Santos

Santos Proto e Jacinto, os irmãos pela fé em Cristo

[caption id="attachment_11975" align="aligncenter" width="300"] Mártires[/caption] Origens A historicidade dos dois mártires é um fato incontestável: sua memória é celebrada, de fato, no Depositio Martyrum, em Roma, no Sacramentário Gelasiano (ms. De São Galo), no Gregoriano, em vários itinerários (Salisburgense, Epitome de locis sanctis) e no calendário napolitano.  Proto e Jacinto foram sepultados no cemitério de Bassilla (mais tarde de S. Ermete) num cubículo que o Papa Dâmaso, no século IV, mandou limpar o desmoronamento e dotá-lo de escada de acesso e claraboia, recordando o fato numa placa onde falava do sepulcro dos mártires já escondido sub aggere montis e tornado acessível por ele. Reparos subsequentes foram feitos para o túmulo, como algumas inscrições e o Lib. Pont. (I, p. 261), evidência de um culto muito difundido. Por isso, são verídicos quanto à crítica histórica.  Quanto às relíquias Quando, no século VIII-IX , os papas começaram a tradução das relíquias dos mártires das catacumbas para as igrejas urbanas, até os ossos de Proto (e não os de Jacinto) foram transferidos para Roma. Na realidade, até 1845 acreditava-se que os restos mortais dos dois mártires foram encontrados na cidade, mas uma feliz descoberta arqueológica do padre Marchi provou que o túmulo de São Jacinto permanece intacto no cemitério de São Ermete.  Em 21 de março de 1845, de fato, uma escavadeira desenterrou uma laje com esta inscrição: "dp III idus septebr Yacinthus mártir" que havia permanecido em seu local original; não muito longe foi encontrado um fragmento de uma lápide com a inscrição sepulcro Proti M.  No túmulo, foram encontrados ossos carbonizados, uma indicação do tipo de martírio sofrido por Jacinto. Como a tumba era muito escassa, pensava-se que havia sido escavada durante a perseguição de Valeriano, quando os cristãos foram proibidos de acessar as tumbas. Atualmente, os ossos de Jacinto são venerados no colégio de Propaganda Fide; enquanto os de Proto em S. Giovanni dei Fiorentini. A festa de ambos é celebrada no dia 11 de setembro. Páscoa Os fatos da vida de Proto e Jacinto estão contidos em uma narrativa absolutamente lendária: nela se diz que eram dois irmãos eunucos que eram escravos de Eugênia, filha do nobre romano Filipe, prefeito de Alexandria no Egito. Nesta localidade, os dois jovens cristãos conseguiram que Eugênia entrasse num mosteiro. Após eventos fictícios, a família de Filipe se converteu. Eugenia, então, retornou à Roma e realizou um apostolado; a sua amiga Bassila, ansiosa por aderir ao cristianismo, deu a seus escravos Proto e Jacinto para instruí-la na verdade da fé. Após sua conversão, Bassila foi denunciada por seu namorado ao magistrado que a condenou à morte junto com os dois jovens.  Os irmãos Em algumas lendas romanas, há outros grupos de jovens eunucos a serviço das mulheres: como Calogero e Partenio, Giovanni e Paolo; é, portanto, uma razão comum e recorrente. Que Proto e Jacinto eram irmãos já é afirmado por Dâmaso, mas na ausência de documentos mais seguros não se pode excluir que a notícia seja lendária. Talvez tenha surgido do fato de os dois mártires terem sido enterrados próximos um do outro. Não é raro, neste tipo de narração, transformar em parentes mártires sepultados na mesma área. Mas, com certeza, se tornaram irmãos pela fé em Cristo e por seu testemunho na entrega total à Deus. Minha oração “Que os irmãos mártires nos ensinem o mistério da amizade. Também pedimos a Deus que nos conceda irmãos na fé, pessoas que nos ensinem e nos ajudem na caminhada rumo ao céu. Amém.” Santos Proto e Jacinto, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 11 de setembro: Em Zurique, na hodierna Suíça, os santos mártires Félix e Régula. († data inc.) Comemoração de São Pafnúcio, bispo no Egito, que foi um dos confessores da fé. († s. IV) Em Lião, na Gália, na atual França, São Paciente, bispo, que, movido pela caridade, distribuiu gratuitamente alimentos necessários para socorrer as populações oprimidas pela fome.  († c. 480) Em Paris, também na atual França, o falecimento de São Sacerdote, bispo de Lião. († 552) Na ilha de Bardsey, no litoral da Câmbria setentrional, hoje País de Gales, São Daniel (Deiniol Wyn), bispo e abade de Bangor. († c. 584) No mosteiro de Luxeuil, na Borgonha, hoje na França, o falecimento de Santo Adélfio, abade do mosteiro de Remiremont. († c. 670) Em Toul, na Austrásia, na atual França, São Leudino ou Bodon, bispo, que, depois de se ter casado, tomou a decisão de se retirar para a vida monástica, ao mesmo tempo que também sua esposa, Odila, seguia o mesmo caminho. († a. 680) No mosteiro de Aulinas, na Calábria, região da Itália, Santo Elias, de sobrenome Espeleota, que seguiu a vida eremítica e depois cenobítica. († 960) Em Nagasaki, no Japão, os beatos Gaspar Koteda, catequista, e as crianças Francisco Takeya e Pedro Shichiemon, mártires. († 1622) Em Roma, o Beato Boaventura de Barcelona (Miguel Gran), irmão da Ordem dos Frades Menores, que, animado pelo seu grande amor à observância regular, construiu em muitos lugares do território romano conventos destinados a retiros espirituais, manifestando sempre rigorosa austeridade de vida e caridade para com os pobres. († 1648) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Francisco Mayaudon, presbítero e mártir. († 1794) Em Wuchang, no Hubei, província da China, São João Gabriel Perboyre, presbítero da Congregação da Missão e mártir. († 1840) Em Barcelona, na Espanha, o Beato Pedro de Alcântara (Lourenço Villanueva Larrayoz), religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Em Genovés, povoação do território de Valência, também na Espanha, o Beato José Maria Segura Panadés, presbítero e mártir. († 1936) Em Hellin, perto de Albacete, também na Espanha, o Beato Fortunato Árias Sánchez, presbítero da diocese de Albacete e mártir. († 1936) Em Krasica, na Croácia, o Beato Francisco João Bonifácio, presbítero da diocese de Trieste e mártir. († 1946) Fonte: vatican.va vaticannews.va Martirológio Romano Santiebeati.it - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São Bonifácio, grande pacificador

[caption id="attachment_11914" align="aligncenter" width="300"] Papa[/caption] Origens Seu pai era um padre romano chamado Giocondo, numa época em que ainda não existe uma legislação totalmente definida sobre o celibato eclesiástico. Muitos padres já a praticam espontaneamente; no entanto, a ordenação de homens casados ​​também era permitida. Todavia, o casamento era proibido para aqueles que já são diáconos ou sacerdotes.  Período de lutas e divisões Bonifácio, culto e equilibrado, já está à frente nos anos em que o fizeram Papa. Certamente, não pacificamente, devido à disputa interna durante o curto pontificado anterior do Papa Zósimo. Também há divisão entre o clero e o povo romano. Enquanto a maioria do clero e do povo elegem Bonifácio, outros, no mesmo dia, elegem o arquidiácono Eulalio, imediatamente reconhecido pelo imperador ocidental Honório, que reside em Ravena. Portanto, Papa e antipapa. Então, a maioria se rebela; e, para restabelecer a paz, o imperador proíbe ambos de celebrar os ritos da Páscoa do ano 419, em Roma. Assim, Bonifácio pôde finalmente começar a trabalhar.  Indicador da Paz  Agora ele é Papa legítimo: mas também infeliz. Antes dele, a Igreja era desajeitadamente governada pelo Papa Zósimo, de origem grega, disposto, mas inexperiente, interveio nas doutrinárias na África e na Gália com a intenção de trazer a paz, mas com iniciativas que agravaram ainda mais o conflito. Bonifácio, com seu melhor conhecimento dos problemas, consegue acalmar as tensões entre os bispos e os fiéis. Então, ele sabe como minar pacificamente as manobras do imperador Teodósio II do Oriente: estes, já politicamente senhores dos territórios balcânicos, também gostariam de controlá-los no plano religioso, colocando-os sob o patriarca de Constantinopla (que é nomeado pelo dele). O Papa Bonifácio se opõe ao projeto e o verifica, evitando qualquer risco de conflito. Amigo dos Santos Ele tem fama de erudito, é amigo de Santo Agostinho; e recebe cordialmente seu amigo Alipius, bispo de Tagaste, em Roma. Assim, após o tumulto, Bonifácio eleva o prestígio da Sé Romana e devolve-lhe a tranquilidade. Quando ele morre, eles o enterram na Via Salaria, perto do túmulo da mártir Felicidade. Isso pode ser um lembrete de sua dramática estreia como papa. De fato, parece que justamente naquele lugar da Via Salaria ele encontrou refúgio nos dias conturbados da dupla eleição papal, quando os partidários de Eulálio - apoiados pelos altos funcionários imperiais - eram mais ameaçadores. Nesse local, Bonifácio construiu um oratório e providenciou a decoração do túmulo de Felicidade e de um de seus filhos, Silvano. Minha oração “Apaziguador de conflitos e orientador da paz, guiai as famílias, os governantes, empresários, entre outros, para que sejam despertados para essa realidade. Conduza a Igreja, nos seus diversos carismas, para o mesmo modelo de união. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!” São Bonifácio, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 04 de setembro Comemoração de São Moisés, profeta, que Deus escolheu para libertar o seu povo do Egipto e conduzi-lo à terra prometida. Este servo de Deus morreu com avançada idade no monte Nebo, na terra de Moab, diante da terra da promessa. Em Cabillonum, na Gália Lionense, hoje Chalon-sur-Saône, na França, São Marcelo, mártir. († s. III/IV) Em Chartres, na Nêustria, atualmente na França, São Calétrico, bispo. († a. 573) Em Heresfeld, na Saxónia, atualmente na Alemanha, Santa Ida, viúva do duque Egberto, insigne pela sua caridade para com os pobres e oração assídua. († 825)  Em Mende, na Aquitânia, atualmente na França, São Fredaldo, bispo e mártir. († c. s. IX) Em Colónia, na Lotaríngia, hoje na Alemanha, Santa Irmgarda ou Irmengarda, condessa de Süchteln, que ofereceu todos os seus bens para a construção de igrejas. († c. 1089) Em Palermo, na Sicília, região da Itália, Santa Rosália, virgem, de quem se narra ter seguido vida solitária no monte Peregrino. († s. XII) Em Caramagna, no Piemonte, também região da Itália, a Beata Catarina Mattei, virgem, religiosa das Irmãs da Penitência de São Domingos, que suportou com admirável caridade e grande virtude a longa enfermidade, as calúnias e todas as tentações. († 1547) Em Thúsis, localidade da Récia, hoje na Suíça, o Beato Nicolau Rusca, presbítero e mártir, homem de profunda cultura e generosa dedicação pastoral, que morreu vítima dos conflitos politico-religiosos do seu tempo. († 1618) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Cipião Jerónimo Brigéat de Lambert, presbítero e mártir, cónego de Avranches, que, na perseguição religiosa durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi aprisionado na galera em condições desumanas e aí morreu de fome e inanição. († 1794) Em Sillery, cidade do Québec, província do Canadá, a Beata Maria de Santa Cecília Romana (Maria Dina Bélanger), virgem da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria, que suportou durante vários anos uma grave enfermidade, confiando só em Deus. († 1929) Em Oropesa, próximo de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato José Pascoal Carda Saporta, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, em ódio à religião foi conduzido ao glorioso martírio. († 1936) Em Teulada, povoação próxima de Alicante, também na Espanha, o Beato Francisco Sendra Ivars, presbítero e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé. († 1936) Próximo de Genovés, povoação da província de Valência, também na Espanha, o Beato Bernardo de Lugar Nuevo de Fenollet (José Bleda Grau), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na mesma perseguição, venceu gloriosamente o seu combate por Cristo. († 1936) Em Villanueva del Arzobispo, perto de Jaén, também na Espanha, o Beato José de Jesus Maria (José Vicente Hormaechea y Apoitia), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vatican.news Santiebeati.it - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

Serva de Deus e Mártir Isabel Cristina Mrad Campos, virgem e pura

[caption id="attachment_11886" align="aligncenter" width="300"] Mártir (1962-1982)[/caption] Origens  Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG), filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. Com o desejo de fazer Medicina, foi para Juiz de Fora, em 1982, para se preparar em um curso pré-vestibular. Estudava, namorava, participava de festas, mas tinha uma vida de oração e sonhava ser pediatra para ajudar crianças carentes. Era sensível, sobretudo com os mais pobres, idosos e crianças, o que certamente aprendeu na família, que era vicentina. Na época, seu pai era presidente do Conselho Central de Barbacena. Vida Religiosa Fez parte do Grupo de Jovens da Sociedade de São Vicente de Paulo, onde um diretor espiritual lhe transmitiu a espiritualidade dos Cursilhos de Cristandade e dos Vicentinos. Além disso, frequentava o Mosteiro da Visitação, praticava a oração familiar, confessava-se regularmente e participava de campanhas organizadas pelos vicentinos. Páscoa No dia 1º de setembro de 1982, um homem foi montar um guarda-roupa no pequeno apartamento para onde se mudara com seu irmão, e tentou violentá-la. Isabel ficou incomodada com a atitude intrusiva do jovem, tanto que ficou rezando o tempo todo enquanto estava montando os móveis, como ela mesma relatou a familiares e amigos.  Ao oferecer resistência, recebeu uma cadeirada na cabeça, foi amarrada, amordaçada e teve suas roupas rasgadas. Como continuou a resistir, foi morta sem piedade com 15 facadas. Um crime cruel que abalou a família e todos que tomaram conhecimento do caso. Pelo que emerge da autópsia, ela resistiu a esse ataque, mantendo sua virgindade intacta. O martírio formal  ex parte persecutoris , o ataque não foi um arrebatamento momentâneo do assassino, mas um plano predeterminado que deveria ser correlacionado com a fé da vítima. De fato, Isabel permaneceu em oração o tempo todo que o homem esteve em casa para trabalhar. O jovem voltou mais tarde e tentou perseguir o seu intento. Isabel Cristina também se opôs fisicamente, impedindo a violação. Quanto ao martírio formal  ex parte victimae , o sacrifício de Isabel foi consequente ao exercício da castidade que habitualmente a caracterizava. Pedido de Beatificação A forma como foi morta, mas sobretudo como viveu, motivou um grupo de pessoas a entrar com o pedido do processo para sua beatificação. A solicitação foi aceita por Roma e, no dia 26 de janeiro de 2001, em Barbacena, foi instalado o processo, quando Isabel Cristina recebeu do Vaticano o título de Serva de Deus. A causa foi conduzida por um Tribunal Eclesiástico instituído por Dom Luciano.  Foram oito anos de trabalho, entre coleta de depoimentos e documentos, além da digitação e tradução para o italiano. Tendo a fase diocesana do processo sido finalizada em 2009, o seu martírio foi reconhecido pelo Papa Francisco, por meio de decreto, em outubro de 2020. Anúncio da Beatificação  O anúncio da data de beatificação, que era aguardada com grande expectativa em toda Arquidiocese de Mariana, foi confirmada no dia 22 de junho de 2022, pelo postulador da Causa de Beatificação da Venerável, doutor Paolo Vilotta, em carta ao arcebispo metropolitano, dom Airton José dos Santos. A Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos será beatificada, no dia 10 de dezembro de 2022, em Barbacena (MG), em celebração solene com o rito de beatificação presidida pelo prefeito do Dicastério da Causa dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro. Relíquia O fato de Isabel Cristina ter sido batizada e feito a Primeira Comunhão na Matriz da Piedade, pela ligação afetiva de seus pais com a paróquia, para facilitar a visitação, decidiu-se que seus restos mortais ficariam no Santuário da Piedade. O caixão de madeira com os restos mortais foi lacrado pelo Arcebispo Dom Geraldo, na presença do Postulador, e depois colocado num sarcófago de granito na Capela dos Passos. Também a caixa com toda a documentação foi lacrada e entregue ao sr. Agostini, portador delegado, que a entregou na Congregação para os Santos. (Com informações da Arquidiocese de Mariana) Minha oração “ Ó Isabel, foste fiel a Deus até as últimas circunstâncias, ofertando sua própria vida. Ensinai-nos a viver da mesma forma e valorizar o dom da castidade para que, através dele, amemos a Deus sobre todas as coisas. Amém.” Mártir Isabel Cristina Mrad Campos, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 1º de setembro Comemoração de São Josué, filho de Nun, servo do Senhor, que, pela imposição das mãos de Moisés sobre ele, ficou cheio do espírito de sabedoria. Em Reims, na Gália Bélgica, atualmente na França, São Sisto, que é considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. III) Em Cápua, junto à Via Aquária, na Campânia, região da Itália, São Prisco, mártir. († s. IV) Em Tódi, na Úmbria, também região da Itália, São Terenciano, bispo. († c. s. IV) Em Dax, na Aquitânia, hoje na França, São Vicente, que é celebrado como bispo e mártir. († c. s. IV) Em Zurzach, junto do rio Reno, no território de Zurique da Germânia, atualmente na Suíça, Santa Verena, virgem. († s. IV) Em Le Mans, na Gália Lionense, hoje na França, São Vitório, recordado por São Gregório de Tours. (†490) Em Aquino, no Lácio, região da Itália, São Constâncio, bispo, cujo dom de profecia é louvado pelo papa São Gregório Magno. († 570) No território de Nimes, na Gália Narbonense, na hodierna França, São Gil ou Egídio, de quem tomou o nome a povoação que posteriormente se desenvolveu na região da Camargue. († s. VI/VII) Em Sens, na Nêustria, também na atual França, São Lopo, bispo. († c. 623) Em Veneza, cidade do atual Vêneto, região da Itália, a Beata Juliana de Collalto, abadessa da Ordem de São Bento. († 1262) Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Joana, virgem da Ordem Terceira das Servas de Maria, eminente pela sua oração e austeridade. († 1367)  Em Madrid, na Espanha, os beatos Cristino (Miguel Roca Huguet), presbítero, e onze companheiros, mártires. († 1936) Em Paterna, cidade da província de Valência, na Espanha, o Beato Afonso Sebastião Viñals, presbítero e mártir. († 1936) Em Barcelona, na Espanha, os beatos mártires Pedro de Alcântara (Cândido Rivera Rivera), presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais, Maria do Carmo Moreno Benítez e Maria do Amparo Carbonell Muñoz, virgens do Instituto de Maria Auxiliadora. (†1936) Em Barcelona, em dia incerto de Setembro, o Beato Bento Clemente (Félix España Ortiz), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir.(† 1936) Em Sotillo, localidade da Cantábria, no litoral da Espanha, em dia incerto de Setembro, o Beato Eugénio Andrés Amo, religioso da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Mataró, na Catalunha, região da Espanha, o Beato José Samsó i Elias, presbítero da diocese de Barcelona e mártir.(† 1936) Fonte: Vaticannews.va Martirológio Romano Causesanti.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Beato Eustáquio van Lieshout, semeador da saúde e da paz!

[caption id="attachment_11868" align="aligncenter" width="300"] Padre (1890-1943)[/caption] Origens  Humberto van Lieshout,  conhecido como o Venerável Padre Eustáquio, nasceu no dia 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda. Passou o final de sua vida no bairro Celeste Império, celebrando Missas na capela Cristo Rei. Andava por toda a região atendendo pessoas e resumindo sua missão em duas palavras: "Saúde e paz", numa atitude de fé e amor ao próximo.  Vida Sacerdotal Em 10 de dezembro de 1913, Padre Eustáquio iniciou o noviciado canônico, em Tremelo, na Bélgica. Fez votos temporários de pobreza, castidade e obediência como religioso da Congregação dos Sagrados Corações, no dia 27 de janeiro de 1915, tendo feito os votos perpétuos três anos mais tarde.  Em 10 de agosto de 1919, após cursar filosofia e teologia em seminários da Congregação, foi ordenado sacerdote por Dom Henrique Hopmans, bispo da diocese holandesa de Breda. Desse ano até agosto de 1924, trabalhou como auxiliar do mestre de noviços, vigário paroquial em Roelofarendsveen; tendo exercido, em 1920, o ministério sacerdotal em Maassluis, nas proximidades de Roterdam, cuidando de grande comunidade de famílias belgas que, em 1914, tiveram que deixar sua pátria por causa da invasão alemã. Chegada ao Brasil No dia 15 de julho de 1925, Padre Eustáquio e seus irmãos de Congregação chegaram em Romaria, no Triângulo Mineiro. Assumiram a pastoral do santuário episcopal e da paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja e das paróquias de São Miguel de Nova Ponte e Santana de Indianópolis, todas na Arquidiocese de Uberaba. A Padre Eustáquio coube a função de vigário paroquial com prioridade de serviços de atendimento às comunidades da sede paroquial de Nova Ponte e de todas as suas capelas. Em 26 de março de 1926, tornou-se reitor do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, pároco das três paróquias citadas e da paróquia de Iraí de Minas. Assumiu também as responsabilidades de conselheiro da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil. Ações Curativas Ao ministrar suas orientações pessoais, ações curativas de enfermidades físicas, padre Eustáquio falava da disposição de Deus em curar as pessoas integralmente. Sempre que possível, indicava medicamentos naturais de fácil aquisição e uso seguro.  Para tanto, seguia, com critério, as orientações medicamentais do "Manual de Medicina no Campo", um compêndio de medicina natural e de primeiros socorros que ele sempre carregava consigo, no bolso da batina ou com seus objetos religiosos, numa pequena valise de couro. Muitas pessoas que necessitavam de ajuda, na falta de farmacêutico ou médico, procuravam Padre Eustáquio. Mudança para São Paulo De Romaria, foi transferido para Poá, em São Paulo, onde continuou seu trabalho, incentivando lideranças religiosas existentes. Com a notícia de fatos referentes às bênçãos do Padre Eustáquio seguidas de curas, o aglomerado de pessoas começou a aumentar em Poá. Por causa do transtorno, foi enviado para Araguari e ficou um tempo em reclusão, onde continuou mantendo comunicação por carta com outras pessoas, principalmente seu amigo Padre Gil. Taumaturgo em Belo Horizonte A 12 de fevereiro de 1942, Padre Eustáquio regeu a paróquia de Ibiá, até ser transferido para Belo Horizonte em 7 de abril do mesmo ano. Chegou à capital mineira sem alarde, já que era nacionalmente venerado como santo e taumaturgo. A despeito da discrição, logo nos primeiros dias muitas pessoas o procuraram pedindo bênçãos e curas, na capela Cristo Rei, no bairro Celeste Império. Como a capela Cristo Rei era muito distante do convento dos frades franciscanos, onde os padres dos Sagrados Corações se hospedavam, por praticidade, Padre Eustáquio alugou uma casa a apenas um quilômetro da capela. Construção da Igreja dos Sagrados Corações Em 9 de setembro de 1942, o prefeito da capital, Juscelino Kubitscheck, que se considerava beneficiado por milagre, doou à paróquia um terreno onde foi construída a Igreja dos Sagrados Corações.  Nesse dia, após a cerimônia, Padre Eustáquio disse a alguns membros da Comissão Pró-Construção da Matriz: "Não verei o fim da guerra. Comecei a igreja, mas não a terminarei". Páscoa Em agosto de 1943, em Belo Horizonte, Padre Eustáquio demonstrou aparência abatida e cansaço. Na manhã do dia 23, ainda febril e mais abatido, dirigiu-se à igreja, como fazia todos os dias, para rezar a missa. Ao final, dirigiu-se à sacristia, onde se sentou em um banco e desfaleceu. Os médicos o examinaram, mas não houve dúvida no diagnóstico: tifo exantemático, devido a uma picada de carrapato. Padre Eustáquio permaneceu ali, rezando, embora dissesse que não sobreviveria. Recebeu o sacramento dos enfermos, mas chamava ansiosamente pelo amigo Padre Gil. Enquanto o aguardava, fez a renovação dos votos religiosos, pressentindo que a morte estava perto. No dia 30 de agosto, Padre Gil conseguiu chegar para ver o amigo. Vendo-o à porta, Padre Eustáquio, em esforço heroico, tentou erguer-se do leito. Com voz serena, disse-lhe: "Padre Gil, Graças a Deus!" e desfaleceu-se derradeiramente.  Via de Santificação Após sua morte, foi atribuída a ele a cura de um câncer de um devoto, constatada clinicamente e comprovada cientificamente. Esse relato consta no processo para sua beatificação, iniciado em 1997. Outros casos de curas e milagres também são relatados por várias pessoas. Padre Eustáquio costumava dizer que sua vocação era "amar e fazer amar a Deus". Em 15 de junho de 2006, o Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu à solenidade de Beatificação do Padre Eustáquio . Ocorreu no estádio de Belo Horizonte (MG). Minha oração “ Padre Eustáquio que tanto dedicou sua vida em prol da evangelização do povo brasileiro, continuai a rogar por nós, pelos doentes e mais necessitados da nossa nação. Com as graças do alto seja nosso padroeiro, pai e amigo. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!” Beato Eustáquio van Lieshout, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 30 de agosto Em Roma, no cemitério de Comodila, junto à Via Ostiense, os santos mártires Félix e Adauto. († c. 304) Comemoração dos sessenta santos mártires, que, em Suffetula, na África Bizacena, atualmente na Tunísia, por ter sido destruída uma estátua de Hermes, foram mortos pelo furor dos gentios. († 399) Em Roma, a comemoração de São Pamáquio senador, insigne pela sua firmeza na fé e generosidade para com os pobres. († 410) No mosteiro de Rebais, próximo de Meaux, na Nêustria, atualmente na França, Santo Agilo, seu primeiro abade. († c. 650) Em Breuil, também no território de Meaux, São Fiácrio, eremita, oriundo da Irlanda, que seguiu a vida solitária. († c. 670) Em Tessalônica, na Macedônia, atualmente na Grécia, São Fantino o Jovem, eremita, que passou toda a sua vida em jejuns, vigílias e trabalhos por Cristo. († s. X) Em Lucédio, no Piemonte, região da Itália, São Bonónio, abade, que seguiu a vida eremítica, primeiro no Egipto, depois no monte Sinai. († 1026) Em Trevi, no Lácio, também região da Itália, São Pedro, que, embora analfabeto, cultivou na solidão a sabedoria do Evangelho. († 1050) Em Londres, na Inglaterra, Santa Margarida Ward, mártir, que, no reinado de Isabel I, por ter ajudado um sacerdote. Com ela, no mesmo lugar, sofreram também o martírio os beatos Ricardo Leight, presbítero, e os leigos Eduardo Shelley e Ricardo Martin, ingleses, João Roche, irlandês, e Ricardo Lloyd, galês. († 1588) Em Saluzzo, no Piemonte, região da Itália, o Beato João Juvenal Ancina, bispo, que, anteriormente médico, foi um dos primeiros a entrar no Oratório de São Filipe Néri. († 1604) Em Saragoça, na Espanha, a Beata Maria Ráfols, virgem, que, superando pacientemente muitas adversidades, fundou no hospital desta cidade a Congregação das Irmãs da Caridade de Santa Ana. († 1853) Em Almeria, também na Espanha, os beatos mártires Diogo Ventaja Milán, bispo de Almeria, e Manuel Medina Olmos, bispo de Guádix. († 1936) Na Espanha, o Beato Joaquim de Albocácer (José Ferrer Adell), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1936) Em Bilbau, também na Espanha, o Beato Vicente Cabanes Badenas, presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores e mártir. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, os beatos mártires António Maria Arriaga Anduíza, religioso da Ordem de Santo Agostinho, e Nicásio Romo Rúbio, religioso da Ordem dos Pregadores.(† 1936) Em Atavaca, perto de Madrid, também na Espanha, os beatos Germano Martin Martin, presbítero, Dionísio Ullívarri Barajuán, religioso, ambos da Sociedade Salesiana, e mártires. († 1936) Em Kfiffan, no Líbano, o Beato Estêvão Nehmé (José Nehmé), religioso da Ordem Maronita Libanesa. († 1938) Em Venégono, próximo de Varese, na Itália, o passamento do Beato Alfredo Ildefonso Schuster, bispo, que era abade de São Paulo em Roma quando foi nomeado para a sede episcopal de Milão. († 1954) Fonte: vatican.va  vaticannews.va Martirológio Romano Causesanti.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São José de Calasanz, Padroeiro das Escolas Populares

[caption id="attachment_11823" align="aligncenter" width="300"] Sacerdote e Fundador (1556 - 1648)[/caption] Origens  São José de Calasanz nasceu em 31 de julho de 1558, na cidade de Aragão, Espanha, em uma família nobre e muito religiosa. Ele foi educado no rigor do respeito aos mandamentos de Deus. Além disso, eram relativamente ricos: na verdade, seu pai era ferreiro. Recebeu uma boa educação religiosa e sonhava com a ideia de entrar para o Seminário; não obstante, seu pai desejasse para ele a carreira militar. Ao manifestar-lhe a sua ideia, seu pai se opôs, mas o mandou estudar nas universidades de Lleida e Valência. José recompensou a boa vontade do seu pai: depois de se formar e emitir os Votos solenes, em breve tempo se tornou Vigário geral da diocese de Urgel.  Ordenação Recebeu a ordenação sacerdotal em 1583, embora sem a presença do pai, que ainda não cedera à sua vocação. Inicialmente, foi para um mosteiro, desejando uma vida de solidão. Seu bispo, percebendo nele um alto grau de inteligência, disse-lhe que sua missão era a pregação. Dedicou-se à atividade pastoral, sendo muito querido por todos os fiéis e bispos, que lhe davam vários encargos importantes a serem executados junto à Santa Sé. Vida Em 1592, talvez para resolver assuntos urgentes da Santa Sé, José foi a Roma. Entre outras coisas, foi também tutor dos sobrinhos do Cardeal Colonna, seu velho amigo. Este preciso encargo, em forte contraste com o que via em suas caminhadas pelas ruas da Cidade Eterna, contribuiu para esclarecer a sua ideia e refletiu: em cumprimento à sua missão sacerdotal, começou a visitar os enfermos em hospitais e os presos nos cárceres.  Descoberta da Missão No entanto, o que mais o impressionava era a juventude que vagueava ao léu pelas ruas. Os jovens, muitas vezes até crianças, não tinham ninguém, eram abandonados e ignorados, dependentes dos vícios que, depois, se transformavam em delinquência. Tudo aquilo era inadmissível na Cidade do Papa. De repente, José entendeu que esta era a sua missão: salvar os jovens pobres da degradação, à qual eram condenados através de uma educação regular. Contudo, que não se limitasse somente ao catecismo dominical, que recebiam dos sacerdotes. Ele estava realmente ciente de que esta era a verdadeira vontade do Senhor. A Missão São José de Calasanz iniciou a sua missão pedindo ajuda dos Jesuítas e Dominicanos, que, porém, estavam muito ocupados com outras atividades. Então, com a ajuda do pároco de Santa Doroteia, no bairro de Trastevere, que lhe colocou à disposição duas pequenas salas, José abriu a primeira escola gratuita da Europa para jovens das classes sociais mais pobres. Não obstante, José ainda não tinha um projeto educacional preciso, mas vivia o dia a dia. Porém, estava consciente da sua obra, que se tornou a finalidade revolucionária da sua missão. Ele considerava a instrução como um direito prioritário do homem e dos pobres, e como tal, não devia ser apenas um gesto de caridade, mas um ato de justiça social. Assim sendo, encontrou logo outros sacerdotes, dispostos a transmitir-lhes seus ensinamentos gratuitamente. Em 1612, São José de Calasanz conseguiu comprar um prédio na Praça Navona, com a aprovação da Santa Sé. Naquelas alturas, seus alunos já eram cerca de 1500. Escolápios Em 1617, José sentiu a necessidade de dar uma espécie de "garantia" às suas escolas.  Fundou a Congregação Paulina dos Pobres da Mãe de Deus das Pias Escolas, depois chamados de Escolápios. Em 1622, com a bênção do Papa Gregório XV, a Congregação tornou-se Ordem Regular. Em um retiro espiritual, em Narni, o Padre José escreveu as Constituições pelo próprio punho. No entanto, infelizmente, as armadilhas estavam à espreita. Na época, a instrução e a cultura eram um direito reconhecido exclusivamente para as classes mais ricas. Por isso, a obra do Padre José começou a ser malvista pelos conservadores, que queriam manter o status quo. Então, iniciaram a fazer críticas difamatórias contra ele, a ponto de ser denunciado ao Santo Ofício. Reduzindo a sua Ordem ao estado de Congregação de Sacerdotes Seculares, sujeitos à jurisdição episcopal. Páscoa Passando por grandes sofrimentos físicos e espirituais, São José de Calasanz concluiu sua vida terrena. Voltando para a Casa do Pai, em 1648, sem ver a reconstituição da sua Congregação, que foi reconhecida como Ordem religiosa, segundo as Regras do seu fundador em 1699. Os primeiros Padres Escolápios ou Esculápios voltaram a professar seus Votos solenes. Além dos três habituais, acrescentam um quarto: o da educação dos jovens como missão primordial. No entanto, suas Escolas se espalharam pelos quatro dos cinco Continentes, e hoje contam 222 Casas espalhadas pelo mundo. Via de Santificação São José de Calasanz foi sepultado em Roma. A ele foram atribuídas muitas intercessões em milagres e graça. Foi canonizado  por Clemente XIII em 1767. Foi proclamado por Pio XII, em 1948, "Padroeiro universal de todas as Escolas populares cristãs do mundo".   Minha Oração  “Grande pedagogo de Cristo, seja nosso conselheiro e auxílio assim como foste em vida. Rogai pelos professores e mestres da educação para que eduquem não só no viés intelectual, mas no homem como um todo especialmente na espiritualidade do Homem Novo. Amém!”  São José de Calasanz, padroeiro das escolas populares , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 25 de agosto:  São Luís IX, rei da França, que se tornou célebre pela sua fé ativa, quer em tempo de paz quer no decurso da guerra em defesa dos cristãos.(† 1270) Na Via Aurélia, a seis milhas de Roma, o sepultamento dos santos Eusébio, Ponciano, Vicente e Peregrino, mártires. († data inc.) Em Arles, na Provença, na França, São Gens, mártir, que, ainda catecúmeno, trabalhou no tribunal como notário e recusando-se a transcrever um edito contra os cristãos. († 303) Em Itálica, hoje Santiponce, perto de Sevilha, na Hispânia Bética, São Gerôncio, bispo, que se narra ter morrido no cárcere. († s. IV) Em Agde, na Gália Narbonense, actualmente na França, São Severo, abade do mosteiro por ele fundado nesta cidade. († s. V) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Menas, bispo, que foi ordenado pelo papa Santo Agapito. († 552) Em Atane, no território de Limoges, na actual França, Santo Arédio, abade, que, compôs para o cenóbio que fundara uma excelente regra, fundada nos preceitos de vários institutos de vida monástica. († 591) Em Utrecht, na Géldria da Austrásia, atualmente na Holanda, São Gregório, abade, que, ainda adolescente, acompanhou sempre São Bonifácio nas caminhadas missionárias. († 775) Em Montefiascone, na Toscana, hoje no Lácio, região da Itália, o passamento de São Tomás Cantelupe, bispo de Hereford, na Inglaterra, homem de eminente cultura, severo para consigo e largamente generoso para com os pobres. († 1282) Em Ximabara, no Japão, os beatos mártires Miguel Carvalho, da Companhia de Jesus, Pedro Vásquez, da Ordem dos Pregadores, Luís Sotelo e Luís Sasanda, presbíteros, e Luís Baba, religioso da Ordem dos Frades Menores. († 1624) Na França, o Beato Paulo João Charles, presbítero e mártir, um prior da Ordem Cisterciense. († 1794) Em Córdova, na Argentina, a Beata Maria do Trânsito de Jesus Sacramentado, virgem, que se dedicou intensamente à formação cristã. († 1885) Em Valência, na Espanha, o Beato Luís Urbano Lanaspa, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que superou o glorioso combate por Cristo. († 1936) Em “Palacio del Duque”, entre Somió e Cabueñes, nas Astúrias, também na Espanha, o Beato Florêncio Alonso Ruiz, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e mártir. († 1936)  Na estrada de Llagostera a Vidreras, na Catalunha, na Espanha, o Beato Onofre (Sálvio Tolosa Alsina), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Madrid, na Espanha, o Beato Vicente Álvarez Cienfuegos, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Sucúa, localidade do Equador, Maria Troncatti, virgem da Congregação das Filhas de Maria Auxiliadora. († 1969) Fonte: vaticannews.va Martirológio Romano Arquisp.org.br Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta-feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus. "Vosso Coração, Jesus, foi ferido, para que, na ferida visível, contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor."  (Santo Agostinho) Festa do Sagrado Coração Uma festa propriamente dita do Coração de Jesus foi celebrada, pela primeira vez, em 20 de outubro de 1672, pelo padre São João Eudes. Depois, aparecendo muitas vezes a Santa Margarida Maria Alacoque, de 1673 até 1675, foi que Jesus revelou sobre a devoção ao Sagrado Coração, "a grande devoção", e sobre o desejo da instituição desta Festa, mostrando-lhe o Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado. A característica própria dessa solenidade é a ação de graças pela riqueza insondável de Cristo e a contemplação reparadora do Coração Transpassado. O Papa Pio IX, em 1856, estendeu a festa a toda a Igreja Latina. Em 1899, Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Paulo VI disse, certa vez, que a devoção é garantia de crescimento na vida cristã e garantia da salvação eterna. Promessas do Sagrado Coração Entre as Promessas que Jesus fez a Santa Margarida está a das Nove Primeiras Sextas-feiras do mês: aos fiéis que fizerem a comunhão em nove das primeiras sextas-feiras de cada mês, seguidas e sem interrupção, prometeu o Coração de Jesus a graça da perseverança final, o que significa que a pessoa nunca deixará a fé católica e buscará a sua santificação. São as chamadas comunhões reparadoras a Jesus pela ofensa que tantas vezes seu Sagrado Coração é tão ofendido pelos homens. "No extremo da misericórdia do meu Coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem, nas primeiras sextas-feiras de cada mês, durante nove meses consecutivos, a graça do arrependimento final. Eles não morrerão sem a minha graça e sem receber os SS. sacramentos. O meu coração, naquela hora extrema, ser-lhe-á seguro abrigo". As outras promessas do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque: 1 – Conceder-lhe-ei todas as graças necessárias ao seu estado. 2 – Porei a paz em suas famílias. 3 – Consolá-los-ei nas suas aflições. 4 – Serei seu refúgio na vida e especialmente na hora da morte. 5 – Derramarei copiosas bênçãos sobre suas empresas. 6 – Os pecadores encontrarão, no meu Coração, a fonte, oceano infinito de misericórdia. 7 – Os tíbios se tornarão fervorosos. 8 – Os fervorosos alcançarão rapidamente grande perfeição. 9 – Abençoarei os lugares onde estiver exposta e venerada a imagem do meu Coração. 10 – Darei aos sacerdotes a força de comover os corações mais endurecidos. 11 – O nome daqueles que propagarem esta devoção ficará escrito no meu Coração e de lá nunca será apagado. A minha oração "Ó Sagrado Coração de Jesus, quero amar-te sempre mais e ser-te devota por toda a vida, recebendo a graça de alcançar os frutos da entrega de Teu sangue por mim. Faz-me fiel a Ti. Consagro-me à mim, minha família e tudo o que me pertence ao Teu perfeito e santo coração. Amém!" Outros santos e beatos celebrados em 24 de junho: Os santos João e Festo, mártires, em Roma. († data inc.) São Simplício, atualmente na França, que, pertencendo a uma família nobre e piedosa, viveu em perfeita castidade com sua virtuosíssima esposa e depois foi eleito para o episcopado. († 375) O martírio dos santos Agoardo e Agilberto e outros muitos mártires, também na atual França. († s. V/VI)  São Rumoldo, que é venerado como eremita e mártir, em Malinas, na actual Bélgica. († 775) São Teodolfo, bispo e abade, em Lobbes, na Austrásia, atualmente também na Bélgica. († 776) São Goardo, bispo e mártir, em Nantes,  hoje na França, que, celebrando a Missa com o povo na igreja catedral, quando cantava «Sursum corda» (“Corações ao alto”) foi trespassado com as setas de ímpios normandos e morreu com muitos fiéis. († 843) São Teodgaro, na Dinamarca, presbítero, o missionário que construiu nesta região a primeira igreja de madeira. († c. 1065) São José Yuan Zaide, presbítero e mártir, em Sichuan, província da China, estrangulado em ódio à fé cristã. († 1817)  Santa Maria Guadalupe (Anastásia Guadalupe Garcia Zavala), em Guadalajara, no México, virgem, que colaborou muito ativamente na fundação da Congregação das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres e se dedicou diligentemente às obras de caridade em favor dos pobres e dos enfermos. († 1963) Fontes: Martirológio Romano Vaticannews cancaonova.com Arquisp – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Solenidade do Nascimento de João Batista

Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia. Nascimento e origens São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho. Estudiosos mostram que, possivelmente, depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Último profeta! Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: "João usava um traje de pelo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre". O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor, com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência: “Voz do que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, tornai retas as suas veredas’!”. Assim, João Batista definia a si mesmo e a sua missão. Batismo de Jesus Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus, a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa. São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou a sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Após ter batizado o Salvador, afirmou: “Agora a minha alegria é completa. Ele deve crescer e eu, ao invés, diminuir”. Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mateus 3,11). Cabeça de João Batista Grande anunciador do Reino, denunciador dos pecados e protetor da Verdade, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes. Foi decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do seu irmão, com a qual  o rei vivia pecaminosamente. O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista" (Mateus 11,11). A minha oração “Senhor, que pela intercessão de São João Batista, o Teu precursor, eu possa também levar uma vida dedicada em fazer com que o Senhor cresça em mim e que eu diminua. Ajudai-me, Senhor, a ser um  sinal da Tua Vinda, da Tua Presença e da Tua Salvação. Amém!”  São João Batista, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 24 de junho: Os santos João e Festo, mártires, em Roma. († data inc.) São Simplício, atualmente na França, que, pertencendo a uma família nobre e piedosa, viveu em perfeita castidade com sua virtuosíssima esposa e depois foi eleito para o episcopado. († 375) O martírio dos santos Agoardo e Agilberto e outros muitos mártires, também na atual França. († s. V/VI)  São Rumoldo, que é venerado como eremita e mártir, em Malinas, na actual Bélgica. († 775) São Teodolfo, bispo e abade, em Lobbes, na Austrásia, atualmente também na Bélgica. († 776) São Goardo, bispo e mártir, em Nantes,  hoje na França, que, celebrando a Missa com o povo na igreja catedral, quando cantava «Sursum corda» (“Corações ao alto”) foi trespassado com as setas de ímpios normandos e morreu com muitos fiéis. († 843) São Teodgaro, na Dinamarca, presbítero, o missionário que construiu nesta região a primeira igreja de madeira. († c. 1065) São José Yuan Zaide, presbítero e mártir, em Sichuan, província da China, estrangulado em ódio à fé cristã. († 1817)  Santa Maria Guadalupe (Anastásia Guadalupe Garcia Zavala), em Guadalajara, no México, virgem, que colaborou muito ativamente na fundação da Congregação das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres e se dedicou diligentemente às obras de caridade em favor dos pobres e dos enfermos. († 1963) Fontes: Martirológio Romano Vaticannews – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Santo Antônio, franciscano e doutor da Igreja

Lisboa ou Pádua? Celebramos a memória do popular santo — doutor da Igreja — que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231. Por isso, é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo. Agostinianos ou franciscanos? Com 15 anos, entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote, com 24 anos de idade, encaminhado à carreira de filósofo e teólogo. Mas, ao conhecer a família dos franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças, o santo decidiu-se por seguir os passos de Francisco e deixou a ordem de Agostinho. Antônio, missionário e pregador Escolheu ser chamado de Antônio em veneração a Santo Antão — anacoreta, no Egito. Logo que entrou na Ordem Franciscana, foi enviado para Marrocos. Ali, Antônio ficou tão doente, que teve de voltar, mas, providencialmente, porque foi ao encontro do "Pobre de Assis", o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Nesse sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Ele atraía grandes multidões com as suas pregações, passava diversas horas no confessionário e reservava, para si, momentos de retiro em solidão. Páscoa Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo, servindo à sua família franciscana por meio da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isso até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna, em 13 de junho de 1231. O santo, muito querido, amado e venerado já em vida, foi sepultado no quinto dia após sua morte, depois de uma longa decisão de onde seu corpo seria encerrado. Foi carregado em grande procissão até a Igreja de Santa Maria em Pádua. Popularidade Sua popularidade era tamanha, que, imediatamente, o seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo Papa Gregório IX. Reconhecido pela influência de Santo Agostinho, Antônio conjugou, de modo original, mente e coração, pesquisa teórica, prática das virtudes, estudo e oração. A minha oração Querido Santo Antônio, fostes um exímio pregador e servo do Senhor. Ensina-me a ser também uma serva fiel e entregue aos desígnios de Deus para a minha vida. Quero conseguir também viver conjugando mente e coração, estudo e oração. Amém! Santo Antônio, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 13 de junho: Santa Felícula, mártir, na Via Ardeatina, a sete milhas de Roma, († c. s. IV) Beato Aquileu, bispo, em Alexandria, no Egito, o insigne na erudição, na fé, na vida e virtudes. († 312) São Trifílio, em Nicósia, na ilha de Chipre, bispo, que defendeu vigorosamente a verdadeira fé nicena e, como escreve São Jerónimo, foi o orador mais eloquente do seu tempo e admirável comentador do “Cântico dos Cânticos”. († 370) São Ceteu ou Peregrino, nos Abruzos, região da Itália, bispo de Amiterno, que, no tempo em que os Lombardos invadiram a região, acusado falsamente de sublevar a cidade, foi por eles condenado à morte e afogado no rio. († c. 600) Santo Eulógio, em Alexandria, no Egito, bispo, célebre pela sua doutrina, a quem o papa São Gregório Magno escreveu várias cartas, escrevendo sobre ele: «Não está longe de mim quem está unido a mim». († c. 607) São Salmódio, eremita, em Limoges, atualmente na França, († s. VII) São Ramberto, no território de Lião, na Gália, também na atual França, mártir, que, sendo de ilustre família e dotado de nobres virtudes, foi tão odiado por Ebroíno, chefe do palácio real, que este o enviou para o desterro e finalmente o mandou matar com um golpe de lança. († 680) Santo Aventino, no vale de Larboust, nos montes Pireneus, também na hodierna França, eremita e mártir, que, segundo a tradição, foi morto pelos Mouros. († s. VIII) São Fândila, em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, presbítero e monge, que, durante a perseguição dos Mouros, no tempo do rei Moamed I, foi decapitado em ódio à fé cristã. († 853) Beato Gerardo, no mosteiro de Claraval, na Borgonha, região da França, o monge, irmão de São Bernardo, que, apesar da escassa cultura, tinha uma grande inteligência e discernimento espiritual. († 1138) Santos Agostinho Phan Viet Huy e Nicolau Bui Viet Thê, em Hué, hoje no Vietnam, os mártires, que, depois de terem pisado a cruz, constrangidos pelo terror, quando recuperaram a consciência, desejosos de expiar a sua culpa, pediram imediatamente ao imperador Minh Mang que fossem novamente julgados como cristãos e, por isso, esquartejados vivos num barco, alcançaram as alegrias celestes. († 1839) Beata Maria Ana Biernacka, em Naumowicze, cidade próxima de Grodno, na Polónia, a mãe de família e mártir, que, no regime de ocupação militar da sua pátria, durante a guerra, se ofereceu aos soldados para substituir sua nora que estava grávida e, imediatamente fuzilada, recebeu a palma gloriosa do martírio. († 1943) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews Franciscanos.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São José de Anchieta, apóstolo do Brasil e modelo de evangelização

Origens  Nascido nas Ilhas Canárias, na Espanha, José de Anchieta mudou-se ainda bem jovenzinho, com quatorze anos, para Portugal em prol dos estudos. Ingressou-se na Universidade de Coimbra para estudar Letras e Filosofia. Foi, então, em Portugal, o local onde ele teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier. Chamado e "canarinho" Aos 17 anos, diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus. Anchieta torna-se jesuíta, em 1551, onde fez um noviciado exigente e, mesmo com a saúde frágil, fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência em 1553. Apostolado no Brasil Inspirado pelas cartas dos missionários jesuítas, neste mesmo ano, aos 19 anos, José partiu para a Terra de Santa Cruz, onde viveu um grande trabalho de evangelização, devotando-se totalmente ao serviço dos nativos. O santo disseminou os preceitos cristãos utilizando particularidades locais, dedicou-se a aprender o idioma e, assim como os demais jesuítas, fez grande oposição aos abusos cometidos pelos colonizadores portugueses. Em 1566, Anchieta foi ordenado sacerdote. E, em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Literatura José de Anchieta, desde mais jovem, era um amante da arte. Chamado pelos seus companheiros de "canarinho", devido ao gosto em declamar poesias, escreveu diversos autos e poemas sobre a vida de Cristo. Em um tempo de grande dificuldade em manter-se santo, após dar-se como refém à uma prisão em defesa da paz, fez uma promessa a Nossa Senhora e lhe escreveu o célebre "Poema à Virgem". Muitos dos seus escritos são de grande relevância para toda a história do Brasil. Peregrino e milagres  Assim como o fundador da Companhia de Jesus - Santo Inácio de Loyola - José foi um peregrino nesta terra, viajou por diversos lugares nos quais fundou escolas, cidades; ensinou e aprendeu diversas faculdades com o povo nativo. Muitos são os milagres, as curas e os dons atribuídos a esse santo que viveu sua missão em intensa oração e comunhão com o Espírito Santo e na companhia da Virgem Maria. Beatificação e Canonização Considerado o “Apóstolo do Brasil”, José de Anchieta foi beatificado, em 22 de junho de 1980, pelo Papa João Paulo II; e, no dia 3 de abril de 2014, foi declarado santo por intermédio de um decreto assinado pelo Papa Francisco. A minha oração  São José de Anchieta, tantos foram os milagres e as curas que Deus concedeu-te realizar ao povo brasileiro! Por toda sua dedicação e entrega a nos trazer o Cristo, eu Te peço que continue a olhar do céu por toda a nossa nação. Que nos traga com a leveza da arte e da poesia o desejo de também nos entregarmos a Deus e aos seus desígnios. Amém! São José de Anchieta, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 09 de junho: Santo Efrém, diácono e doutor da Igreja, que consagrou-se ao ministério da palavra e, com os escritos, tornou-se tão célebre pela sua austeridade de vida e doutrina espiritual, que mereceu, pelos excelentes hinos que compôs, ser chamado a cítara do Espírito Santo. († 378) Os santos Primo e Feliciano, mártires, na Via Nomentana, a quinze milhas de Roma. († data inc.) São Diomedes, mártir, em Niceia, hoje na Turquia, († data inc.) São Vicente, mártir, que, segundo a tradição, consumou o seu martírio pelo nome de Cristo durante uma festa pagã dos gentios em honra do sol, em Vernemet, hoje na França, († s. IV in.) São Maximiano, bispo, em Siracusa, na Sicília, região da Itália, que é mencionado frequentemente pelo papa São Gregório Magno. († 594) São Colomba ou Colum Cille, em Iona, ilha da Escócia, presbítero e abade, natural da Irlanda e instruído nos preceitos monásticos, que fundou na sua pátria e depois em Iona vários mosteiros insignes pela observância religiosa e pela cultura literária, até que, já ancião, esperou serenamente o seu último dia e diante do altar descansou no Senhor. († 597) São Ricardo, em Ândria, na região da Itália, bispo, natural da Inglaterra e célebre pela sua virtude, que acolheu condignamente as relíquias dos santos Erasmo e Ponciano. († s. XII f.) Beato Roberto Salt, em Londres, mártir, monge da Cartuxa desta cidade, que, pela fidelidade à Igreja firmemente conservada contra o rei Henrique VIII, foi detido no cárcere de Newport, onde morreu de fome. († 1537) Beato José Imbert, na França, presbítero e mártir, da Companhia de Jesus, que, durante a Revolução Francesa, foi nomeado pelo papa Pio VI vigário apostólico de Molins e, encerrado num barco-prisão em ódio à Igreja, aí morreu contagiado por uma infecção mortal. († 1794) Beata Ana Maria Taigi, em Roma, mãe de família, que, maltratada pela violência do esposo, perseverou fielmente a cuidar dele e a ocupar-se da educação dos sete filhos, sem omitir nunca a solicitude espiritual e material pelos pobres e doentes. († 1837) Beato Luís Boccardo, em Turim, na Itália, o presbítero da diocese de Turim, fundador do Instituto das Filhas de Jesus Rei. († 1936) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews franciscanos.org jesuitasbrasil.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Beato Estêvão Sandór, salesiano mártir

Origem religiosa O santo, filho de Estêvão, ferroviário, e de Maria Fekete, dona de casa, nasceu em Szolnok, Hungria, no dia 26 de novembro de 1914, foi o primeiro de três irmãos. Desde pequeno, recebeu uma religiosidade profunda de seus pais, cujos ensinamentos fez com que ele fosse um auxílio e um exemplo de estudos e orações para os seus irmãos; e era considerado pelos amigos como um menino bom, cortês e alegre. Carisma Salesiano Como São João Bosco entre os jovens, o beato Estêvão também era uma referência para os seus amigos. E, ao ler um Boletim Salesiano, conheceu Dom Bosco e teve em si o profundo desejo de ser parte da congregação. Falou com seu diretor espiritual e com os seus pais, que, depois de muita insistência do filho, aceitaram o seu ingresso. A gráfica e as armas Em 1936, entrou na casa salesiana de Budapeste e ali fez os primeiros dois anos de aspirantado, frequentando o curso de técnico-impressor na Escola de Artes Gráficas de Dom Bosco, até ser convocado para as forças armadas por causa da guerra. Primeira profissão Em 1939, foi oficialmente liberado das funções militares e, após um ano de noviciado, realizou, como leigo irmão, os seus primeiros votos. Isso se deu no dia 08 de setembro de 1940. A exemplo de Dom Bosco Com uma comovente alegria, o beato passou a ensinar nos cursos profissionais, a ajudar nos oratórios e a cuidar e promover a Juventude Operária Católica. Foi considerado um exemplo de educador, como seu pai na fé São João Bosco. Fim da Segunda Guerra Mundial Em 1942, o salesiano recebeu uma Medalha de Prata de valor militar pelo que fizera das trincheiras: um oratório festivo em meio aos desalentos da guerra. Ao fim, ajudou a erguer e a reconstruir a sociedade material e moralmente, além disso, dedicou-se, em especial, aos jovens mais pobres e necessitados. Profissão Perpétua Em 1946, professou os seus votos perpétuos como Salesiano Irmão e continuou a ensinar Artes Gráficas até o início da perseguição cristã em 1949. Sándor precisou deixar a sua tipografia, porém, continuou o seu apostolado com a juventude de forma clandestina. Martírio Em julho de 1952, foi preso e nunca mais foi visto. Um documento oficial certifica o processo e a condenação à morte, tendo sido executado por enforcamento no dia 8 de junho de 1953. A beatificação aconteceu em 19 de outubro de 2013. Família Salesiana A Comunidade Canção Nova, como parte da Família Salesiana, tendo como patronos São João Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora, celebra com louvores a Deus todos os santos e beatos salesianos, que, inspirados na alegria do fundador, se entregaram à evangelização e à salvação das almas. A minha oração "Meu amado Jesus, diante do testemunho do Beato Estêvão, eu quero pedir-Te a graça de dedicar-me inteira e alegremente ao Teu serviço, exercendo as funções necessárias sempre com o Teu nome nos lábios e o Teu amor nos atos. Não me deixes afastar do apostolado que o Senhor mesmo me confiou, que ele me seja instrumento de santificação e canal de salvação para os meus irmãos. Amém!" Beato Estêvão Sandór, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 08 de junho: São Maximino, em Aix-La-Provence, na actual França, a quem se atribuem os inícios da fé cristã nesta cidade. († data inc.) São Gildardo, bispo, em Ruão, hoje na França, († d. 511) São Medardo, em Soissons, hoje na França, bispo de Saint-Quentin, que, depois de ter sido arrasada a sua cidade, transferiu a sede episcopal para Noyon, onde trabalhou com todo o empenho para converter o povo das superstições pagãs à doutrina de Cristo. († 561) São Fortunato, em Fano, hoje nas Marcas, região da Itália, bispo, que se dedicou diligentemente à redenção dos cativos. († s. VI f.) São Clodolfo, em Metz, actualmente na França, bispo, filho de Santo Arnolfo e conselheiro do rei. († c. 660) São Guilherme Fitzherbert, na Inglaterra, bispo, homem afável e pacífico, que, injustamente deposto da sua sede episcopal, se recolheu entre os monges de Winchester e, restituído à sua sede, perdoou aos inimigos e restabeleceu a paz entre os cidadãos. († 1154) Beato João Davy, em Londres, diácono da Cartuxa desta cidade e mártir, que, no reinado de Henrique VIII, por causa da sua fidelidade à Igreja e ao Pontífice Romano, foi duramente torturado no cárcere e aí morreu de fome. († 1537) São Tiago Berthieu, na ilha de Madagascar, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, tanto na paz como na guerra, trabalhou incansavelmente pelo Evangelho e, apesar de ter sido expulso três vezes das missões, preso por homens armados e repetidamente instado sem êxito à apostasia, foi finalmente assassinado em ódio à fé cristã. († 1896) Beata Maria do Divino Coração de Jesus (Maria Droste zu Vischering), no Porto, em Portugal, virgem, da Congregação das Irmãs da Caridade do Bom Pastor, que promoveu admiravelmente a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. († 1899) Beata Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, no estado da Índia, virgem, eminente pela sua vida eremítica e austera penitência, que procurou a Cristo nos mais pobres e nos mais abandonados e fundou a Congregação das Irmãs da Sagrada Família. († 1926) Beato Nicolau de Gestúri (João Medda), na Sardenha, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que, sempre pronto para ajudar os indigentes, com o exemplo da sua virtude e da sua bondade estimulou muitos outros à prática da caridade para com os pobres. († 1958) Fontes: Martirológio Romano Salesianos – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova