Santos

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. História Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante que roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV. Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Chegado em Roma, ele adoeceu e, arrependido, contou a um amigo sua história e pediu que ele devolvesse o ícone a uma Igreja. A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu à sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja: na Igreja de São João Latrão ou na de Santa Maria Maior. Em 27 de março de 1499, o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos. Ícone esquecido Em uma invasão, a Igreja de São Mateus foi destruída. Os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto, onde permaneceu esquecida por 30 anos. Um monge muito devoto, antes de morrer, contou a história a um coroinha, que, tempos depois, se tornou padre Redentorista e ajudou a reencontrar o ícone. Reencontro Em 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas e fez esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção”. Fizeram, então, muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo. Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso, em Roma. Imagem De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz, no braço esquerdo, o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial. O centro da pintura não é Nossa Senhora, e sim Jesus. Maria é, assim, "aquela que indica o caminho" ou como é mais conhecida: "a via de Cristo". A minha oração "Minha Mãe do Perpétuo Socorro, sede o meu amparo, meu socorro eterno, meu socorro sempre. Sede meu socorro materno em todas as minhas necessidades, Mãe! Sei que a senhora nunca abandona seus filhos! Entrego-me em Tuas mãos! Amém!" Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 27 de junho: São Cirilo, bispo e doutor da Igreja, que, eleito para a sede de Alexandria, no Egito, dissertou com singular empenho em favor da integridade da fé católica no Concílio de Éfeso sobre o dogma da única pessoa em Cristo e a maternidade divina da Virgem Maria. († 444) Em Cartago, na hodierna Tunísia, Santa Gudena, mártir, que foi morta ao fio da espada. († 203) Em Córdova, na Hispânia Bética, São Zoelo, mártir. († 303) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Sansão, que foi refúgio dos pobres e, segundo a tradição, construiu um hospital por sugestão do imperador Justiniano, que ele tinha curado de uma enfermidade. († 560)  Em Chinon, na Gália Turonense, território da actual França, São João, presbítero, natural da Bretanha, que, viveu numa pequena cela-oratório junto da igreja do lugar. († s. VI) Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Arialdo, diácono e mártir, que foi cruelmente atormentado e morto por dois clérigos. († 1066) Em Corneto, hoje Tarquínia, perto de Bovino, na Apúlia, região da Itália, São Benvindo de Gúbbio, religioso da Ordem dos Menores, que, trabalhando humildemente no serviço dos pobres, se configurou a Cristo pobre. († c. 1232) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, no actual Vietnam, São Tomás Toan, mártir, que, sendo catequista e administrador da missão de Trung Linh, sofreu por Cristo inauditos e atrozes suplícios no cárcere, onde finalmente morreu de fome e sede. († 1840) Na Suíça, a Beata Margarida Bays, virgem, que, exercendo em família o ofício de costura, se dedicou totalmente às múltiplas necessidades do próximo, sem descuidar nunca a vida de oração. († 1879) Em Molins, na França, a Beata Luísa Teresa Montaignac de Chauvance, virgem, que fundou a Pia União das Oblatas do Sagrado Coração de Jesus. († 1885) Fontes: Martirológio Romano cancaonova.com Arquisp – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova  

São Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador da Opus Dei

Infância Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro (Espanha), em 9 de janeiro de 1902, o segundo dos seis filhos de José Escrivá e María Dolores Albás. Seus pais, católicos fervorosos, levaram-no ao batismo quatro dias depois, em 13 de janeiro, e depois lhe ensinaram, antes de tudo com sua vida exemplar, os fundamentos da fé e a prática das virtudes cristãs. Tinha grande afeição por sua mãe e grande confiança e amizade por seu pai, que o convidava a recorrer a ele livremente para lhe contar suas preocupações, sempre pronto a lhe dar conselhos afetuosos e prudentes. Visitado pela morte Logo, o Senhor começa a temperar sua alma na forja da dor: entre 1910 e 1913, as três irmãs mais novas morrem, e, em 1914, a família sofre um colapso econômico. Em 1915, os Escrivás mudaram-se para Logroño para viver modestamente. Em 27 de novembro de 1924, faleceu José Escrivá, atingido por uma súbita síncope, pouco antes de sua ordenação. Em meio às dores, ele sempre foi sustento de sua família. Em 1941, enquanto pregava um retiro a um grupo de sacerdotes de Lérida, faleceu a sua mãe, que tanto tinha ajudado nos apostolados do Opus Dei. O Senhor também permite que amargos mal-entendidos sejam desencadeados contra ele. A neve e o sacerdócio No inverno de 1917-18, durante as férias de Natal, um dia ele observa as pegadas congeladas deixadas na neve por dois pés descalços; são as pegadas de um religioso carmelita que andava descalço. Então, pergunta-se: "Se outros fazem tantos sacrifícios por Deus e pelo próximo, não poderei oferecer-lhe nada?". Assim nasceu uma "inquietude divina" em sua alma: "Comecei a antever o Amor, a perceber que meu coração me pedia algo grande e que era amor". Decide tornar-se sacerdote. Logo, iniciou os estudos eclesiásticos no seminário de Logroño, e, em 1920, mudou-se para o de Saragoça, em cuja Pontifícia Universidade completou a formação que antecedeu o sacerdócio. Exemplo de estudante Na capital aragonesa, completou também os estudos de direito. O empenho de Josemaría, numa vida de piedade, disciplina e estudo, é um exemplo para todos os seminaristas; em 1922, com apenas 20 anos, o arcebispo de Saragoça nomeou-o inspetor do seminário. Uma vida de oração Naqueles anos, ele passa muitas horas em oração diante do Santíssimo Sacramento, lançando as bases de uma profunda vida eucarística, e vai, todos os dias, à Basílica do Pilar para pedir a Nossa Senhora que lhe mostre o que quer dele. Em 2 de outubro de 1968, ele disse: “Fiquei repetindo: 'Senhor, deixe-me ver! Senhor, assim seja!' E também repeti, [...] cheio de confiança na minha Mãe Celeste: 'Senhora, que assim seja! Senhora, que eu veja!' A Santíssima Virgem sempre me ajudou a descobrir os desejos de seu Filho”. Sacerdote do Altíssimo Em 28 de março de 1925, José Maria foi ordenado sacerdote por Mons. Miguel de los Santos Díaz Gómara, na igreja do Seminário de San Carlo em Saragoça, e dois dias depois celebrou a sua primeira Missa solene na Santa Capela da Basílica do Pilar. Depois foi para Madrid, lá ele trabalha incansavelmente com as crianças, os doentes e os pobres nos subúrbios. O Opus Dei Nasceu em 2 de outubro de 1928 . Josemaria participava de um retiro espiritual e, enquanto meditava, de repente, "vê" a missão que o Senhor lhe quer confiar: iniciar um novo caminho vocacional na Igreja, promover a busca da santidade e o apostolado através da santificação do trabalho ordinário no meio do mundo, sem mudar de status. Poucos meses depois, o Senhor o fez compreender que deveria incluir também as mulheres. O objetivo do Opus Dei é elevar a Deus toda realidade criada, com a ajuda da graça, para que Cristo reine em todos e em tudo; conhecer Jesus Cristo, torná-lo conhecido, levá-lo a todos os lugares. Em 24 de fevereiro de 1947, Pio XII concedeu o decretum laudis e, em 16 de junho de 1950, a aprovação definitiva. A Universidade Em 1933, abre uma academia universitária, porque percebe que o mundo da ciência e da cultura é um ponto focal para a evangelização de toda a sociedade. Em 1934, publicou, sob o título de Consideraciones espirituales, a primeira edição de Caminho, um livro de espiritualidade do qual já foram publicados mais de quatro milhões e meio de exemplares, com 372 edições em 44 idiomas. Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz Em 1943, por uma nova graça fundacional que recebeu durante a celebração da Missa, nasceu, no Opus Dei, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, na qual podiam ser incardinados sacerdotes das fileiras dos fiéis leigos do Opus Dei. Os sacerdotes diocesanos também podem fazer parte da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, sem alterar sua filiação no clero de suas respectivas dioceses. Unido ao Concílio Vaticano II Nas sessões conciliares, o solene Magistério confirmará alguns aspectos fundamentais do espírito do Opus Dei: a vocação universal à santidade, o trabalho profissional como meio de santidade e apostolado, o valor e os limites legítimos da liberdade do cristão em matéria temporal, a Santa Missa como centro e raiz da vida interior etc. O Beato Josemaria encontra numerosos Padres e Peritos conciliares, que o consideram um autêntico precursor de muitas das principais linhas do Vaticano II. Primado da vida interior A pregação do Beato Josemaría sublinha constantemente o primado da vida interior sobre as atividades organizativas. Quando assim vivemos, tudo é oração, tudo pode e deve conduzir-nos a Deus, alimentando uma relação contínua com Ele, da manhã à noite. Qualquer trabalho honesto pode ser oração; e toda obra que é oração é um apostolado. A raiz da prodigiosa fecundidade do seu ministério encontra-se precisamente na ardente vida interior que faz do Beato Josemaria um contemplativo no meio do mundo. Sua Passagem A 26 de junho de 1975, o Beato Josemaria morre ao meio-dia na sua sala de trabalho, na sequência de uma paragem cardíaca, ao pé de um quadro de Nossa Senhora para o qual dirige o seu último olhar. Naquela época, o Opus Dei está presente nos cinco continentes com mais de 60.000 membros de 80 nacionalidades. Em 17 de maio de 1992, em Roma, Sua Santidade João Paulo II eleva Josemaria Escrivá às honras dos altares. Em 6 de outubro de 2002, o mesmo Papa o canoniza. A minha oração "Querido Escrivá, amante da oração e do estudo, dai-nos a graça de crescer em santidade no ordinário da nossa vida, no nosso trabalho, na família e em tudo o que fizermos. Que Deus seja o centro da nossa história! Amém!" São José Maria Escrivá , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 26 de Junho: Em Roma, a comemoração dos santos João e Paulo. († s. IV) Em Trento, na Venécia, hoje no Trentino Alto-Ádige, região da Itália, São Vigílio, bispo e mártir. († 405) Em Nola, na Campânia, também região da Itália, São Deusdado, bispo. († 405) No território de Poitiers, na Aquitânia, atualmente na França, São Maxêncio, abade. († c. 515) Em Tessalónica, na Macedónia, atualmente na Grécia, São David, eremita. († c. 540) Em Valenciennes, na Austrásia, no território da hodierna França, os santos Sálvio, bispo, e um seu discípulo que sofreram o martírio. († s. VIII)  Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, São Paio, mártir, que, aos treze anos. († 925)  Em Gúbbio, na Úmbria, região da Itália, São Rodolfo, bispo. († 1064) Em Belley, na Sabóia, na atual França, Santo Antelmo, bispo, e monge da Cartuxa. († 1177)  Num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Raimundo Petiniaud de Jourgnac, presbítero e mártir. († 1794) Em Cambrai, na França, as beatas Madalena Fontaine, Francisca Lanel, Teresa Fantou e Joana Gérard, virgens e mártires, que eram Filhas da Caridade. († 1794) Em Qianshenzhuang, junto da cidade de Liushuitao, no Hebei, província da China, São José Ma Taishun, médico e mártir. († 1900)  No território de Jalisco, nos arredores de Gualajara, no México, São José Maria Robles, presbítero e mártir. († 1927) Em Treviso, na Itália, o Beato André Jacinto Longhin, bispo. († 1936)  Na floresta de Birok, perto da cidade de Stradch, no território de L’viv, na Ucrânia, os beatos Nicolau Konrad, presbítero, e Vladimiro Pryjma. († 1941) Em Sykhiv, localidade do mesmo território de L’viv, na Ucrânia, o Beato André Iscak, presbítero e mártir. († 1941) Em Beirute, no Líbano, o Beato Tiago Ghazir Haddad (Khalil Haddad), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas da Cruz no Líbano. († 1954) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof. Felipe Aqui [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São Guilherme de Vercelli, padroeiro da Irpínia

Adolescente decidido Às vezes, 14 anos são suficientes para escolher a vida que se quer viver, renunciando àquela que se tem. Assim foi Guilherme, um adolescente de Vercelli. Com 14 anos, fez uma coisa semelhante àquela que Francesco faria em Assis, mais de cem anos depois. Deixou a vida de opulenta riqueza da sua família, renunciou ao título nobiliário, vestiu uma túnica rude e partiu descalço e sozinho. Uma experiência de peregrinação Guilherme tinha os pés torturados de tanto andar. Seu destino era Santiago de Compostela e, depois, um dia, a Terra Santa. Compostela torna-se uma etapa obrigatória de peregrinação para o homem do primeiro milênio. Por volta do ano 1099, Guilherme partiu para o Santuário espanhol: fez cinco anos de caminhada, de pão e água, de cilício, dormindo no chão, de colóquio íntimo com Deus e de ardente anúncio do Evangelho ao longo do caminho. A outra etapa de qualquer peregrinação, na época, era a Terra de Jesus. Então, Guilherme voltou para a Itália com o objetivo de partir para Jerusalém. Porém, o homem que planeja se defronta com as surpresas de Deus. O jovem encaminhou-se para o sul da Itália em busca de um navio. Mas, nas proximidades de Brindes, foi agredido por alguns ladrões. Naquele pobre peregrino nada havia para roubar; decepcionados, a agressão se transformou em violência. Guilherme foi espancado e obrigado a interromper sua viagem. Ao recuperar suas forças, encontrou-se com João de Matera, o futuro santo, que havia conhecido antes, que lhe disse, com decisão, que, por detrás da agressão sofrida, poderia estar oculto um sinal maior: dedicar a sua missão de apóstolo na Itália. Vida Eremítica Guilherme refletiu e se convenceu. Em 1118, volta novamente para Irpínia, aos pés do Montevergine, que o escalou até encontrar uma pequena bacia, onde se deteve. Ali, o peregrino se tornou eremita. O eremita pensava ser feito para a solidão, mas a solidão não era feita para ele: sua fama de homem de Deus se espalhou rápido como o vento gelado que penetrava nos bosques do Monte Partênio. Dezenas de pessoas chegavam ao lugar onde se encontrava a cela do monge Guilherme.  Abade de Montevergine Assim, o eremita torna-se abade. Foram poucas as regras escritas, ditadas e mostradas com seu exemplo: penitência rigorosa, oração, prática da caridade com os pobres. Este foi o broto da sua congregação dedicada a Maria, oficialmente reconhecida em 1126. No entanto, os pés do eremita queimavam.  A mística do Peregrino Certo dia, o Santo peregrino confiou a um discípulo a recém-nascida Abadia de Montevergine e retomou sua estrada, indo de Irpínia a Sânio, da Lucânia à Apúlia e Sicília. Os príncipes normandos e as pessoas paupérrimas que o encontravam permaneciam fascinados. Notou-se aí uma verdadeira espiritualidade peregrina, daquele que se encontrou com Jesus através dessas experiências de viajante, recordando que todos nós somos passageiros neste mundo.  Padroeiro da Irpínia A abadia de Montevergine prosperou graças às contínuas doações conspícuas. Entre os amigos reinantes, mas, sobretudo, sinceros de Guilherme, destaca-se Rogério II, um rei normando. Foi ele quem visitou, pela última vez, o peregrino, que se tornou eremita e abade, debilitado e quase sem força. Em 1142, São Guilherme entregou seu espírito em um de seus mosteiros da Irpínia, em Goleto. 800 anos depois da sua morte, em 1942, Pio XII o proclamou Padroeiro principal da Irpínia. A minha oração "Vosso anseio de peregrino demonstra que tudo nessa vida é passageiro, por isso, ensina-nos a viver em desapego e disposição para as coisas do alto. Mostra-nos o caminho correto para o céu e guia-nos nessa estrada desafiante da vida. Amém!" São Guilherme , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em  junho: São Máximo, em Turim, região da Itália, primeiro bispo desta cidade. († 408-423) São Próspero de Aquitânia, que depois da sua vida matrimonial tornou-se monge († c. 463) São Próspero, bispo, na cidade da Emília-Romanha, região da Itália († s. V/VI) Santa Tígrides, virgem, em Maurienne, hoje na França († s. VI) São Moloc ou Luano, bispo, em Rosemarkie, na Escócia. († c. 592) Santa Eurósia ou Orósia, virgem e mártir, em Jaca, na Hispânia Tarraconense († c. 714) Santo Adalberto, diácono e abade, atualmente na Holanda († s. VIII in.) São Salomão, mártir, na Bretanha Menor, hoje na França († 874) São João de Espanha, monge, na Cartuxa de Le Reposoir, na Sabóia, na hodierna França. († 1160) Beata Doroteia de Montau, em Marienwerder, na Prússia, hoje Kwidzyn, na Polónia, aque, depois de ficar viúva, tornou-se reclusa em uma cela. († 1394) Beata Maria Lhuillier, em Laval, na França, a virgem e mártir, das Hospitaleiras da Misericórdia. († 1794) Os santos Domingos Henares, bispo da Ordem dos Pregadores, e Francisco Do Minh Chieu, mártires, em Nam Dinh, cidade do Tonquim, no atual Vietnam († 1838) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

Solenidade do Nascimento de João Batista

Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia. Nascimento e origens São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho. Estudiosos mostram que, possivelmente, depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Último profeta! Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: "João usava um traje de pelo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre". O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor, com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência: “Voz do que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, tornai retas as suas veredas’!”. Assim, João Batista definia a si mesmo e a sua missão. Batismo de Jesus Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus, a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa. São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou a sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Após ter batizado o Salvador, afirmou: “Agora a minha alegria é completa. Ele deve crescer e eu, ao invés, diminuir”. Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mateus 3,11). Cabeça de João Batista Grande anunciador do Reino, denunciador dos pecados e protetor da Verdade, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes. Foi decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do seu irmão, com a qual  o rei vivia pecaminosamente. O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista" (Mateus 11,11). A minha oração “Senhor, que pela intercessão de São João Batista, o Teu precursor, eu possa também levar uma vida dedicada em fazer com que o Senhor cresça em mim e que eu diminua. Ajudai-me, Senhor, a ser um  sinal da Tua Vinda, da Tua Presença e da Tua Salvação. Amém!”  São João Batista, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 24 de junho: Os santos João e Festo, mártires, em Roma. († data inc.) São Simplício, atualmente na França, que, pertencendo a uma família nobre e piedosa, viveu em perfeita castidade com sua virtuosíssima esposa e depois foi eleito para o episcopado. († 375) O martírio dos santos Agoardo e Agilberto e outros muitos mártires, também na atual França. († s. V/VI)  São Rumoldo, que é venerado como eremita e mártir, em Malinas, na actual Bélgica. († 775) São Teodolfo, bispo e abade, em Lobbes, na Austrásia, atualmente também na Bélgica. († 776) São Goardo, bispo e mártir, em Nantes,  hoje na França, que, celebrando a Missa com o povo na igreja catedral, quando cantava «Sursum corda» (“Corações ao alto”) foi trespassado com as setas de ímpios normandos e morreu com muitos fiéis. († 843) São Teodgaro, na Dinamarca, presbítero, o missionário que construiu nesta região a primeira igreja de madeira. († c. 1065) São José Yuan Zaide, presbítero e mártir, em Sichuan, província da China, estrangulado em ódio à fé cristã. († 1817)  Santa Maria Guadalupe (Anastásia Guadalupe Garcia Zavala), em Guadalajara, no México, virgem, que colaborou muito ativamente na fundação da Congregação das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres e se dedicou diligentemente às obras de caridade em favor dos pobres e dos enfermos. († 1963) Fontes: Martirológio Romano Vaticannews – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São José Cafasso, o "Santo da Forca"

Origens Nascido em Castelnuovo d’Asti, na Itália, no ano de 1811, onde também nasceu o grande São João Bosco. José era filho de pais camponeses e foi o terceiro de quatro irmãos. Desde criança, sentiu-se chamado ao sacerdócio, que foi se tornando cada vez mais forte no decorrer de sua vida com Deus. Vida sacerdotal Entrou para a formação sacerdotal e se tornou padre aos 23 anos, em 1834, destacando-se no meio de tantos por seu amor aos pobres e zelo pela salvação das almas. Depois de comprovado e dedicado trabalho na Igreja de São Francisco em Turim, José assumiu, com toda sua bagagem de pregador, confessor e iluminado diretor espiritual, a função de reitor e formador de novos sacerdotes. Bento XVI disse que este santo instituiu uma "escola de vida e de santidade sacerdotal". Dom Bosco Dom Bosco foi um dos vocacionados que desfrutou das formações e aconselhamentos deste santo, pois como um sacerdote sintonizado ao coração do Cristo Pastor, sabia muito bem colocar sua cultura eclesiástica, dons e carismas a serviço da salvação do próximo. Foi ainda um grande apoiador e financiador nas obras de São João Bosco com os jovens. "Padroeiro dos Encarcerados e dos Condenados à Pena Capital" Dentre tantos ofícios assumidos por este homem incansável, despontou José Cafasso na evangelização dos condenados à forca, tanto assim que ficou conhecido como o "Santo da Forca". A definição trata-se diretamente à sua obra ao lado dos condenados à morte nas prisões "Le Nuove" de Turim. O local foi transformado em um museu, memorial das condições humilhantes em que viviam os encarcerados. Padroeiro dos presos, José Cafasso sempre usava de imensa misericórdia, poderoso veículo do amor paterno e consolador de Deus. Páscoa e Beatificação São José faleceu em 1860, com 49 anos. Trinta e cinco anos mais tarde, iniciou-se seu processo de beatificação no tribunal diocesano de Turim, e ele foi canonizado em 1947, juntamente com São João de Brito. A minha oração “Senhor, que a exemplo de São José Cafasso, eu possa também me entregar ao zelo aos irmãos e à salvação das almas. Peço, pela intercessão deste santo, por todos aqueles que hoje se encontram em situações de prisões: sejam elas físicas, espirituais ou psicológicas. Libertai-nos, Senhor. Amém!”  São José Cafasso, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 23 de junho:  Mártires de Nicomédia, hoje Izmit, na Turquia, que sofreram serenamente o martírio pelo nome de Cristo. († 303) Santa Ediltrudes, abadessa, no mosteiro de Ely, na Inglaterra oriental, que, sendo filha de reis e ela própria rainha da Nortúmbria, depois de recusar duas vezes o matrimónio, recebeu do santo bispo Vilfredo o véu religioso no mosteiro por ela construído, no qual, com o seu exemplo e exortações, ela presidiu como mãe de muitas virgens. († 679) São Bílio, bispo e mártir, atualmente na França, que, segundo a tradição, foi morto pelos Normandos quando saquearam a cidade. († c. 914) Beato Lanfranco, na Lombardia bispo, homem pacífico, que sofreu muitas tribulações para promover a paz e concórdia na cidade. († 1194) São Valério, atualmente na Bélgica, presbítero, que, segundo a tradição, foi morto a golpes de remo, quando atravessava o rio Mosa, por um presbítero, seu sobrinho, cuja vida viciosa censurava. († 1199) Beata Maria, em território da atual França, a que, dotada de graças místicas, com o assentimento do seu esposo viveu reclusa numa cela, e depois fundou e dirigiu o instituto designado das «Beguinas». († 1213) Beato Pedro Tiago de Pêsaro, hoje nas Marcas, região da Itália, o presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († c. 1496) São Tomás Garnet, em Londres, na Inglaterra, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, ordenado sacerdote no Colégio dos Ingleses de Valladolid e tendo regressado à Inglaterra, foi duas vezes encarcerado e finalmente sofreu o patíbulo de Tyburn, no reinado de Jaime I. († 1608)  Beata Maria Rafaela (Santina Cimátti), em Alátri, no Lácio, região da Itália, Virgem, das Irmãs da Misericórdia para os Enfermos. († 1945) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews Franciscanos.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Santos João Fischer e Tomás More, decapitados por defenderem a sua fé

Defesa da fé e da verdade Em 1935, Pio XI canonizou João Fischer e Tomás More no mesmo dia. Os santos são celebrados juntos: sofreram o martírio pela coragem com que defenderam a fé e são dois grandes exemplos de fidelidade a Jesus. Opondo-se ao rei Henrique VIII, na controvérsia sobre o seu matrimónio e sobre o primado do Romano Pontífice, preferiram servir ao Rei Eterno. Defenderam os valores cristãos de indissolubilidade do matrimônio, o respeito pelo patrimônio jurídico e a liberdade da Igreja em relação ao Estado; e, assim, foram encarcerados na Torre de Londres. São Tomás More [1478-1535] Nascido em Chelsea, Londres, na Inglaterra, no ano de 1478, o santo foi, desde cedo, educado na fé cristã. Logo cedo, a sua inteligência brilhante o fez ser notado e ele foi enviado à Universidade de Oxford, onde com vinte e dois anos já era doutor e professor em direito. Vida religiosa X Matrimônio Tomás More pensou em tornar-se religioso, era um frequentador dos franciscanos e, por um período, dos cartuxos também. Porém, sentiu que não era esse o seu caminho e trilhou a vocação matrimonial, com grande entrega, presença e devoção aos seus. Vocação cristã Conhecido por uma personalidade muito simpática, pelo seu bom humor e por uma forte fé cristã, o santo tinha uma vocação específica nos meios da política, da literatura, do direito. Assumiu diversos cargos diplomáticos: foi juiz, conselheiro, secretário e, em tudo, sempre atuou em favor da defesa da fé cristã, principalmente no tempo da Reforma Protestante. Escreveu obras famosas, como: “O diálogo do conforto contra as tribulações”, um dos mais tradicionais e respeitados livros da literatura britânica. Outros livros famosos são “Utopia” e “Oração para o bom humor”. Um tempo depois, Tomás pediu demissão e um novo tempo iniciou em sua vida. Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender às suas reais necessidades. Sua casa sempre estava repleta de intelectuais e pessoas humildes. São João Fischer, bispo de Rochester [1469-1535] Nascido em Beverley, na cidade de Yorkshire, na Inglaterra, no ano de 1469. Órfão de pai ainda pequeno, aos quatorze anos era um aluno brilhante de inteligência extraordinária. Ingressou na famosa Universidade de Cambridge, onde recebeu o diploma de Teologia e foi ordenado sacerdote. Sacerdócio e Bispado Tornou-se confessor e capelão pessoal da condessa Margarida Beaufort, futura avó de Henrique VIII. Atuou como vice-chanceler e chanceler em obras de estudos das línguas da Bíblia, para aprofundamento nas Escrituras. Foi eleito bispo de Rochester, com 35 anos. Distribuía esmolas com generosidade e as portas de sua casa estavam sempre abertas para os visitantes, peregrinos e necessitados. Ele levava uma vida tão austera como a de um monge. O bispo Fisher também combateu os erros da Reforma Protestante, escrevendo quatro livros, que o tornaram famoso em todo o mundo cristão. Condenação dos santos Em 1535, o rei Henrique VIII desejou divorciar-se de sua legítima esposa para casar-se com a cortesã Ana Bolena. O bispo João Fisher foi o primeiro a posicionar-se contra aquele escândalo. O rei Henrique VIII conseguiu que o Parlamento inglês o declarasse chefe supremo da Igreja na Inglaterra, em substituição ao Papa da Igreja Católica, com a aprovação de todos os que desejavam conservar seus altos postos no governo. João Fisher declarou no Parlamento que: "Querer substituir o papa de Roma pelo rei da Inglaterra, como chefe de nossa religião, é como gritar um 'morra' à Igreja Católica", e isso seria um erro absurdo. Ainda estava preso quando foi nomeado cardeal pelo Papa Paulo III. Ao ser informado, o rei exclamou: "Enviaram-lhe o chapéu de cardeal, porém não poderá colocá-lo, porque eu lhe mandarei cortar a cabeça". E assim o fez. Da mesma forma, São Tomás Moro deixou registrada a sua irreverência àquela farsa real, por meio da declaração pública que pronunciou antes de morrer: “Sedes minhas testemunhas de que eu morro na fé e pela fé da Igreja de Roma e morro fiel servidor de Deus e do rei, mas primeiro de Deus. Rogai a Deus a fim de que ilumine o rei e o aconselhe”. O Papa João Paulo II, no ano 2000, declarou são Tomás More Padroeiro dos Políticos. O chanceler Tomás Moro e o bispo católico João Fisher eram as figuras mais influentes da corte. Os dois foram decapitados: o primeiro foi João, em 22 de junho de 1535, e duas semanas depois foi a vez de Tomás. A minha oração “Senhor, estes dois servos não tiveram medo ou receio em servir a Verdade. Conceda-me também a grande graça de defender a fé cristã em qualquer circunstância e de ser-lhe fiel até o fim. Amém!"  Santos João Fischer e Tomás More, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 22 de junho: São Paulino, bispo, que recebeu o baptismo em Bordéus, renunciou ao consulado e, sendo um homem nobre e rico, se fez pobre e humilde por amor de Cristo. († 431) São Flávio Clemente, mártir, em Roma, que, foi condenado à morte pela fé de Cristo. († 96) Santo Albano, mártir, território da atual Inglaterra, que, segundo a tradição, ainda não batizado se entregou em lugar de um clérigo que tinha recolhido em sua casa e do qual recebera os ensinamentos da fé cristã, trocando com ele as vestes. Por isso, foi flagelado, atrozmente atormentado e finalmente decapitado. († c. 287) Os santos Júlio e Aarão, mártires, em Caerleon, na Bretanha Menor, região da atual França, que, durante a perseguição, sofreram o martírio depois de Santo Albano. († s. IV in.) Santo Eusébio, bispo de Samosata, que morreu mártir com a cabeça partida com uma telha atirada contra ele por uma mulher ariana. († 379) Comemoração de São Nicetas, bispo de Remesiana, que São Paulino de Nola louva com um eloquente poema, por ter anunciado o Evangelho aos bárbaros, transformando-os em ovelhas de Cristo conduzidas ao redil da paz. († c. 414) Beato Inocêncio V, papa, em Roma, que depois de ter tomado o hábito da Ordem dos Pregadores e ensinado a sagrada teologia em Paris, aceitou com relutância a sede episcopal de Lião e orientou, juntamente com São Boaventura, o Concílio Ecuménico para a unidade entre os Latinos e os Gregos separados. († 1276) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews Franciscanos.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova  

São Luís Gonzaga, padroeiro dos jovens

Origens e nobreza São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione, Itália. Era o primogênito de Marta Tana di Sántena e de Ferrante Gonzaga. Pertencente à nobreza, recebeu, por parte de sua mãe, a formação cristã e, da parte de seu pai, a motivação a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses, mas, graças ao amor de Deus, Luís desde cedo deixou-se possuir por esse amor, nunca se deixando influenciar pelo luxo e o poder. Consagração a Virgem Maria Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação. E diante das zombarias e das incompreensões, ele dizia: "Busco a salvação! Busquem-na vocês também!". Jesuítas Tinha 14 anos quando decidiu renunciar aos bens materiais e seguir os caminhos da fé. Entregando-se à caridade, ingressou no noviciado jesuíta. Após essa etapa, ele foi para Roma iniciar os estudos de Teologia. Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos. Epidemia e páscoa Neste período, uma grande epidemia de várias doenças se espalhava por Roma, deixando muitas vítimas. Compadecido com os doentes, com apenas 23 anos, Luís adoeceu e acabou falecendo, antes mesmo de tornar-se padre, no dia 21 de junho de 1591. Padroeiro Foi canonizado pelo Papa Bento XIII em 1726, sendo proclamado "Patrono da Juventude". Depois, foi nomeado protetor dos estudantes. São João Paulo II o nomeou, em 1991, padroeiro dos pacientes de AIDS. Suas relíquias estão na Igreja Santo Inácio, em Roma, e é venerado no dia de sua morte. A minha oração "Senhor, ensinai-me a também gastar a minha juventude em amor a Ti e a todos que necessitarem. Quero, como São Luís Gonzaga, ser capaz de renunciar a todos os amores terrenos e a me dedicar com grande fervor ao Teu chamado para a minha vida. Amém!" São Luís Gonzaga, rogai por nós! Outros beatos e santos celebrados em 21 de junho: São Meveno ou Mévio, actualmente na França, abade, que, tendo nascido no País de Gales, se recolheu numa floresta da Bretanha, onde fundou um mosteiro. († s. VI) São Leufredo, no território de Evreux, na Nêustria, também na actual França, abade, que fundou o mosteiro de La Croix-Saint-Ouen, ao qual presidiu durante cerca de quarenta e oito anos. († 738) São Rodolfo, na atual França, bispo, que, pela sua grande solicitude pela vida sacerdotal, compôs, em colaboração com os presbíteros da sua Igreja, uma colectânea de capítulos dos Santos Padres e sentenças de cânones para uso pastoral. († 866) São Raimundo, em Huesca, cidade de Aragão, região da Espanha, que era cónego regular quando foi nomeado bispo de Roda e de Barbastro e, porque não quis vencer os inimigos do nome cristão pela força das armas, foi três vezes expulso da sua sede. († 1126) Beato Tomás Corsíni, religioso da Ordem dos Servos de Maria, em Orvieto, na Toscana, região da Itália. (1343) São João Rigby, mártir, em Londres, na Inglaterra, que, detido e condenado à morte por se ter reconciliado com a Igreja católica no reinado de Isabel I, foi suspenso da forca em Southwark e esquartejado ainda vivo. († 1600) Beato Tiago Morelle Dupas, presbítero e mártir, num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, que, sempre severo consigo e amável com os outros, durante a Revolução Francesa foi condenado à prisão por exercer o ministério paroquial no território de Poitiers e morreu de fome e inanição. († 1794) Beata Liberata Ferrarons i Vives, virgem da Ordem Terceira Carmelita. († 1842) São José Isabel Flores, em Zapotlanejo, localidade do México, presbítero e mártir no tempo da grande perseguição. († 1927) Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt jesuitasbrasil.org Vaticannews – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Beatas Irmãs: Teresa, Mafalda e Sancha

Beatas Teresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas. Renunciaram ao mundo e aos seus bens para se consagrarem à religiosidade. Souberam usar suas virtudes cristãs para se tornarem exemplo para os povos. Teresa, religiosa [† c. 1250] A primogênita nasceu em 1176. Desde cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas, conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos, o casamento foi nulo. Ela voltou para casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão. Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus. Mafalda, virgem [† c. 1256] Nasceu em 1195, teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou-se com Henrique I de Castela, mas este faleceu; sem consumar o casamento, ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa. Viveu a total dependência de Deus, preferindo o recolhimento e a vida do claustro. Sancha, virgem [† c. 1229] Nasceu em 1180 e foi a primeira das irmãs a renunciar aos bens. A jovem não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte. Beatificação A 13 de dezembro de 1705, Teresa foi beatificada pelo Papa Clemente XI através da bula Sollicitudo Pastoralis Offici, juntamente com a sua irmã Sancha. E a 27 de junho de 1793, foi beatificada pelo Papa Pio VI, Mafalda. Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração que buscaram a vontade de Deus. A minha oração "Senhor, estas três irmãs tudo deram a Ti. Viveram santamente e devotamente a Tua Vontade, o Teu querer e o Teu amor. Conceda-me a mesma graça de tudo dispor para Ti e de entregar tudo o que sou e que tenho para a Tua honra e glória. Amém!" Beatas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 20 de junho: São Metódio, bispo de Olimpo e mártir, que escreveu livros de exposição clara e harmoniosa e no final da perseguição do imperador Diocleciano foi coroado com o martírio. († c. 312) São Gobano, atualmente na França, presbítero, que, natural da Irlanda, foi discípulo de São Fusco na Inglaterra e, por amor de Cristo, levou vida eremítica na floresta. († c. 670) São João de Matera, no mosteiro de São Tiago de Fóggia, na Apúlia, região da Itália, abade, que foi insigne pela sua austeridade e pela sua pregação ao povo e, na região de Gárgano, fundou a Congregação de Pulsano sob a observância da regra de São Bento. († 1139) Beata Margarida Ebner, no mosteiro de Medingen, na Baviera, Alemanha, a virgem da Ordem dos Pregadores, que, sofrendo por Cristo muitas tribulações, teve uma vida santa, admirável aos olhos de todos e agradável a Deus, e escreveu várias obras sobre a experiência mística.(† 1351) A paixão do Beato Dermício O’Hurley, em Dublin, na Irlanda, bispo e mártir, jurista leigo, que, por vontade do Papa Gregório XIII, foi nomeado bispo de Cashel. Depois de sofrer interrogatórios e torturas durante vários meses, negando firmemente todas as calúnias, declarou publicamente que morria por causa da fé católica e pelo ministério episcopal. († 1584) Beata Margarida Ball, em Dublin, mártir, que, já viúva, por acolher em sua casa vários sacerdotes perseguidos, por denúncia de um dos filhos foi presa e, depois de vários gêneros de torturas no cárcere, morreu septuagenária em dia incerto († 1584) Beatos mártires Francisco Pacheco, presbítero, oito companheiros,  em Nagasáki, no Japão, da Companhia de Jesus, que foram queimados vivos em ódio à fé cristã. († 1626) Beatos mártires Tomás Whitbread e companheiros Guilherme Harcourt, João Fenwich, João Gavan e António Turner, presbíteros da Companhia de Jesus, que, acusados falsamente de tomar parte numa conjura para assassinar o rei Carlos II, sofreram na praça de Tyburn o martírio pelo reino dos Céus, em Londres, Inglaterra. († 1679) Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São Romualdo, um viajante incansável

O monge Romualdo foi um viajante incansável. Suas pregações eram feitas mais com os fatos do que com as palavras, ao percorrer toda a península italiana. Ele manteve muitos encontros na sua vida: todos o procuravam e queriam conversar com este "santo abade" e ele recebia todos, embora ele quisesse apenas o recolhimento no silêncio da oração. Formação e vocação Romualdo nasceu em uma família nobre de Ravena, em 952. Após uma disputa sangrenta, que envolveu sua família, amadureceu a sua vocação de seguir a vida monacal, entrando, com seu pai, para o mosteiro de Santo Apolinário em Classe. Como monge, impôs-se uma vida severa de penitência, meditação e oração. Devido às suas nobres origens, Romualdo era requisitado em todos os lugares para exercer suas funções eclesiásticas e políticas. Em Veneza, escolheu com diretor espiritual o eremita Marino e conheceu um dos mais importantes monges reformadores do século X: o abade Guarino, que acompanhou até Catalunha, onde permaneceu por dez anos e completou a sua formação. Amigo da solidão Ele descobriu que a solidão não o afastava dos irmãos, da vida da igreja e dos pobres, mas, pelo contrário, o enraizava numa comunhão e solidariedade mais profunda com eles. Ao retornar a Ravena, em 988, Romualdo renunciou, oficialmente, ao cargo de abade  e começou a viajar. Sua primeira etapa foi Verghereto, perto de Forlí, onde fundou um mosteiro em honra de São Miguel Arcanjo. Ali, por causa das suas contínuas advertências aos monges, sobre a disciplina e a moral, foi obrigado a se mudar novamente. Em 1001, retornou para Santo Apolinário em Classe, onde se tornou abade. Mas esta não é a vida que ele queria. Então, após um ano, renunciou e se refugiou em Montecassino. Ali, viveu, por um período, em uma caverna; depois, fundou um eremitério em Sítria, na região da Úmbria, onde permaneceu por sete anos. Todos os mosteiros e cenóbios que fundou eram pequenos, porque achava que nas grandes estruturas se corria o risco de perder o silêncio, tão necessário para o recolhimento. Herança aos camaldulenses Seguindo o ensinamento da Regra de São Bento, faz do amor ao Senhor e entre os irmãos, a sua regra suprema de vida. Solidariza-se com as dificuldades da vida da Igreja e da vida monástica do seu tempo e abraça os desafios pela sua renovação. Os discípulos chamaram este seu ensinamento de “relacionar-se segundo a lei suprema do amor fraterno” (privilégium amoris). Com seu exemplo, mais que com seu ensino verbal, deixa a seus discípulos uma herança que se manifestará muito fecunda e ao mesmo tempo portadora de tensões. Dá-se uma tríplice oportunidade para realizar a vocação monástica, uma em comunhão e complementariedade com outra: a vida fraterna no mosteiro, útil, sobretudo para iniciar a vida monástica; a vida na solidão do eremitério que pressupõe certa maturidade humana e espiritual; a dedicação a testemunhar o evangelho até o dom da vida, por aqueles que o Espírito impele a abandonar tudo para se unir totalmente com Cristo (triplex bonum). Peregrino nesta terra Durante suas peregrinações, Romualdo esteve em Casentino, em 1012, onde conheceu o conde de Arezzo, Maldolo, proprietário de uma casa e de uma floresta, lugar que, depois, recebeu o nome de Camáldoli. Encantado pela figura deste anacoreta, o conde presenteou-lhe as suas propriedades, onde Romualdo criou um asilo e construiu um eremitério para religiosos contemplativos, aos quais lhes deu uma Regra semelhante à beneditina. Porém, o monge se transferiu de novo: foi para a região das Marcas, onde fundou um mosteiro em Val de Castro; ali reservou para si uma pequena cela, onde faleceu em 19 de junho de 1027. Mesmo morto, viajou, pois suas relíquias foram trasladadas, primeiro para Jesi e, depois, para Fabriano, junto à igreja camáldula de São Brás. São Romualdo foi canonizado por Clemente VIII, em 1595. Testemunhas Sobre São Romualdo temos duas preciosas testemunhas. São Bruno Bonifácio (†1009), narra sua experiência pessoal de Romualdo na “Vida dos cinco Irmãos”. São Pedro Damião (†1072) descreve seu caminho interior e sua aventura humana na “Vida de São Romualdo”. A minha oração "Ó santo abade, que nossa vida esteja escondida em Jesus e n’Ele possamos encontrar sentido perene. Mesmo na solidão ou desavença, viver o amor dedicado a Jesus onde ele nos indicar."  São Romualdo , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 19 de Junho: Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, também região da Itália, a comemoração dos santos Gervásio e Protásio, mártires. († trasl. 386) Nos montes Vosgos, na Borgonha da Austrásia, atualmente na França, São Deusdado, bispo de Nevers. († c. 679) No mosteiro de Fécamp, na Nêustria, também na atual França, Santa Quildomarca, abadessa. († c. 682) Em Saragoça, na Hispânia, São Lamberto, mártir. († c. s. VIII) Em Caltagirona, na Sicília, região da Itália, a trasladação do Beato Gerlando, cavaleiro da Ordem de São João de Jerusalém. († c. 1271) Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santa Juliana Falconiéri, virgem, que fundou a Ordem Terceira dos Servos de Maria. († c. 1341) Em Pêsaro, no Piceno, hoje nas Marcas, também na região da Itália, a Beata Miquelina, viúva, que tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. († 1356) Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Sebastião Newdigate, Hunfredo Middlemore e Guilherme Exmew, presbíteros da Cartuxa, consumados no martírio. († 1535) Também em Londres, o Beato Tomás Woodhouse, presbítero da Companhia de Jesus, mártir. († 1573) Em Wuyi, localidade próxima da cidade de Shenxian, no Hebei, província da China, os santos Remígio Isoré e Modesto Andlauer, presbíteros da Companhia de Jesus e mártires († 1900) Em Roma, a Beata Helena Aiello, religiosa mística e fundadora da Congregação das Religiosas Mínimas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. († 1961) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] https://camaldolenses.com.br/sao-romualdo - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São Gregório Barbarigo, servidor da Igreja

Órfão na infância Gregorio Giovanni Gaspare Barbarigo nasceu em Veneza, em 16 de setembro de 1625, em uma família nobre. Gregório logo conhece o sofrimento quando perde a sua mãe para a peste aos dois anos de idade. Seu pai, senador da República de Veneza, enviou-o, em 1643, junto com o embaixador veneziano Alvise Contarini para Münster, na Alemanha, onde se preparava a paz de Vestfália, que colocaria fim à sangrenta Guerra dos Trinta Anos.  O encontro com o Papa Aqui tem lugar um encontro decisivo para a vida do jovem Gregório: aquele com o Cardeal Fabio Chigi, futuro Papa Alexandre VII. Depois de completar seus estudos em Pádua, Gregório tornou-se padre aos 30 anos. Alexandre VII enviou-o a Roma e, com a eclosão da peste, confiou-lhe a coordenação do socorro aos enfermos, que Gregório Barbarigo realizou com muito amor e dedicação. A confiança de Alexandre VII é então renovada ao colocá-lo à frente da diocese de Bérgamo em 1657. Anos depois, em 1664, ele será encarregado da diocese de Pádua.  Estilo pastoral Seu "estilo" será em ambos os casos inspirado em São Carlos Borromeo, um modelo para Gregório que, antes de tudo, vende todos os seus bens para dá-los aos pobres. Visita por toda a parte as paróquias das dioceses que lhe são confiadas, assiste os moribundos, divulga a imprensa católica entre o povo, aloja-se nas casas dos pobres. Durante o dia, ensina catecismo às crianças; à noite, reza. No seu centro está também a formação dos sacerdotes, pela qual está profundamente empenhado no Seminário de Pádua, que chega a ser considerado um dos melhores da Europa. Relacionamento com a Igreja Oriental Outro momento importante do compromisso de São Gregório Barbarigo é o da reunificação com as Igrejas Orientais. Depois de ter sido bispo de Bérgamo e antes de exercer o ministério em Pádua, passou mais um período em Roma. Em 1658, Alexandre VII fez dele um cardeal. Estes são os anos em que participa em vários conclaves. Inocêncio XI o escolhe como seu conselheiro e Gregório trabalha pela reunificação com as Igrejas Orientais. Estimado pelos Papas e amado pelo povo, Barbarigo morreu em Pádua em 1697. A minha oração "Querido santo, precisamos estar atentos aos mais necessitados, recordando que eles escondem Jesus em suas misérias. Ajudai-nos a viver sem perder nenhuma oportunidade de amar. Amém!"   São Gregório Barbarigo , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 18 de Junho: Santos Marcos e Marceliano, mártires, em Roma, no cemitério de Balbina, junto à Via Ardeatina. († c. 304). São Leôncio, no atual Líbano, soldado martirizado. († s. IV) Santos Ciríaco e Paula, mártires, na África Setentrional. († s. IV) Santo Amando, bispo, em Bordéus, na Aquitânia, atualmente na França, († s. V) São Calógero, eremita, no monte Gemmariaro, perto de Sciacca, na Sicília ocidental. († s. V) Santa Isabel, na atual Alemanha, virgem, insigne na observância da vida monástica. († 1164) Beata Hossana Andreási, em Mântua, na Lombardia, região da Itália, virgem das Irmãs da Penitência de São Domingos. († 1505) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova