Santos

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Origens  Em 325, ocorreu o primeiro Concílio Ecumênico na cidade de Niceia, Ásia Menor. Na ocasião, foi definida a divindade de Cristo contra as heresias de Ario: "Cristo é Deus, Luz da luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro". No ano de 1925, Pio XI proclamou o modo melhor para superar as injustiças: o reconhecimento da realeza de Cristo.  A Data A data original da festa de Cristo Rei era o último domingo de outubro, mas, com a nova Reforma de 1969, foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico. Desta forma, fica claro que Jesus Cristo, o Rei, é a meta da nossa peregrinação terrena. Os textos bíblicos mudam em todos os três anos (Ano A, B e C) para que possamos conhecer, plenamente, a figura de Jesus. Encíclica Quas Primas do Papa Pio XI Um Convite Na Encíclica do Papa Pio XI, o Papa instituiu a festividade de Cristo Rei, realizando um convite para que o Cristo reine em nossa mente, e para que possamos agir com uma perfeita submissão, devendo estar firme e constante aos assentimentos, às verdades reveladas e à Doutrina de Cristo. Cristo Reina O Cristo reina, e precisamos estar em Sua Vontade, obedecendo às leis e aos preceitos divinos. Precisamos permitir que Ele reine em nosso coração, amando a Deus mais do que qualquer outra coisa, e estar unido somente a Ele.  Rei do Universo O Cristo reina no corpo e nos membros que, como instrumentos, devem ser oferecidos a Deus e devem servir à santidade interior das almas. Se estas coisas forem colocadas em ações, mais facilmente serão levadas à perfeição. Cristo reina! Um Recomeço A Solenidade nos chama a um recomeço, um novo caminho para os fiéis e aqueles que estão fora de seu reino ansiando e aceitando uma nova vida em Cristo, que nos acolhe pela sua infinita misericórdia. Que possamos trazer e nos aproximar de Cristo, não com relutância, mas com prazer, amor e mais santos. E que nossa vida seja conforme as leis do Reino divino, para que colhamos frutos felizes e abundantes; e, considerados por Cristo como servos bons e fiéis, nos tornamos participantes com Ele no Reino celestial de sua eterna felicidade e glória. Minha oração “ Senhor Jesus Cristo, lhe damos o trono do nosso coração e da nossa família. Rei em tudo o que somos e fazemos, em tudo o que nos pertence. Sabemos que debaixo do teu reinado seremos felizes e satisfeitos. Amém!” Cristo Rei do Universo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 20 de novembro Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Basílio, mártir. († s. III) Em Ástigi, na Hispânia Bética, hoje Écija, na Espanha, São Crispim, bispo e mártir. († s. III) Em Doróstoro, na Mésia, hoje Silistra, na Bulgária, São Dásio, mártir. († c. s. IV) Em Turim, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, os santos Octávio, Solutor e Adventor, mártires. († s. IV) Em Vercelas, na Ligúria, no atual Piemonte, São Teonesto, mártir, em cuja honra Santo Eusébio edificou uma basílica. († a. 313) Em Benevento, na Campânia, também na região da Itália, São Doro, bispo. († s. V) Em Chalons-sur-Saône, na Borgonha, agora na França, São Silvestre, bispo, que aos quarenta anos do seu sacerdócio, pleno de dias e de virtudes, foi ao encontro do Senhor. († c. 520-530) No monte Jura, no território de Lião, na atual França, Santo Hipólito, abade e bispo. († c. 770) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Gregório Decapolita, monge. († 842) Na Inglaterra, Santo Edmundo, mártir. († 869) Em Hildesheim, na Saxónia da Germânia, hoje na Alemanha, São Bernuardo, bispo. († 1022) Na Calábria, região da Itália, São Cipriano, abade de Calamízzi, que conservou fielmente as normas e os exemplos dos Padres orientais. († c. 1190) Em Hanoi, no Tonquim, hoje no Vietnam, São Francisco Xavier Can, mártir. († 1837) Em Véroli, no Lácio, região da Itália, a Beata Maria Fortunata, da Ordem de São Bento. († 1922) Próximo de Valência, na Espanha, as beatas Ângela de São José e catorze companheiras, virgens e mártires, uma era superiora geral e as outras religiosas da Congregação da Doutrina Cristã. († 1936) Em Picadero de Paterna,perto de Valência, a Beata Maria dos Milagres Ortells Gimeno, virgem da Ordem das Clarissas Capuchinhas e mártir. († 1936) Fonte: Acidigital.com Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Roque González e companheiros mártires

Origens  São Roque González de Santa Cruz nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576. Filho de pais espanhóis, de elevada posição e de autêntico cristianismo, em sua infância e adolescência sobressai entre seus companheiros por sua vida de honestidade, recolhimento e pureza, por seu espírito e prática de oração ou piedade, bem como pela frequente recepção dos sacramentos e amigo da Eucaristia. Exercia, além disso, entre seus colegas, verdadeira liderança, e todos lhe queriam bem. Notável era a sua coragem, e seu caráter era forte e coerente em tudo que dizia respeito a Deus e à religião. Ordenação Sacerdotal Desde cedo, São Roque González preocupou-se com a sorte dos índios, cuja língua dominava. Pouco a pouco e vida afora, passou a conhecer e atingir profundamente a alma guarani. Sentia, porém, mais que tudo a exploração indigna e inumana, de que o índio era alvo constante da maioria dos “encomenderos”. Estudou com os jesuítas. Foi ordenado sacerdote em Assunção, contando apenas 22 anos de idade. Primeira Missão Recém-ordenado, o padre Roque já teve sua primeira missão junto aos índios ervateiros — que trabalhavam em verdadeira escravidão — na serra de Maracaju, ao norte de Assunção. Fez-se aí tudo para todos, mas regressou para Assunção por ordem superior e foi nomeado cura da catedral.  São Roque González possuía um grande amor pelos povos nativos Não teve aceitação dos Espanhóis Ao que parece, não teve aceitação de todos, sobretudo de espanhóis e “encomenderos”, porque se preocupava demais com os índios, e por isso foi considerado iletrado — já havia estudado apenas em Assunção, e não em Alcalá e Salamanca, as grandes centrais do conhecimento. Todavia, espalhava-se sua fama de sacerdote virtuoso, dedicado e prudente.  A Recusa Não queria honrarias, por isso recusou o cargo de Provisor e Vigário Geral da diocese, e buscou as fileiras da Companhia de Jesus, na qual entrou a 9 de maio de 1609, sentindo-se à vontade entre os filhos de Santo Inácio, reconhecendo aí sua verdadeira vocação. Decidiu, então, tomar carreira jesuítica. A Difícil Missão Pouco após sua entrada, foi-lhe confiada, junto com o experimentado padre Vicente Griffi, uma das tarefas mais difíceis e perigosas: a pacificação dos terríveis, belicosos e valentes guaicurus do Chaco. Depois, chamaram-no de “o segundo fundador”, “Santo Inácio Guaçu”. Por intermédio de Nossa Senhora da Conceição, teve grandes conquistas O Quadro de Nossa Senhora da Conceição Em 1611, ganhou do padre Torres Bollo (provincial) um quadro de Nossa Senhora da Conceição, que, depois, se tornou a célebre “conquistadora”, que haveria de acompanhar o padre Roque em todas as suas longas e arriscadas empresas missionárias no Paraná e no Uruguai. Pestes, fomes, doenças, catequese, educação rural e agrícola... Essas foram as ocupações dele. Superava a tudo e a todos com a sua caridade e o seu fervor. Muitos missionários jovens foram mandados fazer estágio com ele. Fundador A 3 de maio de 1626, celebrou a Santa Missa, a primeira no solo gaúcho brasileiro, batizando a nova fundação de “São Nicolau’’; era a primeira semente do Evangelho, da fé e da civilização nessa região, que desabrochou, depois, de forma esplêndida. Em 1628, fundou outras quatro reduções: Candelária, Caaçapá-Mirim, Caaró e Assunção do Ijuí ou Pirapó.  Páscoa O seu trabalho missionário atraía o ódio dos feiticeiros e dos maus índios. E assim, a 15 de novembro de 1628, logo após a Santa Missa, emissários do soberbo feiticeiro Nheçu, que dominava a região próxima, descarregaram dois violentos golpes de itaiçá (clava de pedra) na cabeça de Roque. Pouco depois, assassinaram também o companheiro de Roque, padre Afonso Rodrigues. E no dia 17 foi a vez do padre João de Castilho, a 50 km de Caaró. O Martírio não impediu que sua obra continuasse  A Voz No dia seguinte, ao procurarem reunir lenha para queimar as vítimas, os indígenas enfurecidos ouviram uma voz:  “Matastes a quem tanto vos amava e queria! Matastes, porém, meu corpo apenas, pois minha alma está nos céus. Virão meus filhos castigar-vos, sobretudo pelo fato de haverdes maltratado a imagem da Mãe de Deus (a ‘Conquistadora’). Voltarei, contudo, através de meus sucessores, para vos ajudar nos muitos trabalhos, que, por causa da minha morte, vos hão de sobrevir”. Atribuíram essa voz ao coração do padre Roque; então, arrancaram-no e transpassaram. Hoje, o coração está conservado num relicário. Via de Santificação Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo. Minha oração “Aos companheiros mártires, diante da sua coragem e testemunho, concedei ao povo o mesmo ardor e amor que inflamaram vossas almas para que sejamos missionários e anunciadores do evangelho em todas as realidades. Amém.” São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 19 de novembro  Comemoração de Santo Abdias, profeta, que, depois do exílio do povo de Israel, anunciou a ira do Senhor contra os povos inimigos. Em Cesareia, na Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, São Máximo, corepíscopo e mártir. († c. s. III) Em Brennier, próximo de Vienne, na Gália Lionense, atualmente na França, os santos Severino, Exupério e Feliciano, mártires. († c. s. III) Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Barlaão, mártir. († c. 303) Em Heracleia, na Trácia, hoje Mármara, na Turquia, quarenta santas mulheres, virgens e viúvas, mártires. († s. IV) Na região de Velay, na Aquitânia, hoje na França, Santo Eudo, abade. († c. 720) No monte Mercúrio, na Calábria, região da Itália, São Simão, eremita. († s. X) No mosteiro de Helfta, na Saxónia, região da hodierna Alemanha, Santa Matilde, virgem. († c. 1298) Em Mântua, na Lombardia, região da Itália, o Beato Tiago Benfátti, bispo, da Ordem dos Pregadores. († 1332) Em Garraf, localidade da província de Barcelona, na Espanha, os beatos mártires Eliseu Garcia Garcia, religioso da Sociedade Salesiana, e Alexandre Planas Sauri. († 1936) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo

Origens  Celebra-se o aniversário de duas grandes Basílicas pontifícias: São Pedro, no Vaticano, e a de São Paulo fora dos Muros. Localizadas em Roma, a dedicação da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, que governou a Igreja entre o ano 314 a 335. A Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Sirício, cujo pontificado ocorreu entre 384 a 399. Na cripta da Basílica de São Pedro de Roma, descansam os seus restos mortais. Importância dos Apóstolos Nesta celebração das belas basílicas, são ressaltadas a importância dos dois apóstolos, chamados “as duas colunas da Igreja”. Um foi o grande condutor e primeiro Papa da Igreja, o outro desbravou a evangelização e levou Cristo aos gentios. Celebrando essa memória, deseja-se ressaltar a fraternidade entre os apóstolos e a unidade dentro da Igreja. São locais importantíssimos para o catolicismo por terem os corpos (relíquias) dessas grandes personalidades. Essa data faz pensar que cada qual em seu chamado tem seu papel fundamental dentro do contexto eclesial. São Pedro e de São Paulo: as duas colunas da Igreja  Basílica de São Pedro Início da Construção No ano 323, o imperador Constantino começou a construir a Basílica de São Pedro, a pedido da sua mãe, Santa Helena, sobre o lugar da sepultura do apóstolo Pedro. Durante o pontificado de Júlio II, a antiga igreja de São Pedro foi demolida e construída outra. Inspirada na memória do Príncipe dos Apóstolos, foi desenhada por Bramante, em forma de uma Cruz grega, que correspondia aos ideais da Renascença. Cúpula por Michelangelo Em 1506, a pedido do Papa Paulo III, o gênio imortal de Michelangelo construiu a famosa Cúpula, entre 1546 e 1564, mas não conseguiu completá-la antes da sua morte, em 1564. Carlos Maderno construiu a fachada e terminou a nave a pedido do Papa Paulo V, entre 1607 e 1614. Bernini levantou o grande baldaquino do altar-mor, em 1623. Continuou a decoração interior e desenhou as Colunas da Praça São Pedro. Dedicação da Basílica de São Pedro No dia 18 de novembro de 1626, o Papa Urbano VIII consagrou a Basílica dedicada ao Apóstolo São Pedro. A Basílica de São Pedro é a maior de todas as igrejas católicas do mundo. Foi construída sobre o túmulo do Apóstolo Pedro, ocupa uma área de 23.000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas. Basílica de São Paulo Relíquia de São Paulo São Paulo foi enterrado, provavelmente, no lugar do seu suplício, em um cemitério comum dos cristãos, sobre o qual foi construída a Basílica a ele dedicada. Ao longo dos séculos, houve um grande movimento de peregrinações à sua sepultura. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, a Basílica de São Paulo fora dos Muros, por se encontrar fora da Porta da Cidade Eterna, fez parte do itinerário do ano jubilar, para se obter indulgência plenária. Além disso, contava com uma Porta Santa. Na entrada, encontra-se uma enorme estátua do evangelista Paulo. A estátua possui 131,66 metros de comprimento, 65 de largura e 29,70 de altura. A Construção Trata-se de uma construção imponente, a segunda em grandeza das quatro Basílicas papais. A primeira é a de São Pedro, a segunda de São Paulo e, a seguir, as outras duas: Santa Maria Maior e São João de Latrão, sede da diocese de Roma. A atual Basílica de São Paulo fora dos Muros é uma reconstrução, do século XVIII, da antiga basílica de Constantino. A Basílica, situada em um lugar, que, antes, se encontrava fora dos Muros da Cidade de Roma, foi restaurada entre o ano 440 e 461 pelo Papa São Leão. Dedicação da Basílica de São Paulo Em 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu a Basílica Paulina, mas a sua reconstrução ficou bem mais formosa. Sob o altar-mor, uma placa de mármore indica o lugar, onde o Apóstolo Paulo foi sepultado. Ali, está escrita a seguinte frase: "Paulo, Apóstolo, mártir". O Papa Pio IX quis que a Dedicação da Basílica de São Paulo fosse no mesmo dia da Basílica de São Pedro, em 18 de novembro. Minha oração “Aos templos que recordam os dois pilares da Igreja, pedimos aos santos Apóstolos que inspirem e iluminem a Igreja neste tempo tão necessário à evangelização. Conduzi o nosso Papa nos caminhos que Deus lhe pede, desafios tão difíceis da atualidade e concedei que seja fiel até o fim. Aos leigos dai o amor e zelo pela Igreja. Amém.” São Pedro e São Paulo, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 18 de novembro Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Romão, diácono da Igreja de Cesareia e mártir. († 303) Em Le Colombier, na região de Bourges, na Aquitânia, território da atual França, São Pátroclo, presbítero, que foi eremita e missionário. († c. 576) Na Bretanha Menor, também na atual França, São Maudeto, abade. († s. V) Em Coutances, na Nêustria, também na hodierna França, São Romacário, bispo. († s. VI) Na região de Velay, na Aquitânia, hoje também na França, São Teofredo, abade e mártir. († c. 752) Em Tours, na Nêustria, atualmente também na França, o falecimento de Santo Odão, abade de Cluny. († 942)  Em Nagasaki, no Japão, os beatos mártires Leonardo Kimura, religioso da Companhia de Jesus, André Murayama Tokuan, Cosme Takeya, João Yoshida Shoun e Domingos Jorge, que, pelo nome de Cristo foram queimados vivos. († 1619) Em Saint Charles, cidade do Missouri, nos Estados Unidos da América do Norte, Santa Filipa Duchesne, virgem, das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus. († 1852) Em Ceccano, perto de Frosinone, na Itália, o Beato Grimoaldo da Purificação, religioso da Congregação da Paixão. († 1902) Em Wal-Ruda, localidade da Polónia, a Beata Carolina Koska, virgem e mártir. († 1914) Em Madrid, na Espanha, as beatas Maria do Amparo e cinco companheiras, virgens da Ordem da Visitação de Santa Maria e mártires. († 1936) Em Lorca, perto de Múrcia, também na Espanha, os beatos mártires José Maria Cánovas Martínez, presbítero da diocese de Cartagena, e cinco religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs.  († 1936)  Em Paracuellos de Jarama, próximo de Madrid, na Espanha, o Beato Vidal Luís Gómara, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Isabel da Hungria, padroeira da Ordem Franciscana Secular

Origens Santa Isabel da Hungria e da Turíngia era filha de André II da Hungria e da rainha Gertrudes de Andechs-Meran, descendente da família dos condes de Andechs-Meran. Do lado materno, era sobrinha de Santa Edwiges, tia das santas Cunegundes (Kinga) e Margarida da Hungria, e tia-avó de Santa Isabel de Portugal. Do lado paterno, prima de Santa Inês da Boêmia.  Casamento com o Duque Luís da Turíngia Casara-se com o Duque Luís da Turíngia, filho do Landgrave Hermano I e de Sofia da Bavária, soberano de um dos feudos mais ricos do Sacro Império Romano-Germânico. O noivado foi realizado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, capital do Ducado da Turíngia. Isabel tinha apenas 4 anos e Luís 11. Um exemplar matrimônio Os dois príncipes tiveram três filhos e, realmente, apaixonaram-se e viveram uma grande e intensa história de amor. Tinham um matrimônio exemplar, que atraiu sobre Isabel os ciúmes de sua sogra, a duquesa Sofia, e demais parentes do esposo.  Santa Isabel da Hungria: a Solidária Rainha  A influência franciscana em sua vida Foi fortemente influenciada pela espiritualidade franciscana, cuja ordem surgiu naquela época. Quis viver uma pobreza voluntária total. Contudo, foi desaconselhada pelo seu diretor espiritual, Conrado de Marburgo, que a aconselhou a viver as virtudes do seu estado. As provisões para os pobres que se tornaram flores Conta-se que, certa vez, quando levava algumas provisões para os pobres nas dobras de seu manto, encontrou-se com seu marido, que voltava da caça. Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto que ela apertava contra o corpo e nada mais achou do que belas rosas vermelhas e brancas, embora não fosse época de flores. Dizendo-lhe que prosseguisse seu caminho, apanhou uma das rosas, que guardou pelo resto de sua vida. A imagem de Cristo Crucificado Em outra situação, avisado pela mãe de que a esposa havia acolhido um leproso sobre o próprio leito, Luís IV correu para lá, mas os olhos de sua alma se abriram, e ele contemplou uma imagem de Cristo Crucificado. Luís IV apoiava e auxiliava a amada esposa em suas grandes obras de caridade. Porém, tamanha prodigalidade para com os pobres irritava os seus cunhados, os príncipes Henrique e Conrado da Turíngia. A morte do esposo Ao partir para as cruzadas acompanhando o imperador Frederico II, Luís IV faleceu de peste em Otranto, o que causou enorme dor em Santa Isabel, que recebera a notícia da morte em outubro, após o nascimento da terceira filha, Gertrudes. Esta dor, entretanto, foi ainda acrescida de maiores agruras quando seus cunhados, livres do temor que nutriam pelo irmão mais velho, expulsaram-na do castelo com seus filhos, em pleno inverno, sem dinheiro e sem mantimentos, e ainda proibindo o povo de agasalhá-la e a seus filhos. Entrada para a Ordem Terceira de São Francisco O hábito Resgatada mais tarde por sua tia Matilda, Abadessa do Convento Cisterciense de Ktizingen, Isabel preferiu confiar a seus parentes a educação dos três filhos – Hermano, Sofia e Gertrudes – e quis tomar o hábito da Ordem Terceira de São Francisco, junto de suas duas fiéis damas de companhia, Jutta e Isentrude. O pedido de perdão a Santa Isabel Seu confessor e Mestre, algum tempo depois, juntamente com os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque da Turíngia à cruzada, corajosamente enfrentaram os Príncipes, irmãos do duque falecido, e exortaram-lhes a crueldade praticada contra a viúva de seu próprio irmão e contra seus sobrinhos. Os príncipes não resistiram às palavras dos cavaleiros e pediram perdão a Santa Isabel e a restauraram em seus bens e propriedades. O hospital Mestre Conrado de Marburgo a orientou numa vida de renúncia, não sem ele mesmo impor-lhe uma rígida e sufocante disciplina que precisou da intervenção dos amigos para ser abrandada. Ela usou parte de sua fortuna para construir um Hospital em honra a São Francisco de Assis em Marburgo.  A santidade que se manifestava Nesta época de sua vida, a santidade de Isabel manifestou-se de forma extraordinária, e seu nome tornou-se famoso em todas as montanhas da Alemanha. Dizia-se que São João Batista vinha lhe trazer pessoalmente a comunhão e que inúmeras vezes ela foi visitada pelo próprio Jesus Cristo e pela Virgem Maria, que a consolavam em seus sofrimentos.  A fé e a paixão de Santa Isabel da Hungria, permitiu-a levitar  Levitações Uma de suas amigas depôs no processo de canonização que surpreendeu várias vezes a santa elevada no ar a mais de um metro do chão, enquanto contemplava o Santíssimo Sacramento absorta em êxtase contemplativo. Perguntada certa vez sobre que fim queria dar à herança que lhe pertencia, disse: “Minha herança é Jesus Cristo!”. Páscoa Em Marburgo, prestou assistência direta aos pobres e doentes, onde veio a falecer poucos anos depois, em 1231, com apenas 24 anos. Foi sepultada com grandes honras. Na Alemanha, também seu marido Luís IV e sua filha Gertrudes são honrados como santos.  Via de santificação Foi canonizada pelo Papa Gregório IX em 1235. Por ocasião do VII Centenário do seu nascimento (20 de novembro de 2007), a Cidade do Vaticano fez uma emissão extraordinária de selo comemorativo do evento com 300.000 séries completas, com 10 selos por folha. É padroeira da Ordem Franciscana Secular. Santa Isabel da Hungria viveu com os pobres Papa Bento XVI sobre Santa Isabel da Hungria Dela disse o Cardeal Ratzinger, Arcebispo de Munique, Papa Bento XVI: "O que fez foi realmente viver com os pobres. Desempenhava pessoalmente os serviços mais elementares do cuidado com os doentes: lavava-os, ajudava-os precisamente nas suas necessidades mais básicas, vestia-os, tecia-lhes roupas, compartilhava a sua vida e o seu destino e, nos últimos anos, teve de sustentar-se apenas com o trabalho das suas próprias mãos (…)". Deus era real para ela. Aceitou-o como realidade, e por isso lhe dedicava uma parte do seu tempo, permitia que Ele e Sua presença lhe custassem alguma coisa. E como tinha descoberto realmente a Deus, e Cristo não era para ela uma figura distante, mas o Senhor e o Irmão da sua vida, encontrou, a partir de Deus, o ser humano, imagem de Deus. Essa é também a razão por que quis e pôde levar aos homens a justiça e o amor divinos. Só quem encontra a Deus pode também ser autenticamente humano.  (Da homilia na igreja de Santa Isabel da Hungria de Munique, em 2 de dezembro de 1981). Minha oração “ Ó querida padroeira dos franciscanos, dai a fidelidade no carisma a cada membro, convocai novas vocações para perpetuar o dom, assim como os simpatizantes para que se inspirem e se santifiquem do mesmo modo aos moldes do carisma. Amém.” Santa Isabel da Hungria, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de novembro Em Neocesareia, hoje Niksar, na Turquia, São Gregório, bispo. († c. 270) Em Cesareia da Palestina, os santos Alfeu e Zaqueu, mártires. († 303) Em Córdova, na Hispânia Bética, Santo Acisclo, mártir. († s. IV) Em Orleães, na Gália Lionense, atualmente na França, Santo Aniano, bispo. († c. 453) Em Vienne, na Borgonha, na atual França, São Namácio, bispo. († 599) Em Tours, na Nêustria, hoje na França, São Gregório, bispo. († 594) Em Whitby, na Nortúmbria, território da atual Inglaterra, Santa Ilda, abadessa. († 680) Em Remosch, na Récia, na hodierna Suíça, São Florino, presbítero.(† c. 856) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Lázaro, monge. († c. 867)  Em Novara, na Sicília, região da Itália, Santo Hugo, abade, que, estabeleceu a Ordem Cisterciense nesta região e na Calábria. († s. XII) Em Lincoln, na Inglaterra, Santo Hugo, bispo. († 1200) Em Cracóvia, na Polônia, a Beata Salomé, rainha de Halicz, que, falecido o esposo, o rei Columbano, professou a Regra das Clarissas e desempenhou o cargo de abadessa no mosteiro por ela fundado. († 1268) Em Helfta, na Saxónia, o dia natal de Santa Gertrudes, virgem, cuja memória se celebra no dia anterior. († c. 1302) Em Yatsushiro, no Japão, o Beato Leão Saisho Shichiemon, mártir. († 1608) Em Assunção, no Paraguai, São João del Castillo, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1628) Em Nagasaki, no Japão, os santos Jordão Ansalone e Tomás Rokuzayemon Nishi, presbíteros da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1634) Ao largo de Rochefort, na França, o Beato Lopo Sebastião Hunot, presbítero de Sens e mártir. († 1794) Em Barcelona, os beatos Eusébio Andrés, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs († 1936) Em Capaivca, cidade do território de Kiev, na Ucrânia, o Beato Josafat Kocylovskyj, bispo de Przemysl e mártir. († 1947) Fonte: L’Osservatore Romano, edição semanal em português, 5 de janeiro de 2008, pg.2 Martirológio Romano RATZINGER, Josepf. Homilias sobre os santos (trad. Roberto Vidal da Silva Martins). São Paulo: Quadrante, 2007 - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Margarida da Escócia, a caridosa rainha

Origens  Santa Margarida nasceu em Mecseknádasd, Hungria, no ano de 1046, isso quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) ali vivia exilado devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha, portanto, oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa.  Restauração da Guerra No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos. A luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes. Esposa do Rei Malcom III Vivendo na Escócia, em 1070, Margarida casou-se com o rei Malcom III, tornando-se rainha da Escócia, dessa união, tiveram oito filhos. Seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e ficou conhecida com o nome de Santa Matilde com os quais buscava a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica.  Santa Margarida da Escócia: Caridosa Rainha  Rainha da Escócia Como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano, pois de rude passou a doce. Quanto à administração do reino, baniu todas as futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres. Caridade Conta-se que a própria Santa Margarida da Escócia alimentava e servia diariamente mais de cem pobres. Ela cuidava a ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Disseminadora da Fé Católica Graças a Santa Margarida da Escócia, os cultos religiosos foram uniformizados e conformados com os da Igreja de Roma. Determinou que o jejum quaresmal fosse respeitado, e que a Páscoa fosse celebrada; recomendou a frequente busca pela confissão e a abstenção dos trabalhos aos domingos. Incentivou a construção de igrejas, capelas e escolas, difundindo a educação religiosa. Com seu intermédio, monges beneditinos fundaram mosteiros na Escócia. Santa Margarida da Escócia, teve fé nos momentos mais difíceis Morte do Rei Malcolm III Com a saúde debilitada, Margarida adoeceu, em 1093. Ao mesmo tempo, o seu esposo e filho mais velho tiveram que participar de uma batalha contra Guilherme, o Vermelho, que invadia toda a Escócia. Ambos faleceram nesse mesmo ano. Margarida, que tanto os amava, não se desesperou, e sim aceitou; entregou tudo a Deus rezando: "Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!". Páscoa Santa Margarida da Escócia faleceu no dia 16 de novembro de 1093 no Castelo de Edimburgo. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde. Via de Santificação Em 1250, foi canonizada pelo Papa Inocêncio IV devido a seu exemplo de vida e fidelidade à Igreja e caridade para com os necessitados. Minha oração “Santa rainha, foste nobre no sangue e na alma, soubeste amar os irmãos como Jesus ensinou, e a viver a caridade como ele ordenou.  Do mesmo modo, dai a cada um de nós as mesmas virtudes para que sejamos nobres em santidade e humildes em todas as ocasiões. Amém.” Santa Margarida da Escócia, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 16 de novembro Santa Gertrudes, virgem, que se dedicou com fervor e persistência. († c. 1302) Em Cápua, na Campânia, região da Itália, os santos Agostinho e Felicidade, mártires. († c. 250) Em Déols, na região de Bourges, na Gália, hoje na França, a comemoração dos santos Leocádio e Lusor. († s. IV) Em Lião, também na Gália, Santo Euquério, que, pertencendo à ordem senatorial, se retirou com a sua família para a vida ascética. († 449) No território dos Helvécios, na hodierna Suíça, Santo Otemaro, abade. († 759)  No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, região da Itália, o Beato Simeão, abade. († 1141) Em Soisy-Bouy, perto de Provins, na França, o passamento de Santo Edmundo Rich, bispo de Cantuária. († 1240) Em Assis, na Úmbria, região da Itália, no convento de São Damião, Santa Inês, virgem. († 1253) Em York, na Inglaterra, o Beato Eduardo Osbaldeston, presbítero de Lencastre e mártir. († 1594) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Alberto Magno, mestre de Tomás de Aquino

Origens  Santo Alberto Magno nasceu na Alemanha, em 1206, numa família militar que desejava para Alberto a carreira militar ou administrativa. Partiu muito jovem para a Itália, em Pádua, dedicando-se ao estudo das chamadas “artes liberais”. Aplicou-se à gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música, ou seja, manifestando interesse pelas ciências naturais. Igreja dos Dominicanos Frequentou a igreja dos Dominicanos enquanto esteve em Pádua. Grande administrador do Reino de Deus e devotíssimo da Virgem Maria, optou pelos desejos do coração de Deus. Por sua grande paixão, entrou para a família Dominicana em 1223, a fim de mergulhar nos estudos, na santidade e no apostolado. Ordenação Sacerdotal Após sua ordenação sacerdotal, seus superiores destinaram-no ao ensino em vários centros de estudos teológicos, anexos aos conventos dos Padres Dominicanos. Suas qualidades intelectuais permitiram-lhe aperfeiçoamento nos estudos de teologia na universidade mais célebre dessa época, a de Paris. A partir de então, Santo Alberto Magno dedicou-se à atividade de escritor. Santo Alberto Magno: Patrono dos Cultores das Ciências Naturais Estúdio Teológico Em 1248, foi encarregado de abrir um estúdio teológico na Colônia (Alemanha), onde viveu por alguns anos. Levou consigo para a Colônia, Tomás de Aquino, um discípulo extraordinário. Instaurou-se entre esses dois grandes teólogos um relacionamento de grande amizade, que contribuiu muito para o desenvolvimento da ciência. Superior da Província Teutônia dos padres Dominicanos No ano de 1254, Alberto foi eleito Superior da Província Teutônia dos padres Dominicanos, que incluía comunidades distribuídas entre a Europa Central e a do Norte. Santo Alberto Magno distinguiu-se pelo zelo com que exerceu tal ministério, visitando as comunidades e exortando os irmãos à fidelidade, aos ensinamentos e aos exemplos de São Domingos. Bispo de Regensburg Alexandre IV, Papa na época, percebeu os dotes de Santo Alberto e quis tê-lo ao seu lado em Anagni, em Roma e em Viterbo. O mesmo Papa, nomeou-o Bispo de Regensburg, numa diocese que passava por um momento difícil. De 1260 a 1262, Alberto exerceu este ministério com dedicação, levando a paz e a concórdia à região. Dedicação Entre os anos 1263 e 1264, pregou na Alemanha e na Boêmia, sendo encarregado pelo Papa Urbano IV. Foi ordenado depois para retornar para a Colônia e dedicar-se novamente à missão de estudioso e escritor. Favoreceu a União entre as Igrejas Latina e Grega Em 1274, foi convocado pelo Papa Gregório X para favorecer a união entre as Igrejas latina e grega, após o grande cisma do Oriente. Alberto esclareceu o pensamento de Tomás de Aquino, que havia sido alvo de objeções e até de condenações injustificáveis. A dedicação aos estudos rendeu grandes contribuições a Igreja Páscoa Suas obras escritas encheram 38 grossos volumes e, com o testemunho, impregnou toda a Igreja de santidade e exemplo de quem soube viver com equilíbrio e graça a fé que não contradiz a razão. Entrou no Céu, em 1280, após falecer na cela de seu convento da Santa Cruz, na Colônia. Via de Santificação Foi beatificado em 1622 e canonizado em 1931, quando Papa Pio XI proclamou-o Doutor da Igreja. Dez anos depois, Pio XII declarou-o Patrono dos cultores das ciências naturais. Legado Um dos grandes méritos de Santo Alberto foi estudar as obras de Aristóteles, convencido de que tudo aquilo que é racional é compatível com a fé revelada nas Sagradas Escrituras. Santo Alberto contribuiu para a formação de uma filosofia autônoma, distinta da teologia e vinculada pela unidade da verdade. Desse modo, denominou-se no século XIII, uma clara distinção entre estes dois saberes, filosofia e teologia, que cooperam para a descoberta da autêntica vocação do homem. Minha oração “Grande mestre e educador das almas, que formaste santos com seus ensinamentos, suscitai novas vocações para continuar a obra da salvação. Intercedei pelos professores e educadores para que possam ser cheios do Espírito Santo e eduquem conforme os valores cristãos. Amém.” Santo Alberto Magno, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 15 de novembro Em Hipona, hoje Annaba, na Argélia, os santos vinte mártires; apenas se recordam os nomes de Fidenciano, bispo, Valeriana e Vitória. († s. III/IV) Em Edessa, na região do Osroene, na Turquia, os santos mártires Gúria, asceta, e Samonas. († 306) Em Nola, na Campânia, região da Itália, São Félix, de cujo ministério pastoral e culto se honra a cidade. († s. IV/V) Na Bretanha Menor, território da atual França, São Maclóvio ou Macuto, bispo de Aleth. († c. 640) Em Cahors, na Aquitânia, França, São Desidério, bispo.(† 655) No monte Irschenberg, na Baviera, território da atual Alemanha, os santos Marinho, bispo, e Aniano, mártires. († s. VII/VIII) Em Ruão, na Nêustria, atualmente na França, São Sidónio, abade. († d. 684) Em Rheinau, na atual Suíça, São Fintano. († c. 878) No cenóbio de Klosterneuburg, na Áustria, o sepultamento de São Leopoldo, margrave desta nação. († 1136) Em Reading, na Inglaterra, os beatos mártires Hugo Faringdon, abade da Ordem de São Bento, João Eynon e João Rugg, presbíteros. († 1539) Em Glastonbury, na Inglaterra, os beatos mártires Ricardo Whiting, abade, Rogério James e João Thorne, presbíteros da Ordem de São Bento. († 1539) Em Ferrara, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Lúcia Broccadélli, religiosa. († 1544) Em Nagasaki, no Japão, o Beato Caio Coreano, mártir. († 1624) Em Caaró, localidade do Paraguai, os santos Roque González e Afonso Rodríguez, presbíteros da Companhia de Jesus e mártires. († 1628) Em Mengo, Uganda, São José Mkasa Balikuddembé, mártir. († 1885) Em Sanremo, na Ligúria, região da Itália, a Beata Maria da Paixão, virgem, que fundou as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria. († 1904) Em Wadowice, na Polônia, São Rafael de São José, presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços. († 1907) Em Álora, localidade da província de Málaga, na Espanha, o Beato João Duarte Martin, diácono da diocese de Málaga e mártir. († 1936) Em Almansa, na Espanha, o Beato Miguel Abdão Sénen Díaz Sánchez, presbítero diocesano de Orihuela e mártir. († 1936) Fonte: Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santo Estevão Teodoro Cuénot, bispo evangelizador da Indochina

[caption id="attachment_12581" align="aligncenter" width="300"] Bispo e Mártir[/caption] Origens Em 1802, nasceu Santo Estevão Teodoro Cuénot em Réaumont, em Bélieu, filho de um fazendeiro, destinado a se tornar bispo e a converter milhares de pagãos da Indochina, todos considerados e amados como irmãos. Um prelado naturalmente "aristocrático", mas próximo do povo e de suas misérias, com espírito meio evangélico e meio revolucionário.  Verdadeiro Filho do Povo Dom Estevão Teodoro Cuénot poderia ter reconhecido a imagem não literária de um verdadeiro filho do povo para quem o "próximo" não era uma expressão genérica, nem uma determinada classe social, em determinado país, em um determinado período histórico, mas abrangeu homens de todas as classes, raças e nacionalidades naquela revolução perene que é o verdadeiro cristianismo.  Criação camponesa e simples Batizado em celeiro, educado por párocos rurais, o jovem Teodoro foi mantido em seus estudos por pais camponeses, com presentes em espécie. Quando nem isso foi suficiente, ele teve que abandonar a escola. Estudando teologia, para torná-lo apresentável, se não muito bem vestido, a mãe sacrificou seu vestido de noiva para fazer-lhe uma túnica. O primeiro gesto do novo padre foi dar à mãe um vestido novo.  Santo Estevão Teodoro Cuénot: O Perfil Ideal O Encontro Entre outras coisas, ele tinha paixão pela relojoaria e queria patentear seu próprio mecanismo de movimento perpétuo. Ele era catequista e professor no grupo da cidade. Finalmente, tomou o caminho certo ao entrar, em 1827, na porta da Rue du Bac, em Paris, onde se encontravam os Padres Missionários de São Vicente de Paulo. Missionário e bispo No ano seguinte, o novo missionário chegou à Indochina. Em 1835, foi consagrado Bispo de Metelópolis, coadjutor da então chamada Cochinchina. Ele sempre foi um bispo no campo de batalha, porque os cristãos da Indochina, praticamente abandonados a si mesmos, foram submetidos a constantes assédios e perseguições por parte das autoridades budistas. Apesar disso, os convertidos do bispo Cuénot eram milhares todos os anos. Para quem abjurou sob tortura, cem pediram para ser batizados. O clero indígena triplicou, enquanto o bispo multiplicou as traduções dos livros sagrados, igrejas, orfanatos, e até as distantes regiões montanhosas do Laos foram alcançadas pela pregação e exemplo do bispo francês. Sofreu perseguição e consumou em seu martírio Páscoa Em 1861, com o agravamento da perseguição do rei Tu-Duc, o bispo Cuénot também foi capturado e trancado em uma jaula estreita. Ele não foi morto fisicamente, mas foi envenenado lentamente, dando-lhe "remédios" indígenas repugnantes, por isso é considerado mártir. O melhor elogio veio de seus captores, que disseram dele: "Ele se tornou perfeito. E o céu se apressou em recebê-lo, sem permitir que ele sofresse tal tortura". Na verdade, ele já era um cadáver quando seu corpo foi açoitado e decapitado. E um ano depois, um tratado entre a França e a Indochina sancionou a liberdade de culto, pelo menos em teoria. Minha oração “Dom Estevão, pelos méritos do teu martírio lhe rogamos as graças de evangelizar os povos, levando a todos o amor e a verdade de Cristo. Com teu exemplo de sangue demonstraste a mesma coragem de Jesus e nos ensinastes a doar a nossa vida pelas almas. Amém.” Santo Estevão Teodoro Cuénot, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 14 de novembro  Em Heracleia, na Trácia, hoje Mármara, na Turquia, São Teódoto, mártir. († c. s. III) Em Gangra, na Paflagónia, hoje Trabzon, na Turquia, Santo Hipácio, bispo, que morreu mártir. († s. IV) Em Avinhão, na Provença, território da atual França, São Rufo, considerado o primeiro que presidiu à comunidade cristã deste lugar. († s. IV) Na ilha de Bardsey, no litoral da Câmbria setentrional, hoje País de Gales, São Dubrício, bispo e abade. († s. VI) Em Traú, na Dalmácia, na hodierna Croácia, São João, bispo. († c. 1111) Na localidade de Eu, na Normandia, região da França, o passamento de São Lourenço O’Toole, bispo de Dublin. (†1180) No cenóbio de Santa Maria de Gualdo Mazocca, próximo de Campobasso, na Itália, o Beato João de Tufara, eremita. († 1170) Em Mariëngaarde, na Frísia, na hodierna Holanda, São Siardo, abade da Ordem Premonstratense. († 1230) Em Argel, na África setentrional, hoje na Argélia, São Serapião, o primeiro membro da Ordem de Nossa Senhora das Mercês. († 1240) Em Jerusalém, os santos Nicolau Tavelic, Deusdado Aribert, Estêvão de Cúneo e Pedro de Narbona, presbíteros da Ordem dos Menores e mártires. († 1391) Em Cáccamo, na Sicília, região da Itália, o Beato João Líccio, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1511) Em Ikitsuki, cidade da província de Nagasaki, no Japão, os beatos Gaspar Nishi Genka, sua esposa Úrsula Nishi e seu filho João Nishi Mataishi, mártires. († 1609) Em Nysa, na Prússia, hoje na Polónia, a Beata María Luísa Merkert, virgem, co-fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Isabel. († 1872) Em Florença, na Itália, a Beata Maria Teresa de Jesus , virgem da Ordem das Carmelitas, fundadora do Instituto das Irmãs de Nossa Senhora do Carmo. († 1889) Em Bréscia, também na Itália, o Beato Moisés Tovíni, presbítero da diocese de Bréscia. († 1889) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va Santiebeati.com - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo

São José Pignatelli, padre que deu exemplo de obediência à Sé Apostólica

Origem e seu começo nos Jesuítas José Pignatelli nasceu em Saragoça, em 1737, pertencente a uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdeu a mãe aos cinco anos, morando com uma irmã, de quem recebeu educação católica. Retornando para a Espanha, aos doze anos, entrou para a Companhia de Jesus acompanhado de seu irmão. Fez o Noviciado junto aos Jesuítas da província de Aragão. Aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e, depois, nos colégios de Bilbau e de Saragoça. Em 1762, foi ordenado sacerdote, dedicando-se ao ensino das Letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Em 1767, levantou-se uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus, onde os Jesuítas foram expulsos dos países que atuavam: França, Reino das Duas Sicílias, dos Ducados de Parma e Piacenza, de Malta e de Portugal. Por fim, foram também expulsos da Espanha por rei Carlos II. Em meio às adversidades, Padre Pignatelli mostrou sua força e constância, por isso foi nomeado Provincial de todos esses exilados. Recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara, na Itália, onde fez a profissão solene de quatro votos. Sacerdote caridoso, preparação e restauração da Companhia de Jesus Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, por quase vinte e cinco anos, entregou-se aos estudos, construindo uma biblioteca de grande valor, dando-se principalmente às obras de caridade para com os antigos membros da Companhia. Depois de um tempo, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que, sendo cismática, não aceitava a supressão vinda de Roma. Os Jesuítas da Rússia atentaram-se ao bom número de ex-Jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para os noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli veio a ser provincial. Mas o exército francês apareceu e dispersou este grupo de Jesuítas. Em 1806, transfere-se para Roma, onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento de sua Companhia. Esse fato só ocorreu em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Sua Páscoa e canonização Padre Pignatelli faleceu em 1811, com 74 anos. Foi beatificado por Pio XI, em 1933, que chamou o santo de "o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir (...). O restaurador dos Jesuítas". Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado, em 1954, pelo Papa Pio XII. São José Pignatelli, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 14 de novembro  Em Heracleia, na Trácia, hoje Mármara, na Turquia, São Teódoto, mártir. († c. s. III) Em Gangra, na Paflagónia, hoje Trabzon, também na Turquia, Santo Hipácio, bispo, que morreu mártir, lapidado num caminho pelos hereges novacianos. († s. IV) Em Avinhão, na Provença, território da atual França, São Rufo, considerado o primeiro que presidiu à comunidade cristã deste lugar. († s. IV) Na ilha de Bardsey, no litoral da Câmbria setentrional, hoje País de Gales, São Dubrício, bispo e abade. († s. VI) Em Traú, na Dalmácia, na hodierna Croácia, São João, bispo, que, sendo eremita no mosteiro camaldulense de Osor, foi ordenado bispo e defendeu com êxito a cidade do assalto do rei Colomano († c. 1111). Na localidade de Eu, na Normandia, região da França, o passamento de São Lourenço O’Toole (Lorcan Ua Tuathail), bispo de Dublin, que, no meio das dificuldades do seu tempo, promoveu vigorosamente a disciplina regular da Igreja e procurou estabelecer a concórdia entre os príncipes; quando regressava de uma visita a Henrique II, rei da Inglaterra, chegou às alegrias da paz eterna. (†1180). No cenóbio de Santa Maria de Gualdo Mazocca, próximo de Campobasso, na Itália, o Beato João de Tufara, eremita. († 1170) Em Mariëngaarde, na Frísia, na hodierna Holanda, São Siardo, abade da Ordem Premonstratense, memorável pela sua observância regular e pela sua generosidade para com os pobres. († 1230) Em Argel, na África setentrional, hoje na Argélia, São Serapião, o primeiro membro da Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a redenção dos fiéis cativos e a pregação da fé cristã que mereceu a palma do martírio. († 1240) Em Jerusalém, os santos Nicolau Tavelic, Deusdado Aribert, Estêvão de Cúneo e Pedro de Narbona, presbíteros da Ordem dos Menores e mártires, que, por pregarem livremente na praça pública a religião cristã aos Sarracenos e confessarem perseverantemente a fé em Cristo, Filho de Deus, foram queimados vivos. († 1391) Em Cáccamo, na Sicília, região da Itália, o Beato João Líccio, presbítero da Ordem dos Pregadores, eminente pela sua infatigável caridade para com o próximo, propagação da recitação do Rosário e observância da disciplina regular, que descansou no Senhor aos cento e onze anos de idade. († 1511) Em Ikitsuki, cidade da província de Nagasáki, no Japão, os beatos Gaspar Nishi Genka, sua esposa Úrsula Nishi e seu filho João Nishi Mataishi, mártires. († 1609) Na fortaleza de Binh Dinh, na Cochinchina, atualmente no Vietnam, Santo Estêvão Teodoro Cuénot, bispo da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir, que, depois de 25 anos de trabalho apostólico, durante a feroz perseguição do imperador Tu Duc contra os cristãos, foi lançado a um estábulo de elefantes, onde morreu consumido pelos sofrimentos. († 1861) Em Nysa, na Prússia, hoje na Polónia, a Beata María Luísa Merkert, virgem, cofundadora da Congregação das Irmãs de Santa Isabel. († 1872) Em Florença, na Itália, a Beata Maria Teresa de Jesus (Maria Scrílli), virgem da Ordem das Carmelitas, fundadora do Instituto das Irmãs de Nossa Senhora do Carmo. († 1889) Em Bréscia, também na Itália, o Beato Moisés Tovíni, presbítero da diocese de Bréscia. († 1889) Fontes: Martirológio Romano Livro “Santos de cada dia III - Organização de José Leite, S.J.” Vatican News – Pesquisa e Redação: Leonardo Girotto

Santo Estanislau Kostka

O santo que lembramos com muito carinho neste dia nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), em 28 de outubro de 1550. Seu pai era o príncipe Kotska, um líder militar muito ambicioso. Foi nesse ambiente que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo, que para ele tinha outros desígnios. Aos 14 anos, Estanislau foi enviado para Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo, para cursar os estudos superiores. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano que, com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e às tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: "Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo". Alimentando sua grande devoção a Virgem Maria, estudou sem cessar, vivendo intensamente o espírito do Evangelho e dando testemunho com a sua vida e seu trabalho. Participava diariamente da Missa, dedicava-se à oração e buscava na comunhão o alimento necessário para suas virtudes, a força na luta e a proteção para sua pureza angelical. Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu; e, ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus. Depois desse fato, o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso, enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial, que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado porque em 1568 adquiriu uma misteriosa febre e, antes de morrer, os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: "Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo". Santo Estanislau Kotska foi proclamado santo pelo Papa Bento XIII, em 13 de novembro de 1726, formando com Luiz Gonzaga e João Berchmans, uma tríade admirável de santos modelos de pureza para a juventude de todos os tempos. Santo Estanislau foi denominado Padroeiro dos noviços e de toda a juventude. Na mensagem, por ocasião do 450º aniversário da morte de santo Estanislau, em 15 de agosto de 2018, Papa Francisco recorda: “Santo Estanislau ensina-lhes a liberdade, que não é uma corrida às cegas, mas a capacidade de discernir a meta e seguir os melhores caminhos de comportamento e de vida. Ensina-lhes sempre a buscar, antes de tudo, a amizade com Jesus; a ler e a meditar a sua Palavra; a acolher a sua presença misericordiosa e poderosa na Eucaristia, a fim de resistir aos condicionamentos da mentalidade mundana”. Santo Estanislau Kostka, rogai por nós! Referências: vaticannews.va Livro ‘O Santo do dia’ - Dom Servilio Conti, I.M.C

Santo Abão de Fluery, um Abade acadêmico

Origem Nasceu perto de Orléans, entre 945 e 950, e foi confiado, ainda criança, à abadia de São Bento do Loire (Fleury), onde aprendeu gramática, dialética e aritmética. Ele progrediu tanto em seus estudos que, ainda muito jovem, obteve a atribuição de ensinar na escola do mosteiro.  Acadêmico Não satisfeito com seus estudos, foi para Paris e Reims, onde aprendeu astronomia; depois, voltou para Orleans, onde se aperfeiçoou na música. Após sua formação com o estudo de retórica e geometria, voltou a lecionar no mosteiro de Fleury. Nessa época, compôs uma obra sobre silogismos dialéticos e alguns escritos sobre cálculo e astronomia para refutar a opinião daqueles que anunciavam o fim do mundo para o ano mil. Sob sua direção, a escola do mosteiro floresceu. É interessante notar, entre outras coisas, que ali também se praticava o ensino do tacógrafo. Em 982, foi chamado por Dom Oswald, Arcebispo de York, para dirigir a Ramsey Abbey School.  Nomeado Abade Na Inglaterra, Abão tinha grande reputação e foi capaz de forjar laços de profunda amizade com eminentes personalidades religiosas e civis da época. Dois anos depois, voltou a Fleury e, em 988, foi nomeado abade. O novo ofício deu outra direção aos seus estudos: era preciso defender os direitos do mosteiro, ameaçado pelo bispo de Orleans, Arnolfo; tinha que pensar no governo espiritual e material de sua grande comunidade.  Santo Abão de Fluery buscou trazer a paz entre a Igreja e o Estado Embates clericais  Provocado pelas circunstâncias, ele também se envolveu em problemas relativos às relações dos bispos com o rei, e do rei com o Papa. A hostilidade do bispo Arnolfo foi exasperada a ponto de que, um dia, enquanto Abão ia a Tours para a festa de São Martinho, foi atacado junto com seus companheiros por um grupo de ladrões, que os feriram. Abão lutou contra o rei Hugo Capeto para defender o direito dos bispos aos dízimos da colheita. Nesta ocasião, ele escreveu seu Apologeticus, dirigido aos reis Hugh e Robert, em que ele lida com virgens e viúvas, agricultura e guerra, casamento e simonia. Sua aspiração de estabelecer a lei do direito contra os abusos dos poderosos o levou a compilar uma coleção de Cânones, na qual se propõe a esclarecer os direitos e deveres do poder civil e a posição dos monges diante dos bispos. Enviado a Roma em abril de 996, e no outono do ano seguinte por Hugo Capeto para evitar uma interdição papal para o casamento do soberano Roberto II com Berta, Abão retornou à França convencendo o Papa e despertando a ira do rei, que precisou obedecer.  Santo Abão de Fleury foi um reformador monástico Ideias de Reforma Um fervoroso admirador das ideias de reforma que irradiavam do mosteiro de Cluny, ele trabalhou duro para tornar seu mosteiro também um centro de intensa vida espiritual. Em 1004, ele partiu em uma viagem à Gasconha para visitar o mosteiro de La Réole e restabelecer a observância religiosa lá. Páscoa Durante um motim que eclodiu em La Réole entre os francos e os gascões, o monge ficou gravemente ferido e morreu alguns dias depois (13 de novembro de 1004). Abão foi um dos escritores mais frutíferos de seu tempo. As primeiras indicações de um culto público a este santo datam do ano de 1031.  Minha oração “Querido Abade, a ti rogamos as aptidões para o estudo e ensino das coisas de Deus. Pedimos que nos leve a compreender Jesus cada dia mais através do intelecto, mas também de uma vida santa na presença de Deus. ” Santo Abão de Fluery, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 13 de novembro  Em Cesareia da Palestina, os santos mártires Antonino, Nicéforo, Zebina, Germano e Mánata, virgem. († 308) Em Aix-en-Provence, na Gália Narbonense, França, São Mítrio. († s. IV) Em Tours, na Gália Lionense, na atual França, São Brício, bispo. († 444) Na África Proconsular, a comemoração dos santos mártires hispanos Arcádio, Pascásio, Probo e Eutiquiano, e o pequeno Paulilo, irmão de Pascásio e de Eutiquiano. († 473) Em Vienne, na Gália Lionense, atualmente na França, São Leoniano, abade.(† c. 518) Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, São Quinciano, bispo. († c. 525) Em Città di Castello, na Úmbria, região da Itália, a comemoração dos santos Florêncio, bispo, e de Santo Amâncio, seu presbítero. († s. VI) Em Rodez, na Aquitânia, na hodierna França, São Dalmácio, bispo. († c. 580) No vale de Suze, entre os Helvécios, na atual Suíça, Santo Himério, eremita. († c. 612) Em Toledo, cidade da Espanha, Santo Eugénio, bispo. († c. 657) Na região de Cambrai, na Gália, hoje na França, Santa Maxelendes, virgem e mártir. († 670) Em Roma, junto de São Pedro, São Nicolau I, papa. († c. 867) Em Ivrea, no Piemonte, região da Itália, a comemoração do Beato Varmundo, bispo.  († c. 1010/1014) Em Cremona, na Lombardia, região da Itália, Santo Homobono, memorável pela sua caridade para com os pobres. († 1197) Em Roma, Santa Agostinha Pietrantóni , virgem da Congregação das Irmãs da Caridade. († 1894) Em Simat de Valldigna, na região de Valência, na Espanha, o Beato João Gonga Martínez, mártir. († 1936) Em Portichol de Tavernes, perto de Carcaixent, na Espanha, a Beata Maria do Patrocínio de São João , virgem do Instituto das Irmãs de Maria Imaculada Missionárias Claretianas e mártir. († 1936) Em Halle an der Saale, na Saxónia, região da Alemanha, o Beato Carlos Lampert, presbítero e mártir. († 1944) Na Bulgária, os beatos Pedro Vicev, Paulo e Josafat Siskov, presbíteros da Congregação dos Agostinhos da Assunção. († 1952) Fonte: Santiebeati.com Martirológio Romano Vaticannews.va - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Melody de Paulo