Santos

São Zacarias, Papa cujo nome significa "o Senhor lembra"

Origem São Zacarias era de origem grega, estabelecido na Calábria, seu pai chamava-se Policrônio. Seu nome significa "o Senhor lembra". Papa Em 741, foi eleito Papa e sucedeu a Gregório III. Foi eleito por unanimidade apenas cinco dias depois do falecimento de seu predecessor. Devido às necessidades da Cristandade naquele tempo, Deus teve pressa com ele. Excelência Ele foi considerado um excelente administrador das terras da igreja, do patrimônio da igreja, que progrediu durante o tempo em que ele foi responsável. São Zacarias: o último Papa grego Grego São Zacarias foi o último dos papas gregos e também o último Papa a comunicar oficialmente sua eleição à corte imperial e ao patriarca de Constantinopla. Por meios da diplomacia pessoal, restabeleceu relações pacíficas com os lombardos no norte da Itália. Diplomacia Em uma visita do rei lombardo à Terní, recebeu de volta as cidades de Ameria, Horta, Polimartio e Blera e juntou todo o patrimônio da Igreja romana, que tinha sido roubado pelos lombardos nos últimos trinta anos.  Trégua São Zacarias assinou uma trégua de vinte anos entre o ducado de Roma. Foi recebido de volta pelo povo romano com uma procissão solene. Agradecido a Deus pelos resultados que o Papa tinha conseguido na viagem, mandou construir uma capela na Igreja de São Pedro, em nome do rei Liutprand. Porém, decepcionou-se com o rei quando, no ano seguinte, ele estava pronto para atacar o território de Ravena e o arcebispo dessa diocese implorou ao Papa que fizesse algo para ajudá-los. Tudo feito pela diplomacia O Papa Zacarias enviou emissários para resolver o problema, mas eles voltaram sem nada conseguir. Então, ele mesmo foi até Ravena, depois, para Paiva visitar Luitprand, que já estava pronto para começar a invasão. Era véspera de festa de São Pedro e São Paulo. Foi ele quem celebrou a vigília e, com isso, conseguiu convencer o rei a não fazer esse ataque a Ravena. Meses depois, Liutprand morreu, sendo que o primeiro sucessor desistiu e subiu ao trono Ratchis, para conduzir o reino dos lombardos. O novo rei tinha imenso respeito pelo Papa Zacarias, mas, apesar de muito piedoso, sitiou Perusa por pressão dos seus comandados. Diplomata e zeloso, São Zacarias marcou a história Família Real Outra vez, São Zacarias dirigiu-se ao acampamento lombardo. Suas palavras comoveram tanto o rei, que não só levantou o cerco da cidade, mas concedeu a paz aos romanos. Pouco tempo depois, renunciando ao mundo com sua mulher e filha, depôs a coroa aos pés do Papa. Zacarias benzeu suas vestes monarcais e ficou comovido com a família real. Nessa época, os francos voltaram para a Igreja e ela se tornou mais forte, garantindo a ordem cristã. Zelo Passados todos esses problemas, o Papa se dedicou totalmente às coisas da igreja: cuidava dos arquivos, restaurou os templos romanos, cuidou da agricultura e ainda beneficiou a abadia de Monte Casino, onde os dois viviam como monges.  Sua herança Zacarias, pode se dizer, foi um bom Papa e morreu em março de 752, aos 73 anos, depois de onze anos de pontificado. Sua memória é celebrada em 22 de março. A minha oração "Jesus, que eu faça tudo com amor, seja o trabalho que for. Dá-me essa graça." São Zacarias, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 22 de março: Santo Epafrodito, a quem o apóstolo São Paulo chama irmão, colaborador e companheiro de combate. São Paulo, bispo, na França († s. III) Santos Calínico e Basilissa, mártires, na atual Turquia († data inc.) São Basílio, presbítero e mártir, que, durante todo o mandato do imperador Constâncio, resistiu fortemente aos arianos, e em seguida, no tempo do imperador Juliano, tendo orado a Deus para que nenhum cristão se afastasse da fé, foi preso e entregue ao procônsul da província e, depois de muitos tormentos, consumou o seu martírio. († 362) Santa Lia, viúva romana, cujas virtudes e partida deste mundo para Deus receberam os louvores de São Jerónimo. († c. 383) São Benvindo Scotívoli, bispo, que, eleito pelo papa Urbano IV para esta sede, conciliou a paz entre os cidadãos e, conforme o espírito dos Frades Menores, quis morrer sobre a terra nua. († 1282) São Nicolau Owen, religioso da Companhia de Jesus e mártir, que durante muitos anos construiu refúgios para esconder os sacerdotes; e por isso, no reinado de Jaime I, depois de ser encarcerado e durissimamente torturado e finalmente lançado no cavalete, foi gloriosamente ao encontro de Cristo Senhor, na Inglaterra († 1606) Beato Francisco Chartier, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, morreu decapitado em ódio ao sacerdócio, na França († 1794) Beatos Mariano Górecki e Bronislau Komorowski, presbíteros e mártires, que, durante a ocupação militar da sua pátria por sequazes de uma doutrina hostil à religião, foram fuzilados em ódio à fé cristã, na Polónia († 1940) Beato Clemente Augusto Graf von Galen, bispo, que reflectiu entre o clero e o povo a imagem evangélica do bom Pastor; lutou abertamente conta os erros do nacional-socialismo e contra a violação dos direitos do homem e da Igreja e pela sua coragem foi chamado “o leão de Münster”, na Alemanha († 1947) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano - Pesquisa: Luis Eduardo Sá Gomes - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São Nicolau de Flüe afirmava: a misericórdia é maior que a justiça

Origens!! Filho de camponeses, Nicolau nasceu na cidadezinha de Flüe, por isso "Nicolau de Flue" onde hoje é a Suíça. Mesmo sem aprender a ler e a escrever, foi considerado um dos maiores místicos da Igreja católica. Entre 1440 e 1444, foi soldado e, depois, oficial militar nas guerras que os confederados declararam aos Habsburgos. Casou com Doroteia, com quem teve dez filhos. Atitude extraordinária Passaram-se 20 anos, mas, em Nicolau de Flue, a voz de Deus, que o chamava a uma vida de entrega total, jamais se apagou, muito pelo contrário, pois ele chamava essa voz de "lima que aperfeiçoa e aguilhão que estimula". Enfim, o Senhor lhe concedeu as três graças que ele queria: o consentimento de sua esposa e filhos para partir; a ausência de tentação de voltar; a possibilidade de viver sem beber e sem comer. Aparentemente irresponsável Embora seu último filho fosse recém-nascido, Nicolau partiu, finalmente, com o objetivo de se retirar e entrar para a vida monacal das comunidades da Alsácia, com as quais estava em contato. Nicolau não foi muito além de Liestal, para não ficar muito longe de casa. Assim, estabeleceu-se em um lugar íngreme, chamado Ranft, onde construiu uma cela de tábuas, que, depois, se tornou capela pelos habitantes da localidade. São Nicolau de Flüe e os vinte anos de austeridade Cela Naquela cela, viveu por 20 anos, vestido com roupas rudes, descalço, com o terço na mão, alimentando-se apenas de Jesus na Eucaristia. Apostolado Esta sua escolha despertou a curiosidade dos habitantes da região. Muitos o procuravam para conversar com ele, pedir conselhos, explicações sobre coisas religiosas e até espiá-lo. Eles o chamavam de Bruder Klaus, Irmão Klaus, que falava com simplicidade, sem comparações eruditas, porque seu conhecimento sobre Deus vinha do coração. Homem da misericórdia Não obstante sua sede de solidão, ele recebia a todos e transmitia a sua mensagem de paz, que provinha do Evangelho: "Em todas as coisas, a misericórdia é maior que a justiça", dizia. Nicolau não deixava sempre seu refúgio e, se o fazia, era por uma boa causa. Por exemplo, em 1481, pediram para ele impedir uma guerra fratricida no país. Devido à sua intervenção junto à Assembleia de Stans, hoje o santo é recordado como "Pai da Pátria". "Se eu tiver humildade e fé, não erro a estrada" - São Nicolau de Flüe Morte e canonização Nicolau de Flüe faleceu em sua cela, em 1487, no dia em que completava 70 anos de idade. Foi canonizado por Pio XII, em 1947. Minha oração Encontra-se na Tradição da Igreja uma oração feita por São Nicolau de Flüe. Ouse rezar como ele: "Meu Senhor e meu Deus, afastai de mim tudo o que me distancia de vós! Meu Senhor e meu Deus, concedei-me tudo o que possa me aproximar de vós! Meu Senhor e meu Deus, livrai-me de mim mesmo e permiti-me de viver sempre na vossa presença!" São Nicolau de Flüe, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 21 de março: São Serapião, anacoreta, no Egito († data inc.) Santos mártires de Alexandria, que, no tempo do imperador Constâncio e do prefeito Filágrio, dentro das igrejas invadidas por arianos e pagãos, foram mortos na Sexta-Feira da Paixão do Senhor. († 339) São Lupicino, abade, que, com o seu irmão São Romão, seguiu a observância da vida monástica nos montes Jura, na atual França († 480) Santo Endeu, abade, que fundou na ilha de Aran um cenóbio tão célebre que, pela sua fama, era chamada ilha dos Santos, na Irlanda († c. 542) São Tiago Confessor, que lutou arduamente pelo culto das sagradas imagens e terminou a sua vida com um glorioso martírio, onde hoje é Istambul, na Turquia († c. 824) São João, bispo, anteriormente abade de Bonnevaux, que sofreu muitas adversidades pela defesa da justiça e ajudou com exímia caridade os camponeses, os pobres e os mercadores arruinados pelas dívidas, na França († c.1145) Beato Tomás Pilchard, presbítero e mártir, que no reinado de Isabel I, foi condenado ao suplício da forca em ódio ao sacerdócio, na Inglaterra. Com ele comemora-se também Guilherme Pike, mártir. († 1591) Beato Mateus Flathers, presbítero e mártir, que tendo sido aluno do Colégio dos Ingleses de Douai, no reinado de Jaime I foi dilacerado vivo pela sua fidelidade a Cristo, na Inglaterra († 1608) Santo Agostinho Zhao Rong, presbítero e mártir, que, durante a perseguição, foi preso e morto pelo nome de Cristo num dia incerto de primavera, na China († 1815) Santa Benedita Cambiágio Frassinello, que fundou o Instituto das Irmãs Beneditinas da Providência, para a formação das jovens pobres e abandonadas, na Itália († 1858) Beato Miguel Gómez Loza, pai de família e mártir, no México († 1928) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas - Pesquisa e redação: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

Santa Maria Josefa, padroeira dos doentes e dos cuidadores

Origens Maria Josefa do Coração de Jesus foi a primogênita de Barnabé Sancho, serralheiro, e de Petra de Guerra, doméstica. Nasceu na Espanha, dia 7 de setembro de 1842, e foi batizada no dia seguinte. Ficou órfã de pai muito cedo; e foi sua mãe quem a preparou para a primeira comunhão, recebida aos dez anos. Completou a sua formação e educação em Madri, na casa de alguns parentes e, desde muito cedo, começou a demonstrar uma grande devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora. Também teve uma forte sensibilidade em relação aos pobres, aos doentes e uma inclinação para a vida interior.  A descoberta vocacional Aos dezoito anos, Maria Josefa voltou a sua cidade natal, Vitória, e logo manifestou a sua mãe o desejo de entrar para um mosteiro. Sentia-se atraída pela vida de clausura. Mais tarde, costumava dizer: "Nasci com a vocação religiosa". Logo decidiu entrar no Instituto Servas de Maria, recentemente fundado em Madri, por madre Soledade Torres Acosta.  Nova fundação - inspiração de Deus Ao aproximar-se de seus votos, foi assaltada por graves dúvidas e incertezas sobre seu chamado para aquele Instituto. Admitiu essa disposição a vários confessores, chegando até a dizer que tinha se enganado quanto à própria vocação. Mas os constantes contatos com o arcebispo de Saragoça, futuro santo, Antônio Maria Claret, e as conversas serenas com madre Soledade Torres Acosta, amadureceram nela a possibilidade de fundar uma nova família religiosa, que se dedicasse aos doentes em casa ou hospitais. Assim, aos vinte e nove anos, ela fundou o Instituto das Servas de Jesus, na cidade de Bilbao, em 1871. Padroeira dos doentes e dos cuidadores e intercessora do Instituto Servas de Jesus da Caridade Doença e sofrimento Por 41 anos, foi a superiora do Instituto. Acometida por uma longa e grave enfermidade, que a mantinha no leito ou numa poltrona, sofreu muito antes de morrer, contudo sem deixar sua atividade de lado. Por meio de uma intensa e expressa correspondência, solidificou as bases dessa nova família mesmo doente.  Frutos em vida No momento da sua morte, em 20 de março de 1912, havia milhares de religiosas espalhadas por quarenta e três casas. Páscoa A sua morte foi muito sentida em toda a região; e o seu funeral teve uma grande manifestação de pesar. Os seus restos mortais foram trasladados para a Casa-Mãe, em Bilbao, onde ainda se encontram. A causa da canonização de madre Maria Josefa começou em 1951; foi solenemente beatificada pelo Papa João Paulo II, em 1992, e, depois, canonizada, em 1 de outubro de 2000, pelo mesmo pontífice em Roma. O Carisma e a Devoção O carisma Os pontos centrais da espiritualidade de madre Maria Josefa podem definir-se como: um grande amor à Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus; uma profunda adoração do mistério da Redenção e uma íntima participação nas dores de Cristo e na Sua Cruz; e a completa dedicação ao serviço aos doentes, num contexto de espírito contemplativo. Afirma o diretório da congregação religiosa das servas de Jesus da caridade, "Desta maneira, as funções materiais do nosso Instituto, destinadas a salvaguardar a saúde corporal do nosso próximo, elevam-se a uma grande altura e fazem a nossa vida ativa mais perfeita que a contemplativa, como ensinou o Doutor angélico, São Tomás de Aquino, que falou dos trabalhos dirigidos à saúde da alma, que vêm da contemplação". Servas de Jesus O serviço aos doentes tornou-se, assim, a oblação generosa das Servas de Jesus, seguindo o exemplo da sua Fundadora. Hoje, espalhadas pela Europa, América Latina e Ásia, as Servas procuram dar pão aos famintos, acolher os doentes e outros necessitados, criar centros para pessoas idosas, desenvolvendo sempre a pastoral da saúde e outras obras de caridade.  Oração Deus onipotente, que concedestes grande santidade à vossa serva santa Maria Josefa, concedei-nos a graça que humildemente vos pedimos, sobretudo a força para perseverar no amor de vosso Filho. Que vive e reina para sempre. Amém. Minha oração "A nossa santa rogamos a graça da saúde aos enfermos, mas também pedimos uma santa morte. Aos cuidadores, que seja concedido a força e o ânimo, o amor necessário para o ofício. E a nós pedimos a saúde do corpo e da alma." Santa Maria Josefa do Coração de Jesus, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 20 de março: Santo Arquipo, companheiro do apóstolo São Paulo, que o menciona nas suas epístolas a Filémon e aos Colossenses. Santos Paulo, Cirilo e outro, mártires em Antioquia, na Síria, atualmente na Turquia,  († data inc.) Santo Urbício, bispo em Metz, na Gália Bélgica, hoje na França.(† c. 450) Em Braga, cidade da Galécia, hoje em Portugal, São Martinho, bispo, oriundo da Panónia, na atual Hungria.(† c. 579) São Cutberto, bispo de Lindisfarne. Na ilha de Farne, na Nortúmbria, na atual Inglaterra. († 687) No mosteiro de Fontenelle, na Nêustria, atualmente na França, a deposição de São Vulfrano, que, sendo monge, foi eleito bispo de Sens. († c. 700) São Nicetas, bispo de Apolónia, na Macedónia. († 733) Santos vinte monges em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália. († 797) Beato Ambrósio Sansedóni, presbítero da Ordem dos Pregadores em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália. († 1287) São João Nepomuceno, presbítero e mártir em Praga, na Boémia, atualmente na Chéquia. († 1393) Beato Baptista Spagnóli, presbítero da Ordem dos Carmelitas na Mântua, na Lombardia, região da Itália. († 1516) Beato Hipólito Galantíni, que fundou a Irmandade da Doutrina Cristã em Florença, na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália.(† 1619) Beata Joana Verón, virgem e mártir em Ernée, localidade do território de Mayenne, na França. († 1794) Beato Francisco de Jesus Maria e José (Francisco Palau Quer), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços, em Tarragona, na Espanha.(† 1872) São José Bilczewski, bispo em L’viv, na Ucrânia, († 1923) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022] Livro "Relação dos Santos e Beatos da Igreja" - Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007] Diretório da Congregação das Servas de Jesus da Caridade Imagem: Wikimedia Commons - Pesquisa: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São José e sua solenidade - o patrono da Igreja Universal

Origens Solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem Maria, homem justo, da descendência de David, que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, que quis ser chamado filho de José, e Jesus foi submisso como um filho ao seu pai. A Igreja venera, com especial honra, como seu patrono aquele a quem o Senhor constituiu chefe da sua família. Solenidade Em 1870, o Papa Pio IX declarou José como patrono da Igreja Universal e instituiu outra festa, uma solenidade com uma oitava, a ser realizada em sua homenagem na quarta-feira, na segunda semana após a Páscoa. A festa de 1870 foi substituída no Calendário Romano Geral do Papa Pio XII, em 1955, pela Festa de "São José Operário", a ser comemorada em 1º de maio. Essa data coincide com o Dia Internacional dos Trabalhadores, desde a década de 1890, e reflete o status de José como santo padroeiro dos trabalhadores. Magistério Em 1870, no Decreto QUEMADMODUM DEUS, o Papa Pio IX proclamou São José como Patrono da Igreja à Cidade e ao Mundo. Logo após, em 1871, o mesmo Papa, na INCLYTUM PATRIARCHAM, Carta Apostólica, concedeu as prerrogativas litúrgicas dos Patriarcas às festas de São José para Perpétua Memória. Em 1889, o Papa Leão XIII emitiu a encíclica Quamquam Pluries, em que pedia aos católicos que rezassem a São José, como patrono da Igreja, em vista dos desafios que a Igreja enfrenta. São José e o Plano da Redenção Cânon  Em 1989, por ocasião do centenário dos cultos de Quamquam Pluries, o Papa João Paulo II emitiu o Redemptoris Custos (Guardião do Redentor), que apresentava o papel de São José no plano de redenção, como parte dos "documentos de redenção" emitidos por João Paulo II. Em 1962, o Papa João XXIII inseriu o nome de José no cânon da missa, imediatamente após o da Virgem Maria. Em 2013, o Papa Francisco inseriu seu nome nas três outras orações eucarísticas. Justo A primeira definição de José, que encontramos no Evangelho de Mateus, é "homem justo". Diante da inexplicável gravidez da sua noiva, não pensa no próprio orgulho ou na sua dignidade ferida: pelo contrário, pensa salvar Maria da malvadez das pessoas, da lapidação à qual podia ser condenada. Ele não quis repudiá-la publicamente, mas deixá-la em segredo. Porém, um Anjo veio sugerir-lhe a escolha mais justa de não ter medo. "Não temas receber a Maria, tua esposa, porque o que nela está gerado é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus". Obediente e íntimo dos Anjos Um Anjo acompanha José nos momentos mais difíceis da sua vida; a sua atitude, diante das palavras do Mensageiro celeste, foi de confiante obediência: recebe Maria como sua esposa! E, depois do nascimento de Jesus, o Anjo volta a advertir-lhe sobre o perigo da perseguição de Herodes. Então, de noite, ele fugiu com a sua família para o Egito, um país estrangeiro. Ali, ele deveria começar tudo de novo e procurar um trabalho. E quando o Anjo volta, mais uma vez, para avisar-lhe da morte de Herodes, convidando-o a regressar para Israel, ele tomou consigo sua mulher e seu filho e se refugiou em Nazaré, na Galileia, sob a orientação do Anjo. São José: exemplo de simplicidade Carpinteiro e patrono dos trabalhadores Mateus, no capítulo 13, fala da sua profissão de carpinteiro, quando os habitantes céticos de Nazaré se perguntam: "Não será este o filho do carpinteiro"? Assim, ele ganha a confiança dos vizinhos. Veem-se nesse grande homem a virtude do trabalho santificado de modo sublime. Ele trabalha e ensina o menino Jesus no serviço. Por isso, se torna modelo para nós, em nossos ofícios. Pai putativo Sem dúvida alguma, José amou Jesus com toda a ternura que um pai tem por seu filho: tudo o que José fez foi proteger e educar o misterioso Menino, obediente e sábio, que lhe fora confiado. Educar Jesus: a imensa desconformidade de uma tarefa de dizer ao Filho de Deus o que é justo e o que é injusto. Deve ter sido difícil para ele, humanamente falando, ter que procurá-lo, com aflição, por três dias, no Templo, onde ele tinha ficado, sem avisar seus pais, para discutir com os doutores, e ter que ouvir daquele menino de doze anos: "Não sabias que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?". Este é um tipo de perplexidade que todo pai sente quando percebe que seus filhos não lhes pertencem e que o destino deles está nas mãos de Deus, por isso ele é modelo de paternidade e intercessor dessas causas.  Patrono e Orações a São José Patrono dos moribundos Segundo a tradição, José teria morrido circundado por Jesus e Maria. Por esse motivo, é invocado também como protetor dos moribundos. Tal invocação deve-se a todos nós que gostaríamos de deixar esta terra tendo ao nosso lado Jesus e sua Mãe. Oração de Leão XIII a São José pela Igreja "A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, tendo implorado o auxílio de vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar favorável sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providente da Divina Família, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas, e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas do Inimigo e de toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém." Minha oração "Oh Glorioso São José, assuma-me também como teu filho adotivo. Contigo desejo experimentar a paternidade do Pai. Alimenta-me fisicamente e espiritualmente para que eu te imite no amor a Jesus e Maria para todo o sempre!" São José, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 19 de março: O martírio dos santos Sátiro, Saturnino, Revocato e Secundino,  em Cartago.(† 203) Martírio de Santo Eubúlio em Cesareia da Palestina.(† 309) Os santos bispos Basílio, Eugénio, Agatodoro, Elpídio, Etério, Capitão e Efrém, mártires em Quersoneso, na actual Ucránia. († c. s. IV) São Paulo o Simples, na Tebaida, região do Egipto. († s. IV) São Gaudioso, bispo em Bréscia, cidade do atual Lombardia, região da Itália. († s. V) Santo Ardão Smaragdo, presbítero no mosteiro de Aniane, na Septimania, atualmente na França. († 843) São Paulo, bispo em Prusa, cidade da Bitínia, na atual Turquia. († 850) Os beatos mártires João Larke e João Ireland, presbíteros, e Germano Gardiner, em Londres, na Inglaterra. († 1544) Santa Teresa Margarida Rédi, virgem,  em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália. († 1770) São João Baptista Nam Chong-sam, mártir em Seul, na Coreia.(† 1866) Os santos mártires Simeão Berneux, bispo, Justo Ranfer de Bretenières, Luís Beaulieu e Pedro Henrique Dorie, presbíteros da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, em Sai-Nam-Hte, também na Coreia. († 1866) Beato José Olallo Valdés, religioso da Ordem Hospitaleira de São João de Deus.  Em Camaguey, cidade de Cuba. († 1889) Beato Leónidas Fedorov, bispo e mártir em Kirov, cidade da Rússia. († 1935) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022] Livro "Um santo para cada dia" - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] - Pesquisa: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova  

São Cirilo de Jerusalém, doutor da Igreja e príncipe dos catequistas

Origens São Cirilo de Jerusalém nasceu por volta do ano de 315 em Jerusalém ou em seus arredores. Pouco se sabe sobre sua infância e juventude, além de que ele cresceu num lar cristão, com uma vida financeira confortável. Recebeu uma sólida formação nas Sagradas Escrituras e em matérias humanísticas. Sacerdote aos 30 anos Ordenado sacerdote em 345, aos 30 anos, ele foi sagrado bispo de Jerusalém apenas três anos mais tarde, em 348. São Cirilo de Jerusalém viveu numa época em que a Igreja do Oriente estava envolvida em muitas controvérsias.  São Cirilo precisou enfrentar especialmente a heresia do arianismo. O arianismo basicamente negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, ou seja, segundo os arianos, Jesus seria o filho de Deus, mas não o próprio Deus. Escritos valiosos São Cirilo deixou para a Tradição da Igreja diversos escritos, mas os mais famosos deles são as suas 24 catequeses, que estão entre os mais preciosos tesouros da antiguidade cristã. Suas catequeses foram escritas como parte da preparação dos catecúmenos para o batismo. Nela, incluem uma introdução, dezoito catequeses aplicadas durante a Quaresma e cinco "catequeses mistagógicas", que foram ministradas durante a semana de Páscoa para aqueles mesmos que receberam o batismo. São Cirilo de Jerusalém e o rigor à Doutrina Catequeses As catequeses são marcadas pelo rigor em relação à doutrina. A grande habilidade de São Cirilo em explicar conceitos complexos de forma simples e direta, facilita o entendimento. A título exemplificativo, vejamos como ele explica o significado da proclamação “Corações ao alto!”, na quinta catequese mistagógica: "Verdadeiramente, nesta hora mui tremenda, é preciso ter o coração no alto, junto de Deus, e não embaixo, na terra, nas coisas terrenas. Com autoridade, pois, o sacerdote ordena que, nesta hora, se abandonem todas as preocupações da vida e os cuidados domésticos e que se tenha o coração no céu, junto ao Deus benevolente." O capítulo das perseguições A vida de São Cirilo não se resumiu às suas brilhantes catequeses, ela foi também marcada por polêmicas e perseguições justamente por causa do arianismo. Acácio, um bispo muito influente na época, simpatizante do arianismo, teria nomeado São Cirilo bispo de Jerusalém imaginando que fosse tê-lo como aliado na defesa da heresia. Mantendo-se fiel à sã doutrina, São Cirilo foi perseguido e acabou enfrentando por três vezes o exílio. A primeira vez em 357, conforme disposto por um Sínodo em Jerusalém. A segunda em 360, por obra direta de Acácio. O último exílio foi em 367, o seu mais longo exílio, que durou 11 anos, por obra direta do imperador Valente, que também era ariano.  Com a morte do imperador, em 378, São Cirilo pôde finalmente voltar para a sua sede episcopal em ânimo definitivo. Participou em 381, do Concílio Ecumênico de Constantinopla, onde foi firmado o símbolo Niceno-Constatinopolitano. Proclamado Doutor da Igreja e o seu reflexo na atualidade Páscoa Em 386, provavelmente no dia 18 de março, São Cirilo morreu, aos 71 anos de idade. Em meio a muitas acusações de heresia, São Cirilo permaneceu fiel à Igreja de Cristo. Foi paciente nas perseguições e sua ortodoxia foi reconhecida a tal ponto que em 1882 o Papa Leão XIII o proclamou Doutor da Igreja.  Fontes de documentos atuais Além disso, duas importantes constituições dogmáticas do Concílio Vaticano II, a Lumen Gentium e a Dei Verbum, foram inspiradas em seus escritos. Sua repercussão na atualidade São Cirilo de Jerusalém ajuda, até hoje, cristãos de todo o mundo a mergulharem no mistério da fé, como tão bem expressou o Papa Bento XVI: O mistério que se deve desvendar é o desígnio de Deus, que se realiza através das ações salvíficas de Cristo na Igreja. Por sua vez, a dimensão mistagógica está acompanhada pela dos símbolos, que expressam a vivência espiritual que eles fazem "explodir". Assim, a catequese de Cirilo, com base nas três componentes descritas – doutrinal, moral e, por fim, mistagógica –, resulta numa catequese global no Espírito. A dimensão mistagógica atua como síntese das duas primeiras, orientando-as para a celebração sacramental, na qual se realiza a salvação do homem todo. Trata-se, em definitivo, de uma catequese integral, que envolvendo corpo, alma e espírito permanece emblemática também para a formação catequética dos cristãos de hoje. Exemplo de Vida e Oração Ação de Deus Olhando para a vida de São Cirilo, encanta-nos o que o Espírito Santo pode realizar na vida de quem se abre à graça de Deus: de um lado, um dom impressionante para transmitir a fé e a sã doutrina, por meio de catequeses que continuam atualíssimas até hoje; do outro lado, a paciência e a fortaleza para viver perseguido e não se render, não ceder ao desânimo nem ao cansaço. Mesmo que, imitando a Cristo, por tanto tempo não tenha tido um lugar onde reclinar a cabeça. Minha oração "Ajudai-nos, São Cirilo de Jerusalém, a buscarmos sempre mergulhar nos mistérios da fé, para que vivamos uma fidelidade à toda prova ao que Cristo nos ensinou. Ensinai-nos a suportar as perseguições, injúrias e falsas acusações com o coração limpo, sem temor, sem ódio, olhando apenas para Cristo que, crucificado, suportou muito mais perseguições, muito mais injúrias, muito mais falsas acuações. São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós, para que sejamos fiéis a Deus como vós fostes, para que defendamos a verdade como vós defendestes, para que nos esforcemos para imitar a Cristo como vós imitastes." São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós. Amém! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 17 de março: Santo Alexandre, bispo e mártir, que, tendo vindo da Capadócia para Jerusalém, exerceu o ministério pastoral nesta Cidade Santa. Fundou uma biblioteca e abriu escola. [† c. 250] São Frigdiano, bispo, natural da Irlanda, que congregou clérigos num mosteiro, para benefício do povo desviou o curso do rio Sérchio [† c. 588] São Leonardo, que viveu recluso numa pequena cela, onde resplandeceu pela sua admirável abstinência e humildade, na atual Fança [† c. 593] São Bráulio, bispo, que ajudou Santo Isidoro, de quem foi grande amigo, a restaurar a disciplina eclesiástica em toda a Hispânia e foi seu digno sucessor na eloquência e sabedoria [† 651] Santo Eduardo, rei dos Ingleses, dolosamente assassinado ainda jovem pelos servos da madrasta [† 978] Santo Anselmo, bispo de Lucca. [† 1086] São Salvador Grionesos de Horta, religioso da Ordem dos Frades Menores [† 1567] Beatos João Thules, presbítero, e Rogério Wrenno,  mártires de Cristo no reinado de Jaime I, na Inglaterra [† 1616] Beata Marta (Amata Le Bouteiller), virgem das Irmãs das Escolas Cristãs da Misericórdia [† 1883] Beata Celestina da Mãe de Deus (Maria Ana Donáti), virgem, fundadora da Congregação das Filhas Pobres de São José de Calasans, na Itália [† 1925] Fontes vatican.va e vaticannews britannica.com New Advent Catholic Encyclopedia - newadvent.org Arquidiocese de São Paulo ACI digital - Pesquisa e redação: José Leonardo Ribeiro Nascimento - Comunidade Canção Nova - Aracaju (SE) - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São Patrício da Irlanda e sua couraça - reze agora mesmo!

Origens São Patrício nasceu na Grã-Bretanha por volta de 380. Oração, penitência e uma vida de entrega a Deus foram capacitando São Patrício a responder, em Cristo, diante das tribulações da vida. Os piratas Aos 16 anos, foi capturado e preso por piratas irlandeses. No perdão, na oração e na atenção de encontrar um espaço para a fuga, conseguiu fugir para a França, onde continuou seu discernimento na busca da vontade de Deus. Sacerdote e missionário Tornou-se sacerdote missionário, evangelizando na Inglaterra e na Irlanda. Já como bispo, salvou muitas almas através de seu testemunho de santidade, a ponto de tornar a antiga Irlanda toda católica, do empregado ao rei. São Patrício: Padroeiro da Irlanda Páscoa A história da Irlanda ficou marcada com a contribuição de São Patrício, que, através da construção que fez de diversos mosteiros, deixou nesse lugar a fama de "ilha dos mosteiros". Faleceu com cerca de 80 anos. A Couraça de São Patrício De acordo com a tradição, São Patrício escreve "A Couraça" por volta de 433 d.C., para invocar a proteção divina, depois de converter com êxito, do paganismo ao cristianismo, o rei irlandês e seus súditos.  Minha oração Submeta os anseios de sua alma a Cristo, rezando a oração da Couraça de São Patrício. A Couraça Levanto-me, neste dia que amanhece, Por uma grande força, a invocação da Trindade, Pela fé na Tríade, Pela afirmação da unidade Do Criador da criação. Levanto-me, neste dia que amanhece, Pela força do nascimento de Cristo e de seu batismo, Pela força de sua crucificação e sepultamento, Pela força de sua ressurreição e ascensão, Pela força de sua descida para o julgamento dos mortos. Levanto-me, neste dia que amanhece, Pela força do amor dos Querubins, Em obediência aos Anjos, A serviço dos Arcanjos, Pela esperança da ressurreição e do prêmio, Pelas orações dos Patriarcas, Pelas previsões dos Profetas, Pela pregação dos Apóstolos Pela fé dos Confessores, Pela inocência das Virgens santas, Pelos atos dos Bem-aventurados. Levanto-me, neste dia que amanhece, Pela força do céu: Luz do sol, clarão da lua, Esplendor do fogo, pressa do relâmpago, Presteza do vento, profundeza dos mares, Firmeza da terra, solidez da rocha. Levanto-me, neste dia que amanhece: Que a força de Deus me dirija, Que o poder de Deus me ampare, Que a sabedoria de Deus me guie, Que o olhar de Deus me vigie, Que o ouvido de Deus me ouça, Que a palavra de Deus me faça eloquente, Que a mão de Deus me guarde, Que o caminho de Deus me esteja à frente, Que o escudo de Deus me proteja, Que o exército de Deus me defenda Das armadilhas do demônio, Das tentações do vício, De todos os que me desejam mal, Longe e perto de mim, Agindo só ou em grupo. Conclamo, hoje, tais forças a me protegerem contra o mal, Contra qualquer força cruel que me ameace corpo e alma, Contra a encantação de falsos profetas, Contra as leis negras do paganismo, Contra as leis falsas dos hereges, Contra a arte da idolatria, Contra feitiços de bruxas e magos, Contra saberes que corrompem o corpo e a alma. Cristo guarde-me hoje Contra veneno, contra fogo, Contra afogamento, contra ferimento, Para que eu possa receber e desfrutar a recompensa. Cristo comigo, Cristo à minha frente, Cristo atrás de mim, Cristo em mim, Cristo embaixo de mim, Cristo acima de mim, Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda, Cristo ao me deitar, Cristo ao me sentar, Cristo ao me levantar, Cristo no coração de todos a quem eu falar, Cristo na boca de todos os que me falarem, Cristo em todos os olhos que me virem, Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem. Levanto-me, neste dia que amanhece, Por uma grande força, pela invocação da Trindade, Pela fé na Tríade, Pela afirmação da Unidade, Pelo Criador da Criação. São Patrício, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 17 de março: Santos mártires em Alexandria, no Egito, que foram cruelmente assassinados [† c. 392] Santo Agrícola, bispo, que governou esta Igreja durante quase dez lustros e a consolidou com vários concílios, na atual França [† 580] Santa Gertrudes, abadessa, que, nascida de uma família muito ilustre, recebeu do bispo Santo Amando o sagrado véu das virgens e dirigiu com sabedoria o mosteiro construído por sua mãe [† 659] São Paulo, monge e mártir, que, por defender o culto das sagradas imagens, foi lançado às chamas na ilha de Chipre [† c. 770] Beato Conrado, que levou vida eremítica na Palestina, habitando até à morte numa miserável gruta, na Itália [† c. 1154] São João Sarkander, presbítero e mártir, que, sendo pároco de Holesov e recusando revelar segredos da confissão, foi condenado ao suplício da roda e encerrado ainda com vida no cárcere, onde morreu um mês depois, na atual Chéquia [† 1620] São Gabriel Lalemant, presbítero da Companhia de Jesus, que, depois de ter difundido com grande zelo a glória de Deus no idioma do povo, foi violentamente torturado por adoradores dos ídolos com crudelíssimos suplícios. A sua memória celebra-se no dia onze de Outubro, juntamente com a dos seus companheiros, no Canadá [† 1649] Beata Maria Bárbara da Santíssima Trindade (Bárbara Maix), virgem, fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria no Brasil [† 1873] Beato João Nepomuceno Zegri y Moreno, presbítero, que consagrou o seu ministério ao serviço da Igreja e das almas e, para melhor procurar a glória de Deus Pai em Cristo, fundou a Congregação das Irmãs da Caridade de Nossa Senhora das Mercês, na Espanha [† 1905] Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Liturgia das Horas blog.cancaonova.com/livresdetodomal padrepauloricardo.org - Redação: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

Santa Eusébia, viveu conforme seu nome – do grego, "piedosa"

Origens Seus pais tiveram cerca de quatro filhos, e entre eles está Eusébia, em uma família onde muitos foram considerados santos. Quando ainda era muito nova, tragicamente perdeu seu pai. Por conta disso, sua mãe pediu para mudar-se, junto com os filhos, para um mosteiro. Eusébia logo foi requisitada para a ordem religiosa por Gertrudes, a abadessa. Alguns afirmam que Gertrudes seria da família de Eusébia, mas não há fontes que comprovem isso. Com o falecimento de Gertrudes, Eusébia foi eleita abadessa, apesar de sua jovem idade – segundo a tradição, ela teria apenas doze anos. Abandono e obediência Mesmo sendo considerada muito jovem para assumir o cargo de abadessa, Eusébia trazia o grande e humilde desejo de corresponder ao chamado de Deus e à indicação de Gertrudes. Porém, Eusébia teria que lidar com a contradição de sua mãe, que a considerava jovem demais e incapaz de assumir tal cargo. Sabendo que essa decisão não seria bem aceita pelos demais e por Eusébia, a mãe obteve uma carta do Rei Clovis II, e assim Eusébia ficou sobre as ordens restritas de sua mãe. A tradição conta que sua mãe a enviou para abadia de Marchiennes, também na França. Eusébia assim obedeceu às suas autoridades. Realizando sua missão Não demorou muito e, logo, Eusébia, com a permissão de sua mãe, pode voltar e assumir o cargo de abadessa. Mesmo em sua jovialidade, dava grandes exemplos de humildade e de busca pela pureza. Realizava os trabalhos mais difíceis e era justa e moderada em suas decisões. Santa Eusébia sempre unida ao seu Senhor Páscoa Conta-se que Eusébia, por graça divina, previu a própria morte, tendo tempo assim de orientar e exortar suas monjas a viver sempre na caridade fraterna. Alguns dão a data de sua morte aos 23 ou 33 anos, mas a Igreja se apega aos trinte e três anos de idade.  Lição de vida Eusébia demonstrou ser assim como seu Mestre, um modelo de humildade. Minha oração "Santa Eusébia, seu nome bem reflete o esplendor de tua vida piedosa. Ajudai-me a, mesmo com as vicissitudes do caminho, cumprir fielmente a missão que o Senhor me confia. Que eu viva com humildade, alegria, responsabilidade e gratidão. Que eu confie mais na graça de Deus do que em minhas capacidades. Em Jesus, mesmo incapaz, me torno forte." Santa Eusébia, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 16 de março: Santos Hilário, bispo, e Taciano, mártires, na Itália [† data inc.] São Papas, oriundo da Licaónia, que, pela fé em Cristo, depois de muitos tormentos consumou a sua vida terrena com o martírio, no Iraque [† s. IV] São Julião, mártir, que, sob o governo do prefeito Marciano, depois de longamente torturado, foi encerrado num saco com serpentes e lançado ao mar, na Turquia [† s. IV] Santo Heriberto, bispo, que, sendo chanceler do imperador Otão III, foi eleito contra a sua vontade para a sede episcopal, onde iluminou infatigavelmente o clero e o povo com o exemplo das suas virtudes, às quais exortava também com a sua pregação, na Alemanha [† 1021] Beato João Sórdi ou Cacciafronte, bispo e mártir, que, sendo abade, foi condenado ao exílio por causa da sua fidelidade ao Papa; eleito depois bispo de Mântua. Transferido para a sede episcopal de Vicenza, morreu pela liberdade da Igreja, trespassado à espada por um sicário, na Itália [† 1181] Beatos João Amias e Roberto Dalby, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, condenados à morte por causa do sacerdócio, se dirigiram com alegria para o suplício da forca, na Inglaterra [† 1589] Fontes aleteia.org Adrien Baillet, A vida dos santos, Paris, Jean-Th.Herissant, 1739, volume 3, p.  208-210 cathocambrai.com - Pesquisa: Jéssica Virgínia - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

São Clemente Maria Hofbauer foi padeiro e 2º fundador dos Redentoristas

Origens São Clemente Maria Hofbauer nasceu, em 1751, em Tasswitz, na República Tcheca. Seus pais tiveram doze filhos, ele foi o nono filho dessa família muito simples e pobre. Somente recebeu o nome de Clemente quando se tornou eremita. Porém, seu nome de batismo era João. Desde cedo um trabalhador: Padroeiro dos Padeiros Após a morte de seu pai, teve que aprender um ofício. Não tinha condições de continuar os estudos de latim que iniciou na Casa Paroquial até os 14 anos de idade. Foi assim enviado então para uma padaria, em 1770, em um mosteiro. Atuando como padeiro, conheceu duas senhoras em Viena, que se ofereceram para pagar os seus estudos, pois ele não tinha condições para isso. Vocação Em 1771, São Clemente Maria Hofbauer viajou a Tivoli para que ali se tornasse eremita, pedindo ao bispo local para assim vestir o hábito. A partir daí, tomou o nome de Clemente Maria. Como eremita, mantinha, em sua vida, a oração e o trabalho sempre muito unidos. Vivendo pouco tempo como eremita, precisou voltar a seu ofício de padeiro. Com a ajuda das duas distintas senhoras, concluiu os estudos de Filosofia. Não via ser esse o caminho que Deus queria para ele. Em 1784, Clemente e um amigo fizeram uma peregrinação à Itália e, logo após, decidiram entrar para a vida religiosa. Pouco tempo depois, foram aceitos no noviciado redentorista de São Julião em Roma. No ano seguinte, ele e o amigo professaram seus votos de pobreza, castidade e obediência, no dia de São José em 19 de março. Poucos dias depois, tornou-se sacerdote. São Clemente Maria Hofbauer e o Santo Rosário Profunda oração Desde criança, sua oração favorita era o Santo Rosário, o qual rezava em família e carregou consigo até o fim de sua vida. Haja vista que também abençoava muitos terços. Dizia sempre que, por esta devoção, conseguia tudo que pedia a Deus, chamando-o de “sua biblioteca”. Nutria assim uma profunda intimidade com Nossa Senhora. Era uma homem que, literalmente, batia à porta do sacrário. Fazia esta prática nos seus momentos de adoração para que, em seu coração, crescesse uma confiança inabalável em Jesus e sua amizade com ele. Aumentando assim o seu zelo missionário e dizendo para Jesus que estava ali com Ele. Seu Apostolado Foi o primeiro redentorista fora da Itália. Mas não podendo exercer sua missão na Áustria, foi enviado para Varsóvia, na Polônia, onde viveu sua missão junto aos pobres órfãos, dando-lhes abrigo e instrução na fé. Assim, o número de rapazes cresceu muito até abrirem o Refúgio Menino Jesus para abrigá-los. A perseguição e o final da vida  Redentoristas Seu apostolado crescia cada vez mais junto aos irmãos redentoristas, criando o que chamavam de Missão perpétua. Ali atendiam confissões a qualquer hora do dia ou da noite, além de realizarem sermões em alemão e polonês todos os dias. Foram perseguidos por todos os lados, tanto na política quanto pelo povo e até na igreja local, chegando a ser impedidos de realizar sermões e atender confissões, a ponto de ficarem presos e, por fim, expulsos do país. Os últimos dias Voltou para Viena, na Áustria, onde viveu até sua morte no dia 15 de março no ano de 1820. Até o fim da sua vida, atendia os doentes naquele período conturbado de guerras, fazia sermões com enorme sabedoria, e sua fama de santidade crescia evidentemente na cidade, onde, no fim da vida, conseguiu ver a permissão da instalação dos redentoristas na Áustria mesmo com muitas perseguições. Minha oração "Jesus, que concedestes a este teu amigo São Clemente Maria, tamanho amor por Ti e zelo missionário, infundi em nossos corações essa mesma disposição para buscar e anunciar o Reino de Deus nesta terra. Dai-nos um profundo desejo pela oração e amor especial pela Santíssima Virgem Maria, para que assim um dia possamos adentrar na Glória Eterna. Amém." São Clemente Maria Hofbauer, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 15 de março: São Menigno, sofreu o martírio no tempo do imperador Décio, na atual Turquia [† c. 250] São Zacarias, Papa, que susteve a veemência da invasão dos Lombardos, indicou aos Francos o justo governo, dotou de igrejas os povos da Germânia e assegurou a união com a Igreja Oriental, governando a Igreja de Deus com grande sabedoria e prudência [† 752] Santa Leocrícia, virgem e mártir, descendente de família moura, que aderiu secretamente à fé de Cristo e, tendo sido presa com Santo Eulógio, quatro dias depois do martírio deste santo foi degolada e emigrou para a glória eterna, em Córdova, na Espanha [† 859] São Sisebuto, abade de São Pedro de Cardeña, na Espanha [† 1086] Beato Guilherme Hart, presbítero e mártir, que, ordenado no Colégio Inglês de Roma, regressou à pátria. No reinado de Isabel I, por ter persuadido algumas pessoas a abraçar a fé católica, foi enforcado e estripado na Inglaterra [† 1583] Santa Luísa de Marillac, viúva, que orientou com o seu exemplo o Instituto das Filhas da Caridade na assistência aos indigentes, dando realização perfeita à obra delineada por São Vicente de Paulo, na França [† 1660] Beato Pio Conde Conde, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que durante a perseguição religiosa, foi fuzilado em ódio ao sacerdócio, na Espanha [† 1936] Beato João Adalberto Balicki, presbítero, que exerceu diversas atividades apostólicas em favor de todo o povo de Deus. Empenhou-se particularmente no anúncio do Evangelho e na assistência às jovens errantes, na Polónia [† 1948] Beato Artémides Zátti, religioso da Sociedade de São Francisco de Sales, que, animado pelo seu grande zelo missionário, partiu para as inóspitas terras da Patagónia e passou toda a sua vida no hospital desta cidade, acudindo com incansável magnanimidade, paciência e humildade às necessidades dos indigentes, na Argentina  [† 1951] Fontes: História dos Redentoristas conventodapenha.org.br vaticannews.va Martirológio Romano - Pesquisa: Vinícius Fonsêca - Comunidade Canção Nova - São José dos Campos (SP) - Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

Santa Matilde da Alemanha exortava: "Feliz quem prepara sua eterna salvação"

Santas Matilde Segundo o Martirológio Romano, que relata os santos e beatos oficializados, assim como também com outros santos, há uma série com o nome Matilde. Sendo elas: - Santa Matilda da Escócia [† 1118], filha de Santa Margarida da Escócia [† 1093], Rainha da Inglaterra, comemorada em 30 de abril; - Santa Matilda de Hackeborn ou de Helfta, [1241-1299], monja beneditina e mística alemã, que é homenageada em 19 de novembro; - Beata Matilde [† 1154], beneditina alemã no Mosteiro de Spanheim, celebrada em 26 de fevereiro; - Beata Matilde di Canossa [† 1115], Duquesa da Toscana, Vice-Rainha da Itália, Condessa de Canossa e várias cidades italianas, celebrada em 23 de março; - Beata Matilde, Condessa Palatina, celebra 21 de maio; - Beata Matilde de Diessen [† 1160], abadessa beneditina de Diessen e reformadora do mosteiro de Edelsterten, celebrada em 31 de maio; - Beata Matilde [† 1200], escocesa que se mudou para a França, eremita em Lappion (Picardia), celebrada em 11 de abril; - Beata Matilde de Magdeburg [† 1280], mística beneditina, irmã de Santa Matilda de Hackeborn e Santa Gertrudes, celebrada em 8 de outubro; - Beata Matilde do Sagrado Coração [1841-1902], religiosa espanhola fundadora da Congregação das Filhas de Maria Mãe da Igreja, comemoração de 17 de dezembro. Qual delas a Igreja faz memória em 14 de março? Este texto reporta-se a Santa Matilde que viveu na atual Alemanha. Foi esposa fidelíssima do rei Henrique I e se dedicou generosamente à assistência aos pobres e à fundação de hospitais e mosteiros. Berço, humildade e maternidade Matilde foi educada numa nobre família junto a um mosteiro beneditino. Após casar-se com Henrique I, rei da Alemanha, manteve sua nobreza interior. Não deixou-se influenciar pelo poder. Teve cinco filhos e, sempre como mãe humilde e orante, buscou ensinar para os filhos os caminhos da salvação eterna. Santa Matilde da Alemanha: Mãe dos Pobres Caridade Matilde também foi mãe para o povo, em especial, para os pobres. Mulher cheia de compaixão que, dentro das possibilidades, ajudou e influenciou a muitos. A verdadeira riqueza Com o falecimento de Henrique I, essa grande mulher de Deus disse aos filhos: “Gravai bem no vosso coração o temor de Deus. Ele é o Rei e Senhor verdadeiro, que dá poder e dignidade perecíveis. Feliz quem prepara sua eterna salvação”. Filho entregará mãe (cf. Mt 10,21) Com a morte do marido, o seu calvário começou: foi traída pelos filhos, sob a falsa acusação de que estaria desperdiçando os bens com os pobres. Retirou-se para um convento e ali intercedeu pelos seus amados filhos, por meio da oração e dos sacrifícios. Consciência da Injustiça Conversão dos filhos Seus filhos, então, tomaram consciência da injustiça que estavam cometendo. Com a conversão deles, teve mais facilidade para ajudar a muitos outros pobres. Em 968, partiu para o Reino dos céus, o Reino dos santos. Sua influência no Brasil  É desta Santa Matilde que des­cenderam os reis de Portugal e, por conseguinte, a Família Imperial do Brasil. Minha oração "Senhor Jesus, a exemplo de Santa Matilde, ajuda o teu povo, incluindo a mim, esse pecador que Vos faz essa oração agora, a importar-se mais com a salvação da alma do que com os bens terrenos. Amém." Santa Matilde, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 14 de março: Santo Alexandre, mártir, na Macedónia [† c. 390] São Lázaro, bispo, em Milão (Itália) [† s. V] São Leobino, bispo, em Chartres, hoje na França [† c. 557] Santa Paulina, religiosa, na Alemanha [† 1107] Beata Eva de Mont-Cornillon, reclusa junto do mosteiro de São Martinho. Junto com Santa Juliana, prioresa do mesmo cenóbio, se empenhou muito para que o papa Urbano IV instituísse a solenidade do Corpo de Cristo, na Bélgica [† c. 1265] Beato Tiago Cusmano, presbítero, que fundou o Instituto Missionário dos Servos e das Servas dos Pobres e foi eminente pela sua extraordinária caridade para com os indigentes e os enfermos, em Palermo (Itália) [† 1888] Beata María Josefina de Jesús Crucificado (Josefina Cattanea), monja da Ordem das Carmelitas Descalças, na Itália [† 1948] Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano - Pesquisa e Redação: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova

Santos Rodrigo e Salomão, homens com virtudes cristãs

Origem Santos Rodrigo e Salomão são os mártires mais característicos de Córdova, na Espanha. Esses dois, juntos com São Eulógio e tantos outros, deram o testemunho de Cristo com as virtudes cristãs e, depois, com o martírio, na Espanha.  Contexto da época Em 711, um exército muçulmano conquistou o Reino Visigótico, que era região cristã. Colocaram a maior parte da Península Ibérica sob o jugo do islã numa campanha que durou oito anos. A região foi rebatizada de Alandalus pelos novos líderes. Em 750, muitos sobreviventes da dinastia de Damasco se mudaram para Córdova e ali fundaram o Emirado de Córdova, tornando a cidade um centro da cultura islâmica ibérica. Uma vez conquistada a Ibéria, a Charia (lei islâmica) foi imposta em todo o território. Os cristãos e os judeus eram chamados de os "povos do livro" e estavam sujeitos a um imposto, pago por pessoa, que os permitia viver sob o regime islâmico. Sob a charia, a blasfêmia contra o Islã eram motivos suficientes para a pena de morte.  O sacerdote Rodrigo Sabe-se que Rodrigo era sacerdote e tinha dois irmãos, um católico e outro muçulmano. Seus irmãos viviam em contínuas brigas. Uma vez, Rodrigo foi apartar a briga e acabou apanhando dos dois irmãos. Enquanto estava meio desmaiado da surra, o irmão muçulmano colocou-o num carro e saiu pelas ruas dizendo que Rodrigo havia abraçado a fé islâmica. Depois que sarou, Rodrigo continuou exercitando o ministério. Então, os muçulmanos julgaram-no traidor e decidiram acabar com ele. Perante os julgadores, Rodrigo declarou: "Nasci cristão e cristão hei de morrer". Santos Rodrigo e Salomão sofreram na prisão Páscoa Pouco se sabe sobre Salomão, porém, antes e depois da prisão, ele sofreu muito com Rodrigo por causa do cristianismo. Tal perseguição resultou no martírio de ambos, em 13 de março de 857. Eles transformaram a cadeia num oratório, e cultivaram uma linda amizade. Ameaçados e questionados, não renunciaram à fé. Foram separados, mas permaneceram fiéis a Deus. Condenados à morte, ajoelharam-se, abraçaram o crucifixo e, degolados, foram martirizados. Minha oração "Pela virtude dos mártires de Córdoba, peço a graça de não mais trair Jesus em meus atos, palavras e pensamentos. Que eu seja fiel até os últimos momentos de minha vida!" Santos Rodrigo e Salomão, rogai por nós! Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 13 de março: Santos mártires Macedônio, presbítero; Patrícia, sua esposa; e Modesta, sua filha. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na atual Turquia († data inc.) São Sabino, mártir em Hermópolis, no Egipto († s. IV) Santa Cristina, mártir na Pérsia, no atual Irão († 559) São Piêncio, bispo em Poitiers, na Aquitânia, na hodierna França († s. VI) São Leandro, bispo em Sevilha, na Hispânia, irmão dos santos Isidoro, Fulgêncio e Florentina († c. 600) Santo Eldrado, abade no mosteiro de Novalesa, junto ao Moncenísio, no vale de Susa, atualmente no Piemonte, região da Itália († c. 840) Santo Ansovino, bispo  em Camerino, no Piceno, na actual região das Marcas, na Itália († 868) Beato Pedro II, abade  no mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, também região da Itália († 1208) Beato Agnelo de Pisa, presbítero em Oxford, na Inglaterra († c. 1236/1275) Beata Francisca Tréhet, virgem da Congregação da Caridade e mártir em Ernée, no território de Mayenne, na França († 1794) Fontes: vaticannews.va Martirológio Romano Livro "Um santo para cada dia" - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Coope, Jessica A. 1995. The Martyrs of Cordoba: Community and Family Conflict in an Age of Mass Conversion (University of Nebraska) (em inglês) Pesquisa: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova Produção e edição: Fernando Fantini - Comunidade Canção Nova