Santos

São Roberto Bellarmino, bispo, cardeal e doutor da Igreja

Origens Nascido em 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, perto de Siena, São Roberto Bellarmino era filho dos nobres empobrecidos Vincenzo Bellarmino e Cinzia Cervini, que era irmã do Papa Marcelo II. Ele teve uma excelente educação humanista antes de entrar na Companhia de Jesus em 20 de setembro de 1560. Os estudos em filosofia e teologia, que realizou entre o Colégio Romano, Pádua e Louvain, centraram-se em São Tomás e os padres da Igreja, foram decisivos para sua orientação teológica. Ordenado sacerdote em 25 de março de 1570. Professor e Orientador da Fé São Roberto Bellarmino foi professor de teologia em Louvain por alguns anos. Posteriormente, chamado à Roma como professor do Colégio Romano, foi-lhe confiada a cátedra de "Apologética"; na década em que ocupou esse cargo (1576-1586), elaborou um curso de lições que, mais tarde, se fundiu na Controversiae , obra que imediatamente se tornou famosa pela clareza e riqueza de conteúdo e pelo viés predominantemente histórico. O Concílio de Trento acabava de terminar, e para a Igreja Católica era necessário fortalecer e confirmar sua identidade também em relação à Reforma Protestante. A ação do Bellarmino se insere nesse contexto.  De 1588 a 1594, foi o primeiro pai espiritual dos alunos jesuítas do Colégio Romano, entre os quais conheceu e dirigiu São Luís Gonzaga, e, mais tarde, superior religioso. O Papa Clemente VIII o nomeou teólogo pontifício, consultor do Santo Ofício e reitor do Colégio das Penitenciárias da Basílica de São Pedro. Seu catecismo, Breve Doutrina Cristã , que foi sua obra mais popular, remonta ao biênio 1597-1598. Cardeal  Em 3 de março de 1599, foi criado cardeal pelo Papa Clemente VIII e, em 18 de março de 1602, foi nomeado arcebispo de Cápua. Recebeu a ordenação episcopal em 21 de abril do mesmo ano. Nos três anos em que foi bispo diocesano, destacou-se pelo zelo de pregador em sua catedral, pela visita semanal às paróquias, pelos três sínodos diocesanos e por um conselho provincial ao qual deu vida. Depois de ter participado dos conclaves que elegeram o Papa Leão XI e Paulo V, foi chamado a Roma, onde foi membro das Congregações do Santo Ofício, do Índice, dos Ritos, dos Bispos e da Propagação da Fé. Ele também teve cargos diplomáticos, com a República de Veneza e Inglaterra, em defesa dos direitos da Sé Apostólica.  Páscoa São Roberto Bellarmino, em seus últimos anos, compôs vários livros sobre espiritualidade, nos quais condensou o fruto de seus exercícios espirituais anuais. Ao lê-los, o povo cristão ainda hoje recebe grande edificação. Morreu em Roma em 17 de setembro de 1621. O Papa Pio XI o beatificou em 1923, o canonizou em 1930 e o proclamou Doutor da Igreja em 1931. Minha oração “Grande santo professor e apologista, educa-nos no caminho da fé, livrai-nos das heresias e leva-nos ao conhecimento mais profundo de Jesus Cristo Nosso Senhor. Por meio da tua intercessão, confiamos a Santa Igreja, Cardeais e Bispos, para que sejam modelos do Bom Pastor. Amém!” São Roberto Bellarmino, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de setembro:  Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, o sepultamento de São Sátiro, cujos méritos insignes são mencionados pelo seu irmão Santo Ambrósio. († c. 377) Em Liège, na Austrásia, na atual Bélgica, a paixão de São Lamberto, bispo de Maastricht e mártir. († c. 705) Na floresta de Argonne, junto ao rio Mosa, também na Austrásia, atualmente na França, São Rodingo, abade. († s. VIII in.) Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, Santa Colomba, virgem e mártir. († 853) Em Melinais, no território de Angers, na França, São Reinaldo, eremita, que se retirou na floresta de Craon. († c. 1104) No mosteiro de Rupertsberg, em Bingen, no estado de Hesse, na Alemanha, Santa Hildegarda, virgem. († 1179) Em Avigliana, no território de Turim, no Piemonte, região da Itália, o Beato Querubim Testa, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († 1479) Em Saragoça, cidade de Aragão, na Espanha, São Pedro de Arbués, presbítero e mártir, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. († 1485) Em Gora Kalwária, na Polónia, Santo Estanislau de Jesus e María (João Papczynski), presbítero e fundador dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição da Virgem Maria. († 1701) Em Hué, no Anam, atualmente no Vietnã, São Manuel Hguyen Van Trieu, presbítero e mártir, no reinado de Canh Thin. († 1798) Em Gênova, na Ligúria, região da Itália, São Francisco Maria de Camporosso, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1866) Em Cracóvia, na Polónia, São Segismundo Félix Felinski, bispo de Varsóvia, que, fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas da Família de Maria. († 1895) Em Castillo de Villamalefa, localidade próxima de Castellón, na Espanha, o Beato João Ventura Solsona, presbítero e mártir. († 1936) Em Madrid, na Espanha, o Beato Timóteo Valero Pérez, presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores e mártir. († 1936) Em Alcácer de San Juan, perto de Ciudad Real, na Espanha, o Beato Álvaro Santos Cejudo, mártir. († 1936) Na floresta de Palmiry, perto de Varsóvia, na Polónia, o Beato Segismundo Sajna, presbítero e mártir. († 1940) Fonte: Causesanti.va Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São Cornélio e São Cipriano, Papa e Bispo

Origens  A comemoração destes dois mártires, São Cornélio e São Cipriano, no mesmo dia, é muito antiga. O Martirológio de São Jerônimo já os celebrava juntos. Essa data escolhida indica, em particular, a renúncia ao trono papal do primeiro e a morte do segundo por decapitação.  Cornélio, o Papa Em Roma, no ano 251, após alguns anos de cargo vacante, devido à perseguição de Décio, Cornélio foi eleito Papa em 251. Era um romano, talvez, de origem nobre, mas, certamente, reconhecido como homem de fé, justo e amoroso. Contudo, a sua eleição não foi aceita pelo herege Novaciano, que se fez consagrar antipapa e promoveu um cisma precisamente na Cidade de Roma.  Cornélio — que apoiava a distância o Bispo Cipriano —, foi acusado de ser muito manso com os "lapsos": estes eram apóstatas, que retornavam à Igreja, sem as devidas penitências. Estes voltavam às atividades, simplesmente com a apresentação de um certificado de reconciliação, obtido de algum suposto confessor. Além do mais, uma epidemia abateu-se sobre Roma e, depois, teve início também a perseguição anticristã de Galo. O Papa Cornélio foi exilado e preso em Civitavecchia, onde faleceu em 253, mas foi sepultado nas catacumbas de São Calisto, em Roma. Cipriano, Bispo Cipriano nasceu em Cartago, no ano 210, era um hábil retórico, que exercia a profissão de advogado. Certo dia, ao ouvir a palavra de Jesus, converteu-se ao Cristianismo. Transcorria o ano 246. Graças à sua fama de intelectual, foi imediatamente ordenado sacerdote e consagrado Bispo da sua cidade. Mas, em Cartago, a situação dos cristãos não era fácil: agravaram-se as perseguições de Décio, depois de Galo, Valeriano e Galieno.  Assim, muitos fiéis, ao invés de morrer, decidiram voltar ao paganismo. Com o tempo, alguns se arrependeram, mas a conduta de acolhida e benevolência do Bispo Cipriano com eles não foi aceita pelos rigoristas. Envolvido na contenda dos "lapsos", lutou contra o Padre Novato, que apoiava o antipapa Novaciano, e contra o diácono Felicissimo, que havia eleito Fortunato como antibispo.  Em 252, Cipriano conseguiu convocar um Concílio, em Cartago, para condená-los, enquanto o Papa Cornélio, em Roma, confirmava a excomunhão deles. Durante a perseguição de Valeriano, o clandestino Cipriano retornou a Cartago, para dar testemunho da fé, mas ali foi martirizado. Amor à verdade A memória dos santos mártires São Cornélio e São Cipriano, os quais celebramos hoje, o mundo cristão os louva a uma só voz, como testemunhas de amor por aquela verdade que não pode ceder, professada por eles em tempos de perseguição diante da Igreja de Deus e do mundo. Minha oração “Os santos mártires doaram sua vida pela fé, e quão lindo testemunho é ver os pastores entregando-se como Jesus. Fazei que nossos líderes tenham a mesma coragem e força para sustentar a fé do povo de Deus, assim como testemunhar com a própria vida. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!” São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 16 de setembro:  Em Calcedónia, na Bitínia, na atual Turquia, Santa Eufémia, virgem e mártir. († c. 303) No Monte Soratte, junto à Via Flamínia, no Lácio, região da Itália, os santos Abúndio e companheiros, mártires. († 304) Em Roma, junto à Via Nomentana “ad Cápream”, no cemitério Maior, os santos Vítor, Félix, Alexandre e Papias, mártires. († data inc.) Em Nócera, na Campânia, região da Itália, São Prisco, bispo e mártir, que São Paulino de Nola celebrou nos seus panegíricos poéticos. († c. s. IV) Em Whithorn, na Escócia, a comemoração de São Niniano, bispo. († c. 432) Na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Rogélio, monge de avançada idade, e do jovem Servideu (Abdallah), nativos do Oriente. († 852) Em Praga, na Boêmia, na Chéquia, Santa Ludmila, mártir, duquesa da Boémia, que, indicada para a educação do seu neto, São Venceslau. († 921) Em Wilton, na Inglaterra, Santa Edite, virgem, filha do rei dos Anglos. († c. 984) Em Montecassino, no Lácio, região da Itália, onde ocorreu o falecimento do Beato Vítor III, papa. († 1087) Em Savigny, na Normandia, região da França, São Vital, abade. († 1122) No mosteiro de Huerta, na região de Castela, na Espanha, o falecimento de São Martinho, chamado Sacerdote, que, sendo abade cisterciense, foi ordenado bispo de Sigüenza. († 1213) Em Salon, na Provença, região da França, o falecimento do Beato Luís Alemand, bispo de Arles, insigne pela sua vida de singular piedade e penitência. († 1450) Em Nagasaki, no Japão, os beatos mártires Domingos Shobioye, Miguel Timonoya e seu filho Paulo. († 1628) Em Lima, no Peru, São João Macias, religioso da Ordem dos Pregadores, que durante muito tempo exerceu ofícios humildes. († 1645) Em Sai-Nam-Hte, na Coreia, a paixão de Santo André Kim Taegon, presbítero e mártir. († 1846) Em Ódena, povoação da província de Barcelona, na Espanha, o Beato Inácio Casanovas Perramón, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártir. († 1936) Em Turis, na província de Valência, na Espanha, os beatos mártires Laureano , presbítero, Benito Maria e Bernardino, religiosos da Ordem dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores. († 1936) Fonte: Arquisp.org.br  Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora das Dores, o sofrimento de Maria

Origens  A devoção à “Mater Dolorosa”, muito difundida, sobretudo nos países do Mediterrâneo, desenvolveu-se a partir do final do século XI. Em 1814, o Papa Pio VII a incluiu no calendário litúrgico romano, fixando-a em 15 de setembro, no dia seguinte à festa da Exaltação da Santa Cruz.  Esta devoção foi comprovada pelo “Stabat Mater”, atribuído ao Frei Jacopone de Todi (1230-1306), no qual compôs as "Laudes". No século XV, encontramos as primeiras celebrações litúrgicas sobre Nossa Senhora das Dores, "em pé" junto à Cruz de Jesus.  Ordem dos Servos de Maria Recordamos que, em 1233, nasceu a “Ordem dos Servos de Maria", que muito contribuiu para a difusão do culto a Nossa Senhora das Dores, tanto que, em 1668, seus membros receberam a autorização para celebrar a Missa votiva das Sete Dores de Maria. A Data Em 1692, o Papa Inocêncio XII permitiu a sua celebração oficial no terceiro domingo de setembro. Mas foi só por um período, pois, em 18 de agosto de 1714, a celebração foi transferida para a sexta-feira, que precedia o Domingo de Ramos.  No dia 18 de setembro de 1814, Pio VII estendeu esta festa litúrgica a toda a Igreja, voltando a ser celebrada no terceiro domingo de setembro.  Pio X (†1914) determinou que a celebração fosse celebrada em 15 de setembro, um dia após a festa da Exaltação da Santa Cruz, mas não com o título de "Sete Dores de Maria", mas como "Nossa Senhora das Dores". Memória  A memória de Nossa Senhora das Dores chama-nos a reviver o momento decisivo na história da salvação e a venerar a Mãe associada à Paixão do seu filho e, próxima d'Ele, levantada na cruz. A sua maternidade assume dimensões universais no Calvário.  As sete dores de Nossa Senhora As dores correspondem ao mesmo número de episódios narrados no Evangelho: A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2,34-35); A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2,13-21); O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas 2,41-51); O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas 23,27-31); O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João 19,25-27); Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61); O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56). Imagem de Nossa Senhora das Dores Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu imaculado coração. Às vezes, uma só espada transpassa seu coração, simbolizando todas as dores que ela sofreu. Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da Cruz, contemplando o filho morto. Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa). Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da Cruz, dando, assim, origem à famosa escultura chamada Pietà. Minha oração “Ó Mãe das dores, recolhei as nossas lágrimas e sofrimentos, acolhei os nossos pedidos para que sejamos consolados e cresçamos em nossa fé. Lembrai de nós vossos filhos tão necessitados. Amém!” Nossa Senhora das Dores, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 15 de setembro  Em Roma, São Nicomedes, mártir, cujo corpo, guardado no cemitério junto à Via Nomentana, foi honrado pelo papa Bonifácio V com uma basílica sepulcral. († data inc.) Em Tirnutium, junto ao rio Saône, na Gália Lionense, hoje Tournus, na França, São Valeriano, mártir. († data inc.) Em Tómis, na Cítia, hoje Constança, na Romênia, os santos Estratão, Valério, Macróbio e Gordiano, mártires. († s. IV) Nas margens do Danúbio, em território da atual Romênia, São Nicetas o Godo, mártir. († c. 370) Em Lião, na Gália, atualmente na França, Santo Alpino, bispo, que sucedeu a São Justo. († s. IV) Em Toul, próximo de Nancy, na Gália Lionense, também na atual França, Santo Apro, bispo. († s. VI) No mosteiro de Jumièges, na Nêustria, atualmente também na França, Santo Aicardo, abade, discípulo de São Filiberto, que o nomeou prelado desse mosteiro. († s. VII) Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Émila, diácono, e Jeremias. († 852) Em Busseto, no território de Fidenza, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Rolando de Médicis, anacoreta, que viveu em lugares inóspitos e solitários dos Alpes. († 1386) Em Gênova, na Ligúria, também região da Itália, Santa Catarina Fiéschi, viúva, insigne pelo desprezo do mundo, frequentes jejuns, amor de Deus e caridade para com os indigentes e os enfermos. († 1510) Em Hirado, cidade do Japão, o Beato Camilo Costanzo, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1622) Em Santo Domingo Xagácia, no México, os beatos João Baptista e Jacinto dos Anjos, mártires. († 1700) Em Viena, na Áustria, o Beato António Maria Schwartz, presbítero, que instituiu a Congregação de São José de Calasanz para os Operários Cristãos. († 1929) Em Palermo, na Sicília, região da Itália, o Beato José Puglísi, presbítero diocesano e mártir, mais conhecido por Pino Puglisi. († 1933)  Em Llosa de Ranes, povoação da província de Valência, na Espanha, o Beato Pascoal Penadés Jornet, presbítero e mártir. († 1936) Próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Ladislau Miegon, presbítero e mártir. († 1942) Em Nápoles, na Itália, o Beato Paulo Manna, presbítero do Instituto Pontifício para as Missões Estrangeiras.(† 1952) Fonte: Arquisp.org.br  Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Exaltação da Santa Cruz, o amor de Deus que se manifesta

Origens  Esta festa de Exaltação da Santa Cruz nasceu em Jerusalém, em 13 de setembro de 335, no aniversário da dedicação das duas igrejas construídas por Constantino, uma sobre o Gólgota (ad Martyrium) e a outra perto do Santo Sepulcro (Ressurreição), após a descoberta das relíquias da cruz por Helena, a mãe do imperador. A cruz, instrumento da mais terrível das torturas, em 320, Constantino a proibiu de ser utilizada. Restituição da Cruz  Em 614, Cosroes II, rei dos Persas, travou uma guerra contra os Romanos. Depois de derrotar Jerusalém, levou consigo, entre os diversos tesouros, também a Cruz de Jesus. Heráclio, imperador romano de Bizâncio, propôs um pacto de paz com Cosroes, que não aceitou. Diante da sua negação, entrou em guerra com ele e venceu, perto de Nínive, e pediu a restituição da Cruz, que a levou de volta a Jerusalém. Neste dia da Exaltação da Santa Cruz, não se glorifica a crueldade da Cruz, mas o Amor que Deus manifestou aos homens ao aceitar morrer na Cruz. Cruz: o amor de Deus para conosco O Evangelho, que a liturgia nos propõe na festa da Exaltação da Santa Cruz, diz que Deus pretende construir uma relação de amor com cada um de nós; Ele se oferece na pessoa do seu Filho Jesus, pregado na Cruz. O fato de levantarmos o olhar para Deus nos propõe uma verdade importante: somos convidados a voltar a nos relacionarmos de novo com Ele.  A Misericórdia O fato de elevar o nosso olhar não nos deve causar medo, mas gratidão, porque tal elevação é a medida do amor com a qual Deus ama os seus filhos no Filho. Com efeito, a misericórdia de Deus ilumina as noites da nossa vida e nos permite continuar o nosso caminho. Não há espaço para indiferença Não podemos permanecer indiferentes diante da Cruz de Jesus: nem com Ele nem contra Ele. Trata-se de uma escolha, que deve ser feita antes de qualquer ação. A vida do cristão é o testemunho de quanto "Deus nos amou a ponto de dar seu Filho Jesus”. Festa A festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de setembro, conservou-se nos documentos. Contudo, na litúrgica, andou muito lentamente, sobretudo porque o dia 14 estava já ocupado pelos santos mártires Cipriano e Cornélio. A reforma litúrgica pós-conciliar restabeleceu a importância do dia de hoje, que é festa. Significado da Cruz  Para o cristão, a cruz significa a árvore da vida, o trono, o altar da Nova Aliança: de Cristo, o novo Adão adormecido na cruz, brotou o admirável sacramento de toda a Igreja. A cruz é o sinal de Cristo sobre aqueles que no Batismo são configurados a Ele em morte e glória. Minha oração “Sabemos que tudo neste mundo é passageiro, mas a tua salvação através da Cruz permanece. Fazei que aprendamos a adorar a Santa Cruz e nela alcancemos força e consolo. Amém!” Santa Cruz, sede a nossa salvação! Outros santos e beatos celebrados em 14 de setembro Em Roma, junto à Via Ápia, na cripta de Lucina do cemitério de Calisto, o sepultamento de São Cornélio, papa e mártir. († 252) Em Cartago, na hodierna Tunísia, a paixão de São Cipriano, bispo, admirável pela sua santidade e doutrina. († 258) Em Colônia, na Germânia, hoje na Alemanha, São Materno, bispo, que conduziu à fé de Cristo os habitantes de Tongres, Colónia e Tréveris. († d. 314) Em Comana, no Ponto, hoje Gumenek, na Turquia, o dia natal de São João Crisóstomo, cuja memória se celebra na véspera deste dia. († 407) No mosteiro de Bellevaux, no território de Besançon, o passamento de São Pedro, bispo, que, sendo abade cisterciense. († 1174) Em Akko, na Palestina, Santo Alberto, bispo, que, transferido da Igreja de Vercelas para a Igreja de Jerusalém, compôs uma regra para os eremitas do monte Carmelo. († 1215) Em Ében, povoação do Tirol, na hodierna Áustria, Santa Notburga, virgem, que, dedicada à vida doméstica, serviu a Cristo nos pobres, dando um exemplo de santidade. († 1313) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, no litoral da França, o Beato Cláudio Laplace, presbítero e mártir. († 1794) Em Chengdu, cidade de Sichuan, província da China, São Gabriel Taurino Dufresse, bispo e mártir. († 1815) Em Madrid, na Espanha, os beatos Sabino Ayastuy Errasti, Joaquim Ochoa Salazar e Florêncio Arnaiz Cejudo, religiosos da Companhia de Maria e mártires. († 1936) Em Madrid, Manuel Álvarez Álvarez, presbítero, e Teófilo Montes Calvo, religioso, ambos da Ordem dos Pregadores e mártires.(† 1936) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja

  Origens  São João Crisóstomo nasceu por volta do ano 349, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de uma família muito rica, assim considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação. Bom Orador  Desde criança, João Crisóstomo foi um campeão da palavra. O famoso reitor Libônio, seu professor, que via no jovem seu sucessor natural. No entanto, ficou desapontado quando aquele estudante promissor preferiu o fascínio da fé ao da retórica, "se os cristãos não me o tivessem roubado", exclamou! Na verdade, João foi "roubado" pela atração que nutria pelas palavras sagradas, que estudava com atenção no círculo de amizades de Diodoro, futuro bispo de Tarso. Precisamente, São Paulo foi um dos seus favoritos, ao qual dedicou inúmeros pensamentos e escritos. Vocação  O bispo Fabiano o ordenou sacerdote, mas, desde o período de diaconato, João demonstrava claramente que a sua capacidade de falar das Escrituras ao povo era fora do comum. Antes desta fase de vida, o jovem também fez a experiência eremítica: seis anos no deserto, dos quais, os dois últimos, em uma caverna. Essa experiência consolidou nele um caráter de sobriedade que reforçou ainda mais as suas palavras, que abalavam por sua franqueza. Amor aos pobres São João Crisóstomo pregava o amor concreto aos irmãos mais pobres; chamava a atenção dos monges para as obras de caridade e a se desapegarem do dinheiro; exortava os leigos a evitar a teia de aranha da devassidão. Enfim, dava mais espaço ao espírito e menos à carne. João foi um moralista, no sentido positivo do termo, em uma época em que, extrair dos provérbios bíblicos normas de comportamento coerentes com a vida de um batizado era bastante normal. A Mudança Em 397, quando tinha 50 anos, deu-se a grande mudança. São João Crisóstomo estava em Constantinopla para suceder o Patriarca Nectário. Mudou sua função, teve maior visibilidade e proximidade da corte, mas quem não mudou nada foi João. Aquele que combatia a corrupção — que lotava os palácios do poder bizantino —, continuou fiel ao seu estilo. As pessoas o amavam por isso, diziam seus contemporâneos. Inimigos Quem começou a detestá-lo, cada vez mais abertamente, era a nobreza e o clero, apegados aos privilégios, mas também por culpa daquele homem que, ao invés de se alinhar com os companheiros do grupo, do qual fazia parte, lançava flechadas com sua língua impetuosa. A indolência e os vícios, sobretudo dos que usavam batina, eram seus alvos favoritos. Às palavras, seguiram os fatos: muitos padres foram removidos por indignidade, inclusive o bispo de Éfeso. Para muitos, era exagerado demais e, contra um homem, que, no fundo, era mais ingênuo que astuto, começa a série de intrigas. Condenação  O partido contra João foi liderado pelo Patriarca de Alexandria, Teófilo, e pela Imperatriz Eudóxia. Em sua ausência, convocaram um sínodo, que obrigou João ao exílio, era o ano 403. Mas a sua remoção não durou muito. Por furor popular, João Crisóstomo voltou para Constantinopla, porém, seus adversários relançaram o desafio. Em 9 de junho de 404, uma nova condenação o afastou do centro do Império. O antigo eremita deparou-se com uma solidão forçada. Páscoa São João Crisóstomo foi condenado ao exílio, mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população, a ponto de o bispo ser trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu. João "boca de ouro", como foi apelidado mais tarde, faleceu em 407, em Comana, no Ponto. Minha oração “Ó Santo, protetor da fé, ajuda-nos a não cair nas ciladas do demônio nem nas diversas ideologias mundanas da atualidade. Fazei que a nossa fé cresça cada dia mais e, com ela, possamos encontrar Jesus verdadeiramente. Pedimos também pelos pregadores da atualidade, a fim de que anunciem o Evangelho com ousadia. Amém!” São João Crisóstomo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 13 de setembro Em Ancira, na Galácia, hoje Ancara, também na Turquia, São Juliano, presbítero e mártir no tempo do imperador Licínio. († s. IV)  Em Jerusalém, a dedicação das basílicas que o imperador Constantino quis piedosamente edificar sobre o monte Calvário e sobre o sepulcro do Senhor. († 355) Em Tours, na Gália Lionense, hoje na França, São Litório, bispo, que foi o primeiro a construir uma igreja dentro dos muros da cidade. († 371) Em Valence, na Gália Lionense, na atual França, Santo Emiliano, venerado como o primeiro bispo desta cidade. († d. 374) Em Cartago, na hodierna Tunísia, São Marcelino, mártir, que, sendo tribuno e muito amigo de Santo Agostinho e de São Jerónimo. († 413) Em Angers, na Gália Lionense, atualmente na França, São Maurílio, bispo, que, nascido em Milão, foi ao encontro de São Martinho de Tours. († 453) Nos montes Vosgos, na Nêustria, na atual França, Santo Amado, presbítero e abade. († c. 629) Na ilha de Tino, no golfo de La Spézia, na Ligúria, região da Itália, São Venério, eremita. († s. VII) Em Breuil, na Gália Ambianense, hoje na França, o passamento de Santo Amado, bispo de Sion, na Suíça. († c. 690) Em Toledo, na Espanha, a Beata Maria de Jesus (Maria López de Rivas), virgem da Ordem das Carmelitas Descalças. († 1640) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Cláudio Dumonet, presbítero e mártir. († 1794) Em Almeria, na Andaluzia, região da Espanha, o Beato Aurélio Maria (Benvindo Villalon Acebron), irmão da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir, assassinado em ódio à Igreja.(† 1936) Fonte: Arquisp.org.br  Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santíssimo Nome de Maria e São Bernardo

História O culto ao Santíssimo Nome de Maria recorda o amor da Mãe de Deus pelo seu Filho e por cada um dos filhos que o próprio Jesus lhe confiou antes de morrer: "Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí a tua Mãe" ( Jo 19,27). O culto difundiu-se ao longo dos séculos por toda a Igreja, e os Papas enriqueceram esta devoção com as indulgências, que já se faziam presentes no século XII para fortalecer o culto ligado a Mãe de Jesus. Em 1513, o Papa Júlio II concedeu apenas à diocese de Cuenca, na Espanha, uma festa em homenagem ao nome de Maria realizada no dia 15 de setembro. São Pio V suprimiu-a; o Papa Sisto V restaurou-a trazendo-a para 17 de setembro; e somente com o Papa Clemente X, em 1671, a festa foi estendida a toda a Espanha. Depois da vitória conquistada em nome de Maria contra os turcos por João Sobieski, rei da Polônia, em 1683, o beato Papa Inocêncio XI estendeu esta festa a toda a Igreja, marcando-a para 12 de setembro de 1683. São Bernardo “Se surgirem os ventos da tentação, se você tropeçar nas rochas das tribulações, olha a estrela, invoca Maria. Se você é sacudido pelas ondas do orgulho, de detração, de inveja: olha a estrela, invoca Maria. Seja raiva, ou avareza, ou a tentação da carne eles sacodem o barco da alma: olhe para Maria. Se você, perturbado pela enormidade do pecado, cheio de confusão pela feiura da consciência, intimidado pelo teor do julgamento, você começa a ser engolido pelo abismo da tristeza, do abismo do desespero: pense em Maria. Nos perigos, nas angústias, nas incertezas, pense em Maria, invoque Maria. Ela nunca deixa seu lábio, nunca deixa seu coração; e para que você obtenha a ajuda de sua oração, nunca se esqueça do exemplo de sua vida. Se você o seguir, não poderá se desviar; se você orar a ela, não poderá se desesperar; se você pensa nela, não pode errar. Se ela o segura, você não cai; se ela o protege, você não precisa temer; se ela o guia, não se canse; se ela o for propícia, alcançará a meta”.

Santíssimo Nome de Maria, clamamos a nossa Mãe

[caption id="attachment_11985" align="aligncenter" width="300"] Memória[/caption] Origens A festa era apenas realizada em Cuenca, Espanha, quando foi instituída em 1513. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro. Em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666, os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha. Após a vitória dos cristãos, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polônia, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, a festa foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Inocêncio XI, e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria. Antes da batalha, o rei Jan Sobieski colocou suas tropas sob a proteção da Virgem Maria. Após a batalha, o Papa Inocêncio XI, pretendendo homenagear Maria, estendeu a festa para toda a Igreja. Importância do Nome A Sagrada Escritura sempre valorizou muito o nome dos personagens do povo de Deus. O próprio nome de Jesus indica a sua identidade: “Deus salva”, e o Anjo Gabriel o deu a Maria e a José: “Ela dará à luz um filho a quem tu porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1, 21). Certamente, devemos concluir que o santo nome da Virgem Maria não foi dado sem um sentido, e certamente foi dado por Deus por inspiração a seus pais Santa Ana e São Joaquim. E o Arcanjo Gabriel pronuncia o seu nome: “Não temas Maria, porque achaste graça diante do Senhor” (Lc 1,30). Etimologia Segundo os etimologistas, o nome Maria pode ter vindo da raiz mery, da língua egípcia que significa muito amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora. Mas a probabilidade maior é a que veio do hebraico, e pode ter vários significados: “Estrela do Mar; Esperança; Excelsa; ou Sublime”, entre outros. Não importa, contudo, o real significado, mas o que se tornou a partir do momento que a Mãe do Redentor o recebeu. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre. Piedade popular Todo católico ama e pronuncia, muitas vezes, o santo nome de sua Mãe Santíssima, Virgem, Imaculada e Assunta ao céu. Quando rezamos o santo Rosário o pronunciamos sem cessar, clamando a sua ajuda e poderosa intercessão. “Ave Maria, cheia de graça…”, “Santa Maria Mãe de Deus…” E o bom povo brasileiro gosta de colocar em suas filhas este sagrado nome: Maria Isabel, Maria Aparecida, Maria do Socorro, Maria das Dores, Maria do Carmo, Maria… Maria… Maria… Que povo devoto à Virgem Maria! O Padre Antônio Vieira “Só vos digo que invoqueis o nome de Maria, quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida. Quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos. Quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho. Quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada e, com ela, a salvação. E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não há dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”. Minha oração “Ao teu nome clamamos, Mãe querida. Sabemos que, quando te chamamos, Tu nos ouves e nos socorre. O teu nome tem poder no Céu e na terra, por isso, confiamos em ti e te chamamos: Maria, nossa Mãe!” Santíssimo Nome de Maria, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 12 de setembro Na Bitínia, na hodierna Turquia, Santo Autónomo, bispo e mártir. († c. s. III) Em Alexandria, no Egipto, os santos Crónides, Leôncio e Serapião, que, segundo a tradição, foram lançados ao mar no tempo do imperador Maximino por confessarem o nome de Cristo. († s. III) Em Imlech, cidade da Momónia, província da Irlanda, Santo Albeu, bispo, que pregou o Evangelho em muitos lugares desta ilha. († c. 528) Em Anderlecht, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Guido, que depois de ter sido sacristão da igreja de Mariensee. († c.1012) Em Omura, no Japão, os beatos Apolinário Franco, da Ordem dos Frades Menores, e Tomás Zumárraga, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e quatro companheiros, mártires. († 1622) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Sulpício Cristóvão Faverge, irmão da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1794) Em Seul, na Coreia, São Francisco Ch’oe Kyong-hwan, mártir, que era catequista e, recusando abjurar da fé cristã ante a intimação do governador, foi recluído no cárcere. († 1839) Em Trévi, cidade da Úmbria, região da Itália, Maria Luísa (Gertrudes Prósperi), abadessa da Ordem de São Bento. († 1847) Em Ruidellots, perto de Gerona, na Espanha, os beatos Emério José (José Plana Rebugent), e Hugo Julião (Julião Delgado Díez), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Em Manlleu, perto de Barcelona, na Espanha, o Beato Miguel de Jesus (Jaime Puigferrer Mora), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Fonte: vatican.va vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas Ed. Cléofas - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Melody de Paulo

São Nilo

Neste dia, mergulhamos na história de São Nilo, onde encontramos um exemplar cristão que viveu no sul da Itália e no fim do primeiro milênio. Nilo, chamado o Jovem, fazia parte de uma nobre família de origem grega, por isso foi considerado o último elo entre a cultura grega e a latina. Era casado e funcionário do governo de Constantinopla, mas com o nascimento de uma filha acabou viúvo; depois, descobriu sua vocação à vida monástica, segundo a Regra de São Basílio. Após várias mudanças, acabou fixando-se em Monte Cassino, perto da famosa abadia beneditina. Seu testemunho atraiu muitas pessoas, tendo assim a felicidade de fundar vários mosteiros no Sul da Itália, com o cotidiano pautado pelo trabalho e oração. No trabalho, além da agricultura, transcrevia manuscritos antigos, introduziu um sistema taquigráfico (ítalo-grego) e compôs hinos sacros. São Nilo realizou várias romarias aos túmulos dos santos Pedro e Paulo, aproveitando para enriquecer as bibliotecas de Roma, até que, a pedido de Gregório, Nilo fundou um mosteiro em Grottaferrata, perto de Roma. Esse pacificador da política e guerras da época, teve grande importância para a história da Igreja, e na consolidação da vida monástica. Morreu com noventa e cinco anos de idade, no dia 25 de setembro de 1005. São Nilo, rogai por nós!

Santos Proto e Jacinto, os irmãos pela fé em Cristo

[caption id="attachment_11975" align="aligncenter" width="300"] Mártires[/caption] Origens A historicidade dos dois mártires é um fato incontestável: sua memória é celebrada, de fato, no Depositio Martyrum, em Roma, no Sacramentário Gelasiano (ms. De São Galo), no Gregoriano, em vários itinerários (Salisburgense, Epitome de locis sanctis) e no calendário napolitano.  Proto e Jacinto foram sepultados no cemitério de Bassilla (mais tarde de S. Ermete) num cubículo que o Papa Dâmaso, no século IV, mandou limpar o desmoronamento e dotá-lo de escada de acesso e claraboia, recordando o fato numa placa onde falava do sepulcro dos mártires já escondido sub aggere montis e tornado acessível por ele. Reparos subsequentes foram feitos para o túmulo, como algumas inscrições e o Lib. Pont. (I, p. 261), evidência de um culto muito difundido. Por isso, são verídicos quanto à crítica histórica.  Quanto às relíquias Quando, no século VIII-IX , os papas começaram a tradução das relíquias dos mártires das catacumbas para as igrejas urbanas, até os ossos de Proto (e não os de Jacinto) foram transferidos para Roma. Na realidade, até 1845 acreditava-se que os restos mortais dos dois mártires foram encontrados na cidade, mas uma feliz descoberta arqueológica do padre Marchi provou que o túmulo de São Jacinto permanece intacto no cemitério de São Ermete.  Em 21 de março de 1845, de fato, uma escavadeira desenterrou uma laje com esta inscrição: "dp III idus septebr Yacinthus mártir" que havia permanecido em seu local original; não muito longe foi encontrado um fragmento de uma lápide com a inscrição sepulcro Proti M.  No túmulo, foram encontrados ossos carbonizados, uma indicação do tipo de martírio sofrido por Jacinto. Como a tumba era muito escassa, pensava-se que havia sido escavada durante a perseguição de Valeriano, quando os cristãos foram proibidos de acessar as tumbas. Atualmente, os ossos de Jacinto são venerados no colégio de Propaganda Fide; enquanto os de Proto em S. Giovanni dei Fiorentini. A festa de ambos é celebrada no dia 11 de setembro. Páscoa Os fatos da vida de Proto e Jacinto estão contidos em uma narrativa absolutamente lendária: nela se diz que eram dois irmãos eunucos que eram escravos de Eugênia, filha do nobre romano Filipe, prefeito de Alexandria no Egito. Nesta localidade, os dois jovens cristãos conseguiram que Eugênia entrasse num mosteiro. Após eventos fictícios, a família de Filipe se converteu. Eugenia, então, retornou à Roma e realizou um apostolado; a sua amiga Bassila, ansiosa por aderir ao cristianismo, deu a seus escravos Proto e Jacinto para instruí-la na verdade da fé. Após sua conversão, Bassila foi denunciada por seu namorado ao magistrado que a condenou à morte junto com os dois jovens.  Os irmãos Em algumas lendas romanas, há outros grupos de jovens eunucos a serviço das mulheres: como Calogero e Partenio, Giovanni e Paolo; é, portanto, uma razão comum e recorrente. Que Proto e Jacinto eram irmãos já é afirmado por Dâmaso, mas na ausência de documentos mais seguros não se pode excluir que a notícia seja lendária. Talvez tenha surgido do fato de os dois mártires terem sido enterrados próximos um do outro. Não é raro, neste tipo de narração, transformar em parentes mártires sepultados na mesma área. Mas, com certeza, se tornaram irmãos pela fé em Cristo e por seu testemunho na entrega total à Deus. Minha oração “Que os irmãos mártires nos ensinem o mistério da amizade. Também pedimos a Deus que nos conceda irmãos na fé, pessoas que nos ensinem e nos ajudem na caminhada rumo ao céu. Amém.” Santos Proto e Jacinto, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 11 de setembro: Em Zurique, na hodierna Suíça, os santos mártires Félix e Régula. († data inc.) Comemoração de São Pafnúcio, bispo no Egito, que foi um dos confessores da fé. († s. IV) Em Lião, na Gália, na atual França, São Paciente, bispo, que, movido pela caridade, distribuiu gratuitamente alimentos necessários para socorrer as populações oprimidas pela fome.  († c. 480) Em Paris, também na atual França, o falecimento de São Sacerdote, bispo de Lião. († 552) Na ilha de Bardsey, no litoral da Câmbria setentrional, hoje País de Gales, São Daniel (Deiniol Wyn), bispo e abade de Bangor. († c. 584) No mosteiro de Luxeuil, na Borgonha, hoje na França, o falecimento de Santo Adélfio, abade do mosteiro de Remiremont. († c. 670) Em Toul, na Austrásia, na atual França, São Leudino ou Bodon, bispo, que, depois de se ter casado, tomou a decisão de se retirar para a vida monástica, ao mesmo tempo que também sua esposa, Odila, seguia o mesmo caminho. († a. 680) No mosteiro de Aulinas, na Calábria, região da Itália, Santo Elias, de sobrenome Espeleota, que seguiu a vida eremítica e depois cenobítica. († 960) Em Nagasaki, no Japão, os beatos Gaspar Koteda, catequista, e as crianças Francisco Takeya e Pedro Shichiemon, mártires. († 1622) Em Roma, o Beato Boaventura de Barcelona (Miguel Gran), irmão da Ordem dos Frades Menores, que, animado pelo seu grande amor à observância regular, construiu em muitos lugares do território romano conventos destinados a retiros espirituais, manifestando sempre rigorosa austeridade de vida e caridade para com os pobres. († 1648) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Francisco Mayaudon, presbítero e mártir. († 1794) Em Wuchang, no Hubei, província da China, São João Gabriel Perboyre, presbítero da Congregação da Missão e mártir. († 1840) Em Barcelona, na Espanha, o Beato Pedro de Alcântara (Lourenço Villanueva Larrayoz), religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Em Genovés, povoação do território de Valência, também na Espanha, o Beato José Maria Segura Panadés, presbítero e mártir. († 1936) Em Hellin, perto de Albacete, também na Espanha, o Beato Fortunato Árias Sánchez, presbítero da diocese de Albacete e mártir. († 1936) Em Krasica, na Croácia, o Beato Francisco João Bonifácio, presbítero da diocese de Trieste e mártir. († 1946) Fonte: vatican.va vaticannews.va Martirológio Romano Santiebeati.it - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São João Gabriel Perboyre, sacerdote e professor

Sua diocese era Cahors. Seu município era Puech. Sua paróquia era o bairro de Mongesty. Lá, em 6 de janeiro de 1802, Jean-Gabriel Perboyre nasceu como o filho mais velho de Pietro Perboyre e Maria Rigal. Recebeu educação cristã de sua família, nos anos do império de Napoleão, quando muitos conspiravam contra a Igreja. Estudos elementares em seu país, com inteligência e lucro. Dentro de seu coração, o jovem Jean-Gabriel tem uma grande paixão, um único amor: Jesus, o Salvador Crucificado. A cada dia, cresce no amor a Jesus e sua doação a Deus. Ele é apenas um menino quando ajuda seu pai, que trabalhava no campo, encarregado principalmente de supervisionar os camponeses empregados na fazenda da família em Puech. Seu irmão Louis entrou no Seminário de Montauban (Tarn-en-Garonne), em 1816, dirigido por seu tio paterno, Monsieur Jacques, dos Padres da Missão (os Lazaristas) de São Vicente de Paulo. Jean-Gabriel, de quinze anos, acompanha o irmão mais novo ao seminário, para lhe fazer companhia durante algum tempo. Mas, no Seminário, desenvolveu a paixão pela vida religiosa, nas pegadas do grande Santo da caridade. Então, ele decide ficar lá e pede para ser admitido na Congregação da Missão. É acolhido e logo se revela um noviço modelo, exemplar na oração, na obediência e na mortificação: “Jesus merece tudo: por que não lhe dar tudo?”. Em 28 de dezembro de 1820, ele ofereceu seus santos votos a Deus. Tem 18 anos e começa a estudar teologia na casa mãe da Congregação em Paris. Destaca-se por sua inteligência incomum, por sua doçura, por sua caridade teológica que o torna semelhante a São Vicente, o Pai Fundador. Sem perceber, ele se torna um modelo para seus colegas que, olhando para ele, se sentem convidados a melhorar. Ele exerce uma forte influência sobre os demais: por isso é enviado para ensinar os meninos no Saint Vincent College de Mont-Didier (Somme), onde revela sua excelente didática e seu zelo pela educação dos mais jovens, "na estatura de Jesus". Sacerdote e professor Em 23 de setembro de 1826, foi ordenado sacerdote na capela da Casa Mãe em Paris. Tem 24 anos: um verdadeiro amante de Jesus. Os superiores, pensando em propô-lo como exemplo aos clérigos da Congregação, o enviam para ensinar teologia dogmática no seminário maior de Saint Flour; depois, foi nomeado reitor da "aposentadoria" eclesiástica inaugurada em 1827, na mesma cidade. No outono de 1832, foi chamado de volta a Paris como vice-mestre dos noviços da casa de San Lazzaro. Obedece e faz tudo, mas o padre Jean-Gabriel tem outro sonho: as missões na China, e pede repetidamente e com insistência para ser enviado, "para trazer Jesus Cristo, para converter as almas a Ele". Seu desejo tornou-se ainda mais ardente quando, em 2 de maio de 1831, seu irmão, padre Louis Perboyre, morreu em Batávia, enquanto viajava para chegar à China. Ele vai ter que tomar o seu lugar. Finalmente concedido, em 21 de março de 1835, ele partiu do porto de Le Havre com destino à China. No dia 29 de agosto seguinte, desembarcou em Macau: ali permaneceu alguns meses para realizar o estudo da língua chinesa, antes de ser enviado para a província centro-sul de Honan. Algum tempo depois, foi nomeado primeiro vigário geral lá. Seguiu-se um ano e meio de emocionante trabalho apostólico na província de 174 mil quilômetros quadrados, em meio a privações e dificuldades de todo tipo, inclusive as primeiras perseguições. Missionário Em janeiro de 1838, foi transferido para a província de Hupeh, onde sua atividade missionária se tornou ainda mais intensa. Em seus sermões e conferências espirituais, ele proclama: “Só existe uma realidade necessária: Jesus Cristo. O Senhor Jesus disse: Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida. Nós apenas temos que caminhar por aqui. Para não nos desviarmos desse propósito, precisamos de uma luz que ilumine o caminho. Esta luz só pode ser ele, Jesus, a Verdade em pessoa: ele mesmo disse que quem o segue não anda nas trevas, mas possui a luz da vida”. A perseguição anticatólica rebenta na China: o padre Jean-Gabriel é forçado a refugiar-se na clandestinidade. Ele tem uma certeza: «Nós também precisamos de força para nos sustentar nesta caminhada e nos fazer perseverar nela. O próprio Jesus, que quis ser o nosso alimento dando-se a nós na Eucaristia, será a nossa força. É por isso que ele disse: "Eu sou a vida". Encontramos tudo o que podemos desejar no Crucifixo, no Evangelho e na Eucaristia: não há outro caminho, não há outra verdade, não há outra vida. Portanto, somos obrigados a nos apegar somente a Ele, não aprender nada além d'Ele e segui-Lo sem cessar». Durante a perseguição, o padre é traído por um cristão covarde que, seduzido pela generosidade do missionário, revela seu esconderijo. O padre foi capturado em Tcha-yuen-keu, a 26 de setembro de 1839, e levado para Kwang-Ytang, onde foi submetido a um primeiro e longo interrogatório, acompanhado de torturas cruéis. Transferido no dia seguinte para Ku-gheng, sofre mais interrogatórios e torturas, depois é encarcerado nas insalubres prisões de Wuchang, onde permanece oito meses entre torturas e sofrimentos atrozes, esperando que sua sentença de morte, pronunciada contra ele pelo tribunal local, fosse ratificada pelo imperador. Mártir Naquele triste período, o padre Jean-Gabriel tinha uma certeza: “Não podemos ser salvos senão conformando-nos a Jesus Cristo. Depois da morte, não nos perguntarão se fomos sábios, se ocupamos cargos importantes, se conquistamos a estima dos homens, mas se nos empenhamos em conhecer e imitar Jesus Cristo. Se Deus não encontrar em nós nenhum traço do Modelo divino, certamente seremos rejeitados; mas se nos conformarmos a este Modelo seremos glorificados: os santos no céu não são senão imagens de Cristo glorificado como na terra eram de Cristo sofredor e dedicados às obras da sua missão”. Ele, o ardente missionário, agora prestes a ser sacrificado, sempre fez isso desde a infância: conformar-se com Jesus. A ratificação do imperador aconteceu na manhã de 11 de setembro de 1840. Ao meio-dia, padre Jean-Gabriel Perboyre, 38 anos, foi crucificado como Jesus e morto com a espada. Tudo se cumpriu, como ele havia desejado, quando ainda se preparava para o sacerdócio: vida e sangue para Jesus. Seus restos mortais, depositados na "Montanha Vermelha", cemitério da cidade onde foi executado, puderam ser transferido para a França, em 1860, e depositado na casa-mãe de sua Congregação. O Papa Gregório XVI iniciou sua causa de beatificação desde 1843. Em 10 de novembro de 1889, Leão XIII o inscreveu entre os bem-aventurados. São João Paulo II o inscreveu entre os santos. Em uma de suas conferências espirituais, como lemos na Liturgia das Horas no dia de sua festa, 11 de setembro, ele havia dito, completamente cristocêntrico como era: "Tenhamos sempre Jesus Cristo diante de nossos olhos, agarremos seus sentimentos íntimos e apropriemo-nos das suas virtudes, do seu estilo, da sua vida”. São João Gabriel Perboyre, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 10 de setembro Em Roma, no cemitério de Basila, junto à Via Salária Antiga, o sepultamento dos santos mártires Proto e Jacinto, a quem o Papa São Dâmaso, depois de recuperar os seus túmulos ocultos na terra, celebrou com seus versos. Neste lugar, passados quase quinze séculos, foi encontrado intacto o sepulcro e o corpo cremado de São Jacinto. († s. III) Em Zurique, na hodierna Suíça, os santos mártires Félix e Régula. († data inc.) Comemoração de São Pafnúcio, bispo no Egipto, que foi um dos confessores da fé que, no tempo do imperador Galério Maximino, depois de lhes ser vasado o olho direito e cortado o tendão do pé esquerdo, foram condenados às minas; mais tarde, participou no Concílio de Niceia, onde defendeu vigorosamente contra os arianos a fé católica. († s. IV) Em Lião, na Gália, na atual França, São Paciente, bispo, que, movido pela caridade, distribuiu gratuitamente alimentos necessários às cidades situadas ao longo dos rios Ródano e Saône para socorrer as populações oprimidas pela fome; além disso, exerceu grande atividade apostólica na conversão dos hereges e no cuidado dos pobres. († c. 480) Em Paris, também na atual França, o passamento de São Sacerdote, bispo de Lião, que viveu no temor e amor de Deus e morreu quando se encontrava nesta cidade para participar no concílio. († 552) Na ilha de Bardsey, no litoral da Câmbria setentrional, hoje País de Gales, São Daniel (Deiniol Wyn), bispo e abade de Bangor. († c. 584) No mosteiro de Luxeuil, na Borgonha, hoje na França, o passamento de Santo Adélfio, abade do mosteiro de Remiremont, que lavou com muitas lágrimas a dissenção de um breve momento. († c. 670) Em Toul, na Austrásia, também na atual França, São Leudino ou Bodon, bispo, que, depois de se ter casado, tomou a decisão de se retirar para a vida monástica, ao mesmo tempo que também sua esposa, Odila, seguia o mesmo caminho. († a. 680) No mosteiro de Aulinas, na Calábria, região da Itália, Santo Elias, de sobrenome Espeleota, que seguiu a vida eremítica e depois cenobítica. († 960) Em Nagasáki, no Japão, os beatos Gaspar Koteda, catequista, e as crianças Francisco Takeya e Pedro Shichiemon, mártires, que, depois de seus pais terem sofrido o martírio na véspera deste dia, também eles padeceram por Cristo com a mesma força de ânimo o mesmo suplício da decapitação. († 1622) Em Roma, o Beato Boaventura de Barcelona (Miguel Gran), irmão da Ordem dos Frades Menores, que, animado pelo seu grande amor à observância regular, construiu em muitos lugares do território romano conventos destinados a retiros espirituais, manifestando sempre rigorosa austeridade de vida e caridade para com os pobres. († 1648) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Francisco Mayaudon, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, foi preso na galera por causa do sacerdócio e morreu consumido pela gangrena. († 1794) Em Barcelona, na Espanha, o Beato Pedro de Alcântara (Lourenço Villanueva Larrayoz), religioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que, durante a perseguição contra a fé, sofreu o martírio por ser religioso. († 1936) Em Genovés, povoação do território de Valência, também na Espanha, o Beato José Maria Segura Panadés, presbítero e mártir, que na mesma perseguição derramou o seu sangue por Cristo. († 1936) Em Hellin, perto de Albacete, também na Espanha, o Beato Fortunato Árias Sánchez, presbítero da diocese de Albacete e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja, foi assassinado em ódio ao sacerdócio. († 1936) Em Krasica, na Croácia, o Beato Francisco João Bonifácio, presbítero da diocese de Trieste e mártir, que. durante a ocupação da sua pátria por um regime inumano e antirreligioso, foi cruelmente assassinado em ódio à Igreja e ao sacerdócio. († 1946) Fonte: Martirológio Romano Santiebeati.it - Produção e edição: Leonardo Girotto