Santos

São Nicolau de Tolentino, protetor das almas do purgatório

Origens  Nicolau nasceu nas Marcas, em 1245, na diocese de Fermo. Ainda adolescente, conheceu os Agostinianos e foi atraído pela vida monacal, à qual se consagrou em Tolentino. Foi um asceta de sorriso amável, de longas orações e jejuns, sempre acompanhados pela simpatia e a caridade.   Infância e Juventude Desde os sete anos de idade, suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos pobres. Virtudes alinhadas a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos quatorze anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado sacerdote. Semeador da Palavra de Deus Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência Divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em Cristo.  Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e alegria. Vida Penitente  Comia tão pouco, que ficou doente. O seu prior quis dar-lhe um pouco de carne, mas em vão. Chamou-se o prior geral. Nicolau, vencido pela santa obediência que professava, consentiu e engoliu um pedacinho: “Já obedeci, não me aborreçam mais com gulodices”. E Deus curou-o, jejuava a pão e água às segundas, quartas, sextas-feiras e sábados em honra a Maria Santíssima. Tanta austeridade trouxe-lhe dores articulares do estômago e da cabeça e ainda perturbações na vista. Perguntava a si mesmo se tanto rigor agradava ou não a Deus, mas o Senhor apareceu-lhe em sonho e confortou-o. Caindo ele de novo doente, curou-se, por indicação de Nossa Senhora, comendo um pedaço de pão molhado em água, depois de fazer o sinal da cruz. Daí veio o costume de benzer pães em honra de São Nicolau, destinados a robustecer os fracos. Nicolau trazia sobre a pele cadeias metálicas, tecidos ásperos e irritantes. Rezava entre as horas canônicas, a que era notavelmente fiel: de completas ao canto do galo, de matinas até a aurora, da Missa (se não tinha confissões) até terça, e de noite até às vésperas (se não tinha obrigações impostas pela obediência). Rezava na Igreja, perto dum altar ou na cela. Apóstolo do Confessionário Em 1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de compaixão para com todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e de sua santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem. Páscoa No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor, antes de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local tornou-se meta de peregrinação, e os milagres atribuídos a ele não cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. Via de Santificação No ano de 1446, São Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo Papa Eugênio IV. A festa dedicada ao santo foi mantida para o dia de sua morte. Corpo Incorrupto A prodigiosa notícia que temos de São Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo católico. Minha oração “São Nicolau, recorro a ti pelas almas dos meus familiares, aqueles que já faleceram e estão no purgatório esperando a sua purificação. Que alcancemos, pela tua intercessão, a salvação das famílias e dos pecadores. A ti recorremos e pedimos. Amém!” São Nicolau de Tolentino, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 10 de setembro Em Alexandria, no Egipto, São Nemésio, que, caluniosamente denunciado de ser ladrão, foi absolvido deste crime, mas, depois, durante a perseguição do imperador Décio, acusado perante o juiz Emiliano de ser cristão. († 251) Comemoração dos santos Nemesiano e companheiros Félix, Lúcio, outro Félix, Liteu, Poliano, Vítor, Jáder e Dativo, bispos, presbíteros e diáconos. († 257-258) Em Constantinopla, hoje, Istambul, na Turquia, Santa Pulquéria, que defendeu e propagou a verdadeira fé. († 453) Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, Santo Agábio, bispo. († s. V) Em Albi, na Aquitânia, atualmente na França, São Sálvio, bispo, que do claustro foi chamado para esta sede contra a sua vontade e, durante a epidemia da peste, como bom pastor, nunca abandonou a cidade. († 584) Próximo de Speyer, na Renânia da Austrásia, atualmente na Alemanha, a paixão de São Teodardo, bispo de Tongres e mártir, que foi morto quando se dirigia ao rei Quilderico. († c. 670) Em Avranches, na Nêustria, hoje na França, Santo Autberto, bispo, por cuja iniciativa se desenvolveu o culto de São Miguel Arcanjo na ilha de Mont-Tombe. († c. 725) No mosteiro de Lucédio, junto de Vercelas, no Piemonte, região da Itália, o Beato Oglério, abade da Ordem Cisterciense. († 1214) Em Nagasaki, no Japão, os beatos Sebastião Kimura, da Companhia de Jesus, e Francisco Morales, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e cinquenta companheiros mártires.  († 1622) Em Londres, na Inglaterra, Santo Ambrósio Eduardo Barlow, presbítero da Ordem de São Bento e mártir.(† 1641) Num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Tiago Gagnot, presbítero da Ordem dos Carmelitas e mártir. (†1794) Em Madrid, na Espanha, o Beato Leôncio Arce Urrútia, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Fonte: Arquisp.org.br  Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof. Felipe Aquino [Cléofas 2007] Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Pedro Claver, Padroeiro das Missões Católicas entre os Negros

Origens  São Pedro Claver nasceu em Verdú, na Catalunha, em 25 de junho de 1581, e não pertencia a uma família nobre. Fez o noviciado em Tarragona, os estudos filosóficos em Palma de Maiorca; e iniciou os teológicos em Barcelona. Ele ainda não havia terminado seus estudos quando foi destinado à missão de Nova Granada, como era chamada a atual Colômbia.  Missão O jovem desembarcou em Cartagena, em 1610, e foi ordenado sacerdote, em 1616, naquela missão onde, por 44 anos, trabalhou entre os escravos afro-americanos, em um período de forte tráfico. Servo dos Negros Educado na escola do missionário Alfonso de Sandoval, Pedro tornou-se servo dos negros para sempre “Aethiopum semper servus”; na época, todos os negros eram chamados etíopes. As costas litorâneas — onde milhares de pessoas eram abandonadas, arrancadas sem nenhum remorso da sua vida familiar e da sua terra —, transformaram-se em campo de apostolado para o jovem Jesuíta. Cuidado com os  Negros Deportados  Todas as vezes que Pedro era avisado sobre a chegada de novos escravos apinhados nos navios, entrava no mar, com o seu barco, para encontrá-los e levar-lhes comida, ajuda e conforto. Curava as suas feridas, pedia esmola para comprar-lhes vestidos e matar sua fome. Lutava ao lado dos Negros  Despertava em cada um o sentido da própria dignidade humana; levava a fé aos não batizados; encaminhava-os ao conhecimento e à prática das virtudes evangélicas. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor. Sacramento: batizou 400 mil pessoas Aprendeu a língua dos angolanos e serviu-se de outros 18 intérpretes para instruir os escravos. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os quarenta anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura. Pela sua obra incansável, foi acusado de descuidar e profanar os Sacramentos, administrando-os a criaturas que “mal entendiam”. Páscoa Em 1650, adoeceu com a peste: sobreviveu, mas pelo resto da vida não pôde mais trabalhar. Nos últimos quatro anos de sua existência terrena passou imobilizado na enfermaria do convento. O homem que fora a alma da cidade, pai dos pobres e consolador de muitas desgraças, foi completamente esquecido por todos, passando o tempo em oração. São Pedro Claver morreu em 8 de setembro de 1654, na Colômbia. Via de Santificação Em 16 de julho de 1850, foi beatificado por Pio IX e, em 15 de janeiro de 1888, canonizado por Leão XIII, junto com Alfonso Rodriguez. Em 7 de julho de 1896, foi proclamado Padroeiro de “Todas as Missões Católicas entre os Negros”. Minha oração “São Pedro, lhe pedimos que nos ajude a dissipar toda discriminação, toda desigualdade, todo preconceito. Que sejamos portadores da justiça divina e possamos implementar o Reino celeste aqui nessa terra. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!” São Pedro Claver, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 09 de setembro Em Roma, no cemitério “ad Duas Lauros”,  na Via Labicana, São Gorgónio, mártir. († d. 203) Na Sabina, a trinta milhas de Roma, São Jacinto, mártir. († data inc.) No mosteiro de Clonmacnois, junto ao rio Shannon, na Irlanda, São Ciarano ou Querano, presbítero e abade, fundador deste mosteiro. († s. VI) Em Castela, região da Espanha, a Beata Maria de la Cabeza (Maria Toríbia), esposa de Santo Isidro Lavrador, que viveu humilde e laboriosamente a vida eremítica. († s. XII) Em York, na Inglaterra, o Beato Jorge Douglas, presbítero e mártir, natural da Escócia, que era mestre-escola e se tornou sacerdote em Paris. († 1587) Em Münster, na Alemanha, a Beata Maria Eutímia (Ema Üffing), virgem da Congregação das Irmãs da Compaixão. († 1855) Em Gramat, cidade do território de Cahors, na França, o Beato Pedro Bonhomme, presbítero, que se dedicou às missões populares e à evangelização do mundo rural e fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Monte Calvário. († 1861) Em Port-Louis, na ilha Maurícia, no Oceano Índico, o Beato Tiago Desidério Laval, presbítero, médico que se fez missionário na Congregação do Espírito Santo. († 1864) Em Bilbau, no País Basco, na Espanha, o Beato Francisco Gárate Arangúren, religioso da Companhia de Jesus. († 1929) Fonte: vaticannews.va Martirológio Romano Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Arquisp.org.br  Causesanti.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Natividade de Nossa Senhora, o nascimento da Mãe de Deus

Origens  A Natividade da Virgem Maria é uma das festas marianas mais antigas. Imagina-se que a sua origem esteja ligada à festa da dedicação de uma igreja a Maria. Segundo a tradição, era a casa dos pais de Maria, Joaquim e Ana. É localizada em Jerusalém, construída no século IV: a basílica de Santa Ana, é onde nasceu a Virgem. Em Roma, esta festa começou a ser celebrada no século VIII, durante o pontificado do Papa Sérgio I (†8 de setembro de 701).  A Natividade A Igreja católica não costuma celebrar o dia de nascimento dos santos, mas de sua morte. Há, contudo, três celebrações de nascimento: de Jesus Cristo (Natal); de São João Batista (ainda no ventre de Isabel, manifestou-se diante da proximidade de Maria, que esperava Jesus e fora visitar sua parente); e o da própria Virgem Santíssima.            A Tradição Nos Evangelhos não encontramos citações sobre esta festa, tampouco os nomes dos pais de Maria. Só há referências a Virgem Maria quando se trata de ressaltar algum fato que diga respeito ao Salvador. A Palavra de Deus nos mostra, mesmo que de forma discreta, a presença de Maria Santíssima nos momentos centrais da História da Salvação, como na encarnação, a inauguração do ministério de Cristo, a crucifixão, o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo e outros eventos. Contudo, os Evangelhos não nos dão informações a respeito da família de Maria, de sua infância, de sua formação, de seu temperamento, de seu aspecto físico entre outras características.  Mas a tradição faz menção no Protoevangelho de Tiago, apócrifo escrito no século II. Entretanto, o acontecimento fundamental da vida de Maria continua sendo a Anunciação. Relevância da Festividade A maravilha deste nascimento não está no que os apócrifos narram com grande detalhe e engenhosidade. Está no significativo passo em frente que Deus leva na realização do seu eterno desígnio de amor. Por isso, a festa de hoje foi celebrada com magníficos louvores por muitos Santos Padres, que se basearam em seu conhecimento da Bíblia e em sua sensibilidade poética e ardor O Exemplo é Maria Maria é uma mulher que deve ser imitada pela sua confiança, mormente nos momentos mais obscuros da vida do seu Filho Jesus. Isso e muitas outras coisas explicam o fato do Povo de Deus recorrer a Ela para encontrar refúgio, conforto, ajuda e proteção. A Igreja considera Maria como a Mãe de Deus, mas também como a discípula. Maria foi exemplo e modelo de vida cristã: pela sua fé, obediência ao seu Filho, caridade com a prima Isabel e nas Bodas de Caná.  A Celebração A Natividade de Nossa Senhora é celebrada nove meses depois da celebração da solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro). É toda a Igreja que faz o convite:  “Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria! (...) Que a criação inteira se alegre, festeje e cante a natividade de uma santa mulher, porque ela gerou para o mundo um tesouro imperecível de bondade, e porque por ela o Criador mudou toda a natureza humana em um estado melhor!”  (S. João Damasceno – século VIII) Protetora e Padroeira  Nossa Senhora da Natividade é padroeira e protetora das costureiras. Além dos cozinheiros, dos destiladores, dos fabricantes de alfinetes e panos e da hospedaria. Minha oração “No dia do teu aniversário, quero louvar a Deus e celebrar a grande graça que é ter te recebido como Mãe. Obrigado, por tanto carinho e proteção, obrigado por todas as graças que recebo de ti diariamente. Seja hoje  e sempre nossa Senhora!” Nossa Senhora da Natividade, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 08 de setembro Em Roma, a comemoração de Santo Adrião, mártir, que padeceu o martírio em Nicomédia. († data inc.) Em Alexandria, no Egipto, os santos Fausto, Dio e Amónio, presbíteros e mártires, que, na perseguição do imperador Diocleciano, receberam a coroa do martírio juntamente com o bispo São Pedro. († c. 311) Em Bagrevand, cidade da antiga Armênia, Santo Isaac, bispo, que, para fortalecer a vida cristã do povo, traduziu a Sagrada Escritura e a Liturgia para a língua armena. († 438) Em Roma, junto de São Pedro, o sepultamento de São Sérgio I, papa, de origem síria, que se dedicou intensamente à evangelização dos Saxões e dos Frisões. († 701) Em Frísia, cidade da Baviera, na atual Alemanha, São Corbiniano, que, tendo sido ordenado bispo e enviado a pregar o Evangelho na Baviera. († 725) Em Pébrac, no território de Le Puy-en-Velay, na França, São Pedro de Chavanon, presbítero. († c. 1080) Em Pesaro, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, a Beata Serafina Sforza. († 1478) Em Valência, na Espanha, São Tomás de Vilanova, bispo, que, sendo eremita sob a regra de Santo Agostinho. († 1555) Em Durham, na Inglaterra, os beatos mártires Tomás Palaser, presbítero, João Norton e João Talbot, que foram condenados à morte no reinado de Isabel I. († 1600) Em Cartagena, na Colômbia, o dia natal de São Pedro Claver, presbítero da Companhia de Jesus, cuja memória se celebra amanhã. († 1654) Em Nagasaki, no Japão, os beatos António de São Boaventura, da Ordem dos Frades Menores, Domingos Castellet, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e vinte companheiros, mártires. († 1628) Em Marselha, na França, o passamento do Beato Frederico Ozanam, homem ilustre pela sua cultura e piedade. († 1853) Em Almeria, no litoral da Andaluzia, região da Espanha, os beatos José Cecílio , Teodemiro Joaquim e Evêncio Ricardo, mártires, da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. († 1936) Em Alcoy, povoação próxima de Alicante, na Espanha, o Beato Marino Blanes Giner, mártir, pai de família. († 1936) Em Paterna, no território de Valência, na Espanha, o Beato Ismael Escrihuela Esteve, mártir, pai de família.(† 1936) Em Villarreal, no território de Castellón, na Espanha, o Beato Pascoal Fortuño Almela, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. († 1936) Em Buñol, próximo de Valência, na Espanha, as beatas Josefa de São João de Deus e Maria das Dores de Santa Eulália, virgens da Congregação das Irmãs dos Anciãos Desamparados e mártires. († 1936) Em Madrid, na Espanha, o Beato Teódulo González Fernández, religioso da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) No cemitério de Montcada, na Catalunha, na Espanha, os beatos mártires Barnabé, religioso da Congregação dos Irmãos Maristas, e Baudílio, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Vic, perto de Barcelona, na Espanha, a Beata Apolónia Lizárraga do Santíssimo Sacramento, virgem da Congregação das Irmãs Carmelitas da Caridade Vedruna e mártir. († 1936) Em Villa de Don Fradique, na região de Castela la Mancha,na Espanha, o Beato Miguel Beato Sánchez, presbítero de Toledo e mártir. († 1936) No campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Adão Bargielski, presbítero e mártir. († 1942)  Em Gross-Rosen, localidade da Alemanha, o Beato Ladislau Bladzinski, presbítero da Congregação de São Miguel e mártir.  († 1944) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof. Felipe Aquino [Cléofas 2007] Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Beato Vicente de Santo Antônio, missionário no Oriente

Origens  Beato Vicente de Santo Antônio nasceu no Castelo de Albufeira em 1590. Seus pais, António Simões e Catarina Pereira, educaram-no na piedade e nos bons costumes; passada a infância, enviaram-no para Lisboa, onde, depois de ter revelado um talento multiforme ao longo da carreira eclesiástica, ordenou-se sacerdote aos 27 anos. Vida Religiosa Quatro anos depois, em 1621, já estava no México, onde entrou na Ordem de Santo Agostinho. Feita a profissão, cedo sentiu inflamar a alma dele para o fervor das missões, com aspirações ao martírio na perseguição religiosa do Japão; e para lá partiu em 1623. Missão no Japão Uma vez chegado, mudou de traje e de nome, fazendo-se caixeiro ambulante pelas ruas de Nagasaki, para poder entrar nas casas e introduzir-se nas famílias, onde converte os pagãos, consola e encoraja os cristãos perseguidos. E assim, infatigavelmente, durante alguns anos, trabalhou em contínuas catequeses, pregações e administração dos sacramentos. Páscoa Descoberto e preso em 1629, procuram fazê-lo renegar a sua fé cristã, religiosa e sacerdotal, sujeitando-o a cinco banhos sucessivos de água a ferver. Mas ele manteve-se invulnerável até ao derradeiro combate, a tormento do fogo. Constância de mártir e perseverança de apóstolo foram os dois maiores clarões desta ascensão à glória, que ficaram ainda mais expressamente estampados nas fervorosas cartas dos seus últimos dias, como nos últimos discursos que, até ao momento do martírio, dirigia aos circunstantes, cristãos e infiéis. Beatificação Foi beatificado pelo Beato Pio IX, em 7 de julho de 1867, após a promulgação do decreto do martírio, em 26 de fevereiro de 1866. A beatificação ocorreu com outros 205 mártires vítimas da perseguição japonesa. A causa foi denominada "Alfonso Navarrete Benito, Pietro d'Ávila, Carlo Spinola, Gioacchino Díaz Hirayama, Lucia De Freitas e 200 companheiros ". Desses, 33 anos da Companhia de Jesus; 23 entre religiosos e terciários agostinianos; 45 entre religiosos e terciários dominicanos; 28 entre Frades Menores e Terciários Franciscanos.  Todos os outros filhos de fé leiga, todos os membros da Confraternita del Rosario, alguns assassinados juntamente com o cônjuge e os filhos. Ao celebrar-se, em 1967, o primeiro centenário da beatificação dos martirizados no Japão, a vila de Albufeira quis comemorar, com um congresso a propósito, o valor, a santidade e a ação missionária do seu emérito filho, o Beato Vicente de Santo Antônio, Festividade As celebrações realizaram-se nos fins de Agosto e até 3 de Setembro, data do martírio do bem-aventurado sacerdote e missionário, ficando, desde esses dias, a atestar vida e ação gloriosa uma estátua na sua terra natal. Minha oração “Dai-nos um espírito missionário semelhante ao vosso, dedicado sempre à evangelização em nossa realidade, abertos às necessidades do nosso tempo, para que o nome de Jesus seja amado e adorado em todos os cantos da Terra. Amém!” Beato Vicente de Santo Antônio, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 7 de setembro Em Alésia, na Gália, hoje Alise-Sainte-Reine, na França, Santa Regina, mártir. († data inc.) Em Pompeiópolis, na Cilícia, na hodierna Turquia, São Sozonte, mártir. († data inc.) Em Benevento, na Campânia, região da Itália, os santos mártires Festo, diácono, e Desidério, leitor. († s. IV) Em Orleães, na Gália Lionense, hoje na França, Santo Evúrcio, bispo. († s. IV) Em Aosta, nos Alpes Graios, atualmente na Itália, São Grato, bispo. († s. V) Em Breuil, no território de Troyes, na França, os santos Memório e companheiros, mártires, que, segundo a tradição, foram mortos por Átila, rei dos Hunos. († s. V) Em Châlons-sur-Marne, na Gália Lionense, hoje na França, Santo Alpino, bispo, que foi discípulo de São Lopo de Troyes. († s. V) Em Nogent-sur-Seine, no território de Paris, também na atual França, São Clodoaldo, presbítero, de família régia. († 560) Em Albi, na Aquitânia, também na hodierna França, Santa Caríssima, virgem reclusa. († s. VI/VII) Em Maubeuge, no território do Hainaut, na Austrásia, atualmente também na França, Santa Madelberta, abadessa, que sucedeu a sua irmã, Santa Adeltrudes. († c. 705) Na Flandres, território da Austrásia, na atual Bélgica, a comemoração de Santo Hilduardo, bispo. († c. 760) Em Toul, cidade da Lorena, na hodierna França, São Gauzelino, bispo, que promoveu a observância monástica. († 962) Em Gúbbio, na Úmbria, região da Itália, São João de Lódi, bispo, que foi companheiro de São Pedro Damião nas suas missões pontifícias. († c. 1106) Em Die, na França, Santo Estêvão de Châtillon, bispo. († 1208) Em Kosice, nos montes Cárpatos, na hodierna Eslováquia, os santos mártires Marcos Crisino, presbítero de Esztergom, Estêvão Pongracz e Melchior Grodziecki, presbíteros da Companhia de Jesus. († 1619) Em Nagasaki, no Japão, os beatos mártires Tomás Tsuji, presbítero da Companhia de Jesus, Luís Maki e seu filho João. († 1627) Em Londres, na Inglaterra, os beatos Randolfo Corby, da Companhia de Jesus, e João Duckett, presbíteros e mártires. († 1644) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, os beatos Cláudio Barnabé Laurent de Mascloux e Francisco d’Oudinot de la Boissière, presbíteros e mártires. († 1794) Na ilha de Woodlark, na Oceania, o Beato João Baptista Mazzucóni, presbítero do Instituto para as Missões Estrangeiras de Milão e mártir. († 1855) Em Parma, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Eugênia Picco, virgem da Congregação das Pequenas Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. († 1921) Em Varsóvia, a Polônia, o Beato Inácio Klopotowski, presbítero da diocese de Lublin, fundador da Congregação de Nossa Senhora de Loreto. († 1931) Em Gandia, cidade da região de Valência, na Espanha, a Beata Ascensão de São José de Calasanz (Ascensão Lloret Marco), virgem do Instituto das Irmãs Carmelitas da Caridade e mártir. († 1936) Em Hueva, perto de Guadalajara, também na Espanha, o Beato Félix Gómez-Pinto Piñero, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, os beatos mártires António Maria de Jesus (António Bonet Seró), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços, e Marcelo de Santa Ana (José Maria Masip Tamarit), religioso da mesma Ordem. ( † 1936) Em Toledo, também na Espanha, o Beato Tirso de Jesus Maria (Gregório Sánchez Sancho), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir. ( † 1936) Fonte: Martirológio Romano Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Santiebeati.it - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Liberato de Loro, nobre e abdicando de seu título, tornou-se frade

Origens  Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem Liberato, ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção a Virgem Maria, abandonou toda riqueza e conforto para seguir a vida religiosa. Liberato foi um nobre que se tornou frade. Renúncia e Vida Religiosa Renunciou às terras e ao título de senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio, em favor de seu irmão Gualtério, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino. Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas, retirou-se ao pequeno e ermo Convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Lá, vestiu o hábito da Ordem dos Frades Menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes valeu-lhe a fama de santidade. Contemplação à Obra de Deus Em "Florzinhas de São Francisco", encontramos o seguinte relato sobre ele: “No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a elevar-se do chão. Por onde andava, os pássaros o acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas, quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, à penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos dedicaram-lhe grande consideração.” Páscoa Quando atingiu a idade de 45 anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada; por outro lado, recusava-se a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou quando estava em oração preparando-se para a morte.  Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos, aproximou-se de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e suplicou-lhe, em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse tal merecimento. Chamando-o por seu nome, a Virgem Maria respondeu: "Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para confortar-te antes de tua partida desta vida". Assim, frei Liberato ingressou na vida eterna, numa data incerta do século XIII. Via de Santificação No século XV, o culto a Liberato de Loro era tão vigoroso que, nas terras dos Brunfortes, recebeu autorização para ser chamado São Liberato. Até o novo convento, construído por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram, também, uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente é o Santuário de São Liberato.  Somente no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica para ser chamado santo. A festa de São Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 6 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato na sua terra natal. Minha oração “Ao deixar toda a sua nobreza para tornar-se frade, ensinou-nos o desapego das honras e riquezas. Intercedei por nós, para que saibamos usar os bens sem nos apegarmos a eles. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.” São Liberato de Loro, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 06 de setembro Comemoração de São Zacarias, profeta, que vaticinou o regresso do povo no exílio à terra prometida e anunciou a vinda de um rei pacífico. Comemoração de Santo Onesíforo, que muitas vezes reconfortou São Paulo em Éfeso. Comemoração dos santos mártires Donaciano, Presídio, Mansueto, Germano e Fúsculo, bispos na África Setentrional. Com eles se comemora também Leto, bispo de Nepta, na Bizacena, atualmente na Tunísia. († s. V) Em Spoleto, na Úmbria, região da Itália, Santo Eleutério, abade, que é louvado pelo papa São Gregório Magno pela sua exímia simplicidade e compunção de espírito. († s. VI) Em Laon, na Gália, atualmente na França, São Canoaldo, bispo, discípulo de São Columbano, que foi o seu único auxiliar no ermo de Bregenz. († c. 632) No litoral de Cumberland, região da Inglaterra, numa cidade depois chamada com o seu nome, Santa Bega, monja. († c. 660) No mosteiro de Füssen, cidade da Baviera, na Alemanha, São Magno, abade. († s. VIII) No mosteiro cisterciense de Le Bouchet, próximo de Orange, na Provença, região da França, a comemoração do Beato Beltrando de Garrigues, presbítero.(† c. 1230) Em Gata de Gorgos, localidade da província de Alicante, na Espanha, o Beato Diogo Llorca Llópis, presbítero e mártir. († 1936) Em Carcaixent, localidade da província de Valência, também na Espanha, o Beato Pascoal Torres Lloret, mártir, pai de família. († 1936) Em Gijón, também na Espanha, o Beato Vídal Ruiz Vallejo, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e mártir. († 1936) Em Varsóvia, na Polônia, o Beato Miguel Czartoryski, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1944) Fonte: Martirológio Romano Arquisp.org.br  Santiebeati.it - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Teresa de Calcutá, fundadora, missionária e mãe dos pobres

Origens  Agnes Gonxha Bojaxhiu, a futura Madre Teresa nasceu em uma família albanesa, em Skopje, no dia 26 de agosto de 1910. Foi batizada com o nome de Gonxha Agnes. Desde pequena, foi acostumada, pelos seus pais, a viver louvando ao Senhor e ajudando os mais necessitados. Não causa surpresa, portanto, quando, aos dezoito anos, fez a escolha de se tornar missionária. Missão na Índia Em setembro de 1928, Agnes deixa a sua casa e entra para o Instituto da Bem-aventurada Virgem Maria em Dublin. Ali, recebeu o nome de Maria Teresa. No ano seguinte, foi para a Índia, onde, por quase 20 anos, viveu feliz em uma escola da sua Congregação, lecionado aos jovens ricos da região. Em 10 de setembro de 1946, ocorreu o que Madre Teresa definia como a sua “chamada na chamada”. Naquele dia, Jesus revela-lhe a sua tristeza pela indiferença e o desprezo dos pobres, e pede à religiosa para ser o reflexo da sua Misericórdia: “Venha, seja minha luz. Não posso caminhar sozinho”. Missionárias da Caridade Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Madre Teresa funda as Missionárias da Caridade, veste o sári indiano e inicia a sua nova missão entre os últimos de Calcutá: os descartados, aqueles que “não são queridos, não amados, não cuidados”. Logo se unem a ela as suas ex-alunas.  Em poucos anos, a Congregação – reconhecida, em 1950, pelo arcebispo de Calcutá e, em 1965, por Paulo VI –, difundiu-se por todas as partes do mundo, onde os pobres precisam de ajuda e, sobretudo, de amor: foram abertas casas na África e na América Latina, mas também nos Países comunistas e até na União Soviética. A sua figura torna-se cada vez mais popular no mundo todo. Mas quando lhe perguntam qual o “segredo do seu sucesso”, ela responde com simplicidade impressionante: “Rezo”. Relação Fraterna com Papas Estimada profundamente pelo Papa Paulo VI que, ao término da sua viagem à Índia, deu de presente aos “seus pobres” seu papamóvel. Madre Teresa teve uma relação fraterna com o Papa João Paulo II. Foi memorável a visita que o Papa polonês fez à sua casa, em Calcutá, onde a Madre acolhia os moribundos. Foi precisamente o Papa Wojtyla que quis a presença das Missionárias da Caridade no Vaticano, em uma estrutura denominada “Dom de Maria”. Caridade e Amor à vida  Toda a vida e a obra de Madre Teresa oferecem testemunho da alegria de amar e do valor das pequenas coisas feitas com fidelidade e com amor. Ainda hoje, os sinais da sua presença são tangíveis através das suas obras que as Missionárias da Caridade levam adiante em todo o mundo. Sempre pronta a inclinar-se diante dos pobres e necessitados. Madre Teresa dedicou-se, com todas as suas forças, à defesa da vida nascente. Inesquecível o seu discurso na entrega do Prêmio Nobel da Paz, em 17 de outubro de 1979: “O maior destruidor da paz – afirmou na ocasião – é o aborto”. E frisou: “A vida das crianças e dos adultos é sempre a mesma vida. Toda existência é a vida de Deus em nós”. Páscoa Nos últimos anos da sua vida, apesar da sua enfermidade e da “noite escura do espírito”, ela não poupou esforços e continuou a se dedicar, incessantemente, às necessidades dos que mais precisavam. Madre Teresa faleceu no dia 5 de setembro de 1997 em Calcutá. Seu corpo foi transferido para a Igreja de San Tommaso, adjacente ao Convento de Loreto, onde ela havia chegado quase 69 anos antes. Centenas de milhares de pessoas de todas as classes sociais e religiões vieram da Índia e do exterior para homenageá-la. Recebeu um funeral de Estado em 13 de setembro. Depois que o cortejo fúnebre passou em procissão pelas ruas de Calcutá, foi sepultada na Casa Mãe das Missionárias da Caridade; seu túmulo tornou-se um destino de peregrinação para pessoas de todas as religiões. Obra Missionária  Após sua páscoa, as suas Irmãs estavam presentes em 610 casas de missão e espalhadas em 123 países do mundo. Sinal de que a misericórdia não tem confins e atinge a todos, sem nenhuma distinção. “Talvez eu não saiba falar a sua língua, mas posso sorrir”, como costumava dizer sempre. Milagre no Brasil O processo de canonização de Madre Teresa teve início com um milagre envolvendo um brasileiro. Marcílio Haddad Andrino, morador da cidade de Santos (SP), foi diagnosticado com hidrocefalia e uma infecção no cérebro. Foi curado após sua esposa rezar pedindo a intercessão de Madre Teresa de Calcutá. Via de Santificação Menos de dois anos depois da sua morte, por causa da sua grande fama de santidade e das graças obtidas pela sua intercessão, São João Paulo II permitiu a abertura da Causa de Canonização. Em 19 de outubro de 2003, foi proclamada beata. Foi canonizada em 04 de setembro de 2016, pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro.  Minha oração “Mãe dos pobres, quanta dor ao ver as dificuldades dos nossos irmãos que sofrem com as misérias, dai a nós a mesma disponibilidade e abertura de coração para com essas realidades. Queremos ser instrumentos de cuidado e amor para com todos os nossos irmãos. Amém!” Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 05 de setembro Em Porto Romano, perto do atual Fiumicino, na Itália, os santos Aconto, Nono, Herculano e Taurino, mártires. († data inc.) Em Cápua, na Campânia, região da Itália, São Quinto, mártir. († data inc.) Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos mártires Urbano, Teodoro, Menedemo e companheiros. († 370) No território de Therouanne, na Flandres, atualmente na França, São Bertino, abade de Sithieu. († c. 698) Em Tortona, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, Santo Alperto, que é considerado o fundador e primeiro abade do mosteiro de Bútrio, perto de Pavia. († c. 1073) Na Dalmácia, na hodierna Croácia, o Beato João o Bom de Siponto, abade, que edificou o mosteiro de São Miguel no litoral da Dalmácia, frente ao monte Gargano. († s. XII) Em Ripon, na Inglaterra, o Beato Guilherme Browne, mártir, que, condenado à morte, no reinado de Jaime I. († 1605) Num sórdido barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Florêncio Dumontet de Cardaillac, presbítero e mártir. († 1794) Em Nihn Tai, cidade do Tonquim, no atual Vietnam, os santos mártires Pedro Nguyen Van Tu, presbítero da Ordem dos Pregadores, e José Huang Luong Canh, médico,  que foram degolados em ódio ao nome de Cristo. († 1838) Fonte: vaticannews.va Martirológio Romano Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Causesanti.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Bonifácio, grande pacificador

[caption id="attachment_11914" align="aligncenter" width="300"] Papa[/caption] Origens Seu pai era um padre romano chamado Giocondo, numa época em que ainda não existe uma legislação totalmente definida sobre o celibato eclesiástico. Muitos padres já a praticam espontaneamente; no entanto, a ordenação de homens casados ​​também era permitida. Todavia, o casamento era proibido para aqueles que já são diáconos ou sacerdotes.  Período de lutas e divisões Bonifácio, culto e equilibrado, já está à frente nos anos em que o fizeram Papa. Certamente, não pacificamente, devido à disputa interna durante o curto pontificado anterior do Papa Zósimo. Também há divisão entre o clero e o povo romano. Enquanto a maioria do clero e do povo elegem Bonifácio, outros, no mesmo dia, elegem o arquidiácono Eulalio, imediatamente reconhecido pelo imperador ocidental Honório, que reside em Ravena. Portanto, Papa e antipapa. Então, a maioria se rebela; e, para restabelecer a paz, o imperador proíbe ambos de celebrar os ritos da Páscoa do ano 419, em Roma. Assim, Bonifácio pôde finalmente começar a trabalhar.  Indicador da Paz  Agora ele é Papa legítimo: mas também infeliz. Antes dele, a Igreja era desajeitadamente governada pelo Papa Zósimo, de origem grega, disposto, mas inexperiente, interveio nas doutrinárias na África e na Gália com a intenção de trazer a paz, mas com iniciativas que agravaram ainda mais o conflito. Bonifácio, com seu melhor conhecimento dos problemas, consegue acalmar as tensões entre os bispos e os fiéis. Então, ele sabe como minar pacificamente as manobras do imperador Teodósio II do Oriente: estes, já politicamente senhores dos territórios balcânicos, também gostariam de controlá-los no plano religioso, colocando-os sob o patriarca de Constantinopla (que é nomeado pelo dele). O Papa Bonifácio se opõe ao projeto e o verifica, evitando qualquer risco de conflito. Amigo dos Santos Ele tem fama de erudito, é amigo de Santo Agostinho; e recebe cordialmente seu amigo Alipius, bispo de Tagaste, em Roma. Assim, após o tumulto, Bonifácio eleva o prestígio da Sé Romana e devolve-lhe a tranquilidade. Quando ele morre, eles o enterram na Via Salaria, perto do túmulo da mártir Felicidade. Isso pode ser um lembrete de sua dramática estreia como papa. De fato, parece que justamente naquele lugar da Via Salaria ele encontrou refúgio nos dias conturbados da dupla eleição papal, quando os partidários de Eulálio - apoiados pelos altos funcionários imperiais - eram mais ameaçadores. Nesse local, Bonifácio construiu um oratório e providenciou a decoração do túmulo de Felicidade e de um de seus filhos, Silvano. Minha oração “Apaziguador de conflitos e orientador da paz, guiai as famílias, os governantes, empresários, entre outros, para que sejam despertados para essa realidade. Conduza a Igreja, nos seus diversos carismas, para o mesmo modelo de união. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!” São Bonifácio, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 04 de setembro Comemoração de São Moisés, profeta, que Deus escolheu para libertar o seu povo do Egipto e conduzi-lo à terra prometida. Este servo de Deus morreu com avançada idade no monte Nebo, na terra de Moab, diante da terra da promessa. Em Cabillonum, na Gália Lionense, hoje Chalon-sur-Saône, na França, São Marcelo, mártir. († s. III/IV) Em Chartres, na Nêustria, atualmente na França, São Calétrico, bispo. († a. 573) Em Heresfeld, na Saxónia, atualmente na Alemanha, Santa Ida, viúva do duque Egberto, insigne pela sua caridade para com os pobres e oração assídua. († 825)  Em Mende, na Aquitânia, atualmente na França, São Fredaldo, bispo e mártir. († c. s. IX) Em Colónia, na Lotaríngia, hoje na Alemanha, Santa Irmgarda ou Irmengarda, condessa de Süchteln, que ofereceu todos os seus bens para a construção de igrejas. († c. 1089) Em Palermo, na Sicília, região da Itália, Santa Rosália, virgem, de quem se narra ter seguido vida solitária no monte Peregrino. († s. XII) Em Caramagna, no Piemonte, também região da Itália, a Beata Catarina Mattei, virgem, religiosa das Irmãs da Penitência de São Domingos, que suportou com admirável caridade e grande virtude a longa enfermidade, as calúnias e todas as tentações. († 1547) Em Thúsis, localidade da Récia, hoje na Suíça, o Beato Nicolau Rusca, presbítero e mártir, homem de profunda cultura e generosa dedicação pastoral, que morreu vítima dos conflitos politico-religiosos do seu tempo. († 1618) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Cipião Jerónimo Brigéat de Lambert, presbítero e mártir, cónego de Avranches, que, na perseguição religiosa durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi aprisionado na galera em condições desumanas e aí morreu de fome e inanição. († 1794) Em Sillery, cidade do Québec, província do Canadá, a Beata Maria de Santa Cecília Romana (Maria Dina Bélanger), virgem da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria, que suportou durante vários anos uma grave enfermidade, confiando só em Deus. († 1929) Em Oropesa, próximo de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato José Pascoal Carda Saporta, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, em ódio à religião foi conduzido ao glorioso martírio. († 1936) Em Teulada, povoação próxima de Alicante, também na Espanha, o Beato Francisco Sendra Ivars, presbítero e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé. († 1936) Próximo de Genovés, povoação da província de Valência, também na Espanha, o Beato Bernardo de Lugar Nuevo de Fenollet (José Bleda Grau), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na mesma perseguição, venceu gloriosamente o seu combate por Cristo. († 1936) Em Villanueva del Arzobispo, perto de Jaén, também na Espanha, o Beato José de Jesus Maria (José Vicente Hormaechea y Apoitia), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vatican.news Santiebeati.it - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

Santa Rosália, virgem que levou uma vida de penitência e alimentada pela Eucaristia

Origem da devoção Na Sicília, existe um culto muito intenso a três jovens santas virgens, Lúcia de Siracusa; Ágata, padroeira de Catania; e Rosália, padroeira de Palermo. O seu culto estendeu-se a todos os países onde chegaram as hostes de emigrantes sicilianos, que trouxeram consigo a memória pungente da sua ilha natal e das suas tradições, juntamente com o culto sincero e profundo aos três santos sicilianos. Mas Lúcia de Siracusa († 304) e Santa Ágata de Catania († 250 ca.) foram martirizadas durante as perseguições contra os primeiros cristãos. Já santa Rosália é uma virgem não mártir, que viveu muitos séculos depois e se tornou a padroeira de Palermo, em 1666, com um culto oficial estendido a toda a Sicília. No entanto, a "Santuzza", como é carinhosamente chamada pelos palermitanos, estabeleceu-se como uma das santas mais conhecidas e veneradas no cristianismo siciliano e em particular no de Palermo; ainda hoje, em qualquer parte do mundo, os palermitanos se encontram, trocam a saudação "Viva Palermo e Santa Rosália!". Mesmo com lendas de seu passado, não há como negar a santidade Infelizmente, há pouca informação sobre sua vida, em parte lendária, mas gostaria de considerar com o escritor florentino Piero Bargellini que: “É bem verdade que as lendas são como o vilucchio (trepadeira) em volta do caule da planta; a planta já estava lá antes que o vilucchio a envolvesse. Então, já existia a santidade antes que a lenda a cobrisse com suas flores fantásticas”. E isso é verdade para todos os santos que em tantos séculos e lugares deram a vida, muitas vezes sofrendo o martírio, permaneceram ignorados, às vezes até por muito tempo, até que sua existência, seu sacrifício, suas virtudes heróicas fossem conhecidas pelo povo de Deus e da Igreja. Suas origens É o caso de Santa Rosália que nasceu em Palermo no século XII e, segundo os antigos livros litúrgicos, morreu em 4 de setembro de 1160 com a idade de 35 anos. Diz a lenda que era filha do duque Sinibaldo, senhor feudal, senhor de Quisquinia e Rose, localidades situadas entre Bivona e Frizzi, na zona de Palermo, e de Maria Guiscarda, prima do rei normando Rogério II; muito jovem, foi chamada ao Palazzo dei Normanni, à corte da rainha Margherita, esposa de Guilherme I da Sicília (1154-1166); sua beleza atraiu a admiração de nobres cavaleiros; segundo a tradição popular, o pretendente mais assíduo foi Balduíno, o futuro rei de Jerusalém. Rosália viveu naquele feliz período de renovação cristã-católica que os reis normandos restabeleceram na Sicília, depois de expulsarem os árabes que a haviam tomado de 827 a 1072; favorecendo a expansão dos mosteiros basilianos na Sicília oriental e dos beneditinos na Sicília ocidental; apreciando também a obra religiosa e monástica dos cartuxos de São Bruno e o cisterciense de São Bernardo de Clairvaux. Fervor e renovação religiosa Nesta atmosfera de fervor e renovação religiosa, enraizou-se a vocação eremítica da jovem nobre Rosália; deve-se dizer que, naquela época, o eremita florescia naqueles séculos, tanto no campo masculino quanto no feminino. A exemplo dos anacoretas, que abandonavam o seu conforto e a sua vida ativa, retiravam-se para uma gruta ou cela, geralmente nas imediações de uma igreja ou convento, para poderem participar nas funções litúrgicas e ao mesmo tempo ter uma vida religiosa e assistência de monges próximos; então Rosália retirou-se para uma gruta do feudo paterno de Quisquina a cerca de 90 km de distância de Palermo, nas montanhas Sicani, na província de Agrigento no território de Santo Stefano Quisquina, perto de um convento de monges basilianos. Dali, a jovem eremita, após um período indefinido de penitência, mudou-se para uma caverna no Monte Pellegrino, um promontório estupendo em Palermo; ao lado de uma igreja bizantina pré-existente, em uma cela construída sobre o poço ainda existente. Fama de santidade e Páscoa Também aqui nas redondezas, os beneditinos tinham um convento e puderam acompanhar e ser testemunhas da vida eremita e contemplativa de Rosália, que vivia na oração, na solidão e na mortificação; muitos palermitanos subiram a montanha atraídos por sua reputação de santidade. Segundo a tradição, ela morreu em 4 de setembro, presumivelmente no ano de 1160. Mais tarde, ela foi objeto de culto com a construção de igrejas a ela dedicadas em várias áreas da Sicília, bem como a capela já no Monte Pellegrino e reproduzida em imagens na catedral de Palermo e Monreale; uma igreja foi construída longe, em Rivello (Potenza) na diocese de Policastro. Após sua morte Mas, no início de 1600, seu culto havia expirado a tal ponto que ela não era mais invocada nas ladainhas dos santos padroeiros de Palermo; no entanto, isto não exclui um culto ininterrupto ainda que de tom menor, que se prolongou nos quatro séculos e meio, que vão desde a sua morte até 1600. Até ao início do século XVI, os chamados “eremitas de santa Rosalia” vivendo em algumas cavernas próximas àquela onde tradicionalmente viveu e morreu o jovem eremita. Em meados do séc. XVI, o vice-rei Giovanni Medina mandou edificar, junto à gruta, um convento adaptado à igreja da "Ordem Franciscana Reformada de Santa Rosália e Monte Pellegrino". Em todo caso, estudiosos hagiógrafos encontraram documentos que atestam, já em 1196, e nas décadas seguintes, que a eremita era chamada de "Santa Rosália". Uma recuperação por sua intercessão  E chegamos a 26 de maio de 1624, quando uma mulher (Girolama Gatto) com uma doença terminal, viu em sonho uma menina vestida de branco, que prometia sua recuperação se ela jurasse subir ao Monte Pellegrino para agradecer-lhe. A mulher subiu a montanha com duas amigas, estava novamente com febre quartã, mas assim que bebeu a água, na qual pinga da gruta, sentiu-se curada, caindo num torpor repousante e aqui a jovem vestida de branco reapareceu para ela, sendo reconhecida como Santa Rosália, que lhe mostrou o local onde estavam enterradas as suas relíquias. Encontro de suas relíquias  A coisa foi relatada aos frades franciscanos eremitas do convento próximo, que já no século XVI com seu superior Benedetto il Moro (1526-1589), havia tentado encontrar as relíquias (restos mortais) sem sucesso; então retomaram a busca, auxiliados por três fiéis, até que em 15 de julho de 1624, a uma profundidade de quatro metros, encontraram uma pedra de seis palmos de comprimento e três de largura, aos quais os ossos aderiram. Por ordem do cardeal arcebispo de Palermo Giannettino Doria, a pedra foi transferida para a cidade em sua capela privada, onde foi examinada com os restos encontrados por teólogos e médicos; o resultado foi decepcionante, tendo-se acordado que os ossos poderiam pertencer a mais de um corpo e então nenhum dos três crânios encontrados parecia pertencer a uma mulher. Prática da devoção a santa Rosália, apoiada pelo cardeal O cardeal, não convencido, nomeou uma segunda comissão; enquanto isso Palermo foi atingido pela peste no verão de 1624, fazendo milhares de vítimas (a mesma epidemia que atingiu Milão e descrita por Manzoni em seu 'Os Noivos'). O cardeal reuniu pessoas e autoridades na catedral e todos juntos pediram ajuda a Nossa Senhora, fazendo voto de defender o privilégio da Imaculada Conceição de Maria, argumento conflitante na Igreja da época e, ao mesmo tempo, declara Santa Rosália padroeira principal de Palermo, venerando suas relíquias quando seriam reconhecidas. A tudo isso se acrescenta a descoberta de dois pedreiros de Palermo, que trabalhando no convento dominicano de São Stefano, encontraram em uma caverna em Quisquina, em 24 de agosto de 1624, uma inscrição latina desconhecida de todos, que se acredita ter sido gravada pela mesma Santa Rosália quando lá viveu e que disse: "Eu Rosália, filha de Sinibaldo, senhor de Quisquina e (del Monte) delle Rose, por amor de meu Senhor Jesus Cristo, decidi viver nesta gruta", que confirmou a ermida anterior, seguida da do Monte Pellegrino. Confirmação Em 11 de fevereiro de 1625, a nova comissão estabeleceu que os ossos pertenciam a apenas uma pessoa claramente feminina, dos três crânios, descobriu-se que dois eram uma jarra de terracota e uma pedra, enquanto o terceiro, que parecia muito grande, foi ampliado por depósitos calcários, que ao serem removidos revelavam um crânio feminino; a primeira comissão também reexaminou os restos mortais e concordou com o resultado da segunda comissão. A isso se somou a um prodígio. Um homem, tendo morrido de peste, e Vincenzo Bonelli, não tendo informado, fugiu para o Monte Pellegrino e lá, a "Santuzza" apareceu para ele, prevendo sua morte pela peste e ordenando-lhe, se ele queria a proteção para a sua alma, deveria dizer ao cardeal que não se duvida mais da autenticidade das relíquias e as carregasse em procissão pela cidade, só assim acabaria a peste. Basílica com as relíquias e devoção De volta à cidade, Vincenzo Bonelli realmente adoeceu com a peste e antes de morrer confessou o que lhe fora revelado. Em 9 de junho de 1625, a urna construída especialmente para as relíquias foi levada em procissão com a participação de toda a população e com grande solenidade; a peste começou a regredir, e, no dia 15 de julho, quando foi feita a peregrinação ao Monte Pellegrino, no aniversário da descoberta das relíquias, não apareceram mais casos de peste. O cardeal mandou construir um magnífico altar na catedral, onde foi colocada a sumptuosa urna de prata maciça com as relíquias da santa, cujo nome foi tradicionalmente interpretado como um composto de 'rosa' e 'lírios', símbolos de pureza e união mística; por isso a 'Santuzza' é representada com a cabeça rodeada de rosas. A partir desse ano de 1625, foi autorizado e reavivado pela Igreja de Palermo o culto à virgem eremita rezando e contemplando no Monte Pellegrino, como testemunho de uma ascese cristã excepcional, que, ao longo dos séculos, nunca foi esquecida pelo povo de Palermo. Há 350 anos, os peregrinos escalam a montanha, definida por Goethe em sua 'Viagem à Itália' como o promontório mais bonito do mundo. Era difícil subir a pé, até que o Senado Palermitano mandou construir uma ousada estrada entre pinheiros e eucaliptos em 1725. Palermo sempre homenageou Santa Rosalia, de acordo com os dois feriados estabelecidos em 1630 pelo Papa Urbano VIII, que os incluiu no 'Martirológio Romano', ou seja, 15 de julho, aniversário da descoberta das relíquias; e 4 de setembro, dia da morte do 'Santuzza '; as festividades sobretudo a de julho duram uma semana, com a participação de todo o povo e muitos emigrantes que regressam para a ocasião. A estátua da 'Santuzza' cercada por outras estátuas, domina o topo da chamada 'máquina' que é uma carruagem em forma de navio, na qual também há uma banda musical, que é transportada pela cidade, toda chamada "U Fistinus”. A segunda festa a 4 de setembro realiza-se em peregrinação ao santuário do Monte Pellegrino, onde incorporando a gruta se construiu um santuário, cuja pitoresca fachada remonta ao século XVII, no seu interior se acumularam muitas obras de arte dos vários séculos sucessivos; uma parte ainda está aberta ao céu, as paredes estão cobertas de ex-votos e lápides deixadas por visitantes ilustres. Visitas a suas relíquias Uma porta separa, esta primeira parte do santuário da gruta onde se encontram altares e singulares obras de arte, que recordam a presença do santo; em frente ao local onde foram encontradas as relíquias de 'Santuzza' ergue-se o estupendo altar coberto por um dossel, com um suntuoso sacrário encimado por uma estátua de prata do santo, doada pelo Senado de Palermo em 1667. Sob o altar é venerado a estátua de 1625, que representa santa Rosália no ato de exalar seu último suspiro e que foi coberta de ouro por ordem do rei Carlos III de Bourbon (1716-1788). À gruta da montanha subiam, juntamente com os peregrinos anónimos, também muitos visitantes ilustres para venerar a santa eremita; autoridades eclesiásticas, príncipes, reis, imperadores, homens de letras, poetas, músicos, artistas. As relíquias depositadas na artística e maciça urna de prata estão guardadas na Catedral de Palermo. Santa Rosália, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 29 de junho: Comemoração de São Moisés, profeta, que Deus escolheu para libertar o seu povo do Egipto e conduzi-lo à terra prometida; no monte Sinai revelou-lhe o seu nome, dizendo: «Eu sou o que sou», e deu-lhe a lei que devia reger a vida do povo eleito. Este servo de Deus morreu com avançada idade no monte Nebo, na terra de Moab, diante da terra da promessa. Em Cabillonum, na Gália Lionense, hoje Chalon-sur-Saône, na França, São Marcelo, mártir. († s. III/IV) Em Roma, no cemitério de Máximo, junto à Via Salária, o sepultamento de São Bonifácio I, papa, que conseguiu resolver muitas controvérsias sobre a disciplina eclesiástica. († 422) Em Chartres, na Nêustria, atualmente na França, São Calétrico, bispo. († a. 573) Em Heresfeld, na Saxónia, atualmente na Alemanha, Santa Ida, viúva do duque Egberto, insigne pela sua caridade para com os pobres e oração assídua. († 825) Em Mende, na Aquitânia, atualmente na França, São Fredaldo, bispo e mártir. († c. s. IX) Em Colónia, na Lotaríngia, hoje na Alemanha, Santa Irmgarda ou Irmengarda, condessa de Süchteln, que ofereceu todos os seus bens para a construção de igrejas. († c. 1089) Em Caramagna, no Piemonte, também região da Itália, a Beata Catarina Mattei, virgem, religiosa das Irmãs da Penitência de São Domingos, que suportou com admirável caridade e grande virtude a longa enfermidade, as calúnias e todas as tentações. († 1547) Em Thúsis, localidade da Récia, hoje na Suíça, o Beato Nicolau Rusca, presbítero e mártir, homem de profunda cultura e generosa dedicação pastoral, que morreu vítima dos conflitos politico-religiosos do seu tempo. († 1618) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Cipião Jerónimo Brigéat de Lambert, presbítero e mártir, cónego de Avranches, que, na perseguição religiosa durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi aprisionado na galera em condições desumanas e aí morreu de fome e inanição. († 1794) Em Sillery, cidade do Québec, província do Canadá, a Beata Maria de Santa Cecília Romana (Maria Dina Bélanger), virgem da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria, que suportou durante vários anos uma grave enfermidade, confiando só em Deus. († 1929) Em Oropesa, próximo de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato José Pascoal Carda Saporta, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, em ódio à religião foi conduzido ao glorioso martírio. († 1936) Em Teulada, povoação próxima de Alicante, também na Espanha, o Beato Francisco Sendra Ivars, presbítero e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé. († 1936) Próximo de Genovés, povoação da província de Valência, também na Espanha, o Beato Bernardo de Lugar Nuevo de Fenollet (José Bleda Grau), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na mesma perseguição, venceu gloriosamente o seu combate por Cristo. († 1936) Em Villanueva del Arzobispo, perto de Jaén, também na Espanha, o Beato José de Jesus Maria (José Vicente Hormaechea y Apoitia), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir. († 1936) Fontes: Santi, beati e testimoni - Enciclopedia dei Santi Martirológio Romano – Pesquisa, produção e edição: Leonardo Girotto – Redação: Leonardo Girotto, Gabriel Santos, Ana Clara Flaitt, Lucas Eugenio – Comunidade Canção Nova e Rodolfo Bastos

São Gregório Magno, doutor da Igreja

Origens Gregório nasceu em Roma, no ano 540, em uma família patrícia, conhecida como Anici, de grande fé cristã. Ele prestou muitos serviços à Sé Apostólica. Seus pais, Gordiano e Silvia – que a Igreja venera como santa em 3 de novembro – transmitiram-lhes nobres valores evangélicos, mediante seu grande exemplo. De político a Monge Após seus estudos de Direito, Gregório empreendeu a carreira política e ocupou o cargo de Prefeito da cidade de Roma. Essa experiência o amadureceu e o levou a ter uma maior visão da cidade, as suas problemáticas e um profundo senso da ordem e da disciplina.  Alguns anos depois, atraído pela vida monacal, decidiu retirar-se da política. Deu seus bens aos pobres e fez da sua vila paterna, no bairro do Celio, um mosteiro dedicado a Santo André. Ali, dedicou-se à oração, ao recolhimento, ao estudo da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja. Eleito Papa O Papa Pelágio II nomeou Gregório diácono e o enviou a Constantinopla como seu Representante Apostólico, onde permaneceu seis anos. Além de desempenhar as funções diplomáticas que o Pontífice lhe havia confiado, continuou a viver como monge com outros religiosos.  Convocado novamente a Roma, voltou ao Celio. Com a morte do Papa Pelágio II, no ano 590, foi eleito seu Sucessor. Auxílio e consagração a São Miguel  Gregório teve que enfrentar um período difícil: corrupção dos Lombardos; abundantes chuvas e inundações, que provocaram numerosas vítimas e grandes prejuízos. A escassez atingiu diversas regiões da Itália; a epidemia da peste, que continuava a causar vítimas.  Então, Gregório exortou os fiéis a fazer penitência, rezar e tomar parte de uma solene procissão penitencial de três dias à Basílica de Santa Maria Maior ao atravessarem a ponte que liga a área do Vaticano ao centro da cidade, hoje chamada Ponte Santo Anjo. São Gregório Magno e a multidão tiveram a visão do arcanjo Miguel sobre a “Mole Adriana”, que foi interpretada como sinal celeste, que anunciava o fim da epidemia. Daqui, o costume de chamar o antigo mausoléu de Castelo Santo Anjo. Atuação em Roma Ocupando a Cátedra de Pedro, Gregório reorganizou a administração pontifícia e cuidou da Cúria Romana, onde tantos eclesiásticos e leigos tinham interesses bem diferentes daqueles espirituais e caritativos.  Assim, confiou a sua direção aos monges beneditinos. Reviu ainda as atividades eclesiásticas nas várias sedes episcopais, estabelecendo que os bens da Igreja fossem utilizados para a própria subsistência e em prol da obra evangelizadora no mundo. Tais bens deviam ser administrados com absoluta retidão, justiça e misericórdia.  Gregório ofereceu seus próprios bens e testamento à Igreja para ajudar os fiéis; comprou e distribuiu-lhes trigo; socorreu os necessitados; sustentou os sacerdotes, monges e claustrais em dificuldade; arcou com resgastes de prisioneiros; trabalhou por armistícios e tréguas.  Deve-se a ele também as táticas políticas para salvar Roma – esquecida pelos imperadores – e os tratados com os Lombardos para assegurar a paz na Itália central; estabeleceu relações de fraternidade com eles e se preocupou pela sua conversão; enfim, organizou missões de evangelização entre os Visigodos da Espanha, os Francos e os Saxões.  Enviou à Bretanha o prior do convento de Santo André no Celio, Agostinho – que depois se tornou Bispo de Cantuária – e quarenta monges. Reforma Litúrgica e Regras Pastorais O Papa Gregório I reformou ainda a celebração da Missa, tornando-a mais simples; promoveu o canto litúrgico, que recebeu o nome de gregoriano, e escreveu diversas obras.  Seu epistolário conta mais de 880 cartas e muitas homilias. Algumas de suas obras famosas: “Magna Moralia in Iob” (comentário moral sobre o livro de Jó), onde afirma que o ideal moral consiste em uma harmoniosa integração entre palavra e ação, pensamento e compromisso, oração e dedicação aos próprios deveres; “Regula Pastoralis”, que traça a figura de um Bispo ideal, insistindo sobre o dever do pastor de reconhecer, todos os dias, a sua miséria, e, por fim, dedica o último capítulo ao tema da humildade. Para demonstrar que a santidade é sempre possível, Gregório redigiu o livro intitulado Diálogos, um texto hagiográfico, onde cita exemplos, deixados por homens e mulheres, canonizados ou não, acompanhados de reflexões teológicas e místicas. Muito conhecido é seu “segundo livro” sobre São Bento de Núrsia.  Páscoa Poder-se dizer que Gregório Magno tenha sido o primeiro Papa a utilizar o poder temporal da Igreja, sem deixar de lado o aspecto espiritual do seu ofício.  No entanto, permaneceu sempre um homem simples, tanto que, nas suas Cartas oficiais, se define “Servus servorum Dei” (“Servo dos servos de Deus”), um apelativo que os Pontífices mantiveram no tempo. São Gregório Magno morreu em 12 de março de 604, e foi sepultado na Basílica de São Pedro. Minha oração “São Magno, grande Papa e Doutor da Igreja, ao mesmo tempo homem simples e de grande espiritualidade, ensinai aos líderes de todas as áreas da vida a seguirem o  exemplo de Cristo, servo de todos e em tudo humilde. Também, faça de nós seus imitadores. Amém!” São Gregório Magno, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 3 de setembro Comemoração de Santa Febe, serva do Senhor entre os fiéis de Cêncreas, na atual Grécia, que auxiliou muito São Paulo, como ele confirma na Epístola aos Romanos. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Basilissa, virgem e mártir. († s. IV) Em Córdova, na Hispânia Bética, São Sandálio, mártir. († s. IV) Em Toul, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Mansueto, primeiro bispo desta cidade. († s. IV) No monte Titano, próximo de Rímini, no território que hoje na península itálica tem o seu nome, São Marino, diácono e anacoreta. († s. IV/V) Na Irlanda, São Macanísio, bispo. († 514) Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Auxano, bispo. († c. 589) Em Montesárquio, na Campânia, também na Itália, São Vitaliano, bispo. († s. VII/VIII) No mosteiro de Stavelot, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Rimágilo, bispo e abade, que, depois de ter vivido no mosteiro de Solignac, fundou os mosteiros de Stavelot e de Malmedy, no ermo da floresta das Ardenas. († c. 671-679) Na ilha de Lérins, na Provença, atualmente na França, Santo Aigulfo, abade, e companheiros monges, que, segundo a tradição, sofreram o martírio numa incursão dos Sarracenos. († c. 675) Em Séez, na Nêustria, também na atual França, São Crodogango ou Crodegango, bispo e mártir. († s. VIII) No território de Astino, na Lombardia, região da Itália, o Beato Guala, bispo de Bréscia, da Ordem dos Pregadores, que, no tempo do imperador Frederico II, trabalhou com muito empenho e prudência pela paz da Igreja e da sociedade civil e finalmente foi condenado ao exílio. († 1244) Em Nagasaki, no Japão, os beatos Bartolomeu Gutiérrez, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, e cinco companheiros, mártires, que, em ódio à fé cristã, foram imersos em águas sulfúreas a ferver e depois lançados ao fogo. († 1632) Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Brígida de Jesus Morello, que, ficando viúva, se consagrou ao Senhor, dedicando-se à penitência e a muitas obras de caridade e, para a formação cristã da juventude feminina, fundou a Congregação das Irmãs Ursulinas de Maria Imaculada. († 1679) Em Paris, na França, a paixão dos beatos André Abel Alricy, presbítero, e setenta e um companheiros, mártires, entre os quais muitos presbíteros, que, depois da chacina do dia anterior, foram recluídos no Seminário de São Firmino e por fim assassinados em ódio à Igreja. († 1792) Também em Paris, no mesmo dia e ano, os beatos mártires João Baptista Bottex, Miguel Maria Francisco de la Gardette e Francisco Jacinto le Livec de Trésurin, que, durante a mesma perseguição, morreram por Cristo no cárcere “La Force”. († 1792) Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos João Pak Hu-jae e cinco companheiras, mártires, que, levados ao tribunal por serem cristãos, suportaram cruéis suplícios e por fim foram degolados. († 1839) Fonte: Martirológio Romano Vatican.news Santiebeati.it - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

Beata Ingrid Elofsdotter, viúva e freira dominicana

Origens  Beata Ingrid  Elofsdotter nasceu em Skänninge, na Suécia, no século XIII. Desde a infância, mostrou-se virtuosa, amável, caridosa e religiosa, recebeu uma educação nobre e primorosamente cristã. Alma de ideais cândidos, viveu desde os primeiros anos num fervor de piedade que nunca falhou.  Matrimônio As virtudes mais heroicas lhe pareciam naturais. E, quando muito jovem, foi forçada por seus pais a contrair um casamento muito rico, casou-se na adolescência, como era o costume da época, mesmo contrariando sua vocação, todo aquele esplendor mundano não a cegou, continuando a viver no mundo sem ser do mundo.  Aceitou tudo com humildade e resignação, e continuou a cuidar das obras de caridade que fundou para os pobres e doentes. Entre a população, tinha a fama de santidade. Votos Perpétuos Em 1281, já viúva, fez seus votos perpétuos. Com um fiel séquito de damas de honra, embarcou em uma longa peregrinação à Terra Santa, onde seu coração se iluminou ainda mais com o eterno amor ao Salvador Jesus. Da Palestina, ela foi para Roma e, depois, para São Giacomo di Compostela. De volta à sua terra natal, um único desejo a dominava: consagrar-se para sempre a uma vida de oração e penitência.  Fundação do Mosteiro Fundou um Mosteiro sob as regras de São Domingos. Dedicou-se totalmente às orações contemplativas e à vida de rigorosa austeridade. Isso aconteceu em 15 de agosto de 1281, na presença do rei Magnus Ladulas, com a ajuda e apoio do padre dominicano Pietro di Dacia e a autorização do bispo de Linkoping e do provincial.  Páscoa Faleceu em 2 de setembro de 1282, no convento em Skanninge, quando era Priora daquele Mosteiro, com tal fama de santidade e de prodígios maravilhosos, tanto que seu culto logo se estendeu aos povos vizinhos.  Processo de Canonização Em 1414, o Bispo de Linkoping, Canuto Bosson, pediu autorização à Santa Sé para abrir o processo de canonização. Encalhado em 1448, o processo recomeçou no início do século seguinte.  Relíquias  Embora não tenha chegado a uma canonização formal, levaram à solene tradução de suas relíquias em 29 de julho de 1507, por autoridade do Papa Alexandre VI, presente o Rei, uma grande multidão, todos os Bispos da Suécia e obviamente os Pregadores dessa área. Minha oração “Após dedicar-se à família, entregou-se totalmente à vida contemplativa. Dai-nos um desejo ardente de oração e contemplação mesmo em meio às atividades do dia. Que a oração se torne prioridade em nossa vida. Amém!” Beata Ingrid Elofsdotter, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 02 de setembro Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, São Zenão, mártir. Em Niceia, também na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Teódota, com seus filhos Evódio, Hermógenes e Calisto, mártires. († s. IV) Em Edessa, no Osroene, hoje, Sanliurfa, na Turquia, Santo Habib, diácono e mártir. (†322) Em Apameia, na Síria, Santo Antonino, mártir, que era canteiro, segundo a tradição e foi morto pelos pagãos aos vinte anos de idade por ter destruído os seus ídolos, movido pelo ardor da fé.(† s. IV) Em Tarragona, na Hispânia, São Próspero, bispo.(† s. IV/V) Em Lião, na Gália, atualmente na França, o sepultamento de São Justo, bispo. († d. 381) No monte Soratte, junto à Via Flamínia, no Lácio, região da Itália, São Nonoso, abade. († c. 570) Em Autun, na Borgonha, na hodierna França, São Siágrio, bispo, que nos concílios em que tomou parte foi muito notável pela sua sabedoria e zelo. († 599/600) Em Avinhão, na Provença,na atual França, Santo Agrícola, bispo, que, depois da sua vida monástica na ilha de Lérins, auxiliou seu pai, São Magno, e lhe sucedeu no episcopado. († c. 700) No Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santo Elpídio, cujo nome foi adotado pela cidade onde o seu corpo foi sepultado. († a. s. XI) Em Pôntica, no território de Bérgamo, na Lombardia, região da Itália, os santos Alberto e Vito, monges. († c. 1096) Em Skänninge, na Suécia, a Beata Ingrid Elofsdotter, que, ficando viúva, ofereceu todos os seus bens para o serviço de Deus e, depois de uma peregrinação à Terra Santa, tomou o hábito monástico da Ordem dos Pregadores. († 1282) Em Paris, na França, a paixão dos beatos mártires João Maria du Lau d’Allemans, Francisco José e Pedro Luís de la Rochefoucauld, bispos, e noventa e três companheiros, clérigos e religiosos. († 1792) Em Paris, no mesmo dia e ano, o Beato Pedro Tiago Maria Vitális, presbítero, e vinte companheiros, mártires. († 1792) Em Orriols, na Catalunha, região da Espanha, o Beato Esíquio José (Baldomero Margenat Puigmitjá), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Oviedo, nas Astúrias, também da Espanha, o Beato José Maria Laguia Puerto, religioso da Ordem dos Pregadores e mártir.  († 1936) Fonte: Martirológio Romano Arquidiocesebh.org.br Santiebeati.it - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova