Santos

Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o Frei Galvão

Origens  Frei Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, atual cidade de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. A vila estava na região chamada Capitania de São Paulo, hoje, Estado de São Paulo.  Frei Galvão era o quarto de dez filhos de uma família muito religiosa, rica e nobre. Seu pai, Antônio Galvão de França, português, era o capitão-mor (prefeito) da vila, comerciante que pertencia à Ordem Terceira Franciscana. A mãe de Antônio Galvão era Isabel Leite de Barros. Adolescência  Frei Galvão, aos 13 anos de idade, foi enviado pelos pais ao seminário jesuíta Colégio de Belém, em Cachoeira, na Bahia, para estudar ciências humanas. Ele estudou no seminário de 1752 a 1756, onde progrediu nos estudos, especialmente na construção civil e na prática cristã. Frei Galvão: o padroeiro dos engenheiros, arquitetos e construtores Mãe espiritual: Sant'Ana Em 1755, recebeu a notícia da morte prematura de sua mãe. Esse fato fez com que ele assumisse Sant'Ana (Santana), de quem era devoto, como mãe espiritual. Tanto que seu futuro nome de religioso será “Frei Antônio de Sant'Anna Galvão”.  Franciscano  Tornou-se franciscano, no convento de Macacu, em Itaboraí, Rio de Janeiro. Em 11 de julho de 1762, o frei foi ordenado sacerdote e transferido para o Convento de São Francisco na cidade de São Paulo. Lá, ele continuou os estudos de filosofia e teologia.  Esplendor do convento  Em 1768, foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento. Era um cargo importante na época. Frei Galvão se destacou nesse cargo de tal forma, que a Câmara Municipal lhe deu o título de o "novo esplendor do Convento". Em 1770, foi convidado para ser membro da Academia Paulistana de Letras. Isso porque ele compunha peças poéticas em latim, odes, ritmos e epigramas. O pedido de Jesus  Entre 1769 e 1770, Frei Galvão recebeu a missão de ser confessor no Recolhimento de Santa Teresa, um tipo de convento que abrigava devotas de Santa Teresa de Ávila em São Paulo. Lá, ele conheceu a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, uma freira penitente que dizia receber um pedido de Jesus: a fundação de um novo Recolhimento. Num tempo em que construções de conventos de ordens religiosas e até de igrejas estavam proibidas em todo o império pelo marquês de Pombal, Frei Galvão assumiu as consequências e fundou o novo Recolhimento, chamado Recolhimento Nossa Senhora da Luz.  A Fundação do Recolhimento Nossa Senhora da Luz A resistência da fundação A fundação foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1774. A identidade espiritual da nova fundação era baseada na Ordem da Imaculada Conceição. Ele escreveu os estatutos, as regras e deu todo o amparo necessário. Um governador novo havia chegado a São Paulo e quis fechar o recolhimento. Frei Galvão obedeceu, mas as irmãs se recusaram a sair de lá. O governador então começou a agir com violência, enviando tropas e ameaçando destruir tudo. Mas o povo se revoltou e o governador teve que ceder. Assim, Frei Galvão voltou a liderar a construção e o recolhimento. O povo queria o Mosteiro da Luz. A construção demorou 28 anos e deu origem ao Bairro da Luz em São Paulo. Mestre dos voviços Ao defender um homem, o frei acabou sendo preso. Mas o povo, as irmãs e o Bispo de São Paulo, Dom Manuel da Ressurreição, recorreram ao superior provincial, escrevendo-lhe que "nenhum dos habitantes desta cidade será capaz de suportar a ausência deste religioso por um único momento". Depois, em 1781, Frei Galvão foi nomeado mestre de noviços em Macacu e, em 1798, assumiu o cargo de guardião do Convento de São Francisco. Em 1811, Frei Galvão fundou o Convento de Santa Clara em Sorocaba.  Grande orientador e caridoso, Frei Galvão Onze meses depois, voltou para o Convento de São Francisco, em São Paulo. Ali, atendia o povo, orientava, aconselhava, rezava pelas pessoas e ensinava as irmãs. Era um homem de muita e intensa oração. Por isso, alguns fenômenos místicos em sua vida foram presenciados por testemunhas. Fenômenos como o dom da cura, dom de ciência, bilocação, levitação foram famosos durante sua vida, sempre em vista do bem de doentes, moribundos e necessitados. As pílulas Certa ocasião, Frei Galvão foi à Guaratinguetá para pedir recursos para a construção do Mosteiro da Luz. Terminada sua missão, tinha de regressar por causa de compromissos no convento. Nisso, alguns homens vieram pedir que ele fosse até uma fazenda distante rezar por um amigo deles que estava padecendo com uma pedra no rim há dias. O homem estava quase morrendo. Impossibilitado de ir até lá, Frei Galvão teve uma inspiração: escreveu num pedacinho de papel uma frase do ofício de Nossa Senhora: “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”. Frei Galvão embrulhou o papelzinho em forma de pílula e deu aos amigos do doente dizendo que ele tomasse aquilo em clima de oração, rezando o terço de Nossa Senhora. As pílulas de Frei Galvão: inúmeras graças alcançadas  Mais tarde, espalhou-se a notícia da cura daquele doente.  Tempos depois, o Frei foi procurado por um homem aflito. Sua esposa estava em trabalho de parto há quase um dia e corria risco de morte. O religioso fez três pílulas e deu ao homem com as mesmas recomendações. O homem levou as pílulas para a esposa, que as tomou e conseguiu dar à luz um filho com saúde. Daí em diante, a fama das pílulas de Frei Galvão se espalhou. O povo começou a procurá-las de tal maneira que ele teve que pedir às irmãs do Recolhimento que produzissem as pílulas. Depois, ele as abençoava e as irmãs distribuíam para o povo. Desde esse tempo, há inúmeros relatos de graças alcançadas através das Pílulas de Frei Galvão. Páscoa Frei Galvão faleceu no Mosteiro da Luz, em 23 de dezembro de 1822, poucos meses depois da independência do Brasil. Faleceu na graça de Deus, com fama de santidade. Uma multidão de luto veio se despedir do santo que encantou a cidade de São Paulo. Ele foi sepultado na igreja do Mosteiro da Luz. Até hoje, o seu túmulo é destino de peregrinação de fiéis que vêm pedir e agradecer as graças recebidas pela sua intercessão. Via de santificação Em 1998, Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II, recebendo os títulos de Homem da Paz e da Caridade e de Patrono da Construção Civil no Brasil. De seu processo de beatificação constam 27.800 graças documentadas, além de outras consideradas milagres. Em 2007, foi canonizado por Bento XVI, tornando-se o primeiro santo brasileiro. Minha oração “Poderoso santo brasileiro que, através da tua intensa devoção mariana, alcançaste milhares de prodígios, sede o nosso protetor, nosso padroeiro, nosso pai espiritual. Dai a nós o mesmo amor a Maria para que sejamos santos como tu. Amém.” Frei Galvão, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 25 de outubro  Em Roma, no cemitério de Trasão, junto à Via Salária Nova, os santos Crisanto e Daria, mártires. († c. 253) Em Soissons, na Gália, Bélgica, atualmente na França, os santos Crispim e Crispiniano, mártires. († c. s. III) Em Florença, na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália, São Miniato, mártir. († c. s. III)  Em Périgueux, na Aquitânia, França, São Frontão, considerado o primeiro anunciador do Evangelho nesta cidade. († c. s. III) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, os santos Martírio, subdiácono, e Marciano, cantor. († c. 351) Em Bréscia, na Venécia, Itália, São Gaudêncio, bispo, que, ordenado por Santo Ambrósio. († c. 410) No território de Javols, na Gália, atualmente na França, Santo Hilário, bispo de Mende. († s. VI) Perto de Segóvia, na Hispânia, São Fruto, que levou vida eremítica entre ásperos rochedos. († c. 715) Em Pécs, na Hungria, Santo Amaro, bispo, que se fez monge e depois foi abade do mosteiro de São Martinho. († 1070) Em Vic, na Catalunha, região da Espanha, São Bernardo Calbó, bispo, que foi monge cisterciense e abade do seu mosteiro. († 1243) Em Borgo Sant’ António, no Piemonte, região da Itália, o falecimento do Beato Tadeu Machar, bispo de Cork e Cloyne, na Irlanda. († 1492) Em Nules, povoação próxima de Tortosa, na Espanha, o Beato Recaredo Centelles Abad, presbítero da Irmandade dos Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir. († 1936) Em Alcira, na Espanha, as beatas Maria Teresa Ferragud Roig e suas filhas Maria de Jesus , Maria Verónica, Maria Felicidade Masiá Ferragud, virgens da Ordem das Clarissas Capuchinhas, e Josefa da Purificação, virgem da Ordem das Agostinhas Descalças, todas elas mártires.(† 1936) Fonte: A vida de Frei Galvão - Maristela, Ed. Vozes Frei Antônio de Sant’Anna Galvão -  Mosteiro das Irmãs Concepcionistas Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Antônio Maria Claret, fundador dos Claretianos e Claretianas

Origens  Santo Antônio Maria Claret nasceu em Sallent, uma cidade próxima de Barcelona, em 1807. De uma família numerosa, foi educado de modo profundamente cristão. Distinguiu-se logo pela sua devoção à Virgem Maria e à Eucaristia, mas, como em todas as famílias numerosas, teve que dar uma mão. Por isso, dedicou-se à atividade de tecelão junto com seu pai. Porém, sabia bem que o seu lugar não era aquele. Vida Sacerdotal  Santo Antônio Maria Claret ajudou o pai numa fábrica de tecidos até os 22 anos. Abandonou tudo e ingressou para o seminário, pois almejava um sacerdócio santo. Aos 28 anos, foi ordenado sacerdote. Dedicou-se de corpo e alma ao serviço ministerial, desejando consagrar-se nas difíceis missões da Espanha.  Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria Seu ideal, entretanto, ultrapassava os limites de sua paróquia. Ao ver a pobreza dos missionários e as portas se abrindo, Santo Antônio Maria Claret, com amigos sacerdotes, tratou de fundar a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, conhecidos como Claretianos. Santo Antônio Maria Claret: Grande Impulsionador da Fé na Mãe de Deus O Carisma O Carisma era evangelizar todos os setores por meio da caridade de Cristo que constrangia, por isso dizia: "Não posso resistir aos impulsos interiores que me chamam para salvar almas. Tenho sede de derramar o meu sangue por Cristo!". Mal tinha fundado a Congregação, o Espírito o nomeou para Arcebispo de Santiago de Cuba, onde fez de tudo, até arriscar a própria vida, para defender os oprimidos da ilha e converter a todos. Conta-se que, ao chegar às terras cubanas, foi logo visitar e consagrar o apostolado a Nossa Senhora do Cobre. Evangelizador  Com os amigos, o Arcebispo Santo Antônio Maria Claret evangelizou milhares de almas, isso por meio de missões populares e escritos, que chegaram a 144 obras. Não obstante, em Cuba, em 1855, com a ajuda da venerável Maria Antônia Paris, fundou o ramo feminino da Congregação: as “Religiosas de Maria Imaculada” também chamadas “Missionárias Claretianas”. A Missão: Evangelizar pela caridade de Cristo Páscoa Em 1857, a Rainha da Espanha convocou Antônio para voltar a Madrid, e teve de obedecer, para ser seu Confessor. Ligado à monarquia espanhola, seu destino mudou, em 1868, foi exilado, com a rainha, para Paris, onde continuou as suas pregações. Em Roma, participou do Concílio Vaticano I, no qual defendeu a infalibilidade do Pontífice. Enfim, refugiou-se no mosteiro de Fontfroide, em Narbona, na França, onde faleceu em 1870. Via de Santificação Foi beatificado, em 1934, pelo Papa Pio XI, e canonizado por Pio XII em 1950. Pelo seu amor ao Imaculado Coração de Maria e pelo seu apostolado do Rosário, tem uma estátua de mármore no interior da Basílica de Fátima. Oração de Santo Antônio Maria Claret “Ó Deus, que aos vossos pastores associastes Santo Antônio Maria Claret, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.” Minha oração “Zeloso pastor das almas, pedimos a tua graça sobre os ramos claretianos, para que sigam fielmente o teu exemplo e carisma, a fim de que, assim, o nome de Jesus seja amado e adorado em todos os cantos do mundo. Amém.” Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 24 de outubro: Em Hierápolis, na Frígia, hoje Turquia, os santos Ciríaco e Claudiano, mártires. († data inc.) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Proclo, bispo, que proclamou com firmeza a Bem-aventurada Virgem Maria como Mãe de Deus. († 446) Em Nagran, na Arábia, a paixão dos santos Aretas, príncipe da cidade, e trezentos e quarenta companheiros, no tempo do imperador Justino e de Du Nuwas. († 523) Na região de Tours, na Nêustria, França, São Senóquio, presbítero, que construiu um mosteiro numas ruínas antigas. († 576) No mosteiro de Vertou, na Gália,França, São Martinho, diácono e abade, que São Félix, bispo de Nantes, enviou para converter os pagãos. († s. VI) No Brabante da Austrásia, hoje na Bélgica, Santo Evergislo, bispo de Colónia e mártir. († c. 590) Na Bretanha Menor, na atual França, São Maglório, que, segundo a tradição, foi discípulo de Santo Iltuto, sucedeu a São Sansão como bispo de Dol. († c. 605) Em Coutances, na Nêustria, na atual França, São Fromundo, bispo, que fundou o mosteiro de monjas de Ham e exerceu o ministério pastoral. († s. VII) Em Hué, no Anam, hoje no Vietnam, São José Lê Dang Thi, mártir, que, sendo militar no tempo do imperador Tu Duc, foi encarcerado por ser cristão. († 1860) Em Como, na Itália, São Luís Guanella, presbítero, que fundou a Congregação dos Servos da Caridade e também a das Filhas de Santa Maria da Providência. († 1915) Em Ronco all’Ádige, na província de Verona, na Itália, o Beato José Baldo, presbítero, que, fundou a Congregação das Pequenas Filhas de São José. († 1915) Fonte: Arquisp.org.br  Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São João de Capistrano, patrono dos capelães militares

Origens Capistrano, em Abruzzo, é a cidade natal de São João de Capistrano, filho de um barão alemão, que logo se mudou para Perugia para estudar direito. Rapidamente fez carreira, tornou-se jurista e governador da cidade, mas com a ocupação desta pela família Malatesta foi preso.  Chamado na prisão É na prisão que descobre que o Senhor o chama; assim, uma vez que sai, torna-se sacerdote da Ordem dos Frades Menores. Entre os franciscanos, João trata da pregação, da defesa da ortodoxia católica e da reforma da Ordem por dentro. É a sua pregação, sobretudo no Advento e na Quaresma, que inflama as pessoas, provoca conversões, renova espiritualmente as populações que o ouvem. Amizade em Deus Nesse período, São João de Capistrano conheceu Bernardino de Siena, também frade franciscano, de quem se tornou amigo. Bernardino explica-lhe a sua particular devoção ao Nome de Jesus, condensado na sigla IHS, que é "Jesus salvador dos homens": seria o próprio João quem o defendesse das acusações de heresia. São João de Capistrano: combatente das heresias e mentiras Reformador da Ordem São João de Capistrano também está envolvido em desmascarar o "fraticellismo", a prática de difundir doutrinas disfarçadas pela Regra franciscana e declaradas heréticas pela Igreja. Por isso, São João de Capistrano é considerado um dos maiores reformadores da Ordem e apelidado de "Coluna da Observância". Ele também será responsável por combater a prática da usura. Combatente das heresias Em 1453, a capital do Império Romano do Oriente, Constantinopla, cai. O sentimento de ameaça ao cristianismo se avulta devido ao avanço imparável do islamismo e dos turcos: para muitos, começa a ser uma preocupação forte e concreta. São João de Capistrano, em nome do Papa Nicolau V, está na Áustria com 12 companheiros para evangelizar as terras europeias mais negligenciadas e combater as heresias generalizadas, mas logo tudo isso fica em segundo plano.  Em total dedicação à causa do evangelho, ele começa a viajar pela Europa central na tentativa de recrutar homens. Grande resposta terá entre as populações húngaras, as mais expostas às ameaças dos turcos. À frente de um exército de cinco mil homens, parte então para Belgrado: o objetivo é romper o cerco da cidade operada pela frota fluvial liderada por Mohammed II. Páscoa Uma semana depois, vem a vitória terrena, que transforma o frade idoso em general vitorioso. No caminho de volta, no entanto, prostrado de fadiga e tendo contraído a peste, São João de Capistrano  morreu no convento de Ilok, na atual Croácia, em 23 de outubro de 1456. Canonizado por Alexandre VII, em 1690, é padroeiro dos capelães militares desde 1984. Minha oração “ Ao general celeste, rogamos a sua proteção sobre os soldados e suas autoridades. Sede o exemplo dos padres capelães e militares, assim como daqueles que são combatentes à fé e defensores das heresias. Dai-nos a tua coragem na evangelização. Amém.” São João de Capistrano, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 23 de outubro Perto de Cádiz, na Bética, região da Hispânia, os santos Servando e Germano, mártires. († s. IV in.) Na antiga Pérsia, os santos mártires João, bispo, e Tiago, presbítero. († 344) Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Teodoreto, presbítero e mártir. († c. 362) Em Colónia, na atual Alemanha, a comemoração de São Severino, bispo. († c. 400) Em Pavia, na Ligúria, hoje na Lombardia, Itália, a comemoração de São Severino Boécio, mártir. († 524) Em Siracusa, na Sicília, Itália, São João, bispo. († c. 609) Em Ruão, na Nêustria, na atual França, São Romão, bispo. († c. 644) No território de Herbauge, perto de Poitiers, na Aquitânia, hoje na França, São Bento, presbítero. († a. s. IX) Em Constantinopla, hoje Istambul, Santo Inácio, bispo. († 877) Em Rumsey, na Inglaterra, Santa Etelfleda, abadessa. († s. X) Em Campugliano, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santo Alúcio.(† 1134) Em Mântua, na Lombardia, Itália, o Beato João Bom, eremita, que fundou uma Congregação sob a Regra de Santo Agostinho. (†1249) Em Milão, na Lombardia, o Beato João Ângelo Porro, presbítero da Ordem dos Servos de Maria. († 1506) Na Inglaterra, o Beato Tomás Thwing, presbítero e mártir. († 1680) Em Valenciennes, na França, as beatas Maria Clotilde Ângela de São Francisco de Bórgia e cinco companheiras, virgens e mártires. († 1794) Em Tho-Duc, cidade do Anam, atualmente no Vietnam, São Paulo Tong Viet Buong, mártir. († 1833) Em Reims, na França, o Beato Arnaldo, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. († 1890) Em Ciudad Real, na Espanha, os beatos mártires Ildefonso da Cruz e Justiniano de São Gabriel da Senhora das Dores, presbíteros da Congregação da Paixão, e quatro companheiros religiosos. († 1936) Em El Saler, na Espanha, o Beato Leonardo Olivera Buera, presbítero e mártir. († 1936) Em Benimaclet, na Espanha, os beatos Ambrósio Leão , Florêncio Martinho e Honorato André, religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São João Paulo II, o terceiro maior Pontificado da História da Igreja

Origens  Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice. Era o mais novo de três irmãos (sua irmã, Olga, morreu antes de seu nascimento). Filho do oficial do exército polonês, Karol, e de Emilia Kaczorowska, teve uma gestação de risco. Os médicos até chegaram a aconselhar a mãe que interrompesse a gravidez, dado ao risco de vida que corria. Porém, num gesto profético, Emilia opta pela gestação daquele que, anos à frente, seria um grande defensor da família e da vida. O falecimento de seus familiares  Com a saúde debilitada, Emília morreu nove anos após o nascimento de Lolek, apelido carinhoso de Karol dado por sua mãe. Três anos depois, a morte voltaria a visitar sua vida: seu irmão mais velho, Edmund, que era médico e tratou de doentes vítimas de uma epidemia de escarlatina, acabando por contrair a infecção que lhe seria fatal. Karol o lembrava como “mártir do dever”. O Exemplo de seu Pai  Aos 21 anos, Karol ainda perderia o último membro da família: seu pai. Foi com ele que aprendeu o amor a Virgem Maria, a honestidade, a bravura, o patriotismo. “A dor dele se transformava em oração. O simples fato de vê-lo se ajoelhar teve uma influência decisiva nos meus anos jovens. Não falávamos de vocação ao sacerdócio, mas o exemplo dele foi para mim, de qualquer modo, o primeiro seminário, um tipo de seminário doméstico”, confessou mais tarde o já Papa João Paulo II. Da não vocação ao terceiro maior pontificado da história  Ocupação Nazista na Polônia Mesmo com todas as perdas, o amor recebido na família movia o coração do jovem Karol a Deus e alimentava a força para enfrentar outras dores e sofrimentos, como a ocupação nazista na Polônia. Para driblar o regime opressor, o Papa, que queria ser ator, chegou a trabalhar em uma pedreira e uma indústria química para evitar a deportação para Alemanha.  Assistiu aos horrores da Guerra Mesmo sem ser deportado, assistiu de perto aos horrores da guerra, as profundas marcas deixadas em sua amada Polônia; e conheceu várias histórias de sofrimento, como a de uma jovem de 13 anos, que salvou da fome após sair de um campo de concentração, e a de outra jovem, vítima de experimentos científicos nazistas. A dor da nação o ensinou a amar seu país e a enxergar que o caminho da paz sempre será o mais acertado a ser seguido. As experiências com as pessoas ensinou que “quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”. Caminho ao Sacerdócio Foi também durante a ocupação nazista que Karol já caminhava em direção ao sacerdócio. Clandestinamente, em 1942, entrou para o seminário, tendo aulas secretas na residência do arcebispo de Cracóvia. Quatro anos mais tarde, em  1 de novembro de 1946, Karol Wojtyla foi ordenado padre pelo cardeal Adam Sapieha. Durante doze anos, alternou sua vida presbiteral entre estudos, licenciatura de teologia e ética social, além dos trabalhos próprios do exercício do ministério sacerdotal, como vigário de algumas paróquias de Cracóvia. Doze anos após a ordenação presbiteral, Wojtyla se tornou bispo de Ombi e bispo auxiliar da Cracóvia. Em 1964, tornou-se Arcebispo da Cracóvia. Em 1967, tornou-se cardeal, por indicação de Paulo VI. João Paulo II: Eleito Papa em 1978 Eleito Papa  Wojtyla foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, no conclave que sucedeu a morte do Papa João Paulo I. Era a primeira vez, em cerca de 450, que era eleito um Papa não italiano. Escolheu o nome João Paulo II e implantou em seu papado os valores que tinha aprendido ao longo da vida no anúncio do Evangelho de Cristo.  Mediador da Paz Manteve discurso conciliador e pacificador, mediando a paz em várias situações de conflito, porém, sem se esquivar da luta contra a influência comunista na Polônia sem uso de nenhuma arma, senão o Evangelho e o amor. Defendeu ferrenhamente os valores da família – que chamou de santuário da vida –, e a inviolável dignidade de todo ser humano dentro do projeto de amor de Deus por cada um – de onde brota aquilo que ficou conhecido como a Teologia do Corpo.  O grande lema “Totus Tuus” Lema Com o lema “Totus tuus”, “todo teu, Maria”, declarou seu amor e total devoção a Virgem Maria, particularmente a Nossa Senhora de Częstochowa, padroeira da Polônia. E foi a Virgem Maria que o Papa atribuiu a sobrevivência ao atentado que sofreu em 13 de maio de 1981.  Feitos do Sumo Pontífice  João Paulo II criou as Jornadas Mundiais da Juventude, escreveu 14 encíclicas, organizou 15 assembleias do Sínodo dos Bispos, nomeou 231 cardeais, beatificou 1338 pessoas e canonizou 482 santos. Mas foi além das palavras e demonstrou sua santidade, mesmo nos momentos de dor.  João Paulo II: Santo Súbito Páscoa Nos últimos anos de vida, lutou bravamente contra o Parkinson. Entrou para eternidade no dia 2 de abril de 2005. Seu funeral reuniu milhões de fiéis em Roma e mais de 200 representantes de governos. No seu funeral, era declarado pelas multidões "Santo Súbito!" (santo imediatamente). Lido e explicado à luz do amor, seu legado permanece vivo e firme; e seu convite feito na homilia do início do seu pontificado continua a ecoar: “Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!". Legado  Vinte e seis anos. O terceiro maior Pontificado da História da Igreja. Duas décadas e meia que revolucionaram a sociedade contemporânea no campo político, social e humanitário. De fato, São João Paulo II desenvolveu na prática a expressão de um dos Paulo VI: civilização do amor. Sua atuação no combate ao comunismo, na defesa da família, do estímulo ao diálogo inter-religioso e na promoção da paz o levou a ser conhecido carinhosamente como “peregrino do amor”, em alusão às suas constantes visitas papais: foram 129 países em que o papa polonês repetia o gesto que se tornou símbolo da sua presença: beijar o chão de cada novo lugar que visitava logo depois de descer do avião.  Minha oração “Nosso santo Papa da Juventude, suscitai novos pastores de jovens e dai a eles o mesmo amor que tiveste. Conduzi teus filhos queridos para que encontrem e realizem sua própria vocação em cada estado de vida. Amém!” São João Paulo II, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 22 de outubro Em Roma, no cemitério de Comodila, junto à Via Ostiense, a comemoração de Santa Emérita, mártir. († data inc.) Em Agaune, hoje Saint-Maurice, na Suíça, os santos mártires Maurício, Exupério e Cândido, soldados, juntamente com os companheiros da Legião Tebana e o veterano Vítor. († c. 302) Em Roma, junto à Via Salária Antiga, o sepultamento de Santa Basila, mártir. († 304) Em Levroux, na Aquitânia, atualmente na França, São Silvano, eremita. († c. s. V) No monte Glonna, junto ao rio Loire, na Gália, França, São Florêncio, presbítero. († c. s. VI) No território de Coutances, França, São Lauto ou Laudo, bispo. († d. 549) Em Laon, na Nêustria, atual França, Santa Salaberga, abadessa. († c. 664) Em Ratisbona, cidade da Baviera, na Alemanha, Santo Emeramo, bispo. († c. 690) No mosteiro cisterciense de Morimond, na França, a páscoa do Beato Otão, bispo de Freising. († 1158) Em Turim, no Piemonte, região da Itália, Santo Inácio de Santhiá , presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1770) Ao largo de Rochefort, na França, o Beato José Marchandon, presbítero e mártir. († 1794) Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos Paulo Chong Ha-sang e Agostinho Yu Chin-gil, mártires. († 1839) Em Monserrat, na província de Valência, na Espanha, o Beato Carlos Navarro Miguel, presbítero da Ordem dos Clérigos das Escolas Pias e mártir. († 1936) No mesmo lugar, o Beato Germano Gonçalvo Andréu, presbítero e mártir. († 1936) Em Alcira, na província de Valência, os beatos mártires Vicente Pelufo Corts, presbítero, e Josefina Moscardó Montalvá, virgem. († 1936) Em Bolbaite, também na província de Valência, o Beato Vicente Sicluna Hernández, presbítero e mártir. († 1936) Em Corbera, Espanha, a Beata Maria da Purificação Vidal Pastor, virgem e mártir. († 1936) Em Madrid, Espanha, os beatos Estêvão Cobo Sanz e Frederico Cobo Sanz, religiosos da Sociedade Salesiana e mártires. († 1936) Na Espanha, os beatos Félix Echevarría Gorostiaga, presbítero da Ordem dos Frades Menores e companheiros mártires. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

Santa Úrsula e as onze companheiras mártires

Origens  Santa Úrsula nasceu no ano 362. Filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra, a fama de sua beleza se espalhou, e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado. A Preparação para o Casamento Santa Úrsula foi educada nos princípios cristãos. Por isso, ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta, mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo ou então encontrar um meio de evitar o casamento, mas não conseguiu nem uma coisa nem outra. A Partida  Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, em vez de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas. Santa Úrsula: esposa de todos os Reis da Terra, Jesus Cristo  Páscoa Foram navegando pelo rio Reno e chegaram à Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado o próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma Igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras. Companhia de Santa Úrsula Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici fundou a Companhia de Santa Úrsula com o objetivo de dar formação cristã às meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que, nesta época, a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve. Atualmente, as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula. Minha oração “As santas mártires — que deram o testemunho de Cristo com seu próprio sangue, além de viverem dedicadas à educação cristã —, intercedei pelas religiosas que propagam o carisma e sede um auxílio materno a todos que recorrem a ti. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.” Santa Úrsula, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 21 de outubro: Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Dásio, Zótico e Caio. († 303) Na ilha de Chipre, Santo Hilarião, abade, que, foi fundador e exemplo da vida eremítica nesta região. († c. 371) Comemoração de São Malco, monge, cuja ilustre vida ascética em Marónia, perto de Antioquia da Síria, na atual Turquia.(† s. IV) Em Bordéus, na Aquitânia, na atual França, São Severino, bispo. († s. V) Em Laon, na Gália, na França, Santa Cilínia, mãe dos santos bispos Princípio de Soissons e Remígio de Reims. († d. 458) Em Lião, hoje na França, a comemoração de São Viador, leitor, que foi discípulo e ministro de São Justo, bispo de Lião, e o acompanhou no ermo do Egito e na sua morte. († d. 481) Em Tréveris, na Austrásia, atualmente na Alemanha, São Vendelino, eremita. († s. VII) Em Marselha, na Provença da Gália, na hodierna França, São Mauronto, bispo, que foi também abade do mosteiro de São Vítor. († c. 780) Em Cortona, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Pedro Capúcci, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1445) Em Nishizaka, colina de Nagasaki, Julião Nakaura, religioso da Companhia de Jesus e mártir. († 1633) Em Seul, na Coreia, São Pedro Yu Tae-ch’ol, mártir. († 1839) Em Montes de Saja, na Cantábria, no litoral da Espanha, o Beato Estanislau Garcia Obeso, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Belencito, na Colômbia, Santa Laura de Santa Catarina de Sena, virgem, que, fundou a Congregação das Irmãs Missionárias de Maria Imaculada e Santa Catarina de Sena. († 1949) Fonte: Arquisp.org.br  Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Maria Bertilla Boscardin, enfermeira na Primeira Guerra Mundial

Origens  Santa Maria Bertilla Boscardin, batizada com o nome de Ana Francisca, nasceu em 6 de outubro de 1888, em Brendola, Itália, numa família de origem humilde e camponesa. Era a mais velha de três filhos. Infância Desde menina, gostava muito de rezar e tinha um grande amor por Nossa Senhora. Sempre que podia, rezava diante de um quadro de Nossa Senhora, que ficava pendurado na parede da cozinha de sua casa. Sendo tão piedosa, conseguiu fazer Primeira Comunhão aos nove anos de idade. Entrada no Convento Aos dezessete anos de idade, resolveu seguir sua própria vocação religiosa, ingressando no Convento Irmãs Mestras de Santa Dorotéia Filhas dos Sagrados Corações, adotando o nome de Maria Bertilla. Fora-lhe entregue trabalhos relacionados à lavanderia e o cuidado com o forno. Santa Maria Bertilla Boscardin: serva de todos  Enfermeira  Recebeu o diploma de enfermeira para ser útil no tratamento dos doentes. Em seu diário, ela escreveu: “Quero ser serva de todos, quero trabalhar, sofrer e deixar toda satisfação aos outros”. Em seu segundo ano de noviciado, foi enviada para o hospital em Treviso (Itália), onde exerceu a função de enfermeira. Foi colocada na ala infantil, cuidando de crianças vítimas da guerra. A Primeira Guerra Mundial fez com que Maria Bertilla se dedicasse aos cuidados com os soldados feridos. Mas precisou sair de Treviso, que se encontrava na frente das operações militares. Páscoa Em 1910, foi diagnosticada com um câncer; sua saúde estava debilitada e precisou passar por uma cirurgia, retirando-se um tempo para se recuperar. Voltando novamente para o hospital em Treviso, ficou mais uma vez doente, precisando realizar outra cirurgia, mas não resistiu ao tempo de sua recuperação. Morreu no dia 20 de outubro de 1922, após converter o médico-chefe do hospital. Via de Santificação Em 1952, foi beatificada pelo Papa Pio XII e, em 1961, canonizado por Papa João XXIII. No discurso de canonização da santa, Papa João recordou a piedade de Santa Maria Bertila para com Deus, sua integridade de costumes e pureza de alma e, por último, o seu ardor em ajudar os outros, especialmente os infelizes e os enfermos. Minha oração “ Enfermeira do corpo e da alma, amparai os doentes que a ti recorrem dando a eles a cura completa e total. Intercedei pelos hospitais e clínicas, pelos médicos e profissionais da saúde. Dai a todos a capacidade de compadecer-se nos sofrimentos alheios e o cuidado necessário. Amém.” Santa Maria Bertilla Boscardin, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 20 de outubro  Comemoração de São Cornélio, centurião que, em Cesareia da Palestina, foi batizado por São Pedro, como primícias da Igreja dos gentios. Em Agen, na Aquitânia, atualmente na França, São Caprásio, mártir. († c. 303) Em Aussonce, no território de Reims, na Nêustria, na atual França, São Sindolfo, eremita, que seguiu a vida solitária, somente conhecido por Deus. († c. 600) Em Salzburgo, na Baviera, hoje na Áustria, São Vital, bispo, que, originário da Irlanda, foi discípulo de São Ruperto. († c. 730) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo André, monge e mártir. († 767) Em Troyes, junto ao rio Sena, na França, Santo Aderaldo, arcediago, que ilustrou a Regra canonical com as suas palavras. († c. 1002) Em Savigny, na Normandia, na França, Santa Adelina, primeira abadessa do mosteiro de Mortain, que fundou com a ajuda de seu irmão São Vital. († c. 1125) Em L’viv, na Ruténia, na atual Ucrânia, o Beato Tiago Strepa, bispo de Halic, da Ordem dos Menores. († 1409) Em Treviso, na Itália, Santa Maria Bertila, virgem da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia dos Sagrados Corações. († 1922)  Em Viena, na Áustria, o Beato Tiago Kern , presbítero da Ordem Premonstratense. († 1924) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Pedro de Alcântara, padroeiro do Brasil

Origens  São Pedro de Alcântara nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499, descendente de uma nobre família. Era um menino simples, orante e de bom comportamento. Estudou na universidade ainda novo, mas soube igualmente destacar-se no cultivo das virtudes cristãs. Ao obedecer ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito.  Vida Sacerdotal  São Pedro de Alcântara foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, que administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento, e, mais tarde, eleito provincial da Ordem. Provincial Franciscano Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo.  São Pedro de Alcântara: diretor espiritual de Santa Teresa d'Ávila Conselheiro de Carlos V e João III Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III; além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila. Esta atestou sobre ele depois da morte do santo: "Pedro viveu e morreu como um santo, e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus". Foi São Pedro quem obteve a autorização para que Santa Teresa fundasse, em Ávila, seu primeiro convento de carmelitas.  Páscoa Considerado um dos grandes místicos espanhóis do século XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo. São Pedro de Alcântara soube vencer o corpo do pecado por meio de muita oração e muitas mortificações.  Via de Santificação Foi beatificado por Gregório XV em 1622; em 1669, canonizado por Clemente IX. No ano 1826, foi declarado Padroeiro do Brasil por solicitação de Dom Pedro I, que tinha o santo como devoção particular de sua família.   Minha oração “Ao nosso querido padroeiro, escolhido pela corte real, assim como elevado à corte celeste, sede o auxílio e proteção do povo brasileiro. Inspirai os políticos e representantes para que sigam os valores do evangelho e instalem o Reino de Cristo. Olhai para os mais excluídos dando a eles o necessário para encontrar Jesus. Amém.” São Pedro de Alcântara, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 19 de outubro  Os santos mártires João de Brébeuf, Isaac Jogues, presbíteros, e companheiros, da Companhia de Jesus.  São João de la Lande, religioso, assassinado nos Estados Unidos. O martírio São Renato Goupil. Venerados conjuntamente os seus santos companheiros Gabriel Lalemant, António Daniel, Carlos Garnier e Natal Chabanel, no Canadá. († 1642-1649) São Paulo da Cruz, presbítero, que fundou a Congregação dos Clérigos Regrantes da Cruz e Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. († 1775) Comemoração de São Joel, profeta. Em Roma, a comemoração dos santos Ptolomeu, Lúcio e outro companheiro. († c. 160) Em Óstia, no Lácio, região da Itália, Santo Astério, mártir. († c. s. III) Perto de Sens, na Gália Lionense, atualmente na França, a comemoração dos santos Sabiniano e Potenciano. († c. s. IV) No Egito, Santo Varão, soldado, que viveu no tempo do imperador Maximiano. († 307) Em Oloron, junto aos Pireneus, na Aquitânia, hoje na França, São Grato, bispo. († d. 506) Na Bretanha Menor, na atual França, Santo Etvino, monge. († d. 589) Em Cavaillon, na Provença, hoje França, São Verão, bispo. († s. VI) Em Evreux, na Gália, hoje na França, Santo Aquilino, bispo.  († c. 690) Em Oxford, na Inglaterra, Santa Fridesvida, virgem, que, sendo de estirpe régia e eleita abadessa, dirigiu dois mosteiros. († 1257) Em Biville, próximo de Cherburgo, na Normandia, região da França, o Beato Tomás Hélye, presbítero. († 1595) Em Londres, na Inglaterra, São Filipe Howard, mártir. († 1633) Em Nagasaki, no Japão, os santos mártires Lucas Afonso Gorda, presbítero, e Mateus Koyioye, religioso, ambos da Ordem dos Pregadores. († 1634) Em Langeac, junto ao rio Allier, na França, a Beata Inês de Jesus Galand, virgem da Ordem dos Pregadores. († 1634) Em Wloclawek, na Polônia, o Beato Jorge Popieluszko, presbítero da diocese de Varsóvia e mártir.(† 1984) Fonte: Arquisp.org.br  Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Santiebeati.it - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Lucas, o Evangelista

Origens  São Lucas Evangelista, que, segundo a tradição, nasceu em Antioquia de uma família pagã, era médico de profissão. Convertido à fé de Cristo, foi companheiro caríssimo do apóstolo São Paulo até a confissão (martírio) deste. Serviu irrepreensivelmente ao Senhor, jamais tomou mulher nem teve filhos.  Características do Evangelho É possível perceber a característica mais original do Evangelho de Lucas graças aos seis milagres e às dezoito parábolas, que não encontramos nos outros Evangelhos. Ele dedica atenção particular aos pobres e às vítimas das injustiças, aos pecadores arrependidos, acolhidos pelo perdão e a misericórdia de Deus. São Lucas: o Evangelista da Misericórdia Parábolas Narradas  Ele narra a parábola do pobre Lázaro e o rico Epulão. Fala do Filho Pródigo e do pai misericordioso, que o acolhe de braços abertos. Descreve a ação da pecadora perdoada, que lava os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxuga com seus cabelos. Cita as palavras de Maria, no Magnificat, quando ela proclama que Deus “derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens e despede os ricos de mãos vazias!” (Lc 1,52-53). Padroeiro dos Médicos, Pintores e Vidraceiros  Pintor Os cristãos orientais atribuem ao “médico pintor”, Lucas, numerosos quadros representando a Virgem. Em seu Evangelho, escrito em grego fluente e límpido, Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus.  Conhecia os outros Evangelistas  Lucas conhecia os Evangelhos de Mateus e Marcos quando começou a escrever o seu, antes do ano 70. Julgava que ao primeiro faltava uma certa ordem no desenvolvimento dos fatos e considerava o segundo por demais conciso. Como diligente estudioso, Lucas, depois de ter documentado escrupulosamente as notícias da vida de Jesus ,“desde o início”, quis narrá-la novamente de forma ordenada, de modo que os fatos e ensinamentos progredirem pari passu como a realidade. Deu prova da mesma agradável fluência narrativa também na redação dos Atos dos Apóstolos. Maria é o foco do seu Evangelho Evangelista dedicado a Maria  A relação particular que Lucas tem com Maria é outra característica do seu Evangelho. Por meio dele e — podemos imaginar —, por meio da narração que Maria lhe fez pessoalmente, conhecemos as palavras da Anunciação, da Visita a Isabel e do Magnificat.  Por seu intermédio, sabemos os particulares da Apresentação de Jesus ao Templo e a angústia de seus pais, Maria e José, por não poder encontrar seu filho de doze anos no Templo. Provavelmente, graças a esta sua sensibilidade narrativa e descritiva, que nasce a tradição de ser o primeiro iconógrafo, sabemos que Lucas era pintor. Páscoa As notícias concernentes à sua morte são incertas: algumas fontes falam do seu martírio; outras dizem que viveu até a idade avançada. A tradição mais antiga diz que morreu na Beócia, com 84 anos, depois de ter-se estabelecido na Grécia, onde escreveu seu Evangelho. Três cidades se ufanam de conservar suas relíquias: Constantinopla, Pádua e Veneza. Minha oração “Poderoso Evangelista, inspirado pelo Espírito Santo ao relatar a vida de Jesus, cuidai dos escritores para que mostrem a verdade e dos comunicadores para que vivam segundo o que anunciam. Sede também um modelo de busca pelo Cristo. Amém.” São Lucas, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 18 de outubro  Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, Santo Asclepíades, bispo. († 218) Em Pozzuóli, na Campânia, região da Itália, os santos mártires Próculo, diácono, Eutício e Acúcio. († c. s. IV) Em Riom, no território dos Avernos, na Aquitânia, hoje na França, Santo Amável, presbítero. († s. V) Em Nassogne, no Brabante da Austrásia, atualmente na Bélgica, São Múnio, venerado como eremita na floresta das Ardenas e mártir. († c. 630/640) Em Arenas, na região de Castela, na Espanha, São Pedro de Alcântara, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1562) Em Ossernenon, povoação do Canadá, a paixão de Santo Isaac Jogues, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1646) Em Roma, o dia natal de São Paulo da Cruz, presbítero, cuja memória se celebra amanhã. († 1775) Fonte: Arquisp.org.br  Martirológio Romano Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Inácio de Antioquia, o bispo perseguido e jogado às feras

Origens  Descendente de uma família pagã, não romana, Inácio converteu-se ao cristianismo em idade avançada, graças à pregação de São João Evangelista, que havia passado por aquelas terras. Santo Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia, na Síria, cidade que foi a terceira metrópole do mundo antigo — depois de Roma e Alexandria, no Egito —, e da qual o próprio São Pedro foi o primeiro bispo. Os seguidores da sua Igreja o definiam como um cristão "fogoso", segundo a etimologia do seu nome.  Santo Inácio de Antioquia era um Bispo forte, um pastor de zelo ardente Perseguição do Imperador Trajano Durante o seu episcopado, começou a terrível perseguição do imperador Trajano, da qual também o Bispo foi vítima por não querer negar sua fé em Cristo. Por isso, foi preso e transportado acorrentado para Roma. Assim, começou a sua longa viagem, rumo ao patíbulo, durante a qual foi torturado pelos guardas, até chegar ao seu destino final. Páscoa  Preso e condenado, Inácio foi conduzido acorrentado, de Antioquia à Roma, onde se organizavam festas em homenagem ao imperador; e os cristãos serviam de espetáculo, no circo. No Coliseu, seu corpo foi despedaçado pelas feras, durante as celebrações da vitória do imperador na Dácia, no ano 107. Sete Cartas  Durante sua viagem de Antioquia à Roma, Santo Inácio escreveu sete cartas. Nestas cartas, o Bispo enviado à morte recomendava aos fiéis que fugissem do pecado; para se proteger contra os erros dos gnósticos; sobretudo para manter a unidade da Igreja. As sete lindas cartas que constituem um documento inimitável da vida da Igreja na época  As Primeiras Cartas  Ao chegar à Esmirna, escreveu as quatro primeiras cartas, três das quais dirigidas às comunidades da Ásia Menor: aos Efésios, Magnésios e Trálios. Nelas, ele expressa a sua gratidão pelas muitas demonstrações de carinho.  Quarta Carta A quarta carta, ao invés, foi dirigida à Igreja de Roma, na qual faz um apelo aos fiéis para não impedirem seu martírio, do qual se sentia honrado, pela possibilidade de percorrer o caminho e a Paixão de Jesus. Três últimas cartas  De passagem por Trôade, Inácio escreveu outras três cartas: à Igreja da Filadélfia, de Esmirna e ao seu Bispo, Policarpo. Em suas missivas, pedia a solidariedade espiritual dos fiéis com a Igreja de Antioquia, que passava pelas provações do eminente destino do seu pastor; ao Bispo Policarpo, ofereceu interessantes diretrizes de como cumprir a sua função episcopal. Cartas que declararam o seu amor ao Cristo e à Sua Igreja Ele escreveu também páginas de verdadeiras e próprias declarações de amor a Cristo e a Sua Igreja, que, pela primeira vez, foi chamada "católica"; testemunhos do conceito tripartido do ministério cristão entre Bispos, presbíteros e diáconos; e ainda diretrizes para combater a heresia do Docetismo, que acreditava na Encarnação do Filho apenas como aparência e não real. Enfim, através das cartas de Inácio, percebemos seu desejo, quase como uma súplica ardorosa, de que os fiéis mantivessem a Igreja unida, contra tudo e contra todos. Minha oração “Querido Inácio, pela tua valentia, soubeste doar a tua vida em favor do Evangelho, reconhecendo que seu sangue seria semente de novos cristãos, zelai pela Igreja e seus representantes, para que tenham a mesma doação e coragem sua. Amém!” Santo Inácio de Antioquia , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de outubro  Comemoração de Santo Oseias, profeta. Comemoração dos santos Rufo e Zósimo, mártires. († 107) Na África Proconsular, na hodierna Tunísia, os santos Mártires Volitanos, que Santo Agostinho celebrou num sermão.(† c. s. III) Em Licópolis, no Egito, São João, eremita. († s. IV) Em Agen, na Aquitânia, atualmente na França, São Dulcídio, bispo. († s. V in.) Em Orange, na Provença, região da Gália, na atual França, São Florêncio, bispo. († c. 524) Em Toulouse, na Gália, hoje na França, o dia natal do Beato Gilberto, abade de Cister. († 1167) Em Binasco, na Lombardia, região da Itália, o Beato Baltasar Ravaschiéri de Chiavári, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1492) Em Wrexham, no País de Gales, São Ricardo Gwyn, mártir. († 1584) Em Roma, o Beato Pedro da Natividade de Santa Maria, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias. († 1647) Em Paray-le-Monial, no território de Autun, na França, Santa Margarida Maria Alacoque, virgem, cuja memória foi celebrada ontem. († 1690) Na região de Laval, na França, o Beato Tiago Burin, presbítero e mártir. († 1794) Em Valenciennes, também na França, as beatas Maria Natália de São Luís e quatro companheiras virgens da Ordem das Ursulinas e mártires. († 1794) Em Hué, no Anam, hoje no Vietnam, Santo Isidoro Gagelin, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir. († 1833) Em Suna, junto ao Lago Maggiore, na Itália, o Beato Contardo Ferrini. († 1902) Em Ciudad Real, na Espanha, o Beato Fiel Fuídio Rodríguez, religioso da Companhia de Maria e mártir. († 1936) Em La Nucia, na Espanha, o Beato Raimundo Estêvão Bou Pascual, presbítero e mártir. († 1936) Em Algemesi, na região de Valência, também na Espanha, a Beata Tarsila Córdoba Belda, mártir. († 1936) Em Tembleque, perto de Toledo,na Espanha, Perfeito Carrascosa Santos, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. († 1936) Fonte: Arquisp.org.br  Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Margarida Maria Alacoque, Apóstola do Coração de Jesus

Origens Santa Margarida Maria Alacoque nasceu em uma família rica da Borgonha, em 22 de julho de 1647. Seus pais eram católicos fervorosos, mas não o suficiente para permitir que uma de suas filhas se tornasse freira. No entanto, aos cinco anos, Margarida consagrou-se ao Senhor com um voto de castidade. Aos 24 anos, vencendo a resistência dos pais, pôde entrar na Ordem da Visitação fundada por São Francisco de Sales. Zombada pelas irmãs Margarida, ao fazer seus votos, acrescentou o nome de Maria por causa das visões que tinha. No entanto, rumores estão circulando, e muitas das freiras e suas superiores não acreditam nela ou até mesmo zombam dela, sugerindo que ela está doente ou louca. Entre as Visitandinas, porém, permanecerá por mais de vinte anos experimentando graças extraordinárias, mas também enormes penitências e mortificações que sempre enfrentará com um sorriso. Um bom diretor espiritual Caberá ao seu pai espiritual, o jesuíta Claude de la Colombière, reconhecer nela o carisma dos santos. Ele ordenar-lhe que relate suas experiências místicas no que será sua autobiografia, que chegou até nós. A princípio, ela resiste, depois, por obediência, ela concorda. Enquanto escrevia, continuava convencida de que estava fazendo isso apenas para si mesma, não percebeu o valor do que seria contando naquelas páginas. "Meu coração se expandirá para espalhar abundantemente os frutos de seu amor sobre aqueles que me honram."  (Santa Margarida Maria Alacoque) O Sagrado Coração de Jesus A partir de 1673, Santa Margarida Maria Alacoque começou a receber visitas de Jesus que lhe pedia uma devoção particular ao Seu Sagrado Coração, que lhe aparecia "radiante como um sol, com uma chaga adorável, rodeada de espinhos e encimado por uma cruz, deitado sobre uma trono de espinhos”. De sua história, emergirá a iconografia que conhecemos hoje. Pelo seu empenho à instituição da festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus, marcada para o oitavo dia depois do Corpus Christi, a freira também recebe uma grande promessa de Jesus: quem comungasse por nove meses consecutivos, na primeira sexta-feira do mês, receberia o dom da penitência final, ou seja, morrer recebendo os sacramentos e sem pecado. Jesus também pede que ela apele ao rei da França Luís XIV para consagrar o país ao Sagrado Coração, mas a santa não obtém resposta do soberano. Páscoa Jesus aparece a Santa Margarida Maria Alacoque por 17 anos, até o dia de sua morte, quando voltará a tomá-la pela mão. Ele a chama de "discípula amada", comunica-lhe os segredos de seu coração e a torna participante da ciência do amor. Margarida Maria faleceu em 17 de outubro de 1690; graças a ela, no bairro de Montmartre, em Paris, entre 1875 e 1914, foi construído um santuário dedicado ao Sacre Coeur, consagrado em 1919. Beatificada por Pio IX, em 1864, foi canonizada por Bento XV em 1920. Minha oração “Assim como encontraste o coração de Jesus em tuas orações, dai a nós o mesmo privilégio e união com Ele, o mesmo amor que tivestes ao nosso redentor. Nesse Coração Santo, encontremos misericórdia e virtudes para nós, expiação dos pecados para os afastados de Deus. Amém!” Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 16 de outubro Santa Edviges, religiosa, natural da Baviera e duquesa da Silésia. († 1243) Em Jerusalém, a comemoração de São Longinos, venerado como o soldado que abriu com a lança o lado do Senhor pregado na cruz. Na região de Toul, na França, Santo Elífio, que é venerado como mártir. († s. IV) Comemoração dos santos Martiniano e Saturiano, mártires na África Setentrional, com dois irmãos seus, que, tinham sido convertidos à fé de Cristo por Santa Máxima, virgem. († s. V) No território de Limoges, na Aquitânia, França, os santos Amando e seu discípulo São Juniano, eremitas. († s. VI) Perto de Arbon, na Germânia, atualmente na Suíça, São Galo, presbítero e monge. († 645) Em Noyon, na Nêustria, hoje na França, São Mumolino, bispo. († c. 680) No mosteiro de Heresfeld, na Francónia da Germânia, na Alemanha, São Lulo, bispo de Mogúncia. († 786) No território de Retz, perto de Nantes, na Bretanha Menor, hoje na França, São Vital, eremita. († s. VIII) No território de Mirepoix, junto aos Pireneus, na Gália, França, São Gauderico, agricultor, insigne pela sua devoção a Mãe de Deus. († c. 900) Em Brioude, na região dos Arvenos, na Aquitânia, na França, Santa Bonita, virgem. († s. IX/XI) Em Pamiers, junto aos Pireneus, na França, Santo Anastásio, monge. († c. 1085) Em Cominges, junto aos Pireneus, na França, São Beltrão, bispo. († c. 1123) No mosteiro de Igny, na região de Reims, igualmente na França, o passamento do Beato Gerardo de Claraval, abade. († 1177) Em Materdómini, na Campânia, São Gerardo Majella, religioso da Congregação do Santíssimo Redentor. († 1755) Em Madrid, na Espanha, os Beato Jesus Villaverde Andrés, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) No campo de concentração de Auschwitz, os beatos Aniceto Koplinski, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, e José Jankowski, da Sociedade do Apostolado Católico, presbíteros e mártires. († 1941) Em Ramapuram, localidade de Palai, na Índia, o Beato Agostinho Thevarparampil “Kunjachan”, presbítero. († 1973) Fonte: Causesanti.va Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Melody de Paulo