviv, hoje Ivano-Frankivsk, na Ucrânia, o Beato João Slezyuk, bispo e mártir. († 1973) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Carlos de Foucauld, o exemplo de conversão

Origens Charles, conhecido como Carlos de Jesus, nasceu em Estrasburgo, na França, em 15 de setembro de 1858. Aos 6 anos, ficou órfão após perder seus pais. Foi criado pela irmã Marie, sob os cuidados do avô. A formação cristã recebida na infância permitiu-lhe fazer sua Primeira Comunhão em 1870. A Entrada no Exército Distante da fé, São Carlos de Foucauld, era conhecido como amante do prazer e da vida fácil. Jovem, entrou para o exército, mas foi despedido por indisciplina. A partir de então, começou a viajar pelo norte da África como explorador. Descrente de tudo, acabou encontrando a fé no confessionário. Exploração em Marrocos Entre os anos de 1883 e 1884, empreendeu uma viagem de exploração para o Marrocos. O testemunho de fé dos muçulmanos despertou nele um interrogativo: “Mas Deus existe?”, "Meu Deus, se existe, deixe-me conhecê-Lo". "Eu gostaria de ser bom para que possamos dizer: 'Se tal é o servo, como será o Mestre?'" (São Carlos de Foucauld) A Conversão Regressando à França, foi surpreendido pelo acolhimento de sua família, que era profundamente cristã. Inicia então seus estudos, e pede o auxílio de um sacerdote para o instruir. Guiado por padre Huvelin, encontra Deus, em outubro de 1886, quando tinha 28 anos. "Quando acreditei que existia um Deus, compreendi que não podia fazer outra coisa senão viver somente para Ele." A Vocação Em peregrinação à Terra Santa, Deus revela a sua vocação: seguir e imitar Jesus numa vida silenciosa e retirada. Viveu sozinho, na oração, na adoração, numa grande pobreza, junto das Clarissas de Nazaré. Ordenação Em 1901, aos 43 anos de idade, foi ordenado sacerdote na Diocese de Viviers, na França. Em seguida, transferiu-se para o deserto argelino do Saara, inicialmente em Beni Abbès, vivendo entre os mais pobres; depois, foi para o sul em Tamanrasset com os Tuaregues do Hoggar. Levando uma vida de oração e meditando continuamente as Sagradas Escrituras, depositava sua adoração no desejo de ser para cada pessoa o "irmão universal", imagem viva do amor de Jesus. Exemplo para comunidades religiosas Páscoa Na noite do dia 1 de novembro de 1916, foi assassinado por assaltantes que queriam descobrir o tesouro do qual ele tanto falava. Não compreenderam que o tesouro estava no sacrário: era Jesus na Eucaristia, o centro de sua vida. Legado Seu maior desejo sempre foi compartilhar a sua vocação com o próximo. Após ter escrito regras de vida religiosa, pensou que esta “Vida de Nazaré” poderia ser vivida por todos. Hoje, a família espiritual de São Carlos de Foucauld possui várias associações de fiéis, comunidades religiosas e institutos seculares de leigos ou sacerdotes pelo mundo todo. Via de Santificação Em 24 de abril de 2001, Carlos foi declarado venerável por São João Paulo II. Foi beatificado em 13 de novembro de 2005 por Bento XVI. Em maio de 2021, Papa Francisco presidiu, no Vaticano, a celebração do Consistório público ordinário para a votação das causas de canonização de sete beatos, dentre eles está o testemunho de Carlos de Foucauld. A canonização ocorreu em 15 de maio de 2022.  Minha oração “Homem dedicado ao silêncio e à oração, tendo sua vocação construída aos moldes de Nazaré, nós lhe rogamos que nos dê a graça de não perdermos a fé, mas vivê-la, permitindo que ela cresça cada dia mais, e com ela encontremos o Cristo Nosso Senhor. Amém.” São Carlos de Foucauld, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 01 de dezembro  Comemoração de São Nahum, profeta, que pregou Deus como Aquele que governa o curso dos tempos e julga os povos com justiça. Em Milão, na Transpadânia, agora na Lombardia, região da Itália, São Castriciano, bispo. († s. III) Em Poitiers, na Aquitânia, atualmente na França, Santa Florência, virgem. († s. IV) Em Fréjus, na Provença, atual França, São Leôncio, bispo. († c. 433) Em Le Mans, na Nêustria, hoje na França, São Donolo, bispo. (†581) Em Verdun, na Austrásia, também na hodierna França, Santo Agérico, bispo. († 588) Em Noyon, na Nêustria, igualmente na atual França, Santo Elói, bispo. († 660) Em Cotignola, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato António Bonfadíni, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1482) Em Colchester, na Inglaterra, o Beato João Beche, presbítero da Ordem de São Bento e mártir. († 1539) Em Londres, também na Inglaterra, os santos Edmundo Campion, Rodolfo Sherwin e Alexandre Briant, presbíteros e mártires. († 1581)  Em York, na Inglaterra, o Beato Ricardo Langley, mártir.(† 1586) Em Lisboa, cidade de Portugal, a Beata Maria Clara do Menino Jesus, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras da Imaculada Conceição. († 1899) No campo de concentração de Auschwitz, perto de Cracóvia, na Polônia, o Beato Casimiro Sykulski, presbítero e mártir. († 1941) Em Dire Dawa, cidade da Etiópia, a Beata Liduína Meneguzzi, virgem do Instituto de São Francisco de Sales. († 1941) Em Isiro, localidade da região interior da República Popular do Congo, a Beata Clementina Nengapeta Anuarite, virgem da Congregação das Irmãs da Sagrada Família e mártir. († 1964) Em Sassuolo, na Emília-Romanha, Itália, a Beata Maria Rosa Pellési , virgem da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Cristo. Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova