Santos

Nossa Senhora do Ó, esperamos o Salvador

Origens Festa católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome de "Expectação do parto de Nossa Senhora", e entre o povo com o título de "Nossa Senhora do Ó". Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido.  A Longa Espera Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectativa do Nascimento do Salvador A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da "bendita entre as mulheres", que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o Seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo. Nossa Senhora do Ó: suspiramos pela vinda de Jesus Aclamamos a Mãe do Redentor As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes, desde hoje até a Véspera do Natal, e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó ("Ó Sabedoria, vinde ensinar-nos o caminho da salvação"; "Ó rebento da Raiz de Jessé, vinde libertar-nos, não tardeis mais"; "Ó Emanuel, vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus"), como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de "Nossa Senhora do Ó".  Os céus nos envia o Redentor É uma ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor. A Festa Instituída A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume. Além da presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso. Uma festa, vários títulos Primeiro, comemorava-se, na data de  hoje, a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de "Expectação do parto". Assim ficou sendo na Hispânia, e passou a muitas Igrejas da França etc. Ainda hoje, é celebrada na Arquidiocese de Braga. Minha oração “ Maria, padroeira das gestantes e daquelas que desejam engravidar, pedimos que realize os milagres mais impossíveis a favor da vida e do crescimento cristão. Às gestantes em risco, dai conforto e fortaleza, saúde e esperança, para que o nome de Jesus seja amado e adorado em todo o mundo. Amém.” Nossa Senhora do Ó, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 18 de dezembro Comemoração de São Malaquias, profeta. Na África setentrional, a comemoração dos santos mártires de Nanfamão, Migínio, Sanámis e Lucita. († data inc.) Em Tours, na Gália Lionense, atualmente na França, São Gaciano, seu primeiro bispo.(† s. III.) Em Killaloe, na Irlanda, São Flanánio, bispo. († s. VII) No mosteiro de Heidenheim, na Baviera, região da actual Alemanha, São Vinebaldo, abade. († 761) Na colina Gò-Voi, no Tonquim, hoje no Vietnam, os santos Paulo Nguyen Van My, Pedro Truong Van Duong e Pedro Vu Van Truat, exímios catequistas e firmes na fé. († 1838) Em Borgaro, perto de Turim, na Itália, a Beata Nemésia, virgem do Instituto das Irmãs da Caridade. († 1916) Em Sariego, perto de Santander, no litoral da Espanha, os beatos Eugénio Cernuda Ferrero e Miguel Sanroman Fernández, presbíteros da Ordem de Santo Agostinho e mártires. († 1936) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São José Manyanet, devoto da Sagrada Família

Origens São José Manyanet Daniel y Vives nasceu em 7 de janeiro de 1833 em Tremp (Lleida, Espanha), em uma grande família cristã. Foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Aos 5 anos, sua mãe o ofereceu a Nossa Senhora de Valldeflors, padroeira da cidade. Completou os estudos secundários em Barbastro e depois os de filosofia e teologia nos seminários diocesanos de Lleida e Urgell. Contudo, para isso, teve que encontrar um emprego quando menino. Foi ordenado sacerdote em 9 de abril de 1859. Fundador Após 12 anos de intenso trabalho na diocese de Urgell, ao serviço do Bispo, como seu familiar, mordomo palaciano, bibliotecário do seminário, secretário adjunto da câmara e secretário das visitas pastorais, sentiu-se chamado por Deus a abraçar a vida religiosa e a fundar duas congregações, um masculino e outro feminino.  A Fundação Com a aprovação do Bispo, em 1864, fundou os Filhos da Sagrada Família Jesus, Maria e José e, em 1874, as  Filhas Missionárias da Sagrada Família de Nazaré, com a missão de imitar, honrar e propagar o culto da Sagrada Família de Nazaré e prover a formação cristã das famílias, principalmente por meio da educação e instrução católica de crianças e jovens e do ministério sacerdotal.  São José Manyanet: grande fundador e impulsionador da fé 40 anos de Formação Com a oração constante e o trabalho incansável, viveu exemplarmente todas as virtudes e, juntamente com a sua amorosa dedicação à cura das almas, orientou e impulsionou, no espaço de quase quarenta anos, a formação e expansão dos dois institutos, abrindo colégios, escolas profissionais, seminários e outros centros de apostolado em vários lugares da Espanha. Hoje, os dois institutos estão presentes, com o exercício de sua missão. O institutos estão em vários países da Europa, nas duas Américas e na África. Devoto da Sagrada Família Chamado de modo especial por Deus, escreveu diversas obras e folhetos para apresentar ao mundo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré, difundir sua devoção e estimular sua imitação. Ele também fundou a revista  La Sagrada Familia,  agora publicada em espanhol e italiano e foi inspirado a propor a construção, em Barcelona (Espanha), de um templo expiatório em homenagem à Sagrada Família, que seria a morada espiritual e universal de todos famílias. Da sua inspiração nasceu o templo da Sagrada Família, uma brilhante obra do arquiteto e Servo de Deus Antonio Gaudí. Foi destinada a perpetuar visualmente as virtudes e os exemplos da Família de Nazaré. São José Manyanet: Grandes Obras  Escritor e pregador O São José Manyanet pregou abundantemente a Palavra de Deus e também escreveu muitas cartas e alguns livros para a formação de religiosos e religiosas, famílias e crianças e também para a gestão de colégios e escolas. Entre os livros, destaca-se La Escuela de Nazaret y Casa de la Sagrada Familia  (1895). É a sua biografia espiritual em que a sua alma, personificada na personagem que chama de "Desideria", se imagina em diálogo com Jesus, Maria e José com algumas conversas, através das quais traça todo um processo de aperfeiçoamento cristão e religioso, inspirado na espiritualidade da casa e escola de Nazaré.   Outras obras Ele também escreveu um guia para casais e famílias, intitulado  Preciosa joya de família  (1899), para recordar a dignidade do casamento como vocação e a importância da educação cristã dos filhos. Para a formação dos religiosos, escreveu  El espíritu de la Sagrada Família,  um livro de meditações, que descreve a identidade da vocação e missão, na Igreja e na sociedade, de religiosos e religiosas, Filhas e Filhos da Sagrada Família . Existe uma edição de suas  Obras Selectas  (1991), e o primeiro volume de sua  Obra Completa está sendo impresso. Final de uma vida dedicada à Sagrada Família Em meio as enfermidades As obras do padre Manyanet cresceram em meio a muitas dificuldades, nem lhe faltaram várias doenças corporais dolorosas, que o atormentaram por toda a vida. São admiráveis ​​a sua indomável constância e fortaleza, alimentadas por uma profunda adesão e obediência à vontade de Deus. Isto, ajudou a ser fiel diante de todas as provações. Páscoa Consumido fisicamente por algumas chagas, que permaneceram abertas em seu flanco durante os últimos 16 anos de sua vida, e que ele chamou de "misericórdias do Senhor", em 17 de dezembro de 1901, rico em virtudes e méritos, entregou sua alma ao Deus na casa mãe de Barcelona (Espanha), centro da sua obra, rodeado pelo carinho e pela dor de tantas crianças e jovens, pelos quais dedicou toda a sua vida.  Últimas palavras Suas últimas palavras foram aquelas que repetiu muitas vezes: Jesus, José e Maria, recebam minha alma quando eu morrer. Seus restos mortais repousam na urna da capela do Colégio Jesus, Maria e José de Barcelona, ​​​​que se tornou um lugar de oração para seus filhos e filhas espirituais e para muitos pais, meninos e meninas, famílias e devotos que têm aproximados de Deus, atraídos por seus exemplos e ensinamentos. Minha oração “Ó amante da Sagrada Família, atraí para aqueles que te procuram o mesmo amor e devoção. Atraí, também, a benção e proteção das nossas famílias, dos nossos lares. Afastai a peste, a doença, as divisões e brigas e fazei dela um novo espelho da família de Nazaré. Amém.” São José Manyanet, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de dezembro Em Jerusalém, São Modesto, bispo. († 634) Em Eleuterópolis, na Palestina, a paixão dos santos cinquenta soldados. († 638) Na Bretanha Menor, na hodierna França, São Judicael, que restabeleceu a concórdia entre os Bretões e os Francos. († c. 650) Em Andenne, no Brabante, actualmente na Bélgica, Santa Bega, viúva, que, depois do assassinato do esposo, fundou o mosteiro da Bem-aventurada Virgem Maria sob a regra de São Columbano e São Bento. († 693) No mosteiro de Fulda, na Austrásia, na hodierna Alemanha, Santo Estúrmio, abade. († 779) No monte Mercúrio, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Cristóvão de Collesano, monge. († s. X) Perto de Bruxellas, no Brabante, na atual Bélgica, Santa Vivina, primeira abadessa do mosteiro de Santa Maria de Grand-Bigard. († 1170) Em Roma, no monte Célio, São João da Mata, presbítero, de origem francesa, que fundou a Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos. († 1213) Em Don Benito, localidade próxima de Badajoz, na Espanha, a Beata Matilde do Sagrado Coração de Jesus, virgem, que fundou a Congregação das Filhas de Maria, Mãe da Igreja. († 1902) Em Roma, junto de Santa Sabina, no Aventino, o Beato Jacinto Cormier, presbítero, que, governou prudentemente a Ordem dos Pregadores. († 1916) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Melody de Paulo

Santa Adelaide, amiga do Santo Odilo

Origens Santa Adelaide nasceu em Borgonha, no ano 931. Seu pai era Rodolfo II, rei da Borgonha. Aos 16 anos, foi dada em casamento ao rei da Itália, Lotário II. Esse a fez infeliz, mas faleceu três anos após o casamento (em 950); após ser envenenado pelo duque Berengário de Ivreia, que queria tomar para si o reino de Lotário. O Cárcere Duque Berengário quis obrigar Adelaide a se casar com seu filho, mas ela recusou firmemente. Sendo assim, foi encarcerada, a mando de Berengário, em um castelo, onde mais tarde conseguiu fugir. Viajou para a Alemanha para pedir o auxílio de Otão I, rei da Alemanha.  Casamento com Otão No Natal de 951, Otão casou-se com Adelaide, sendo em seguida proclamado rei da Itália. Otão reapareceu na Itália dez anos depois, chamado pelo Papa João XII, após os Estados terem sido invadidos. Otão expulsou os invasores e, como recompensa pelo bem feito, recebeu a coroa imperial que tinha usado Carlos Magno, desse modo nasceu o Sacro Império romano-germânico, que durou mais de oito séculos. Santa Adelaide: a Imperatriz dos mais necessitados Imperatriz Adelaide, mais uma vez, ficou viúva após a morte de Otão I. Exerceu o poder em nome do filho Otão II, que, neste período, ainda era muito novo para assumir o trono (973-978). Adelaide governou novamente o Império entre os anos 991 a 996, até o neto Otão III assumir o trono. Consagrou os três últimos anos de sua vida promovendo o bem da Igreja e auxiliando os pobres e necessitados. O Mosteiro de São Martinho de Tours Refugiada na Borgonha, após Otão revoltar-se com Adelaide, conheceu Santo Odilo, com quem espalhou grandes benefícios pelos mosteiros franceses das regiões vizinhas. Uma das principais construções feitas por eles foi o Mosteiro de São Martinho de Tours, que acabou sendo destruído após um incêndio. Páscoa Sentindo o fim de sua vida, Adelaide pediu que a transportasse para o mosteiro de Selz, onde faleceu no dia 16 de dezembro de 999. Entre as “Grandes mulheres na História do mundo”, no primeiro milênio, está Santa Adelaide. Exemplo de mãe, princesa, imperatriz, rainha e cristã. Minha oração “Mesmo tão nobre, soube se igualar aos mais fracos e necessitados, colocou toda a tua realeza em função daqueles que são os mais nobres para Cristo, ajudai a crescer em nossos corações o dom da caridade e da generosidade para que a sociedade cresça em solidariedade. Amém.” Santa Adelaide, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 16 de dezembro Comemoração de Santo Ageu, profeta. Comemoração de muitas santas virgens, que, na África Setentrional. († 480) Na Hibérnia, na atual Irlanda, São Beano, eremita. († data inc.) Em Cysoing, no território de Artois, da Gália, atualmente na França, Santo Everardo, que, sendo conde de Friuli, fundou um mosteiro de Cónegos Regrantes.(† 867) Em Vienne, na Borgonha, na atual França, Santo Adão, bispo. († 875) Na Lucânia, na atual Basilicata, região da Itália, São Macário de Collesano, monge. († 1005) Em Gênova, na Ligúria, região da Itália, a comemoração do Beato Sebastião Mági, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1496) Em Turim, no Piemonte, na Itália, a Beata Maria dos Anjos , virgem da Ordem das Carmelitas. († 1717) Em Rivalba, também no Piemonte, o Beato Clemente Marchísio, presbítero, que fundou o Instituto das Filhas de São José. († 1903) Em Nowe Miasto, cidade da Polónia, o Beato Honorato de Biala Podlaska (Florêncio Kazminsky), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1916) Perto de Mukdahan, cidade da Tailândia, o Beato Filipe Siphong Onphitak, mártir. († 1940) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Valeriano, o bispo idoso

Origens São Valeriano foi um bispo romano de Avensano (Avensa ou Abbenza), uma antiga sede episcopal da província romana da África Proconsular identificável hoje com as ruínas de Bordj-Hamdouni na Arquidiocese de Cartago no norte da África, que viveu no século V. Na lista de bispos desta diocese, é o segundo da lista depois de Fortunato. Um idoso entusiasta De acordo com a narração de Vittore di Vita, em sua "Historia persecutionis Africanae Provinciae, temporibus Geiserici et Hunirici regum Wandalorum", São Valeriano tornou-se um bispo muito velho, com mais de oitenta anos, depois de seu antecessor Fortunato. Ele é lembrado por se recusar a obedecer a Genserico, rei dos alanos dos vândalos. O rei chegou com suas tropas à cidade querendo que o bispo lhe entregasse todo o mobiliário da igreja. São Valeriano protestou pela violência dos soldados, e por isso foi expulso e exilado de sua cidade. Junto de São Valeriano outros oito bispos do norte da África enfrentaram o difícil exílio.  São Valeriano: um homem repudiado, mas livre Homem Livre E depois de dada a ordem de não lhe oferecer hospitalidade, tanto em casa como no campo, ele teve que viver e dormir ao ar livre, na via pública, por muito tempo até o fim de sua vida. Isso demonstra sua liberdade interior em meio às desavenças da vida. Mesmo repudiado e excluído, o bispo pode se fazer tão pobre e humilde. Seu desapego é comparado como o do próprio Jesus ou de São Francisco. Podemos recordar as dificuldades próprias de viver sem uma casa. Além disso, de ser um idoso com todos os seus aspectos próprios de um homem com 80 anos. Confessor até a morte São Valeriano, lembrado como confessor, sempre pronto e disponível para atender e dar assistência àqueles que lhe procuravam. Permaneceu fiel à sua fé até sua morte, ocorrida durante uma de suas peregrinações. Victor da Vida define-o como "sanctus Valerianus Abensae civitatis episcopus" enquanto Floro e Adonis o recordam em seus martirológios, respectivamente em 28 de novembro e 15 de dezembro. O nome de São Valeriano foi incluído no martirológio romano no dia de sua festa, em 15 de dezembro. Minha oração “Ó santo bispo, que demonstrastes valentia, coragem e desapego, mesmo com larga idade, cuidai dos nossos familiares mais idosos e de suas fraquezas. Pelas tuas virtudes, conduza-nos ao encontro com Cristo de modo fiel e feliz. Livrai-nos do medo da morte e da entrega total. Amém” São Valeriano, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 15 de dezembro No território de Orleães, na Gália Lionense, atualmente na França, São Maximino, presbítero, considerado o primeiro abade de Micy. († s. VI) No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, região da Itália, o Beato Marino, abade, admirável pela sua fidelidade ao Romano Pontífice. († 1170) Em Gênova, na Ligúria, região da Itália, a Beata Maria Vitória Fornári, que, tendo ficado viúva, fundou a Ordem da Anunciação. († 1617) Em Gênova, Santa Virgínia Centurione Bracélli, viúva, que fundou e dirigiu as Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres. († 1651) Em Bréscia, na Lombardia, também região da Itália, Santa Maria Crucificada, virgem, que fundou o Instituto das Escravas da Caridade. († 1855 ) Em Verona, na região do Vêneto, na Itália, o Beato Carlos Steeb, presbítero, fundou o Instituto das Irmãs da Misericórdia. († 1856) Em Madrid, na Espanha, os beatos Paulo Garcia Sánchez e Raimundo Eirin Mayo, religiosos da Sociedade Salesiana e mártires. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va Santiebeati.it Imagem: commons.wikimedia.org

São João da Cruz, reformador da espiritualidade carmelitana

Origens  João de Yepes (seu nome de batismo) nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Órfão de pai, sua mãe teve de passar por dificuldades para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança.  Os estudos São João da Cruz mostrou-se inclinado para os estudos, sendo assim, a mãe o enviou para o Colégio de los Doctrinos. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas, Retórica e línguas clássicas. Estudou por três anos; no fim de sua formação, viu que sua vocação era a vida religiosa. A Ordem Carmelita No ano 1563, com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro, ocasião em que passou a ser chamado de João de São Matias. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali, estudou Artes e Teologia. Nesse colégio, ele foi nomeado "prefeito dos estudantes", o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567, foi ordenado sacerdote. São João da Cruz, fundador da Ordem das Carmelitas Descalços A Ordem das  Carmelitas Descalços Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D'Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. Grande admirador de Santa Teresa, compartilharam ideias e propostas para inaugurar a primeira casa de Carmelitas Descalços, que ocorreu em 28 de dezembro de 1568 em Duruelo, na província de Ávila. São João da Cruz, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Um pedido de Santa Teresa  D'Ávila Renovando sua profissão religiosa de acordo com a Regra primitiva, assumiu um novo nome: João denominou-se “da Cruz”. Em 1572, a pedido de Santa Teresa, tornou-se confessor e vigário do mosteiro da Encarnação em Ávila. Três pedidos a Deus Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro, força para trabalhar e sofrer muito; segundo, não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro, morrer desprezado e escarnecido pelos homens. O final de sua vida e um grande legado Páscoa Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi beatificado por Clemente X em 1675; e em 1726, canonizado por Bento XIII. No ano de 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Obras São João da Cruz escreveu obras bem conhecidas como: ‘Subida do Monte Carmelo’; ‘Noite escura da alma’ (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado); ‘Cântico espiritual’ e ‘Chama viva de amor’. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos. Doutor Mísitico São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia; da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe. Minha oração “Grande místico e doutor da oração, ensina-nos e leva-nos a uma vida mais contemplativa segundo nosso estado de vida. Que tenhamos a disciplina e a sinceridade para encontramos com Deus e a partir disso servir nossos irmãos. Que vejamos e escutemos o Senhor através da oração. Amém.” São João da Cruz, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 14 de dezembro  Em Alexandria, no Egipto, a comemoração dos santos Herão, Arsénio e Isidoro, com Dióscoro, mártires. († 250) Em Apolónia, na Bitínia, na hodierna Turquia, os santos Tirso, Lêucio, Calínico e companheiros, mártires. († c. 250) Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, Santa Dróside, mártir. († s. III/IV) Em Ascalon, na Palestina, os santos Arésio, Promo e Elias, mártires. († 308/309) Em Pavia, na Ligúria, agora na Lombardia, região da Itália, São Pompeu, bispo,. († s. IV) Em Reims, na Gália Bélgica, atualmente na França, a paixão de São Nicásio, bispo, que foi assassinado numa incursão de pagãos, juntamente com sua irmã Eutrópia, virgem consagrada a Cristo, Florêncio, diácono, e Jucundo, diante da porta da basílica que ele tinha edificado. († 407) Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santo Agnelo, abade do mosteiro de São Gaudioso. († c. 596) Em Poitiers, na Aquitânia, hoje na França, São Venâncio Fortunato, bispo. († d. 600) No território dos Morinos, na Gália setentrional, hoje também na França, São Folcuíno, bispo de Therouanne. († 855) Em Orvieto, na Toscana, hoje na Úmbria, região da Itália, o Beato Boaventura de Pistóia, presbítero da Ordem dos Servos de Maria. († c. 1315) Em Klifane, localidade do Líbano, São Nimatulácio al-Hardini, presbítero da Ordem Libanesa dos Maronitas. († 1858) Em Aachen, na Alemanha, a Beata Francisca Schervier, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs dos Pobres de São Francisco. († 1876) Em Barcelona, na Espanha, o Beato Protásio, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Luzia, protetora dos olhos

Origens Santa Luzia nasceu em Siracusa, na Itália, no fim do século III. Conta-se que pertencia a uma família italiana rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão. A Romaria Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia. Pela cura da grave doença seria a confirmação do "não" para o casamento. O Milagre Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras. Assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda. "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade" (Santa Luzia) A Perseguição Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar.  Páscoa Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é, muitas vezes, representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que, por fim, a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no dia 13 dezembro de 304. Os olhos Conta-se que, antes de sua morte, teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade". Santa Luzia: a Portadora da Luz O Nome O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a "janela da alma", canal de luz. Oração: Ó, Santa Luzia, que preferistes deixar que, os vossos olhos fossem vazados e arrancados, antes de negar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus, com um milagre extraordinário, vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos, para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro a vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença dos meus olhos. Ó, Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos anjos e santuário. Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé. Amém.  Minha oração “Te pedimos a proteção dos nossos olhos contra todo mal e doença, assim como uma visão purificada para enxergar a Deus em tudo e todos. Que nossa visão vá além do material e alcance o espiritual, percebendo que é tão real e presente nas nossas vidas. Amém.” Santa Luzia, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 13 de dezembro Em Porto Romano, perto do atual Fiumicino, na Itália, Santo Aristão, mártir. († c. s. IV) No promontório de Súlcis, na Sardenha, Santo Antíoco, mártir. († c. s. IV) Na Arménia, os santos Eustrácio, Auxêncio, Eugénio, Mardário e Orestes, mártires. († c. s. IV) Na Nêustria setentrional, atualmente na França, São Judoco, presbítero e eremita, († c. 669) Em Cambrai, na Austrásia, também na atual França, Santo Autberto, bispo. († c. 670) No território de Estrasburgo, na Borgonha, também na hodierna França, Santa Otília, virgem e primeira abadessa do mosteiro de Hohenbourg. († s. VII) Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, o Beato João Marinóni , presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes, chamados Teatinos. († 1562) No mosteiro da Visitação de Moulins, na França, o dia natal de Santa Joana Francisca Frémiot de Chantal, cuja memória se celebra no dia doze de Agosto. († 1641) Em Fermo, nas Marcas, região da Itália, o Beato António Grássi, presbítero da Congregação do Oratório.(† 1671) Em Tjyen-Tiyou, localidade da Coreia, os santos Pedro Cho Hwa-so, pai de família, e cinco companheiros, mártires.(† 1866) Em Castellamare, na Campânia, região da Itália, a Beata Maria Madalena da Paixão, virgem, fundadora da Congregação das Irmãs Compassionistas Servas de Maria. († 1921) Fonte: Livro “Legenda Áurea: Vida dos Santos” - Jacopo de Varazze [Companhia das Letras, 2003] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira da América Latina

Origens Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México, a fim de participar da catequese e da Santa Missa, enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Esse índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002). O Pedido Então, Nossa Senhora disse a Juan Diego que ele fosse até o bispo e lhe pedisse que, naquele lugar, fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus. O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada o que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija nem o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe, em meu nome, que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita”. Nossa Senhora de Guadalupe: o milagre do manto e as rosas O Grande Sinal O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela e, ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531. A Confirmação Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso, muitos se converteram e o santuário foi construído. O Milagre O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais do que 20 anos e esse já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e, até hoje, os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção. Um acidente No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. A Imagem gravada nos olhos de Nossa Senhora de Guadalupe O reflexo nos olhos Com a invenção e ampliação da fotografia, descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma, a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que essas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pinturas, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva. O Papa Bento XIV Declarou o Papa Bento XIV em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… Uma Imagem estampada numa tela tão rala que, através dela, pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”. A Padroeira Coroada, em 1875, durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945. A Basílica A Basílica, construída em 1976, reúne todos os anos milhões de peregrinos. No Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, os devotos demonstram o amor e a fé pela santa.  O manto (tilmátli) de Juan Diego está preservado no santuário. A Consagração No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima em toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira. Minha oração “ Mãe da América Latina, especialmente dos mexicanos, te rogamos a sua proteção e cuidado. Zelai pela defesa da vida e dos valores em nossos povos, pois sabemos que és a nossa padroeira amorosa. A ti confiamos plenamente e esperamos contra toda esperança. Amém.” Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 12 de dezembro Comemoração dos santos mártires de Alexandria Epímaco e Alexandre. Com eles sofreram o martírio as santas Amonária, virgem, Mercúria, Dionísia e outras. († 250) Na ilha de Chipre, Santo Espiridão, bispo. († c. 348) Em Clonard, na Hibérnia, atual Irlanda, São Finiano, abade, que fundou muitos mosteiros . († 549) Em Quimper, na Bretanha Menor, na hodierna França, São Corentino, venerado como o primeiro bispo desta cidade. († s. VII/VIII) Em Le Dorat, no território de Limoges, na Aquitânia, atualmente na França, Santo Israel, presbítero e cónego regrante. († 1014) Em Neumünster, na região do Holstein, na Alemanha, o dia natal de São Vicelino, bispo de Oldenburg. († 1154) Em Célloli, localidade da Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Bártolo Buonpedóni, presbítero. († 1300) Em Bástia, perto de Assis, na Úmbria, região da Itália, o Beato Conrado de Óffida, presbítero da Ordem dos Menores. († 1306) Em Nápoles, na Campânia, também região da Itália, a comemoração do Beato Tiago Capócci, bispo. († 1308) Em Hué, no Anam, hoje no Vietnam, São Simão Phan Dac Hoa, mártir.  († 1840) Perto de Cracóvia, na Polônia, o Beato Pio Bartosik, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais e mártir. († 1941) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Dâmaso I, o "Papa das Catacumbas"

Origens São Dâmaso, de origem espanhola, nasceu em meados do ano 305. Ocupou a Sé de Roma de 366 a 384. Foi natural, ou pelo menos originário, da antiga Hispânia. Seu pai e uma irmã ao menos, Santa Irene, viveram também em Roma. São Dâmaso erigiu em Roma a Basílica de São Lourenço, que recebeu o cognome de in Damaso. Pontificado Viveu num período de grande agitação para a Igreja. No tempo de seu Pontificado, era Bispo de Milão o grande Santo Ambrósio, e São Jerônimo punha sua formidável inteligência a serviço da Igreja. São Dâmaso teve que enfrentar um cisma causado por um antipapa, isso no início do seu Pontificado. Infelizmente, esse não consistiu no único problema para Dâmaso, já que teve de combater o Arianismo, que negava a consubstancialidade de Cristo com o Pai. Sendo ele Papa, chegou quase a extinguir-se a heresia ariana. O Imperador Teodósio, se não encontrou nele um indomável mestre de moral como Santo Ambrósio, encontrou um Papa que afirmou sempre, com serena firmeza, a "autoridade da Sé Apostólica".  Unidade da Igreja São Dâmaso fez de tudo pela unidade da Igreja, e para deixar claro o Primado do Papa, pois foi o próprio Cristo quem quis: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). São Dâmaso I: contribuiu para os dogmas e a liturgia  Confissão de Fé Papa Dâmaso celebrou, em Constantinopla, o II Concílio Ecumênico, onde publicou a fórmula da confissão de fé, com a definição dogmática sobre a Divindade do Espírito Santo. Contribuição nas Liturgias Em seu pontificado, ordenou o canto dos Salmos nas diversas horas do dia, nas igrejas, nos mosteiros, obrigatórios para os bispos e o clero. Foi ele quem encarregou São Jerônimo na tradução da Bíblia da língua original para o latim, língua oficial da Igreja. Restauração das Catacumbas Conhecido como o "Papa das Catacumbas", São Dâmaso foi responsável pela zelosa restauração das catacumbas dos mártires. Restaurou estes antigos cemitérios e, ele próprio, lavrou inscrições em latim clássico, com a finalidade de manter notícias sobre a vida dos mártires. Em Roma, conseguiu separar Estado e Paganismo. A sua obra foi paciente e oculta, mas não medíocre nem definhante. Soube ligar à Sé apostólica todas as Igrejas e obteve do poder civil o maior respeito. Páscoa São Dâmaso, o Papa mais notável do século IV, faleceu em 11 de dezembro de 384. Na chamada Cripta dos Papas, por ele explorada nas Catacumbas de São Calisto, no fim de uma longa inscrição, escreveu: "Aqui eu, Dâmaso, desejaria mandar sepultar os meus restos, mas tenho medo de perturbar as piedosas cinzas dos santos". Humildade e discrição de um Papa verdadeiramente santo, que, de fato, preparou para si a sepultura longe, num local solitário, à margem da Via Ardeatina, próximo ao sepulcro de sua mãe e irmã. Minha oração “Ao Papa te rogamos que zelai pelos almas dos defuntos do mesmo modo que zelou pelas tumbas dos mártires e também pelos cemitérios para que sejam lugares de oração e boas recordações. Protegei o nosso papa e todos que o auxiliam. Amém. ” São Dâmaso, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 11 de dezembro No território de Amiens, na Gália Bélgica, atualmente na França, os santos Vitorico e Fusciano, mártires. († c. s. III)  Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, São Sabino, bispo. († c. s. IV) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Daniel Estilita, presbítero. († 493) No mosteiro de Himmerod, perto de Tréveris, na Alemanha, o Beato David, monge.(† 1179) Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Franco Líppi, eremita da Ordem dos Carmelitas. († 1292) No território de Camerino, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato Hugolino Magalótti, eremita, da Ordem Terceira de São Francisco. († 1373) Em Sant’Ângelo in Vado, no Piceno da Itália, o Beato Jerónimo, presbítero da Ordem dos Servitas de Maria. († c. 1468) Em Nagasáki, no Japão, os beatos Martinho Lumbreras Peralta e Melchior Sánchez Pérez, presbíteros da Ordem de Santo Agostinho e mártires. († 1632) Em Londres, na Inglaterra, o Beato Artur Bell, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. († 1643) Em El Saler, localidade próxima de Valência, na Espanha, a Beata Maria do Pilar Villalonga Vilallba, virgem e mártir. († 1936) Em Goradze, na Bósna-Herzegovina, as beatas María Julia Ivanisevic e quatro Companheiras, religiosas professas do Instituto das Filhas da Divina Caridade e mártires. († 1941) Em La Aldehuela, localidade da região de Madrid, na Espanha, Santa Maria Maravillas Pidal y Chico de Guzmán, virgem da Ordem das Carmelitas Descalças. († 1974) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora de Loreto, aberta ao mundo

Origens É uma celebração que recorda um acontecimento sobrenatural: O transporte da Casa de Nazaré (onde Jesus viveu). Trata-se de uma Casa com apenas três paredes, aberta ao mundo e a todas as pessoas. Assim se apresenta a Santa Casa de Nazaré, sob um precioso revestimento de mármore renascentista. Segundo a tradição, foi transportada, "por ministério angélico", em uma rua pública em Loreto. Esta casa terrena, onde a Virgem Maria recebeu o anúncio do Anjo Gabriel e viveu, com Jesus e José, é testemunho do evento mais importante da história: a Encarnação. Pesquisas As pesquisas históricas, arqueológicas e científicas parecem confirmar a sua autenticidade, sancionada, pela primeira vez, em 1310, com a Bula do Papa Clemente V. Estudos recentes demonstram que as pedras do edifício foram elaboradas segundo o uso dos Natabeus, conhecido na Galileia no tempo de Jesus. Especialistas confirmam que os incisos em grafites nestas pedras são claramente de origem judaico-cristã. Além disso, que a argamassa utilizada é desconhecida na construção de edifícios na região italiana das Marcas. Relação aos cruzados Além do mais, cinco cruzes em tecido, pertencente provavelmente aos Cruzados, e alguns restos de um ovo de avestruz, símbolo do mistério da Encarnação, foram encontrados entre os tijolos da construção da Santa Casa, cujo perímetro corresponde perfeitamente com a dimensão dos alicerces que permaneceram em Nazaré. Nossa Senhora de Loreto: as três paredes abertas ao mundo Três paredes Mas por que só três paredes? Com toda a probabilidade, elas faziam parte da Casa da Virgem. A antecâmara em alvenaria, que dava acesso à parte posterior da gruta, escavada na rocha, ainda hoje venerada na Basílica da Anunciação em Nazaré. Muitos continuam a se questionar como tenha acontecido o transporte desta relíquia descoberta. A olho nu, não parece ser reconstruída, apesar do incêndio desastroso de 1921. Aquela catástrofe causou a destruição de parte da decoração pictórica do Santuário e do quadro de madeira original da Senhora Negra. Segundo a tradição, em 1291, após a expulsão dos Cruzados da Palestina, as paredes da Casa de Nazaré foram transportadas, pela primeira vez, à cidade de Ilíria, na atual Croácia. Em seguida, foram transportadas a Loreto, uma pequena cidade no centro da Itália. Narrativa de Teramano Uma crônica de 1465, narrada por Teramano, diz: "... depois que o povo da Galileia e de Nazaré trocou a religião de Cristo por aquela de Maomé, os Anjos tiraram a mencionada igreja daquele lugar e a transportaram para a Eslavônia. Lá, porém, não foi honrada como convinha a Virgem Maria, por isso os Anjos a tiraram daquele lugar e a levaram, por via marítima, até o território de Recanati".  A Hipótese Muitos, hoje, tendem a aceitar a hipótese, avaliada pelo antigo Código Chartularium culisanense, segundo a qual os Anjos da tradição, à qual é atribuído o transporte, se referiam à nobre família bizantina de Épiro, chamada Angeli, que, no século XIII, salvou a venerável igrejinha, via marítima, da fúria dos Sarracenos. No entanto, o perfeito estado de montagem e conservação das pedras manteve viva uma interpretação do transporte, aberta ao sobrenatural. A impressão de Bento XVI sobre a Casa da Virgem Maria Visita de Bento XVI em 2012 Causa perplexidade a colocação da Casa de Maria em uma “rua pública”. "Neste aspecto, consiste a mensagem singular desta Casa: não é uma casa particular, mas aberta a todos, situada nos caminhos de todos. Com efeito, estamos a caminho de outra Casa: a Cidade Eterna"! Minha oração “ Senhor, que o mistério de Loreto nos ensine a entender que temos sempre um lugar na de acolhida na casa de Nazaré, no seio da família de Jesus. Assim como nos eduque a estar sempre aberto àqueles que precisam ser acolhidos, que nossa casa também se torne refúgio para as pessoas. Amém.” Nossa Senhora de Loreto, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 10 de dezembro Em Mérida, na Lusitânia, atualmente na Espanha, Santa Eulália, virgem e mártir. († c. 304) Em Roma, no cemitério de Trasão, junto à Via Salária Nova, Santo Amaro, mártir. († c. s. IV) Em Ancira, na Galácia, hoje Ancara, na Turquia, São Gemelo, mártir. († c. s. IV) Em Roma, junto de São Pedro, São Gregório III, papa. († 741) No mosteiro de São Nicolau de Viotorito, na Calábria, região da Itália, São Lucas, bispo de Ísola di Cappo Rizzuto. († 1114) Em Londres, na Inglaterra, os santos mártires Edmundo Gennings, presbítero, e Suituno Wels. († 1591) Em Londres, os santos Polidoro Plasden e Eustácio White, presbíteros, e os beatos Brian Lacy, João Mason e Sídnei Hogdson, mártires. († 1591) Em Londres, dezanove anos depois, São João Roberts, da Ordem de São Bento, e o Beato Tomás Somers, presbíteros e mártires. († 1610) Em Turim, na Itália, o Beato Marcos António Durando, presbítero da Congregação das Missões, que fundou a Congregação das Irmãs de Jesus Nazareno. († 1880) Em Vallés, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato Gonçalo Viñes Masip, presbítero e mártir. († 1936) Em Picadero de Paterna, localidade da mesma província da Espanha, os beatos mártires António Martin Hernández, presbítero, e Agostinho Garcia Calvo, religioso, ambos da Sociedade Salesiana. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São Juan Diego Cuauhtlatoatzin e a Nossa Senhora de Guadalupe

Origens São Juan Diego nasceu em 1474, em Cuauhtitlan, no México. Antes de ser batizado, tinha o nome de Cuauhtlatoatzin. Recebeu o nome de Juan Diego, pois o hábito dos missionários era dar o nome de “João” a todos os batizados. De origem pobre, Juan pertencia à mais baixa casta do Império Asteca. A Conversão Atraído pela doutrina franciscana, que chegou ao México em 1524, Juan converteu-se e foi batizado junto com sua esposa. O missionário responsável por sua evangelização foi Frei Toríbio de Benavente. O Longo Percurso São Juan Diego tinha o costume de realizar um percurso de vinte quilômetros para participar da Santa Missa em Tlatelolco. Tirava proveito das celebrações para aumentar sua instrução religiosa e também para venerar a Virgem Maria.  São Juan Diego Cuauhtlatoatzin: o homem querido pela Virgem Maria Homem Simples Reconhecido como um homem piedoso e de intensa espiritualidade, era amigo da oração e concentrado na meditação dos mistérios religiosos. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social. A Viuvez Ficou viúvo, em 1529, após a morte de sua esposa, Maria Lúcia. Ele ficou doente e acabou não suportando. Foi então morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas.  A Primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe No dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, durante uma de suas idas à igreja, em Tepeyac, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. O local hoje é chamado de “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”. O Pedido de Nossa Senhora de Guadalupe Encarregado pela Virgem Maria, foi pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. O bispo não se convenceu, então, Ela sugeriu que Juan Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição. O Manto coberto de rosas e a Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe O Milagre No dia 12 de dezembro de 1531, Juan estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, mandou que ele fosse no alto da colina de Tepeyac e colhesse flores para ela. "No píncaro da colina, encontrarás a surpresa de flores desabrochadas. Só tens de as colher e trazê-las aqui. Vai, espero por ti!". Apesar do frio, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela pediu que Juan as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, Juan Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. O bispo e todos os presentes ajoelharam-se diante deste milagre. Páscoa Após o milagre de Guadalupe, Juan foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem. Dedicou o restante de sua vida propagando as aparições de Guadalupe aos seus conterrâneos nativos, que se converteram. Juan Diego faleceu no dia 3 de junho de 1548, aos 74 anos. Via de Santificação São Juan Diego foi beatificado em 6 de maio de 1990, pelo Papa João Paulo II, no México. Durante a canonização de Juan Diego, em 31 de julho de 2002, João Paulo II designou a festa litúrgica para o dia 9 de dezembro, dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, e em louvor a São Juan Diego pela sua simples fé nutrida pelo Catecismo, como um modelo de humildade para todos nós. Minha oração “Homem escolhido por Maria para ser seu representante e porta-voz, dai a nós a simplicidade e humildade necessárias para agradar o coração de Deus, assim como o amor e o zelo com a Virgem Maria e sua mensagem. Amém.” São Juan Diego, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 09 de dezembro Em Toledo, na Hispânia, Santa Leocádia, virgem e mártir. († c. 304) Em Pavia, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Siro, primeiro bispo da cidade. († s. IV) Em Nazianzo, na Capadócia, na hodierna Turquia, Santa Gorgónia, mãe de família.(† c. 370) No mosteiro de Genouillac, junto de Périgueux, na Gália, atualmente na França, São Cipriano, abade, ilustre pela dedicação aos enfermos. († s. VI) Em Yatsushiro, no Japão, os beatos Simão Takeda Gohyoe, Joana Takeda, Inês Takeda, Madalena Minami e Luís Minami, mártires.(† 1603) Junto ao rio Meno, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Libório Wagner, presbítero e mártir. († 1631) Em Gray, na Borgonha, hoje na França, onde se tinha acolhido ao ser exilado, o passamento de São Pedro Fourier, presbítero, que, restaurou os Cónegos Regrantes do Nosso Salvador e fundou o Instituto das Canonisas Regrantes de Nossa Senhora. († 1640) Em Moricone, na Sabina, hoje no Lácio, região da Itália, o Beato Bernardo Maria de Jesus , presbítero da Congregação da Paixão.(† 1911) Em Llombay, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato José Ferrer Esteve, presbítero da Ordem dos Cónegos Regrantes das Escolas Pias e mártir. († 1936) Em Picadero de Paterna, também na província de Valência, os beatos Recaredo de los Rios Fabregat, Julião Rodríguez Sánchez e José Giménez López, presbíteros da Sociedade Salesiana e mártires. († 1936) Em Barcelona, na Espanha, o Beato Agápio José, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova