Santos

São Carlos Borromeu, o reorganizador da Igreja Católica

Origens  Carlos, da ilustre família Borromeu, nasceu em 2 de outubro de 1538, em Arona, Itália. O menino revelou ótimo talento e uma inteligência rara. Ao lado dessas qualidades, manifestou forte inclinação para a vida religiosa, pela piedade e pelo temor a Deus. Ainda criança, era seu prazer construir altares minúsculos, diante dos quais, em presença dos irmãos e companheiros de idade, imitava as funções sacerdotais que tinha observado na Igreja. O amor à oração e o aborrecimento aos divertimentos profanos eram os sinais mais positivos da vocação sacerdotal. O Sacerdócio e a Reorganização da Igreja Católica O ano de 1562 veio a Carlos a graça do sacerdócio. No silêncio da meditação, Carlos lançou planos grandiosos para a reorganização da Igreja Católica. Esses todos se concentraram na ideia de concluir o Concílio de Trento. De fato, era o que a Igreja mais necessitava, como base e fundamento da renovação e consolidação da vida religiosa.  Carlos, sem cessar, chamava a atenção do seu tio (que era Cardeal e foi eleito Papa, com o nome de Pio IV) para essa necessidade, reclamada por todos os amigos da Igreja. De fato, o Concílio se realizou, e Carlos quis ser o primeiro a executar as ordens da nova lei, ainda que, por essa obediência, tivesse de deixar sua posição para ocupar outra inferior. São Carlos Borromeu: dom da Caridade   A Caridade que abre corações São Carlos sabia muito bem que a caridade abre os corações também à religião. Por isso, grande parte de sua receita pertencia aos pobres, reservando para si só o indispensável. Heranças ou rendimentos que lhe vinham dos bens de família, distribuía-os entre os desvalidos. Tudo isso não aguenta comparação com as obras de caridade que o Arcebispo praticou. Quando, em 1569-1570, a fome e uma epidemia, semelhante à peste, invadiram a cidade de Milão, não tendo mais o que dar, pedia ele próprio esmolas para os pobres e abria assim fontes de auxílio que teriam ficado fechadas. Consolava os Pobres Quando, porém, em 1576, a cidade foi atingida pela peste e o povo abandonado pelos poderes públicos, visto que ninguém se compadecia do povo, ainda procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos. Tendo-se esgotado todas as fontes de recurso, Carlos lançou mão de tudo o que possuía para amenizar a triste sorte dos doentes. Mais de cem sacerdotes tinham pago com a vida, na sua dedicação e serviço aos doentes. Deus conservava a vida do Arcebispo, e esse se aproveitou da ocasião para dizer duras verdades aos ímpios e ricos esquecidos de Deus. Encontro com o Papa Gregório XIII não só rejeitou as acusações infundados feitas ao Arcebispo, como também recebeu Carlos Borromeu em Roma, com as mais altas distinções. Em resposta a esse gesto do Papa, o governador de Milão organizou, no primeiro domingo da Quaresma de 1579, um indigno préstito carnavalesco pelas ruas de Milão, precisamente à hora da missa celebrada pelo Arcebispo.  São Carlos Borromeu possui um coração bondoso com os malfeitores O mesmo governador, que tanta guerra ao Prelado movera e tantas hostilidades contra São Carlos estimulara, no leito de morte, reconheceu o erro e teve o consolo da assistência do santo Bispo na hora da agonia. Seu sucessor, Carlos de Aragão, duque de Terra Nova, viveu sempre em paz com a autoridade eclesiástica. O Arcebispo gozou desse período só dois anos. Páscoa Quando, em outubro de 1584, como era de costume, retirara-se para fazer os exercícios espirituais, teve fortes acessos de febre, aos quais não deu importância e dizia: “Um bom pastor de almas deve saber suportar três febres, antes de se meter na cama”. Os acessos renovaram-se e consumiram as forças do Arcebispo. Ao receber os santos sacramentos, expirou aos 03 de novembro de 1584. Suas últimas palavras foram: “Eis Senhor, eu venho, vou já”. São Carlos Borromeu tinha alcançado a idade de 46 anos. Via de Santificação Foi beatificado em 1602, por Clemente VIII e, depois, canonizado em 1610, por Paulo V,  que fixou a festa do santo para o dia 4 de novembro. A grande influência de São Carlos Borromeu, pelo que realizou em Milão, serviu de exemplo para que a reforma da Igreja acontecesse em muitos outros países, no espírito do Concílio de Trento.  Minha oração “ Óh, grande bispo, que, na tua sabedoria, soubeste organizar a Igreja e adequá-la ao tempo, dai a mesma sabedoria aos nossos bispos e responsáveis para que sejamos sempre atuantes na sociedade e propagadores do evangelho como grande obra de caridade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. ” São Carlos Borromeu, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 04 de novembro  Em Bolonha, na atual Emília-Romanha, região da Itália, os santos Vital e Agrícola, mártires. († 304) Em Mira, na Lícia, na hodierna Turquia, os santos mártires Nicandro, bispo, e Hermes, presbítero. († c. s. IV) Comemoração de São Piério, presbítero de Alexandria. († s. IV) Em Rodez, na Aquitânia, atualmente em França, Santo Amâncio, bispo, que é considerado o primeiro pontífice desta cidade. († s. V) Em Maastricht, no Brabante da Austrásia, atualmente na Holanda, São Perpétuo, bispo. († c. 620) Em Tréveris, na Austrásia, hoje na Alemanha, Santa Modesta, abadessa. († s. VII f.) Em Alba Regia, na Panónia, hoje Szekesfehervar, na Hungria, Santo Henrique ou Emerico, filho de Santo Estêvão, rei dos Húngaros, que teve morte prematura. († 1031) Em Pádua, no Véneto, região da Itália, a Beata Helena Enselmíni, virgem da Ordem das Clarissas. († 1231) Em Cerfroid, no território de Meaux, na França, São Félix de Valois, companheiro de São João da Mata na fundação da Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos. († s. XIII) No convento de Nossa Senhora dos Escoceses, em Nantes, na França, a Beata Francisca de Amboise, fundou em Vannes o primeiro Carmelo feminino da França. († 1485) Em Montefusco, na Campânia, região da Itália, a Beata Teresa Manganiello, virgem da Ordem Terceira de São Francisco. († 1876) Em Madrid, na Espanha, o Beato José Gafo Muñiz, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Fonte: Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C.  Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Martinho de Lima, patrono dos barbeiros

Origens  São Martinho nasceu em Lima, no dia 9 de dezembro de 1579, filho de um nobre cavaleiro espanhol, João Porres, e de uma negra do Panamá, de origem africana, Ana Velásquez. Por causa da pele escura, o pai não o quis reconhecer, e, no livro de batizado, foi registrado como filho de pai ignorado.  O valor representativo de São Martinho na história da santidade deriva do fato de ser ele uma dessas “misturas” da América, como um cronista do século XVI definia ironicamente os mulatos.  Vida Simples São Martinho viveu pobremente até os oitos anos de idade e na companhia da mãe e de uma irmãzinha, nascida dois anos depois dele. Educado por sua mãe, no santo temor de Deus, começou ainda criança a trabalhar como aprendiz de barbeiro. Era uma profissão manual e também desprezada pelos que tinham aspirações à nobreza, porém, naquela época, essa profissão não era como de hoje em dia, pois, naquele tempo, o barbeiro era também dentista e cirurgião.  São Martinho: pela Caridade alcançou a Santidade Caridade Martinho, alma extremamente sensível e de profundidade mística, fez de sua profissão um exercício de caridade para com os pobres, principalmente depois que se tornou ajudante de um médico. O Convento Com a idade de 15 anos, abandonou tudo e foi bater na porta do convento dos dominicanos em Lima. Aqui o espera uma nova humilhação. Foi admitido apenas como terciário e incumbido dos trabalhos mais humildes da comunidade. As suas funções eram as mais humildes, mas a sua vida espiritual, a mais profunda. Por fim, os superiores perceberam o que representava aquela alma para a Ordem e, acolhendo-o como membro efetivo no dia 2 de junho de 1603, admitiram-no então a profissão solene. Solicitude pelos Irmão A sua solicitude pelos irmãos doentes era viva. Encontravam-no junto deles para os aliviar, mesmo, segundo se diz, que a porta estivesse fechada à chave. Considerava-se escravo de todos e de cada um, e se a doença de algum irmão que ele cuidava piorava, o zelo crescia. Feitos Extraordinários Quis assim permanecer a escória do convento, mas a sua santidade começou a refulgir para além dos limites do convento, pelos extraordinários carismas com as quais era dotado, como profecias, os êxtases, as bilocações. Embora nunca tenha se distanciado de Lima, foi visto na África, na China e no Japão para confortar missionários em dificuldade. A este humilde irmão leigo recorriam para conselho; teólogos, bispos e autoridades civis, mais de uma vez o próprio vice-rei teve de aguardar diante da sua cela, porque frei Martinho estava em êxtase. De Escória do Convento a Santidade  A Fundação do Hospital Durante uma peste epidêmica, curou os que recorreram a ele, e os seus sessenta confrades curou-os prodigiosamente. Dedicava sua vida literalmente aos pobres: mendigo por amor aos mendigos. Com as esmolas que conseguia, fundou um hospital para os meninos abandonados e jejuava para dar de comer aos pobres. Jejuava todo o ano, quase não comendo senão restos de pão, mas discretamente, a tal ponto que ninguém reparava. Tudo isso era regado pelas orações que fazia durante a noite, assim como Jesus orava (Lucas 6,12). Assim, sem fazer coisas extraordinárias além da prática de caridade, Martinho chegou a um alto grau de santidade.  Páscoa Faleceu, santamente, em Lima no dia 3 de novembro de 1639, com sessenta anos de idade e imediatamente foi honrado e venerado como santo. Foi beatificado, em 1837, pelo Papa Gregório XVI; foi canonizado, no dia 6 de maio de 1962, por São João XXIII; e no ano de 1966, o Papa São Paulo VI o proclamou patrono dos barbeiros. Minha oração “Oh, Deus, que exaltou o humilde, que fizestes São Martinho, teu confessor, entrar no Reino celestial, concedei através do seu mérito e intercessão de modo que possamos seguir o exemplo da sua humildade e caridade na terra e um dia estarmos com ele no Céu, através de Cristo, Nosso Senhor.” São Martinho de Lima, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 03 de novembro Em Cesareia, na Capadócia, hoje Turquia, os santos Germano, Teófilo e Cirilo, mártires. († data inc.) Em Agrigento, na Sicília, região da Itália, São Libertino, bispo e mártir. († s. III/IV) No território de Lauraguais, na atual França, São Pápulo, venerado como mártir. († s. III/IV) Em Viterbo,  hoje no Lácio, região da Itália, os santos Valentim, presbítero, e Hilário, diácono, mártires. († data inc.) Na Bretanha Menor, na atual França, São Guenael, venerado como abade de Landévenec. († s. VI) Em Roma, a comemoração de Santa Sílvia, mãe do papa São Gregório Magno. († s. VII) No mosteiro de Hornbach, no território da atual França, o sepultamento de São Pirmino, bispo e abade de Reichenau.(† c. 755) No cenóbio de Antídio, na Bitínia, hoje na Turquia, São Joanício, monge. († 846) Em Alem, cidade da Flandres, na atual Holanda, o sepultamento de Santa Odrada, virgem. († c. s. XI) Em Urgel, na Catalunha, região da Espanha, Santo Ermengol ou Ermengáudio, bispo. († 1035)  No território dos Marsos, nos Abruzos, região da Itália, São Berardo, bispo. († 1130) Em Cudot, no território de Sens, na França, a Beata Alpaídes, virgem. († 1211) Junto do mosteiro de Fischingen, na atual Suíça, Santa Ida, reclusa. († c. 1226) Em Rímini, no litoral da Flamínia, hoje na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Simão Balácchi, religioso da Ordem dos Pregadores. († 1319) Em Milão, na Lombardia, região da Itália, o dia natal de São Carlos Borromeu, bispo, cuja memória se celebra amanhã.(† 1584) Junto à fortaleza Xa Doai, no Tonquim, atualmente no Vietnam, São Pedro Francisco Néron, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir.(† 1860) Em Valldibrera, perto de Barcelona, na Espanha, os beatos Cândido Alberto , Cirilo Pedro , Crisóstomo e Leónides Francisco, religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936) Fonte: Livro Santos de cada dia - Editora A.O.Braga Livro Um santo para cada dia - Mario Sgarbossa - Luigi Giovanni Livro O Santo do dia - Dom Servilio Conti, I.M.C - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Na comemoração dos Fiéis Defuntos, recordemos das almas

Origens  Em vez de propor-nos, hoje, a veneração de um santo, a Igreja nos convida a comemorar, pelo nosso sufrágio, as almas dos fiéis já falecidos. A comemoração de todos os fiéis defuntos foi instituída neste dia a fim de socorrer, por boas obras gerais, os que não se beneficiam de preces especificamente dedicadas a eles. Deve-se a uma iniciativa tomada pelos monges beneditinos por volta do ano 1000.  A data O abade São Odilo, superior mosteiro de Cluny na França, deu ordem para que em todos os conventos filiados a esta Ordem se celebrasse um ofício pelos defuntos na tarde do dia 1º de novembro. Essa comemoração foi adotada pela autoridade da Igreja, de tal modo que, aos poucos, se tornou universal a dedicação de dois de novembro à memória dos irmãos já falecidos. Exortação de Paulo Essa exortação de Paulo é dirigida também a cada um de nós: “Irmãos, nos diz São Paulo apóstolo, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não tem esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morrerem.” (ITs 4,13-14). Dia dos Fiéis Defuntos: um dia para recordação, não tristeza Dia de Saudosa Reflexão O Dia dos Finados não é dia de tristeza nem lamúrias, como o é para aqueles que não tem fé, mas é dia de saudosa recordação, confortada pela fé, que nos garante que nosso relacionamento com as almas dos finados não está interrompido pela morte, mas é sempre vivo e atuante pela oração de sufrágio. A doutrina relativa aos finados põe em admirável luz a harmonia entre a justiça e a bondade de Deus Pai, de tal modo que também os corações mais frios não resistem hoje a um saudoso pensamento de piedade religiosa em favor dos irmãos falecidos. Purgatório: o lugar de purificação A fé nos ensina que existe um lugar de purificação pelas almas depois da morte, pois toda criatura que morre carrega faltas, misérias, dívidas espirituais por pecados cometidos, mesmo morrendo reconciliada com Deus. Essas faltas o impedem de entrar diretamente no Reino de Deus, que é o reino da santidade perfeita, da luz e felicidade. Deus, em Sua bondade, providenciou um lugar de purificação que a tradição da Igreja chamou de purgatório. O Catecismo da Igreja Católica afirma: “O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, portanto, torna-nos incapazes da vida eterna, cuja privação se chama «pena eterna» do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, traz consigo um apego desordenado às criaturas, o qual precisa ser purificado, quer nesta vida quer depois da morte, no estado que se chama Purgatório. Esta purificação liberta do que se chama «pena temporal» do pecado. Estas duas penas não devem ser consideradas como uma espécie de vingança, infligida por Deus, do exterior, mas como algo decorrente da própria natureza do pecado. Uma conversão procedente duma caridade fervorosa pode chegar à total purificação do pecador, de modo que nenhuma pena subsista (82).” (CIC 1472) Temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágios das almas do purgatório A Solidariedade Espiritual Pela solidariedade espiritual que existe entre os batizados por força de nossa inserção no Corpo Místico de Cristo, temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágios das almas do purgatório que ficam assim beneficiadas em suas penas. Esta doutrina já era conhecida no Antigo Testamento. De fato, lemos, no Segundo livro do Macabeus que, depois de uma batalha do povo judeu contra os inimigos, Judas Macabeu mandou recolher ofertas a serem enviados ao Templo de Jerusalém solicitando orações e sacrifícios em sufrágio dos soldados tombados na guerra, pois ele concluiu: "É um pensamento santo e salutar orar pelos mortos para que sejam livres dos seus pecados” (2Mc 14,45). Também Jesus Cristo fez alusão aos pecados que não são perdoados nem nesta terra nem na outra vida. Orações de  Sufrágio Orações de sufrágio em favor das almas dos mortos sempre foram praticadas nas Igrejas desde os primeiros séculos. Nas catacumbas romanas onde se sepultavam os cristãos há inúmeras inscrições alusivas a preces que os defuntos solicitam dos irmãos na fé. Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, ao falecer perto de Roma, enquanto viajava para África, assim falava aos dois filhos que a acompanhavam: "Ponde meu corpo em qualquer lugar, e não vos preocupeis com ele. Só vos peço que, no altar de Deus, vos lembreis de mim, onde quer que estiveres". As almas dos nossos falecidos parecem dizer com o patriarca Jó: "Compadecei-vos de mim, ao menos vós que sois meus amigos, porque a mão do meu Senhor me tocou”. “Santo e salutar é o pensamento de orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados.” A Indulgência e a Oração pelos falecidos Indulgência:  No dia de Finados, “aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos. Diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Enchr. Indulgentiarum, n.13)”. “Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos; a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai-Nosso e Creio, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai-Nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).” (pg. 462 do Diretório Litúrgico da CNBB). Oração pelos falecidos: Pai santo, Deus eterno e Todo-Poderoso, nós Vos pedimos por (nome do falecido), que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz. Que ele, tendo passado pela morte, participe do convívio de Vossos santos na luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e Vos digneis ressuscitá-lo com os Vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a Vós a vida imortal no reino eterno. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! (Rezar Pai-Nosso e Ave-Maria.) Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz! Amém. Minha oração “Senhor, nosso Deus, resgatai as almas dos nossos conhecidos e familiares do purgatório, além daquelas que necessitam das nossas orações. Pedimos também a intercessão para que sejamos santos e purificados nessa vida, a fim de chegar diretamente ao Céu. Amém.” Almas do purgatório, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 2 de novembro  Comemoração de São Vitorino, bispo de Poetóvio, na Panónia. († c. 303) Em Trieste, na Ístria, atualmente na Itália, São Justo, mártir. († c. s. IV) Em Sebaste, na Arménia, hoje Sivas, na Turquia, os santos Cartério, Estiríaco, Tobias, Eudóxio, Agápio e companheiros, mártires. († c. 320) Na antiga Pérsia, os santos Acindino, Pegásio, Aftónio, Elpidíforo, Anempodisto e numerosos companheiros mártires. († s. IV)  Em Vienne, cidade da Gália Lionense, hoje na França, São Donino, bispo, que se dedicou à obra da redenção dos cativos. († c. 538) Comemoração de São Marciano, eremita, que, nascido em Ciro, se retirou para o deserto na Calcedónia.(† s. IV f.) No mosteiro de Agaune, entre os Helvécios, hoje Saint-Maurice-en-Valais, na Suíça, Santo Ambrósio, abade. († c. 520) Junto a uma fonte situada em Holywell, localidade do País de Gales, Santa Vinfreda, virgem, que é venerada como monja insigne. († c. s. VII) Em Vienne, cidade da Borgonha, na moderna França, São Jorge, bispo. († c. 670) No mosteiro de Claraval, também na Borgonha, o sepultamento de São Malaquias, bispo de Down e Connor. († 1148) Em Mortagne, cidade da Normandia, na França, a Beata Margarida de Lorena, ao ficar viúva, abraçou a vida religiosa no mosteiro das Clarissas. † 1521) Em Andover, no condado de Hampshire, na Inglaterra, o Beato João Bodey, mártir. († 1583) Em Casale, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Pio de São Luís, religioso da Congregação da Paixão. († 1889) Fonte: Catecismo da Igreja Católica Livro: O Santo do dia - Dom Servilio Conti, I.M.C. Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Solenidade de Todos os Santos de Deus

Origens  A Solenidade de Todos os Santos de Deus é chamada por alguns de “Páscoa de outono”, é celebrada pela Igreja, que, mais uma vez, não olha para si mesma, mas olha para o céu e lhe aspira. De fato, a santidade é um caminho para o qual todos somos chamados a trilhar sob o exemplo desses nossos “irmãos mais velhos”, que nos são propostos como modelos, porque aceitaram ser encontrados por Jesus, rumo ao qual se encaminharam com confiança, com seus desejos, fraquezas e sofrimentos. “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (CIC 2013). Raízes Antigas A solenidade tem raízes antigas: no século IV começou a celebração dos mártires, comuns para as diferentes Igrejas. Os primeiros sinais desta celebração foram encontrados em Antioquia, no domingo após o dia de Pentecostes, sobre a qual já falava São João Crisóstomo.  Difusão da Festa Entre os séculos VIII e IX, esta festa começou a difundir-se também na Europa, e, em Roma, de modo particular, no século IX. Ali, o Papa Gregório III (731-741) quis que esta festa fosse comemorada no dia 1º de novembro. A data foi escolhida porque coincidia com a consagração de uma Capela, na Basílica de São Pedro, dedicada às relíquias "dos santos Apóstolos, dos Santos mártires e confessores e de todos os Justos, que chegaram à perfeição e descansam em paz no mundo inteiro". Na época de Carlos Magno, esta festa já era muito conhecida como ocasião para a Igreja, que vagueia e sofre na Terra, mas que olha para o céu, onde estão seus irmãos mais gloriosos. É a festa da esperança, que nos recorda o objetivo da nossa vida Memória Litúrgica A memória litúrgica dedica um dia especial a todos aqueles que se uniram com Cristo em sua glória. Eles não nos são indicados apenas como arquétipos, mas invocados também como protetores das nossas ações. Todos os Santos são os filhos de Deus que atingiram a meta da salvação. Eles vivem, na eternidade, aquela condição de bem-aventurança expressa por Jesus no discurso da Montanha, narrado no Evangelho de Mateus (5,1-12). Companheiros na Imitação de Cristo Os Santos são aqueles que nos acompanham no nosso percurso de imitação de Jesus. Eles nos levam a ser pedra angular na construção do Reino de Deus. Neste dia, a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028). Um Interesse Humano Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”.  Convite para olhar para o Alto A Igreja nos convida a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. É um convite a olharmos para o Alto, pois, neste mundo escurecido pelo pecado, eles brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, como São João havia dito: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9). Somos chamados a imitar o exemplo de Santidade Sinal do Espírito Santo Todos esses combatentes de Deus merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho atuando na Igreja e na sociedade.  Modelos para os  fiéis  Portanto, a vida desses modelos acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças. Esses constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perder o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus” (Ef. 2,19). Oração: “Jesus, que o mundo salvastes, dos que remistes cuidais, E vós, Mãe santa de Deus, por nós a Deus suplicai. Os coros todos dos Anjos, patriarcal legião, profetas de tantos méritos, pedi por nós o perdão. Ó precursor do Messias, ó Ostiário dos céus, com os Apóstolos todos, quebrai os laços dos réus. Santa Assembleia dos Mártires; vós, Confessores, Pastores, Virgens prudentes e castas, rogai por nós pecadores. Que os monges peçam por nós e todos que o céu habitam: a vida eterna consigam os que na terra militam. Honra e louvor tributemos ao Pai e ao Filho também, com seu Amor um só Deus, por todo o sempre. Amém.” Minha oração “Na solenidade de todos os santos, recordamos que é possível ser santo, recordamos que é possível contar com suas orações e intercessão, por isso pedimos as graças de que precisamos no tempo presente e a conversão dos pecadores da nossa família e amigos. Amém.” Todos os Santos de Deus, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 1º de novembro  Em Terracina, litoral do Lácio, na atual Itália, São Cesário, mártir. († data inc.) Em Dijon, na Gália Lionense, França, São Benigno, presbítero e mártir. († data inc.) Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, Santo Austremónio, bispo. († s. III) Em Paris, na Gália Lionense, França, São Marcelo, bispo. († s. IV f.) No território de Bourges, na Aquitânia, França, São Rómulo, presbítero e abade. († s. V) Em Tívoli, no Lácio, na atual Itália, São Severino, monge. († c. s. VI) Em Milão, na Lombardia, na Itália, São Magno, bispo. († s. VI) Em Bayeux, na Gália Lionense, hoje na França, São Vigor, bispo, que foi discípulo de São Vedasto. († a. 538) Em Angers, na Nêustria, na França, São Licínio, bispo. († c. 606) Em Larchant, cidade do Gatinais da Aquitânia,na França, São Maturino, presbítero. († c. s. VII) No território de Thérouanne, em Flandres,  França, Santo Audemaro,bispo dos Morinos. († c. 670) Em Sansepolcro, na Úmbria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Rainério de Arezzo, religioso da Ordem dos Menores. († 1304) Em Lisboa, Portugal, São Nuno de Santa Maria , religioso da Ordem dos Carmelitas. († 1431) Em Shimabara, no Japão, os beatos Pedro Paulo Navarro, presbítero, Dionísio Fujishima e Pedro Onizuka Sandayu, religiosos da Companhia de Jesus, e Clemente Kyuemon, mártires. († 1622) Em Hai Duong, cidade do Tonquim, hoje Vietnam, Jerónimo Hermosilla e Valentim Bérrio Ochoa, bispos, e Pedro Almató Ribeira, presbítero, da Ordem dos Pregadores. († 1861) Em Munique, na Alemanha, o Beato Ruperto Mayer, presbítero da Companhia de Jesus. († 1945) Em Mukacevo, cidade da Ucrânia, o Beato Teodoro Jorge Romzsa, bispo e mártir(† 1947) Fonte: Catecismo da Igreja Católica Martirológio Romano Vaticannews.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Afonso Rodrigues, padroeiro de Palma de Maiorca

Origens  Natural de Segóvia, na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve de interromper seus estudos no primário, pois, com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares, que amou tanto quanto os dois filhos, mas infelizmente, todos, com o tempo, faleceram. A Crise Espiritual  Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e, dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso; e, assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos.  Entrou para a Companhia de Jesus No ano de 1571, aos 38 anos, iniciou seu noviciado. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão. Sua vida foi uma esplêndida realização da vocação. Depois do noviciado, foi enviado para o Colégio de formação Monte de Sião em Palma de Maiorca. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro; e a todos prestava vários serviços e, dentre as virtudes heroicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, a obediência foi a sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso Rodrigues: Homem Simples  Vontade de Deus  Santo Afonso Rodrigues sabia ser simples, pois aceitava, com amor, toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina". Esse santo encantador, com sua espiritualidade, ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver, um de seus filhos espirituais mais notáveis, quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Alma que suplicava Deus  Sua alma era sedenta de Deus: “A oração que tem é uma súplica a Deus e a Nossa Senhora de quatro amores: o amor de Deus; o amor de Jesus Cristo; o amor a Santíssima Virgem e o amor de uns para com os outros”. Em sua íntima relação com Deus, Maria sempre esteve presente.  Páscoa Passou o resto da sua vida como porteiro em um convento da Ilha de Maiorca, onde foi exemplo de humildade, obediência, constância e santidade. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617. Foi canonizado em 15 de janeiro de 1888, por Leão XIII. Ele é o santo padroeiro dos goleiros e lanterninhas, e padroeiro de Palma de Maiorca.  Minha oração “Santo Afonso, que, por sua obediência, conquistastes o Céu, dai-nos a graça de imitar essa virtude assim como o teu modelo de humildade. Ensina-nos a reconhecer Jesus nos trabalhos mais simples e desprezados. Amém!” Santo Afonso Rodrigues , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 31 de outubro  Em Alexandria, no Egipto, Santo Epimáquio de Pelúsio, mártir. († c. 250) EmVermand, hoje Saint-Quentin, na Gália, Bélgica, atualmente na França, São Quintino, mártir.(† s. III) Em Fosses, no Brabante da Austrásia, no território da atual Bélgica, São Felano, presbítero e abade. († c. 655) Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Antonino, bispo. († c. 661) Em Ratisbona, na Baviera, actualmente na Alemanha, São Volfgango, bispo. († 994) Em Cahors, na Aquitânia, região da França, o Beato Cristóvão de Romanha, presbítero da Ordem dos Menores. († 1272) Em Riéti, na Sabina, território da Itália, o Beato Tomás de Florença Belláci, religioso da Ordem dos Menores. († 1447) Em Youghal, perto de Cork, na Irlanda, o Beato Domingos Collins, religioso da Companhia de Jesus. († 1602) Em Piotrkow Kujawski, localidade da Polónia, o Beato Leão Nowakowski, presbítero e mártir. († 1939) Em Sevilha, na Espanha, Santa Maria da Imaculada Conceição, virgem, fundadora do Instituto das Irmãs da Companhia da Cruz. († 1998) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Santiebeati.it - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Ângelo d’Acri, um grande pregador das multidões

[caption id="attachment_12452" align="aligncenter" width="300"] Presbítero e Religioso[/caption] Origens Há quem se oponha à sua vocação na família e há quem encontre, no coração, os maiores contrastes. Lucantonio Falcone pertence a esta última categoria de pessoas, nascido em Acri, província de Cosenza, em 19 de outubro de 1669. A família, muito religiosa e de princípios sólidos, nunca sonharia em se opor à sua vocação, mas o ruim é que Lucantonio sente os contrastes por dentro. Quando, aos 15 anos, conhece um capuchinho carismático, parece compreender que só entre os capuchinhos poderá cumprir a sua vocação. Capuchinho ou pai de família Aos 19 anos, assumiu o hábito, mas alguns meses depois voltou para casa, porque se sentiu chamado a formar sua própria família. Arrepende-se e volta ao convento, mas volta a largar o hábito, porque não se sente à altura de sua vocação religiosa. Não estamos diante do eterno indeciso ou de uma vocação frágil, mas simplesmente de um jovem que, com dificuldade, busca seu caminho, certamente contrariado por aquele que mais tarde sempre lutaria, o diabo, que talvez já anteveja os contratempos que aquele cappuccino vai fazê-lo sofrer. Então, ele volta para o convento novamente, desta vez para sempre. Sacerdote reconhecido Mudaram seu nome para Frei Ângelo, e ele foi ordenado sacerdote em 1700; logo, porém, foi apelidado de "anjo da paz" e "apóstolo do Sul". De fato, se as tarefas pesadas e penosas que sua Odine lhe confia recaem sobre seus ombros, sua "profissão" principal logo se torna a pregação. Ele pregou por quase 40 anos: no início, como ele foi ensinado e de acordo com o costume da época, com pompa e retórica. Depois, mudou de estilo, aprendeu a falar de maneira popular e simples, a fazer-se entender até pelos “camponeses” que apreciam a sua oratória espontânea e se convertem em massa. Santo Ângelo d’Acri: possuía o dom da oratória Pregador intelectual Não é assim em Nápoles, onde é chamado pelo cardeal Pignatelli e… “prega nos bancos”, porque os intelectuais, que se aglomeravam para ouvir o famoso pregador, estão decepcionados com sua oratória esparsa e sem frescuras. Só um percebe o "dano" que tal pregador pode fazer e começa a temer e boicotar o padre Ângelo: o diabo. Santo Ângelo empreende uma longa luta contra o maligno, recebendo em troca tentações e golpes. Combate espiritual O Santo Ângelo foi encontrado com a cabeça esmagada, o corpo flagelado, as pernas sangrando depois de ter lutado contra o diabo, que o chama de "maltrapilho" e "ladrão", porque tira as almas que já acreditava serem suas para sempre. E como Padre Pio, contra o diabo, além da arma da oração e da penitência, ele desencadeia a do humor. Páscoa Tudo contribui para esgotar este pregador e este missionário, que parte, em 30 de outubro de 1739, com pouco mais de setenta anos. Padre Ângelo foi beatificado pelo Papa Leão XII em 18 de dezembro de 1825. Sua canonização ocorreu em 15 de outubro de 2017 pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro.  Minha oração "Exímio pregador capuchinho, rogai pelos pecadores mais endurecidos, os corações mais duros, e pedi ao senhor a conversão das almas. Pedimos a ti que nos ilumine nas pregações e no testemunho para que sejamos evangelizadores como tu foste. Amém.” Santo Ângelo d’Acri , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 30 de outubro Em Siracusa, na Sicília, região da Itália, São Marciano, que é considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. II) Comemoração de São Serapião, bispo de Antioquia, célebre pela sua erudição e doutrina, que deixou grande fama de santidade. († c. 211) Em Alexandria, no Egipto, Santa Eutrópia, mártir, que, por ter recusado negar a Cristo, foi cruelmente torturada até à morte. († c. s. III) Em Tânger, na antiga Mauritânia, atualmente em Marrocos, a paixão de São Marcelo, centurião. († 298) Em Leão, na Hispânia, os santos Cláudio, Lupércio e Vitório, mártires. († c.303/304) Em Cuma, na Campânia, região da Itália, São Máximo, mártir. († c. 303) Em Cápua, também na Campânia, São Germano, bispo. († c. 540) Em Potenza, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Gerardo, bispo. († 1122) Em Cividale del Friúli, na Venécia, hoje na Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, a Beata Benvinda Boiáni, virgem, das Irmãs da Penitência de São Domingos. († 1292) Em Winchester, na Inglaterra, o Beato João Slade, mártir. († 1583) Em Limerick, na Irlanda, a paixão do Beato Terêncio Alberto O’Brien, bispo e mártir, da Ordem dos Pregadores. († 1651) Em Angers, na França, o Beato João Miguel Langevin, presbítero e mártir. († 1793) Em Dolinka, perto de Karaganda, no Cazaquistão, o Beato Aleixo Zaryckyj, presbítero e mártir. († 1963) Fonte: Martirológio Romano Santiebeati.it Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São Marcelo de Tânger, mártir

O que Igreja diz Diz o Martirológio Romano neste dia: “Em Tânger, na Mauritânia, no atual Marrocos, a paixão de São Marcelo, centurião, que na festa do imperador, enquanto todos faziam sacrifícios aos deuses, jogou o cinto militar, as armas e a própria vida diante da insígnia, professando ser cristão e não poder mais obedecer adequadamente ao juramento militar, mas apenas a Jesus Cristo, sofrendo assim o martírio por decapitação.” Transmissão de sua Páscoa A paixão de Marcello chegou até nós em duas resenhas, transmitidas por textos dispersos nas bibliotecas de Roma, Bruxelas, Londres, Madrid, Leão, Bordéus etc. Foi publicado pela primeira vez por Ruinart, depois por Allard e recentemente por Delehaye (1923), por García Villada (1929), por J. González (1943), por B. De Gaiffier (1943) e R. Rodriguez (1948). Registros históricos e estudos A resenha original é reconhecida como autêntica e consiste em dois relatórios de interrogatórios em dois tribunais diferentes com intervalo de três meses, em dois locais diferentes. Depois, por volta do século XI, são acrescentadas algumas interpolações que fazem de Marcello, o marido de são Nonia, ser o pai de doze filhos: Cláudio, Lupercio, Victorico, Facondo, Primitivo, Emeterio, Celidonio, Servando, Germano, Fausto, Gennaro e Marziale. A origem e evolução desta lenda, profundamente enraizada na tradição cristã do povo leonino, foi cuidadosamente estudada por De Gaiffier. Segundo a passio, portanto, a festa dos "augostos imperadores" foi celebrada em 21 de julho de 298 e, nessa data, Marcelo, um centurião comum, depôs as armas na presença das tropas reunidas e proclamou a sua renúncia ao serviço militar. para servir na milícia de Cristo. No dia 28 de julho, foi interrogado pelo diretor Fortunato, que diante da gravidade do crime decidiu devolvê-lo ao seu superior hierárquico, Aurelio Agricolano de Tânger. No dia 30 de outubro, Marcelo foi novamente interrogado, desta vez em Tânger, e condenado à morte. Do estudo cuidadoso de De Gaifiier fica claro que Marcelo é um autêntico mártir africano e que só nas sucessivas interpolações da paixão, feitas pelos escritores espanhóis, foi transformado em cidadão de Leão, sobre o falso fundamento de que pertencia a legio Traiarti, suposto fundador daquela cidade. Após esta identificação, feita no sec. XVI, acreditava-se também que Leão poderia indicar a casa do mártir perto da Porta Cauriense, hoje transformada em capela dedicada ao Cristo da Vitória. Seguindo esta mesma tradição, uma igreja dedicada a Marcelo foi construída em Leão com o advento da paz Constantiniana. O código 11 do Arquivo da catedral de Leão relata que Ramiro I (842-850) “restaurou a igreja de Sâo Marcello no subúrbio Legionense perto da Porta Cauriense, fora dos muros da cidade...”. Perto desta igreja, surgiu um mosteiro onde viveu o famoso teólogo legionense, são Martin, e no sec. XII um hospital com o mesmo nome. Surgimento da devoção A devoção que fez de Marcelo o principal patrono da cidade de Leão, no entanto, nasceu e desenvolveu-se a partir dos seus restos mortais que foram preservados em Tânger, de modo que, imediatamente após a libertação desta cidade pelo Rei de Portugal, Leão solicitou os restos mortais de seu mártir. As cidades de Jerez e Sevilha também disputaram a sua posse. Em 29 de março de 1493, porém, os restos mortais de Marcelo trazidos pelo próprio rei Fernando, o Católico, entraram em Leão e foram colocados na igreja a ele dedicada. Segundo documentos contemporâneos conservados no arquivo municipal, os restos mortais foram recebidos “como nunca houve melhor”. Relíquias de Marcello  As relíquias estão hoje guardadas em uma arca de prata no altar-mor; encontram-se também um pergaminho que narra a entrada na cidade e os milagres que a acompanharam, documentos relativos à doação de uma relíquia de M. à igreja de São Gil em Sevilha e algumas cartas do rei Henrique IV de Castela e de Isabel, a Católica, ao Papa Sisto IV sobre a transferência do corpo do mártir para Leão. As relíquias foram transportadas em procissão juntamente com as de São Froilano, por ocasião de grandes calamidades públicas. Todos os anos, no dia 9 de outubro, data da festa, o capítulo da catedral e a câmara municipal da cidade vão em procissão ao templo de Marcelo para assistir à missa solene: os cónegos e os vereadores revezam-se para simbolizar o comum e igual direito de patrocínio que durante muitos séculos tiveram sobre a igreja de São Marcello e para a qual o prefeito guardou uma das chaves da arca que contém as relíquias do santo. Minha oração “Deus eterno e todo poderoso, que destes a São Marcelo, a graça da fidelidade até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar, por Vosso amor, as adversidades, e correr ao encontro de Vós que sois a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espírito Santo. São Marcelo orai por nós e pela Santa Igreja! Amém!” São Marcelo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 30 de outubro  Em Siracusa, na Sicília, região da Itália, São Marciano, que é considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. II) Comemoração de São Serapião, bispo de Antioquia, célebre pela sua erudição e doutrina, que deixou grande fama de santidade. († c. 211) Em Alexandria, no Egipto, Santa Eutrópia, mártir, que, por ter recusado negar a Cristo, foi cruelmente torturada até à morte. († c. s. III) Em Leão, na Hispânia, os santos Cláudio, Lupércio e Vitório, mártires, que, na perseguição de Diocleciano, sofreram a morte pelo nome de Cristo. († c.303/304) Em Cuma, na Campânia, região da Itália, São Máximo, mártir. († c. 303) Em Cápua, também na Campânia, São Germano, bispo, que é mencionado pelo papa São Gregório Magno nos seus escritos. († c. 540) Em Potenza, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Gerardo, bispo. († 1122) Em Cividale del Friúli, na Venécia, hoje na Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, a Beata Benvinda Boiáni, virgem, das Irmãs da Penitência de São Domingos, que passou toda a sua vida entregue à oração e à austeridade. († 1292) Em Winchester, na Inglaterra, o Beato João Slade, mártir, que, por negar a competência da rainha Isabel I nas questões espirituais, foi enforcado e cruelmente esquartejado. († 1583) Em Limerick, na Irlanda, a paixão do Beato Terêncio Alberto O’Brien, bispo e mártir, da Ordem dos Pregadores, que, nomeado para a sede da Igreja de Emily, trabalhou intensamente na assistência aos afectados pela peste; mas, sob o regime de Oliver Cromwell, foi preso pelos soldados e levado ao patíbulo em ódio ao sacerdócio e à fé católica. († 1651) Em Ácri, na Calábria, região da Itália, o Beato Ângelo, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que percorreu incansavelmente o reino de Nápoles a pregar a palavra de Deus de modo apropriado ao povo simples. († 1739) Em Angers, na França, o Beato João Miguel Langevin, presbítero e mártir, degolado por ser sacerdote, o primeiro dos cerca de cem homens e mulheres que, durante a época do terror na Revolução Francesa, permaneceram unânimes e constantes na confissão da fé em Cristo até à morte. († 1793) Em Dolinka, perto de Karaganda, no Cazaquistão, o Beato Aleixo Zaryckyj, presbítero e mártir, que, sob um regime hostil a Deus, foi deportado para um campo de concentração e no combate da fé alcançou a vida eterna. († 1963) Fonte: Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Santiebeati.it Milícia da Imaculada - Pesquisa, redação e produção: Leonardo Girotto   

São Frumêncio

São Frumêncio nasceu em Tiro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Axum (Etiópia) a serviço da Corte. Edésio foi nomeado copeiro e Frumêncio administrador dos bens do reino. Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Tiro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio, admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isso em 350. Quando voltou para Axum, Frumêncio foi acolhido com alegria como o "Padre portador da Paz". Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, a ponto de converter o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isso pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo. Grandes realizações fez São Frumêncio naquela região, onde traduziu a Bíblia e a Liturgia alexandrina para a língua local, enriquecendo-a com cantos e ritos populares cristãos. O bispo, que teve grande veneração na Etiópia, morreu no ano 380. Com grande justiça, São Frumêncio recebeu o título de apóstolo e primeiro bispo da Etiópia, que até os dias de hoje lhe dedica muita gratidão e culto. São Frumêncio, rogai por nós! Referência: O santo de cada dia - Dom Servilio Conti, I.M.C. 

São Narciso, o bispo de Jerusalém

Origens  São Narciso foi Bispo de Jerusalém e, quando se deu tal fato, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo. Transformação da água em óleo  Eusébio narra que, em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho e, com a sua bênção, a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções. Acusado Falsamente  Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. "Que me queimem vivo — disse o primeiro —, se eu minto". "E a mim, que me devore a lepra", disse o segundo. "E que eu fique cego", acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde iria, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direção ao deserto.  São Narciso: protegido pela justiça divina  Considerando-o definitivamente desaparecido, deram-lhe por sucessor a Dio, ao qual por sua vez sucederam Germânio e Górdio. Todavia, os três caluniadores não tardaram a sofrer os castigos que em má hora tinham invocado, pois o primeiro pereceu num incêndio com todos os seus, o segundo morreu de lepra e o terceiro cegou à força de tanto chorar o seu pecado. Páscoa Alguns anos depois, Narciso reapareceu na cidade episcopal. Nunca tinha sido posta em dúvida a santidade do seu procedimento, por isso foi com imensa alegria que Jerusalém recebeu seu antigo pastor. Segundo diz Eusébio, continuou Narciso a governar a diocese até a idade de 119 anos, auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre. Faleceu cerca do ano de 212. Minha oração “Pedimos ao padroeiro de Jerusalém, que cuidai dos cristãos naquela região. Fortalecei a fé desse povo e promove novas conversões, grandes conversões. Ajudai o povo para que encontrem na terra de Jesus a sua presença e experiência. Amém!” São Narciso, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 29 de outubro  Em Cartago, na hodierna Tunísia, São Feliciano, mártir. († c. s. III) Em Vercelas, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, Santo Honorato, bispo. († s. IV/V in.) Em Sidónia, cidade da Fenícia, no atual Líbano, São Zenóbio, presbítero. († s. IV) Em Edessa, cidade do Osroene, hoje na Turquia, Santo Abraão, anacoreta. († 366) No território de Vienne, na Gália, atualmente na França, São Teodário, abade. († c. 575) Em Galway, na Irlanda, São Colmano, bispo. († 632) Em Moustiers-en-Fagne, próximo de Cambrai, na Nêustria, atualmente na França, São Dodão, abade. († s. VIII) Em Secondigliano, perto de Nápoles, na Itália, São Caetano Errico, presbítero, fundou a Congregação dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria.(† 1860) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Melody de Paulo

São Simão e São Judas Tadeu, os apóstolos primos de Jesus

Origens  São Simão e São Judas Tadeu, estes dois Apóstolos, menos conhecidos que os outros, paradoxalmente, são dois parentes mais estreitos de Jesus: eram dois de seus primos. No que se refere a Judas Tadeu, a tradição é bastante precisa; sabe-se pelas Escrituras que seu pai, Alfeu, era irmão de São José; enquanto sua mãe, Maria de Cléofas, era prima da Virgem Maria. Por outro lado, sobre a existência de Simão, a tradição é bastante vaga. São Simão Simão, palavra hebraica que significa "zeloso", tinha o cognome de Cananeu, derivado de Caná, aldeia da Galileia. Praticava a obediência, cumprindo os preceitos e compadecendo-se dos aflitos e necessitados. Trabalhava fervorosamente pela salvação das almas. Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha.  São Judas Tadeu  Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Seu nome significa “confessor” ou “glorioso”. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22). São Simão e São Judas Tadeu, irmão de Tiago  Irmãos Simão Cananeu e Judas Tadeu eram irmãos de Tiago, o Menor, e filhos de Maria de Cléofas, que foi casado com Alfeu. Logo após a ascensão do Senhor, Judas foi enviado por Tomé até Abgar, rei de Edessa.  Relíquias  São Fortunato, Bispo de Poitiers, no fim do século VI, indica estarem São Simão e São Judas Tadeu enterrados na Pérsia. Isso vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita. Uma outra hipótese  Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia, foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento. Epístola  Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu". São Judas Tadeu: Patrono dos Aflitos e Padroeiro das Causas Desesperadas Maiores aflições  Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderia os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu.  Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a esse apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas. Minha oração “Vós que conhecestes de perto o Salvador do mundo e dele puderam participar da mesma família, rogai para que nós também encontremos a salvação que necessitamos e nela sejamos somados ao corpo místico de Cristo pelo batismo. Amém.” São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 28 de outubro  Em Mogúncia, na Gália, Bélgica, atualmente na Alemanha, São Ferrúcio, mártir. († c. 300) Em Como, na Gália Cisalpina, hoje na Itália, São Fiel, mártir. († c. s. IV) Em Ávila, na Hispânia, a paixão dos santos Vicente, Sabina e Cristeta, mártires. († c. 305) Em Thiers, na Aquitânia, hoje na França, São Gens ou Genésio, que passou deste mundo ao céu pelo martírio, quando levava ainda a veste branca do Batismo. († c. s. IV) Em Amiens, na Nêustria da Gália, também na atual França, São Sálvio, bispo. († c. 625) Em Meaux, na Nêustria, hoje na França, São Farão, bispo, que, sendo familiar do rei, exortado por sua irmã Santa Fara a dedicar-se ao serviço de Deus. († c. 670) Em Annecy, na Savóia, também na França, a comemoração de São Germano, abade, que, fundou e dirigiu o priorato de Talloires. († s. XI)  Em Fujian, província da China, os santos Francisco Serrano, bispo, e Joaquim Royo, João Alcober e Francisco Díaz del Rincon, presbíteros, todos da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1748) Em Cho-Ra, povoação do Tonquim, hoje no Vietnam, São João Dat, presbítero e mártir. († 1798) Em Ejutla, localidade do México, São Rodrigo Aguilar, presbítero e mártir. († 1927) Em Alcira, na província de Valência, na Espanha, o Beato Salvador Damião Enguix Garés, mártir, pai de família. († 1936)  Em Gilet, na província de Valência, o Beato José Ruiz Bruixola, presbítero e mártir. (†1936) Em Santander, na Espanha, os beatos Cláudio Julião Garcia San Roman e Leôncio Lope Garcia, presbíteros da Ordem de Santo Agostinho e mártires. († 1936) Fonte: Legenda Áurea | Vida de santos - Jacopo de Varazze Martirológio Romano Vaticannews.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova