Santos

São Luís Gonzaga, padroeiro dos jovens

Origens e nobreza São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione, Itália. Era o primogênito de Marta Tana di Sántena e de Ferrante Gonzaga. Pertencente à nobreza, recebeu, por parte de sua mãe, a formação cristã e, da parte de seu pai, a motivação a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses, mas, graças ao amor de Deus, Luís desde cedo deixou-se possuir por esse amor, nunca se deixando influenciar pelo luxo e o poder. Consagração a Virgem Maria Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação. E diante das zombarias e das incompreensões, ele dizia: "Busco a salvação! Busquem-na vocês também!". Jesuítas Tinha 14 anos quando decidiu renunciar aos bens materiais e seguir os caminhos da fé. Entregando-se à caridade, ingressou no noviciado jesuíta. Após essa etapa, ele foi para Roma iniciar os estudos de Teologia. Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos. Epidemia e páscoa Neste período, uma grande epidemia de várias doenças se espalhava por Roma, deixando muitas vítimas. Compadecido com os doentes, com apenas 23 anos, Luís adoeceu e acabou falecendo, antes mesmo de tornar-se padre, no dia 21 de junho de 1591. Padroeiro Foi canonizado pelo Papa Bento XIII em 1726, sendo proclamado "Patrono da Juventude". Depois, foi nomeado protetor dos estudantes. São João Paulo II o nomeou, em 1991, padroeiro dos pacientes de AIDS. Suas relíquias estão na Igreja Santo Inácio, em Roma, e é venerado no dia de sua morte. A minha oração "Senhor, ensinai-me a também gastar a minha juventude em amor a Ti e a todos que necessitarem. Quero, como São Luís Gonzaga, ser capaz de renunciar a todos os amores terrenos e a me dedicar com grande fervor ao Teu chamado para a minha vida. Amém!" São Luís Gonzaga, rogai por nós! Outros beatos e santos celebrados em 21 de junho: São Meveno ou Mévio, actualmente na França, abade, que, tendo nascido no País de Gales, se recolheu numa floresta da Bretanha, onde fundou um mosteiro. († s. VI) São Leufredo, no território de Evreux, na Nêustria, também na actual França, abade, que fundou o mosteiro de La Croix-Saint-Ouen, ao qual presidiu durante cerca de quarenta e oito anos. († 738) São Rodolfo, na atual França, bispo, que, pela sua grande solicitude pela vida sacerdotal, compôs, em colaboração com os presbíteros da sua Igreja, uma colectânea de capítulos dos Santos Padres e sentenças de cânones para uso pastoral. († 866) São Raimundo, em Huesca, cidade de Aragão, região da Espanha, que era cónego regular quando foi nomeado bispo de Roda e de Barbastro e, porque não quis vencer os inimigos do nome cristão pela força das armas, foi três vezes expulso da sua sede. († 1126) Beato Tomás Corsíni, religioso da Ordem dos Servos de Maria, em Orvieto, na Toscana, região da Itália. (1343) São João Rigby, mártir, em Londres, na Inglaterra, que, detido e condenado à morte por se ter reconciliado com a Igreja católica no reinado de Isabel I, foi suspenso da forca em Southwark e esquartejado ainda vivo. († 1600) Beato Tiago Morelle Dupas, presbítero e mártir, num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, que, sempre severo consigo e amável com os outros, durante a Revolução Francesa foi condenado à prisão por exercer o ministério paroquial no território de Poitiers e morreu de fome e inanição. († 1794) Beata Liberata Ferrarons i Vives, virgem da Ordem Terceira Carmelita. († 1842) São José Isabel Flores, em Zapotlanejo, localidade do México, presbítero e mártir no tempo da grande perseguição. († 1927) Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt jesuitasbrasil.org Vaticannews – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Beatas Irmãs: Teresa, Mafalda e Sancha

Beatas Teresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas. Renunciaram ao mundo e aos seus bens para se consagrarem à religiosidade. Souberam usar suas virtudes cristãs para se tornarem exemplo para os povos. Teresa, religiosa [† c. 1250] A primogênita nasceu em 1176. Desde cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas, conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos, o casamento foi nulo. Ela voltou para casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão. Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus. Mafalda, virgem [† c. 1256] Nasceu em 1195, teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou-se com Henrique I de Castela, mas este faleceu; sem consumar o casamento, ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa. Viveu a total dependência de Deus, preferindo o recolhimento e a vida do claustro. Sancha, virgem [† c. 1229] Nasceu em 1180 e foi a primeira das irmãs a renunciar aos bens. A jovem não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte. Beatificação A 13 de dezembro de 1705, Teresa foi beatificada pelo Papa Clemente XI através da bula Sollicitudo Pastoralis Offici, juntamente com a sua irmã Sancha. E a 27 de junho de 1793, foi beatificada pelo Papa Pio VI, Mafalda. Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração que buscaram a vontade de Deus. A minha oração "Senhor, estas três irmãs tudo deram a Ti. Viveram santamente e devotamente a Tua Vontade, o Teu querer e o Teu amor. Conceda-me a mesma graça de tudo dispor para Ti e de entregar tudo o que sou e que tenho para a Tua honra e glória. Amém!" Beatas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 20 de junho: São Metódio, bispo de Olimpo e mártir, que escreveu livros de exposição clara e harmoniosa e no final da perseguição do imperador Diocleciano foi coroado com o martírio. († c. 312) São Gobano, atualmente na França, presbítero, que, natural da Irlanda, foi discípulo de São Fusco na Inglaterra e, por amor de Cristo, levou vida eremítica na floresta. († c. 670) São João de Matera, no mosteiro de São Tiago de Fóggia, na Apúlia, região da Itália, abade, que foi insigne pela sua austeridade e pela sua pregação ao povo e, na região de Gárgano, fundou a Congregação de Pulsano sob a observância da regra de São Bento. († 1139) Beata Margarida Ebner, no mosteiro de Medingen, na Baviera, Alemanha, a virgem da Ordem dos Pregadores, que, sofrendo por Cristo muitas tribulações, teve uma vida santa, admirável aos olhos de todos e agradável a Deus, e escreveu várias obras sobre a experiência mística.(† 1351) A paixão do Beato Dermício O’Hurley, em Dublin, na Irlanda, bispo e mártir, jurista leigo, que, por vontade do Papa Gregório XIII, foi nomeado bispo de Cashel. Depois de sofrer interrogatórios e torturas durante vários meses, negando firmemente todas as calúnias, declarou publicamente que morria por causa da fé católica e pelo ministério episcopal. († 1584) Beata Margarida Ball, em Dublin, mártir, que, já viúva, por acolher em sua casa vários sacerdotes perseguidos, por denúncia de um dos filhos foi presa e, depois de vários gêneros de torturas no cárcere, morreu septuagenária em dia incerto († 1584) Beatos mártires Francisco Pacheco, presbítero, oito companheiros,  em Nagasáki, no Japão, da Companhia de Jesus, que foram queimados vivos em ódio à fé cristã. († 1626) Beatos mártires Tomás Whitbread e companheiros Guilherme Harcourt, João Fenwich, João Gavan e António Turner, presbíteros da Companhia de Jesus, que, acusados falsamente de tomar parte numa conjura para assassinar o rei Carlos II, sofreram na praça de Tyburn o martírio pelo reino dos Céus, em Londres, Inglaterra. († 1679) Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São Romualdo, um viajante incansável

O monge Romualdo foi um viajante incansável. Suas pregações eram feitas mais com os fatos do que com as palavras, ao percorrer toda a península italiana. Ele manteve muitos encontros na sua vida: todos o procuravam e queriam conversar com este "santo abade" e ele recebia todos, embora ele quisesse apenas o recolhimento no silêncio da oração. Formação e vocação Romualdo nasceu em uma família nobre de Ravena, em 952. Após uma disputa sangrenta, que envolveu sua família, amadureceu a sua vocação de seguir a vida monacal, entrando, com seu pai, para o mosteiro de Santo Apolinário em Classe. Como monge, impôs-se uma vida severa de penitência, meditação e oração. Devido às suas nobres origens, Romualdo era requisitado em todos os lugares para exercer suas funções eclesiásticas e políticas. Em Veneza, escolheu com diretor espiritual o eremita Marino e conheceu um dos mais importantes monges reformadores do século X: o abade Guarino, que acompanhou até Catalunha, onde permaneceu por dez anos e completou a sua formação. Amigo da solidão Ele descobriu que a solidão não o afastava dos irmãos, da vida da igreja e dos pobres, mas, pelo contrário, o enraizava numa comunhão e solidariedade mais profunda com eles. Ao retornar a Ravena, em 988, Romualdo renunciou, oficialmente, ao cargo de abade  e começou a viajar. Sua primeira etapa foi Verghereto, perto de Forlí, onde fundou um mosteiro em honra de São Miguel Arcanjo. Ali, por causa das suas contínuas advertências aos monges, sobre a disciplina e a moral, foi obrigado a se mudar novamente. Em 1001, retornou para Santo Apolinário em Classe, onde se tornou abade. Mas esta não é a vida que ele queria. Então, após um ano, renunciou e se refugiou em Montecassino. Ali, viveu, por um período, em uma caverna; depois, fundou um eremitério em Sítria, na região da Úmbria, onde permaneceu por sete anos. Todos os mosteiros e cenóbios que fundou eram pequenos, porque achava que nas grandes estruturas se corria o risco de perder o silêncio, tão necessário para o recolhimento. Herança aos camaldulenses Seguindo o ensinamento da Regra de São Bento, faz do amor ao Senhor e entre os irmãos, a sua regra suprema de vida. Solidariza-se com as dificuldades da vida da Igreja e da vida monástica do seu tempo e abraça os desafios pela sua renovação. Os discípulos chamaram este seu ensinamento de “relacionar-se segundo a lei suprema do amor fraterno” (privilégium amoris). Com seu exemplo, mais que com seu ensino verbal, deixa a seus discípulos uma herança que se manifestará muito fecunda e ao mesmo tempo portadora de tensões. Dá-se uma tríplice oportunidade para realizar a vocação monástica, uma em comunhão e complementariedade com outra: a vida fraterna no mosteiro, útil, sobretudo para iniciar a vida monástica; a vida na solidão do eremitério que pressupõe certa maturidade humana e espiritual; a dedicação a testemunhar o evangelho até o dom da vida, por aqueles que o Espírito impele a abandonar tudo para se unir totalmente com Cristo (triplex bonum). Peregrino nesta terra Durante suas peregrinações, Romualdo esteve em Casentino, em 1012, onde conheceu o conde de Arezzo, Maldolo, proprietário de uma casa e de uma floresta, lugar que, depois, recebeu o nome de Camáldoli. Encantado pela figura deste anacoreta, o conde presenteou-lhe as suas propriedades, onde Romualdo criou um asilo e construiu um eremitério para religiosos contemplativos, aos quais lhes deu uma Regra semelhante à beneditina. Porém, o monge se transferiu de novo: foi para a região das Marcas, onde fundou um mosteiro em Val de Castro; ali reservou para si uma pequena cela, onde faleceu em 19 de junho de 1027. Mesmo morto, viajou, pois suas relíquias foram trasladadas, primeiro para Jesi e, depois, para Fabriano, junto à igreja camáldula de São Brás. São Romualdo foi canonizado por Clemente VIII, em 1595. Testemunhas Sobre São Romualdo temos duas preciosas testemunhas. São Bruno Bonifácio (†1009), narra sua experiência pessoal de Romualdo na “Vida dos cinco Irmãos”. São Pedro Damião (†1072) descreve seu caminho interior e sua aventura humana na “Vida de São Romualdo”. A minha oração "Ó santo abade, que nossa vida esteja escondida em Jesus e n’Ele possamos encontrar sentido perene. Mesmo na solidão ou desavença, viver o amor dedicado a Jesus onde ele nos indicar."  São Romualdo , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 19 de Junho: Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, também região da Itália, a comemoração dos santos Gervásio e Protásio, mártires. († trasl. 386) Nos montes Vosgos, na Borgonha da Austrásia, atualmente na França, São Deusdado, bispo de Nevers. († c. 679) No mosteiro de Fécamp, na Nêustria, também na atual França, Santa Quildomarca, abadessa. († c. 682) Em Saragoça, na Hispânia, São Lamberto, mártir. († c. s. VIII) Em Caltagirona, na Sicília, região da Itália, a trasladação do Beato Gerlando, cavaleiro da Ordem de São João de Jerusalém. († c. 1271) Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santa Juliana Falconiéri, virgem, que fundou a Ordem Terceira dos Servos de Maria. († c. 1341) Em Pêsaro, no Piceno, hoje nas Marcas, também na região da Itália, a Beata Miquelina, viúva, que tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. († 1356) Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Sebastião Newdigate, Hunfredo Middlemore e Guilherme Exmew, presbíteros da Cartuxa, consumados no martírio. († 1535) Também em Londres, o Beato Tomás Woodhouse, presbítero da Companhia de Jesus, mártir. († 1573) Em Wuyi, localidade próxima da cidade de Shenxian, no Hebei, província da China, os santos Remígio Isoré e Modesto Andlauer, presbíteros da Companhia de Jesus e mártires († 1900) Em Roma, a Beata Helena Aiello, religiosa mística e fundadora da Congregação das Religiosas Mínimas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. († 1961) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] https://camaldolenses.com.br/sao-romualdo - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São Gregório Barbarigo, servidor da Igreja

Órfão na infância Gregorio Giovanni Gaspare Barbarigo nasceu em Veneza, em 16 de setembro de 1625, em uma família nobre. Gregório logo conhece o sofrimento quando perde a sua mãe para a peste aos dois anos de idade. Seu pai, senador da República de Veneza, enviou-o, em 1643, junto com o embaixador veneziano Alvise Contarini para Münster, na Alemanha, onde se preparava a paz de Vestfália, que colocaria fim à sangrenta Guerra dos Trinta Anos.  O encontro com o Papa Aqui tem lugar um encontro decisivo para a vida do jovem Gregório: aquele com o Cardeal Fabio Chigi, futuro Papa Alexandre VII. Depois de completar seus estudos em Pádua, Gregório tornou-se padre aos 30 anos. Alexandre VII enviou-o a Roma e, com a eclosão da peste, confiou-lhe a coordenação do socorro aos enfermos, que Gregório Barbarigo realizou com muito amor e dedicação. A confiança de Alexandre VII é então renovada ao colocá-lo à frente da diocese de Bérgamo em 1657. Anos depois, em 1664, ele será encarregado da diocese de Pádua.  Estilo pastoral Seu "estilo" será em ambos os casos inspirado em São Carlos Borromeo, um modelo para Gregório que, antes de tudo, vende todos os seus bens para dá-los aos pobres. Visita por toda a parte as paróquias das dioceses que lhe são confiadas, assiste os moribundos, divulga a imprensa católica entre o povo, aloja-se nas casas dos pobres. Durante o dia, ensina catecismo às crianças; à noite, reza. No seu centro está também a formação dos sacerdotes, pela qual está profundamente empenhado no Seminário de Pádua, que chega a ser considerado um dos melhores da Europa. Relacionamento com a Igreja Oriental Outro momento importante do compromisso de São Gregório Barbarigo é o da reunificação com as Igrejas Orientais. Depois de ter sido bispo de Bérgamo e antes de exercer o ministério em Pádua, passou mais um período em Roma. Em 1658, Alexandre VII fez dele um cardeal. Estes são os anos em que participa em vários conclaves. Inocêncio XI o escolhe como seu conselheiro e Gregório trabalha pela reunificação com as Igrejas Orientais. Estimado pelos Papas e amado pelo povo, Barbarigo morreu em Pádua em 1697. A minha oração "Querido santo, precisamos estar atentos aos mais necessitados, recordando que eles escondem Jesus em suas misérias. Ajudai-nos a viver sem perder nenhuma oportunidade de amar. Amém!"   São Gregório Barbarigo , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 18 de Junho: Santos Marcos e Marceliano, mártires, em Roma, no cemitério de Balbina, junto à Via Ardeatina. († c. 304). São Leôncio, no atual Líbano, soldado martirizado. († s. IV) Santos Ciríaco e Paula, mártires, na África Setentrional. († s. IV) Santo Amando, bispo, em Bordéus, na Aquitânia, atualmente na França, († s. V) São Calógero, eremita, no monte Gemmariaro, perto de Sciacca, na Sicília ocidental. († s. V) Santa Isabel, na atual Alemanha, virgem, insigne na observância da vida monástica. († 1164) Beata Hossana Andreási, em Mântua, na Lombardia, região da Itália, virgem das Irmãs da Penitência de São Domingos. († 1505) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São Rainério, padroeiro dos viajantes

Origens Rainério nasceu em Pisa, Itália, no ano de 1118.  Tendo a graça de nascer em um lar nobre, cristão e tradicional, teve sua educação e formação moral, religiosa e de negócios confiada a um bispo conhecido. Ele, porém, optou por estudar arte e, logo depois, se entregou a uma vida de pecado, caindo em um grande vazio existencial. Encontro eremítico e com os pobres Diante das consequências interiores que experimentava por estar entregue as contradições cristãs, impressionado com a miséria e a pobreza do povo à sua volta e, providencialmente, após um encontro com o eremita Alberto de Córsega – uma grande testemunha em seu tempo, que deixara tudo por causa de Jesus –, o jovem decidiu mudar de vida. Mosteiro e abandono de bens Já aos dezenove anos, ingressou como irmão leigo no Mosteiro de São Vito, onde viveu até os 23, sendo intimamente formado em santidade, em solidão e em desejo de corresponder aos desígnios de Deus. Assim, retirado por um tempo em penitência, sentiu seu chamado para deixar todos os seus bens. E ele o fez: foi para a Terra Santa, onde ficou muitos anos visitando os lugares santos e sendo instrumento de conversão para muitos. Retorno para a casa Obediente a Deus, Rainério voltou para Pisa, já com fama de santidade. Tornou-se formador dos monges e de muitos da cidade. "Rainieri d'água" Recebeu este apelido porque, pouco antes de abandonar este mundo, formulou uma prece de bênção para o pão e a água. A água e o pão, benzidos por ele ou por outro, mas com sua fórmula, serenavam tempestades, curavam numerosos doentes e libertavam possessos e prisioneiros. Páscoa Foi um grande apóstolo para o povo, consumindo-se pelo Evangelho. Veio a falecer em 1161. Após a sua morte, os milagres continuaram acontecendo, sobretudo por meio da água que era benzida com o auxílio de sua oração. No ano de 1591, suas ossadas foram encaminhadas para a catedral de Pisa, devido à fama dos milagres obtidos em seu nome. A canonização de São Rainério foi celebrada pelo Papa Alexandre III. A minha oração "São Rainério, tu que fostes um jovem inconformado com uma vida distante de Deus e que deixastes tudo por amor a Ele e aos pobres, conceda-me tal grande coração: incapaz de viver sem a presença do Senhor e consumido de zelo pelas almas. Amém!" São Rainério, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 17 de Junho: Santos Blasto e Diógenes, mártires, em Roma, junto à Via Salária Antiga “ad Septem Colúmbas” († data inc.) Em Apolônia, na Macedônia, hoje na Albânia, os santos Isauro, Inocêncio, Félix, Hérmias, Peregrino e Basílio, mártires. († data inc.) Santos mártires Nicandro e Marciano, em Doróstoro, na Mésia, hoje na Bulgária, que, sendo soldados, recusaram ofertas e negaram-se firmemente a sacrificar aos deuses; por isso foram condenados à morte pelo governador Máximo. († c. 297) Santo Antídio, na atual França, bispo e mártir, que, segundo a tradição, recebeu a sentença da condenação à morte no tempo de Croco, rei dos Vândalos. († c. 411) Santo Hipácio, no território da atual Turquia, hegúmeno do mosteiro dos Rufinianos, que, com uma vida austera e rigorosos jejuns, ensinou aos seus discípulos a perfeita obediência à observância monástica e aos leigos o verdadeiro temor de Deus. († 446) Santo Herveu, atualmente território da França, eremita, que, segundo a tradição, sendo cego de nascença, cantava alegremente a felicidade do Paraíso. († s. VI) Santo Avito, abade, em Orleães, na Gália, também na actual França. († c. 530) Beata Teresa de Portugal, em Lorvão, localidade de Portugal, cuja memória se celebra em Portugal no dia 20 de Junho, juntamente com suas irmãs Sancha e Mafalda. († 1250) Beato Pedro Gambacorta, em Veneza, hoje no Véneto, região da Itália, o fundador da Ordem dos Eremitas de São Jerónimo, que teve como primeiros religiosos alguns ladrões por ele convertidos. († 1435) Beato Paulo Buráli, em Nápoles, na Campânia, também região da Itália, o da Ordem dos Clérigos Regrantes Teatinos, bispo de Piacenza e depois bispo de Nápoles, que trabalhou com toda a sua diligência para restaurar a disciplina da Igreja e confirmar na fé o povo que lhe foi confiado. († 1578) Beato Filipe Papon, num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o presbítero de Autun e mártir, que, sendo pároco, durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi condenado à prisão numa galera e, depois de ter dado a absolvição a um companheiro de prisão moribundo, também ele expirou. († 1794) São Pedro Dá, hoje no Vietnã, mártir, que, sendo carpinteiro e sacristão, apesar de torturado com muitos e atrozes suplícios no tempo do imperador Tu Duc, permaneceu firme na profissão de fé e finalmente morreu na fogueira. († 1862) Beato José Maria Cassant (Pedro José Cassant), no mosteiro de Santa Maria do Deserto, na França, presbítero da Ordem Cisterciense da Antiga Observância (Trapista), especialmente egrégio pelo admirável exemplo de penitência, constância e paciência nos sofrimentos e na enfermidade. Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org Franciscanos.org – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São Ciro e Santa Julita, testemunhas de fé em Jesus

Julita vivia na cidade de Icônio, atualmente Turquia. Ela era uma senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo após ter dado à luz um menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro. Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a perseguir, prender e matar cristãos. Julita, levando o filhinho Ciro, tentou fugir, mas acabou presa. O governador local, um cruel romano, tirou-lhe o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais à sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo. Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: “Também sou cristão! Também sou cristão!”. Foi tamanha a ira do governador que ele, com um pontapé, empurrou Ciro violentamente fazendo-o rolar pelos degraus do tribunal, esmigalhando o seu crânio. Conta-se que Julita ficou imóvel, não reclamou, nem chorou, apenas rezou para que pudesse seguir seu pequenino Ciro no martírio e encontrá-lo, o mais rápido possível, ao lado de Deus. E foi o que aconteceu. Julita continuou sendo brutalmente espancada e depois foi decapitada. Era o ano 304. Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo, precedido apenas dos Santos Mártires Inocentes, exterminados pelo rei Herodes em Belém. É considerado o Santo padroeiro das crianças que sofrem de maus tratos.
Oração Deus Nosso Pai, destes a Santa Julita e a São Ciro os sofrimentos do martírio. Por sua intercessão, dai-me uma fé verdadeira, forte, perseverante. Suplico-vos o perdão de meus pecados e a graça de Vos amar e bendizer todos os dias de minha vida. Amém!
Reflexão A memória dos mártires mantém viva a convicção de que vale a pena perder a vida em função do amor a Jesus Cristo. Quando ouvimos relatos de martírio, como o de hoje, sentimos nosso coração gelar de horror. Mas ainda hoje, séculos depois do início da Igreja, muitos cristãos ainda são martirizados de forma brutal e violenta. Ecoa ainda hoje o Evangelho de Jesus: “Se o grão de trigo não morre, ele não nasce para dar frutos em abundância”.
São Ciro e Santa Julita, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 16 de junho: São João Francisco Régis, presbítero. († 1640) Beato Aniceto Koplin e companheiros, mártires. († 1941) Fontes: Milícia da Imaculada Santoral Carmelita – carmelitas.org.br - Pesquisa e redação: Leonardo Girotto

Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, primeira mártir brasileira

A primeira mártir brasileira nasceu em 11 de abril de 1919, no município de Imaruí, Estado de Santa Catarina. Seus pais eram simples agricultores, e ela possuía mais oito irmãos. Albertina recebeu sua Primeira Comunhão no dia 16 de agosto de 1928. Desde cedo, despontava na vida de oração, no amor à família e ao próximo. Unia-se ao Crucificado por meio de penitências. Jovem, centrada no mistério da Eucaristia, ela tinha uma vida sacramental, penitencial e de oração. Albertina cuidava do rebanho de seu pai, que lhe deu a seguinte ordem: ela devia procurar um boi que se extraviou. No caminho, encontrou um homem de apelido 'Maneco Palhoça', que trabalhava para a família. Ela perguntou a ele se sabia onde estaria o boi perdido. Ele indicou um lugar distante e a surpreendeu lá, tentando estuprá-la, porém, não teve êxito. A jovem resistiu, pois não queria pecar. Por não conseguir nada, ele a pegou pelo cabelo, jogou-a ao chão e cortou seu pescoço, matando-a imediatamente. Maneco acusou outra pessoa, que foi presa imediatamente. Ele fingia que velava a menina e, ao se aproximar do corpo, o corte vertia sangue. Ele fugiu, mas foi preso e confessou o crime. Maneco deixou claro que ela não cedeu porque não queria pecar. Tudo isso aconteceu em 15 de junho de 1931. Por causa da castidade, Albertina não cedeu. Em 1952, na mesma capela onde Albertina recebeu a Primeira Comunhão, reuniu-se o Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Florianópolis para dar início ao processo de sua beatificação. Devido a várias circunstâncias, de 1959 em diante, o processo de Albertina foi interrompido, sendo retomado no ano de 2000. Em uma solene celebração, no dia 20 de outubro de 2007, na Catedral Diocesana de Tubarão, o Cardeal Saraiva presidiu a beatificação de Albertina Berkenbrock. A minha oração "Deus, Pai de todos nós! Vós nos destes vosso Filho Jesus, que derramou seu sangue na cruz por amor a cada um de nós. Vossa serva Albertina foi declarada bem-aventurada pela Igreja, porque, ainda jovem, também derramou seu sangue para ser fiel à vossa vontade e defender a vida em plenitude. Concedei-nos que, por seu testemunho, nos tornemos fortes na fé, no amor e na esperança, vivamos fielmente os compromissos do nosso Batismo, façamos da Eucaristia a fonte e o cume da nossa vida cristã, busquemos continuamente o perdão através da Confissão, sejamos plenos do Espírito Santo, vivenciando a Crisma, e cultivemos os valores do Evangelho. Por intercessão de Albertina, alcançai-nos a graça que neste momento imploramos de vós (expressar a graça que se deseja). Nós vo-lo pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém." Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 14 de Junho: Santa Maria Micaela do Santíssimo Sacramento, virgem e fundadora. († 1865) São Vito, mártir. († 300) São Modesto, mártir. († 300) Santa Germana Cousin, virgem. († 1601) Fontes: Santoral Carmelita – carmelitas.org.br Pesquisa e Redação: Leonardo Girotto

Santa Clotilde marcou a história política cristã da França

A santa que lembramos neste dia marcou a história política cristã da França, já que era filha do rei Ariano. Santa Clotilde nasceu em Leão, na França, no ano de 475. Ao perder os pais muito cedo, acabou sendo muito bem educada pela tia, que a introduziu na vida da graça. Clotilde era ainda uma bela princesa que, interior e exteriormente, comunicava formosura quando se casou com um rei pagão, ambicioso e guerreiro, tendo com ele cinco filhos que acabaram herdando o gênio do pai. Como rainha, Clotilde foi paciente, caridosa, simples; e como mãe e esposa, investiu tudo na conversão destes que amava de coração, por amor a Deus. O soberano se propôs à conversão, caso vencesse os alemães que avançavam sobre a França; ao conseguir esse feito, cumpriu sua palavra, pois, tocado por Jesus e motivado pela esposa, entrou na Catedral para receber o batismo e começar uma vida nova. O esposo morreu na Graça, ao contrário dos filhos revoltados e mortos à espada em guerras. Dessa forma, Santa Clotilde mudou para Tours, empenhou-se nas obras religiosas e ajudou na construção de igrejas e mosteiros, isto até entrar no Céu em 545. A fama de sua santidade propagou-se por toda a França, sendo autorizado pela Igreja o culto em devoção a santa. Sua memória tornou-se um exemplo para o mundo católico, e Santa Clotilde passou a ser venerada no dia de sua morte. A minha oração Meu Deus e meu Pai, depois de haverdes inflamado o coração de Santa Clotilde no zelo pela propagação da fé em Jesus Cristo, concedestes a essa santa rainha da França o poder de com suas orações praticar milagres. Pelos méritos de Santa Clotilde, concedei-nos, Senhor, o consolo e o remédio a todos nossos males, aflições, tristezas, embaraços e perigos. Dignai-Vos confirmar-nos, na Vossa Fé, até ao fim de nossa existência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim seja. Amém! Santa Clotilde, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 14 de Junho: Beata Francisca de Jesus (Nhá Xica), primeira negra brasileira a ser declarada beata pela Igreja Católica. († 1895) São Fernando de Portugal, o Infante Santo. († 1443) Beata Maria Cândida da Eucaristia, virgem. († 1949) Santo Anastásio de Córdova, presbítero e mártir. († 853) Santo Eliseu, profeta. († séc. IX A.C.) Santa Digna de Córdova, virgem e mártir. († 853) São Félix de Córdova, monje e mártir. († 853) Fontes: Santoral Carmelita – carmelitas.org.br Orações Católicas - oracoescatolicas.net Pesquisa e Redação: Leonardo Girotto

Santo Antônio, franciscano e doutor da Igreja

Lisboa ou Pádua? Celebramos a memória do popular santo — doutor da Igreja — que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231. Por isso, é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo. Agostinianos ou franciscanos? Com 15 anos, entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote, com 24 anos de idade, encaminhado à carreira de filósofo e teólogo. Mas, ao conhecer a família dos franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças, o santo decidiu-se por seguir os passos de Francisco e deixou a ordem de Agostinho. Antônio, missionário e pregador Escolheu ser chamado de Antônio em veneração a Santo Antão — anacoreta, no Egito. Logo que entrou na Ordem Franciscana, foi enviado para Marrocos. Ali, Antônio ficou tão doente, que teve de voltar, mas, providencialmente, porque foi ao encontro do "Pobre de Assis", o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Nesse sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Ele atraía grandes multidões com as suas pregações, passava diversas horas no confessionário e reservava, para si, momentos de retiro em solidão. Páscoa Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo, servindo à sua família franciscana por meio da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isso até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna, em 13 de junho de 1231. O santo, muito querido, amado e venerado já em vida, foi sepultado no quinto dia após sua morte, depois de uma longa decisão de onde seu corpo seria encerrado. Foi carregado em grande procissão até a Igreja de Santa Maria em Pádua. Popularidade Sua popularidade era tamanha, que, imediatamente, o seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo Papa Gregório IX. Reconhecido pela influência de Santo Agostinho, Antônio conjugou, de modo original, mente e coração, pesquisa teórica, prática das virtudes, estudo e oração. A minha oração Querido Santo Antônio, fostes um exímio pregador e servo do Senhor. Ensina-me a ser também uma serva fiel e entregue aos desígnios de Deus para a minha vida. Quero conseguir também viver conjugando mente e coração, estudo e oração. Amém! Santo Antônio, rogai por nós! Outros santos e santas celebrados em 13 de junho: Santa Felícula, mártir, na Via Ardeatina, a sete milhas de Roma, († c. s. IV) Beato Aquileu, bispo, em Alexandria, no Egito, o insigne na erudição, na fé, na vida e virtudes. († 312) São Trifílio, em Nicósia, na ilha de Chipre, bispo, que defendeu vigorosamente a verdadeira fé nicena e, como escreve São Jerónimo, foi o orador mais eloquente do seu tempo e admirável comentador do “Cântico dos Cânticos”. († 370) São Ceteu ou Peregrino, nos Abruzos, região da Itália, bispo de Amiterno, que, no tempo em que os Lombardos invadiram a região, acusado falsamente de sublevar a cidade, foi por eles condenado à morte e afogado no rio. († c. 600) Santo Eulógio, em Alexandria, no Egito, bispo, célebre pela sua doutrina, a quem o papa São Gregório Magno escreveu várias cartas, escrevendo sobre ele: «Não está longe de mim quem está unido a mim». († c. 607) São Salmódio, eremita, em Limoges, atualmente na França, († s. VII) São Ramberto, no território de Lião, na Gália, também na atual França, mártir, que, sendo de ilustre família e dotado de nobres virtudes, foi tão odiado por Ebroíno, chefe do palácio real, que este o enviou para o desterro e finalmente o mandou matar com um golpe de lança. († 680) Santo Aventino, no vale de Larboust, nos montes Pireneus, também na hodierna França, eremita e mártir, que, segundo a tradição, foi morto pelos Mouros. († s. VIII) São Fândila, em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, presbítero e monge, que, durante a perseguição dos Mouros, no tempo do rei Moamed I, foi decapitado em ódio à fé cristã. († 853) Beato Gerardo, no mosteiro de Claraval, na Borgonha, região da França, o monge, irmão de São Bernardo, que, apesar da escassa cultura, tinha uma grande inteligência e discernimento espiritual. († 1138) Santos Agostinho Phan Viet Huy e Nicolau Bui Viet Thê, em Hué, hoje no Vietnam, os mártires, que, depois de terem pisado a cruz, constrangidos pelo terror, quando recuperaram a consciência, desejosos de expiar a sua culpa, pediram imediatamente ao imperador Minh Mang que fossem novamente julgados como cristãos e, por isso, esquartejados vivos num barco, alcançaram as alegrias celestes. († 1839) Beata Maria Ana Biernacka, em Naumowicze, cidade próxima de Grodno, na Polónia, a mãe de família e mártir, que, no regime de ocupação militar da sua pátria, durante a guerra, se ofereceu aos soldados para substituir sua nora que estava grávida e, imediatamente fuzilada, recebeu a palma gloriosa do martírio. († 1943) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews Franciscanos.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova.

Beato Francisco Kesy e quatro companheiros mártires

II Guerra Mundial  Em 1 de setembro de 1939, Hitler invadiu a Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial. A casa salesiana de Poznan, na rua Wroniecka, foi ocupada e transformada em um depósito de soldados alemães. Os jovens continuaram a se reunir nos jardins fora da cidade e nos bosques próximos. Numerosas associações secretas surgiram. Prisão e martírio Em setembro de 1940, Francesco Kesy e quatro jovens oratorianos foram presos sob acusação de pertencer a uma organização ilegal. Eles foram levados para a temível Fortaleza VII, perto de Poznan, onde foram torturados e interrogados. Mais tarde, foram transferidos para várias outras prisões, onde nem sempre tiveram a sorte de estar juntos. Regressados ​​a Poznan, foram julgados e acusados ​​de alta traição e sentenciados à morte. Eles foram martirizados em Dresden em 24 de agosto de 1942. Espiritualidade Salesiana Eles viviam em cativeiro com um espírito de fé e espiritualidade salesiana. Rezavam continuamente: rosário, novenas a Dom Bosco e a Maria Auxiliadora, oração de manhã e à noite. Eles tentaram manter contato com suas famílias por meio de mensagens que muitas vezes conseguiam enviar secretamente. Eles corajosamente pediram e garantiram orações. Sempre que podiam, animavam alegremente as festas litúrgicas passadas na cela. Sua fé nunca vacilou. Eles eram testemunhas confiáveis ​​para o fim. Reconhecimento O decreto do martírio foi publicado em 26 de março de 1999; beatificado em 12 de junho de 1999 por João Paulo II.  Kesy Franciszek Francesco Kesy nasceu em Berlim em 13 de novembro de 1920. A família mudou-se para Poznan para o trabalho de seu pai. Francisco foi aspirante ao seminário menor dos salesianos no Lad. Durante a ocupação, incapaz de continuar seus estudos, ele trabalhou em uma planta industrial. Ele passou seu tempo livre no oratório, onde, em estreita amizade com os outros quatro, animava associações e atividades juvenis. Ele lembra que era sensível, mas ao mesmo tempo alegre, calmo, agradável e sempre disposto a ajudar os outros. Quase todos os dias, ele recebeu a comunhão; à noite, ele recitou o rosário. "Para Wronki, desde que eu estava sozinho na cela - ele escreve em mensagens para a família -, eu tive tempo de me examinar. Prometi viver de maneira diferente, como recomendou Dom Bosco, viver para agradar ao Senhor e a sua Mãe Maria Santíssima. [...] eu oro ao bom Deus que todas estas tribulações e tristezas me toquem e não a você ". Edoardo Klinik Nascido em Bochum, em 21 de junho de 1919, tímido e quieto, ele se tornou mais animado quando entrou no oratório. Ele era um estudante sistemático, responsável. Distinguiu-se porque estava muito ocupado em todos os campos de atividade e dava a impressão de ser o mais sério e profundo. Jarogniew Wojciechowski Nascido em Poznan, 5 de novembro de 1922, ele era um meditativo, tende a aprofundar a visão das coisas para entender os acontecimentos. Ele era um animador no melhor sentido da palavra. Ele foi distinguido pelo bom humor, compromisso e testemunho. Ceslao Józwiak Nascido em Lazynie, em 7 de setembro de 1919, ele era um pouco irascível, mas espontâneo, cheio de energia, senhor de si mesmo, pronto para o sacrifício, coerente e positivamente autoritário. Ele se viu aspirando à perfeição cristã e progredindo nela. Um companheiro de prisão escreve: "Ele era bem-humorado e bondoso, tinha uma alma como um cristal ... Ele me falou de uma preocupação: nunca borrar com qualquer impureza". Edoardo Kazmierski Nascido em Poznan, em 1 de outubro de 1919, ele foi caracterizado pela sobriedade, prudência e bondade. No oratório, ele podia desenvolver qualidades musicais incomuns. A vida religiosa soprada na família e pelos salesianos logo o levou à maturidade cristã. Durante sua prisão, ele mostrou grande amor por companheiros ainda mais velhos. Ele estava livre de qualquer sentimento de ódio contra os perseguidores. A minha oração "Que o bom exemplo de fidelidade e fortaleza desses jovens salesianos nos inspirem a lutar contra o pecado e a vencer todas as tribulações desta vida com o Auxílio da sempre Virgem Maria nossa Mãe!" Beatos e mártires salesianos, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 12 de Junho: São Basílides, mártir, em Lórium, antiga cidade da Etrúria, na Via Aurélia, a doze milhas de Roma. († data inc.) Santo Onofre, anacoreta, no Egito. († 400) São Leão III, em Roma, papa. († 816) Santo Odolfo, presbítero, em Utrecht, hoje na Holanda. († c. 865) Santo Esquilo, na Suécia, bispo e mártir, natural da Inglaterra, que foi ordenado bispo por São Sigfredo. († c. 1080) Beato Guido, presbítero, em Cortona, hoje na Toscana, região da Itália. († c. 1245) Beato Plácido, abade, nos Abruzos, também região da Itália. († 1248) Beata Flórida (Lucrécia Helena Cévoli), em Città di Castello, na Úmbria, também região da Itália, a virgem da Ordem das Clarissas. († 1767) São Gaspar Bertóni, em Verona, no Véneto, também região da Itália, presbítero, que fundou a Congregação das Santas Chagas de Cristo. († 1843) Beato Lourenço Maria de São Francisco de Xavier (Lourenço Maria Sálvi), em Capránica, no território de Viterbo, próximo de Roma, o presbítero da Congregação da Paixão. († 1856) Beata Mercedes Maria de Jesus (Mercedes Molina), em Riobamba, no Equador, virgem. († 1883) Beata Maria Cândida da Eucaristia (Maria Barba), em Ragusa, na Sicília, província da Itália, virgem da Ordem das Carmelitas Descalças. († 1949) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] site Salesianos de Dom Bosco - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova