Santos

Festa da Transfiguração do Senhor

História A festa da Transfiguração recorda a dedicação das Basílicas do Monte Tabor, celebrada desde o fim do século V. Esta festa é posterior à da Exaltação da Cruz (14 de setembro), da qual depende a sua data, marcada para 6 de agosto, 40 dias antes da Exaltação da Cruz. A festa começou a ser celebrada também no Ocidente, a partir do século IX, quando foi inserida no calendário romano pelo Papa Calisto III, em 1457: uma ocasião histórica pela feliz recordação da vitória contra os Turcos, ocorrida no ano anterior, que ameaçavam seriamente o Ocidente. Festa no Oriente A Transfiguração do Senhor está entre as grandes festas e solenidades da Igreja oriental, vem precedida com a oração das vésperas solene, seguido da grande vigília de oração, é evidente que, para os nossos irmãos orientais, esta festa tem uma importância extraordinária, pois traduz profundamente a teologia da divinização do homem. Sagrada Escritura O episódio da Transfiguração chegou até nós por meio dos relatos dos Evangelhos Sinóticos (Mt 17,1-9; Mc 9,2-10; Lc 9,28-36), mas também por meio de uma alusão, contida na Segunda Carta de São Pedro Apóstolo (1.16 a 18), proposta pela forma litúrgica como uma leitura do livro do profeta Daniel (7-9-10.13-14), se a festa for celebrada na semana. Neste evento prodigioso, Moisés e Elias (a Lei e os Profetas) apareceram conversando com Jesus. Diante de tudo isso, Pedro se voltou para Jesus para expressar a sua admiração e seu temor pelo que ele e os outros dois discípulos tinham visto e em que eles estavam participando: "Rabino, que quer dizer (mestre), é bom estarmos aqui: vamos fazer três tendas, uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Uma nuvem chegou, símbolo da presença divina como a que acompanha os judeus, (cf. Êxodo 16, 16), que os envolveu com sua sombra, da qual veio uma voz: “Este é o meu Filho amado: escutai-o!”, repetindo o que Deus, o Pai, já havia revelado por ocasião do batismo de Jesus no Jordão, a primeira teofania da Trindade. “Filho Amado” é um dos mais importantes títulos cristológicos, inspirados por (Isaías 42, 1), onde o termo “amor” significa o Servo de Javé, enquanto o convite: “ouvir”, lembra (Deuteronômio 18,25), onde Moisés anuncia a vinda do profeta do fim dos tempos ao qual o povo deve ouvir. Essa voz e a sombra da nuvem lançaram os discípulos em grande medo, de modo a prostrá-los ao chão. Mas quando os discípulos olharam em volta, não viram senão só Jesus. Esta presença, é o único essencial, é a coisa mais importante a ser encontrada no final de uma grande experiência. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém sobre a experiência teofânica vivida, exceto depois que o Filho do Homem ressuscitou dos mortos, o que eles não compreenderam. Teofania A Transfiguração é, portanto, uma teofania, uma manifestação tanto da vida divina de Cristo como da Trindade. Nesse sentido, o episódio da vida de Jesus é considerado como o batismo de Jesus no Jordão. A voz do Pai declara Jesus como seu filho amado; o Filho está brilhando de luz, símbolo de sua descida divina; o Espírito envolve os discípulos à sombra da nuvem, tornando-se o portador da voz que testemunha a identidade de Jesus. Jesus foi transfigurado aos olhos dos seus discípulos, e até mesmo os olhos dos discípulos foram transfigurados, no sentido de uma transformação de sua capacidade de ver, contemplar, para ser capaz de encontrar em Cristo a glória de Deus através do Espírito Santo. A minha oração "Jesus, amigo de todos, assim como manifestastes a Tua glória aos discípulos, Te pedimos que se manifeste a nós, para que Te conheçamos melhor e Te amemos acima de tudo, acima de todos! Que o encontro contigo deixe marcas profundas em nossa história. Amém!" Outros santos e beatos celebrados em 06 de Agosto: Em Roma, junto à Via Ápia, no cemitério de Calisto, a paixão de São Sisto II, papa, e seus companheiros. († 258) Em Alcalá de Henares, na Hispânia Cartaginense, hoje na Espanha, os santos irmãos Justo e Pastor, mártires. († 304) Em Roma, junto de São Pedro, o sepultamento de Santo Hormisdas, papa, que, como bom promotor da paz, conseguiu que no Oriente fosse resolvido o cisma de Acácio e no Ocidente fossem respeitados pelos novos povos os direitos da Igreja. († 523) Em Savona, na Ligúria, região da Itália, o Beato Octaviano, bispo e irmão do papa Calisto II. († 1132) No território do Luxemburgo, o Beato Gecelino, eremita. († c. 1138) Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, o dia natal de São Domingos de Gusmão, presbítero. († 1221) Em Montevideu, no Uruguai, Santa Maria Francisca de Jesus (Ana Maria Rubatto), virgem, que, em Loano, cidade próxima de Savona, na Itália, fundou o Instituto das Irmãs Terciárias Capuchinhas. († 1904) Perto de Gandia, no território de Valença, na Espanha, o Beato Carlos López Vidal, mártir. († 1936) Em Roda-Holot, na Catalunha, também na Espanha, o Beato Adolfo Jaime (António Serra Hortal), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Talavera de la Reina, próximo de Toledo, também na Espanha, o Beato Saturnino Ortega Montealegre, presbítero da diocese de Toledo e mártir. († 1936) Perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Tadeu Dulny, mártir. († 1942)Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt CNBB.or.br - Transfiguração do Senhor Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Bianca Vargas

Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior

Milagre da Neve Ao frade Bartolomeu de Trento, que viveu na metade do século XIII, devemos a versão sobre a origem da basílica de Santa Maria Maior. Segundo uma antiga lenda, um casal romano rico pediu luzes a Virgem para saber como empregar a sua fortuna. Então, em sonhos, recebeu uma mensagem de que Maria queria que lhe fosse construída uma igreja, precisamente sobre o monte Esquilino, que, entre os dias 4 e 5 de agosto, em pleno verão europeu, estaria coberto de neve. No dia 5 de agosto do ano 358, em pleno verão italiano, nevou no centro de Roma. Segundo a tradição, a Praça Santa Maria Maior foi palco da evocação deste milagre. A Virgem havia indicado aquele lugar ao então pontífice Libério, para que fosse construído um templo em sua honra. A Basílica de Santa Maria Maior é chamada também Basílica de Nossa Senhora das Neves. A construção da igreja teve início durante o papado de Libério, e foi consagrada pelo Papa Sixto III. Essa igreja é uma das quatro Basílicas papais. Relíquia Santa Maria Maior é a primeira Basílica do Ocidente dedicada a Virgem Maria e uma das mais belas e adornadas de Roma. Segundo a tradição, nela se encontra um relicário com um fragmento da manjedoura do Menino Jesus. Nela foi realizado o primeiro presépio que se tem notícia na Igreja, por isso também ficou conhecida como basílica de "Santa Maria do Presépio". Na basílica, encontram-se os primeiros e mais ricos mosaicos alusivos a Nossa Senhora, e é, de fato, um dos maiores e mais belo santuário mariano de toda a cristandade. Tradição das flores No dia dedicado a Virgem, em honra do local, todos os ritos litúrgicos são acompanhados de momentos em que acontece uma chuva de flores para relembrar o “milagre da neve”. Esse ato tornou-se tradição em Roma, uma expressão popular promovida até mesmo pela prefeitura da cidade. Intenção e importância A construção e dedicação desta Basílica é uma forma de reconhecer a grandeza da Santíssima Virgem Maria como Mãe de Deus. A dedicação da Basílica de Santa Maria Maior também é expressão desse amor e hiperdulia prestados hoje, nesta celebração, no mundo inteiro. Maria é a figura importantíssima e jamais pode ser deixada de lado na história da salvação. Devido a tão grande relevância, a Igreja, em sua sabedoria, dedica inúmeros templos e oferece durante o ano litúrgico várias memórias e festas, para que cada cristão possa também renovar a sua devoção a Maria, que é tão salutar para a salvação das almas. A minha oração "Queremos reconhecer-te como nossa Santíssima Mãe e a ti prestar homenagem. Amar-te e pedir o Vosso carinho e proteção, pois longe de ti não há salvação, nem segurança. Perto de ti caminho seguro e a estrada é certa! Amém." Santa Mãe de Deus , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 05 de Agosto: Em Chalons-sur-Marne, na Gália, Bélgica, atualmente na França, São Mémio, venerado como o primeiro bispo desta cidade. († s. III-IV) Em Teano, na Campânia, região da Itália, São Páris, bispo, é considerado o primeiro a ocupar esta sede episcopal. († s. IV) Em Autun, na Gália Lionense, hoje na França, São Cassiano, bispo. († s. IV) Em Nazianzo, na Capadócia, hoje Nenízi, na Turquia, Santa Nona, que foi esposa do bispo São Gregório o Velho e mãe dos santos Gregório o Teólogo, Cesário e Gorgónia. († 374) Em Áscoli Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santo Emídio, celebrado como o primeiro bispo desta cidade e mártir. († s. IV) Em Viviers, na Gália, hoje na França, São Venâncio, bispo. († d. 535) Em Tremblevif, localidade hoje chamada Saint-Viâtre, na região de Sologne, na Gália, hoje também na França, São Viador, eremita. († s. VI) Em Maserfield, localidade posteriormente denominada Oswestry em sua honra, na região de Shrewsbury, na Inglaterra, Santo Osvaldo, mártir. († 642) Em Montegranaro, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato Francisco Zanfredíni, popularmente chamado “Cecco de Pêsaro”, da Ordem Terceira de São Francisco. († c. 1350) Em San Severino, também no Piceno, Santa Margarida, viúva. († c. 1395) Num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Miguel Noël, presbítero de Ruão e mártir. († 1794) Em Más Lanes, na Catalunha, região da Espanha, o Beato Edmundo Ângelo (Pedro Masó Llagostera), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Madrid, na Espanha, os beatos mártires Maximino Fernández Marinas, Vítor Garcia Ceballos e Manuel Moreno Martínez, presbíteros, e Eduardo González Santo Domingo, religioso, todos da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1936) Em Fuente la Higuera, na Catalunha, também na Espanha, os beatos Gavino Olaso Zabala, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e companheiros mártires. († 1936) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Bianca Vargas

São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes

Origens São João Maria Vianney nasceu no ano de 1786, em Dardilly, França. Seus pais, Mateus e Maria, tiveram sete filhos; ele foi o quarto. Desde a infância, ele dizia que queria ser sacerdote. Rude camponês Ele enfrentou a resistência do pai para seguir a vida religiosa, mas, com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade, ele foi para o Seminário de Écully. No local, ele encontrou dificuldades por causa de sua falta de instrução. Os professores e superiores o consideravam um rude camponês que não conseguia acompanhar os estudos, principalmente, filosofia e teologia. Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote, porém, com um impedimento: não poderia ser confessor, já que não era considerado capaz de guiar consciências. Três anos depois, conseguiu a liberação para exercer o apostolado plenamente. Conversão de uma cidade  Então, foi designado vigário geral na cidade de Ars-sur-Formans, conhecida pelos vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos e blasfêmias. Contudo, ele reverteu essa triste realidade após treze anos de exemplo, caridade, piedade e perseverança. A igreja ficava lotada e todos queriam confessar-se. A fama de santidade de João Maria Batista Vianney percorreu toda a Europa. Muitas pessoas iam até a paróquia de Ars para ver o padre e para confessar-se com ele. Páscoa A sua vida sacerdotal durou 40 anos. Ele morreu em 1859, com 73 anos. João Maria Batista Vianney foi canonizado pelo Papa Pio XI, em 1925, mas já era venerado como santo. Foi proclamado padroeiro dos sacerdotes, além disso, no dia de sua festa, passou a ser celebrado o Dia do Padre. Minha oração "São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes, peço a vossa intercessão para não desistir dos meus objetivos, apesar das dificuldades, assim como foi com a vossa vida sacerdotal. Inspira-me a sempre estar junto de Deus. Amém." São João Maria Vianney, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 4 de agosto:  Comemoração de Santo Aristarco de Tessalônica, que foi discípulo do Apóstolo São Paulo. Em Roma, junto à Via Tiburtina, os santos Justino e Crescenciano, mártires. († 258) Em Társia, na Bitínia, atualmente na Turquia, Santo Eleutério, mártir. († s. IV) Na antiga Pérsia, Santa Ia, mártir no tempo do rei Sapor II. († c. 362) Em Tours, na Nêustria, na hodierna França, a comemoração de Santo Eufrónio, bispo. († 573) Na floresta de Panaia, perto de Catanzaro, na Calábria, região da Itália, Santo Onofre, eremita. († 995) Em Split, na Dalmácia, na atual Croácia, São Rainério, bispo e mártir. († 1180) Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Cecília, virgem. († 1290) Em Londres, na Inglaterra, o Beato Guilherme Horne, mártir, monge na Cartuxa desta cidade. († 1540) Em Montréal, no Quebec, província do Canadá, o Beato Frederico Janssoone, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1916) Em Madrid, na Espanha, o Beato Gonçalo Gonçalo, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, os beatos mártires José Batalla Parramon, presbítero, José Rabasa Bentanachs e Gil Rodício Rodício, religiosos da Sociedade Salesiana. († 1936) No campo de concentração de Dachau, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Henrique Krzystofik, presbítero e mártir. († 1942) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas

Santa Lídia, uma das primeiras a ser venerada pela Igreja

Origens  O culto a Santa Lídia é uma das tradições mais antigas da Igreja. Sua casa foi a primeira igreja fundada na Europa por São Paulo. Lídia veio da Grécia asiática e instalou-se para o seu comércio em Filipos, porto do Mar Egeu. Discípula de Paulo  Ela e a família se converteram no ano 55 quando encontraram os apóstolos Silas, Timóteo, Lucas e Paulo. Essa conversão é narrada em Ato dos Apóstolos, por São Lucas: "Dali fomos a Filipos,  que é a cidade principal daquele distrito da Macedônia, uma colônia (romana). Nesta cidade, nos detivemos por alguns dias. No sábado, saímos fora da porta para junto do rio, onde pensávamos haver lugar de oração. Aí nos assentamos e falávamos às mulheres que se haviam reunido. Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava. O Senhor abriu-lhe o coração para atender às coisas que Paulo dizia" (At 16,12-14). Depois disto, ela os convidou: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa". Influente e rica  Lídia era uma comerciante de púrpura, corante usado em tecidos finos, como a seda e a lã de qualidade. Dessa forma, ela era considerada uma mulher rica e influente, o que a ajudou a evangelizar outros filipenses. A missão de levar o Evangelho para o Ocidente a manteve próxima ao apóstolo Paulo. O nome de Lídia foi incluso no Martirológico romano pelo cardeal César Barónio, em 1607, que estava responsável pela revisão da lista de santos. Minha oração  "Ó santa Lídia, umas das primeiras santas a ser venerada, ajuda-me a abrir meu coração a Jesus como tu fizestes ouvindo os apóstolos. Que minha casa também seja Igreja, lar de fé e esperança. Amém."  Santa Lídia, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 3 de agosto:  Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santo Asprenate, primeiro bispo desta cidade. († s. II-III) Em Autun, hoje na França, Santo Eufrónio, bispo. († d. 475) No monte Mássico, região da Itália, São Martinho, que permaneceu durante muitos anos recluso numa caverna. († 580) Em Anágni,  também região da Itália, São Pedro, bispo. († 1105) Em Lucera, também região da Itália, o Beato Agostinho Kazotic, bispo, da Ordem dos Pregadores. († 1323) Em Alicante, na Espanha, o Beato Salvador Ferrándis Segui, presbítero e mártir. († 1936) Em Samalus, também na Espanha, os beatos mártires Afonso López López, presbítero, e Miguel Remon Salvador, religioso, ambos da Ordem dos Frades Menores Conventuais. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, o Beato Francisco Bandrés Sánchez, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Em Ronda, perto de Málaga, também na Espanha, os beatos António Mohedano Larriva e António Pancorbo López, presbíteros da Sociedade Salesiana e mártires. († 1936) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológico Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas

Santo Eusébio de Vercelli, exemplo de defesa do cristianismo

Eusébio nasceu na ilha da Sardenha no ano 283. Após a morte do pai, foi levado pela mãe para Roma para terminar os estudos eclesiásticos. Eusébio entrou para o clero muito jovem, e logo foi ordenado sacerdote. Em 345, foi consagrado bispo da diocese de Vercelli pelo Papa Júlio I. Exílio  Durante o Concílio de Milão, em 355, Eusébio e outros bispos foram contra o Arianismo, que negava a divindade de Cristo. Por isso, foram condenados ao exílio na Palestina. Lá, Eusébio sofreu torturas físicas e psicológicas. Em seguida, foi mandado para a Capadócia, na Turquia, e, de lá, para o deserto de Tebaida no Egito. Depois de seis anos de exílio, Eusébio, finalmente, alcançou a liberdade. Ele continuou o trabalho de evangelização indo a Antioquia, Ilíria, Itália e França. Páscoa  Eusébio faleceu no dia 10 de agosto de 371 na diocese em Vercelli. Suas relíquias foram sepultadas na catedral de Vercelli e permanecem lá até hoje. Minha oração  "Santo Eusébio de Vercelli, bispo e mártir, exemplo de defesa da fé em Cristo, pedimos a força para vencer toda a tentação e seguirmos o caminho do Evangelho. Amém."  Santo Eusébio de Vercelli, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 2 de agosto:  São Pedro Julião Eymard, presbítero. Morreu na localidade de La Mure, perto de Grenoble, na França, onde tinha nascido. († 1868) Na África Setentrional, na atual Tunísia, a comemoração de São Rutílio, mártir. († a. 212) Em Roma, no cemitério de Calisto, Santo Estêvão I, papa. († 257) No território de Burgos, na Hispânia, Santa Centola, mártir. († data inc.) Em Pádua, na Venécia, hoje na Itália, São Máximo, bispo, que é considerado sucessor de São Prosdócimo. († s. III-IV) Em Marselha, na Provença, região da Gália, atualmente na França, São Sereno, bispo. († d. 601) Em Chartres, na Nêustria, hoje também na França, São Betário, bispo. († c. 623) Em Palência, na região de Castela, na Espanha, o passamento de São Pedro, bispo de Osma. († 1109) Em Caleruega, também na região de Castela, a comemoração da Beata Joana, mãe de São Domingos. († s. XIII in.) Em Barbastro, também na Espanha, os beatos Filipe de Jesus Munárriz Azcona, João Díaz Nosti e Leôncio Pérez Ramos, presbíteros e mártires. († 1936) Também em Barbastro, o Beato Zeferino Giménez Malla, mártir. († 1936) Em Híjar, localidade próxima de Teruel, na Espanha, o Beato Francisco Calvo Burillo, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, o Beato Francisco Tomás Serer, presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores. († 1936) Em Pianura, na Campânia, região da Itália, São Justino Maria Russolíllo, presbítero da diocese de Nápoles. († 1955)Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas

Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor

Origens Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, em Nápoles, na Itália. Era filho de pais cristãos, ricos e nobres, que deram-lhe todas as condições de estudo acadêmicos como religiosos. Com 16 anos, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico, atendendo os ricos e pobres com a mesma igualdade. Entretanto, após anos de profissão, perdeu uma causa de grande repercussão social por exclusiva interferência política. Das leis humanas às leis de Deus  A situação ocasionou-lhe uma forte desilusão moral e decidiu, então, abandonar tudo e seguir a vida religiosa. A princípio, o pai não concordou, mas, quando viu Afonso renunciar à herança e aos títulos de nobreza, aceitou sua decisão. Concluiu os estudos de teologia e foi ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726, dedicando o seu sacerdócio aos mais pobres. Fundação da Congregação do Santíssimo Redentor Em 1730, decidiu de deixar Nápoles para se retirar para o eremitério beneditino da Vila dos Escravos, perto de Caserta. Ali, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Essa experiência teve um sucesso imediato em Nápoles, a ponto de atingir cerca de 30 mil inscritos para serem educados. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria. Em 1762, com 66 anos, Afonso Maria foi nomeado Bispo de Santa Águeda dos Godos, em Benevento. Após 15 anos, renunciou o cargo por problemas de saúde. Páscoa  Faleceu com 91 anos, em 1787, em Nocera dei Pagani, Itália. Deixou um acervo de cento e vinte livros e tratados. Entre os mais célebres, estão: "Teologia moral"; "Glórias de Maria", "Visitas ao SS. Sacramento"; além do "Tratado sobre a oração". Santo Afonso Maria de Liguori foi canonizado em 1839 e proclamado Doutor da Igreja, por Pio IX, em 1871. Em 1950, Pio XII o proclamou "Padroeiro celestial de todos os confessores e moralistas". Minha oração  "Ó santo mestre e doutor da Igreja, concede-nos a devoção e amor pleno a Deus, capaz de fazer-nos abandonar tudo para servi-Lo. Amém."  Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 01 de agosto:  Em Antioquia, na Síria, na Turquia, comemoração da paixão dos santos sete irmãos mártires.  Comemora-se também Santo Eleázaro, um dos escribas mais notáveis. Na Via Prenestina, a trinta milhas de Roma, São Secundino, mártir. († data inc.) Em Gerona, na Hispânia Tarraconense, São Félix, mártir na perseguição do imperador Diocleciano. († s. IV in.) Em Vercelas, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, o dia natal de Santo Eusébio, bispo, cuja memória se celebra amanhã. († 371) Em Bayeux, na Gália Lionense, hoje na França, Santo Exupério, que é venerado como primeiro bispo desta cidade. († c. s. IV) Na Aquitânia, também na atual França, São Severo, presbítero, que deu todos os seus bens para a construção de igrejas e para o serviço dos pobres. († c. 500) Em Besné, ilha próxima de Nantes, na Gália, hoje também na França, os santos Friardo e Secundelo diácono, eremitas. († s. VI) Em Marchiennes, na Gália Bélgica, atualmente também na França, São Jonato, abade, discípulo de Santo Amando.(† c. 690) Em Winchester, na Inglaterra, o sepultamento de Santo Etelvoldo, bispo, que redigiu a “Reguláris Concórdia”. († 984) Em Aosta, nos Alpes Graios, na hodierna Itália, o Beato Emérico de Quart, bispo. († 1313) Em Riéti, também na atual Itália, o Beato João Bufalári, religioso da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († c. 1336) Em Roma, São Pedro Fabro, presbítero, um dos primeiros companheiros da Companhia de Jesus. († 1546) Em York, na Inglaterra, o Beato Tomás Welbourne, mártir. († 1605) Em Nam Dinh, no atual Vietnam, os santos Domingos Nguyên Van Hanh (Diêu), da Ordem dos Pregadores, e Bernardo Vu Van Duê, presbíteros e mártires. († 1838) Em La Mure, localidade da região de Isère, na França, o dia natal de São Pedro Julião Eymard, presbítero. († 1868) Em Madrid, na Espanha, o Beato Benvindo (José de Miguel Arahal), presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores e mártir. († 1936) Em Toledo, também na Espanha, o Beato Justino Alarcón Vera, presbítero da diocese de Toledo e mártir. († 1936) No campo de concentração de Dachau, na Alemanha, o Beato Gerardo Hirschfelder, presbítero diocesano e mártir. († 1942) No campo de concentração de Dachau, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Aleixo Sobaszek, presbítero e mártir. († 1942) Num bosque próximo de Nowogrodek, cidade da Polónia, as beatas Maria Estela do Santíssimo Sacramento (Adelaide Mardosewicz) e dez companheiras da Congregação das Irmãs da Sagrada Família de Nazaré, virgens e mártires.Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano – liturgia.pt Arquisp.org.br – Produção e edição: Bianca Vargas

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus

Origens Iñigo Lopez de Loyola, nasceu em 1491, na Espanha, em uma família nobre, rica e cristã. Ele era o mais novo de treze filhos e cresceu voltado para os luxos da corte. Cavaleiro do rei Iñigo optou pela carreira militar e era um exímio cavaleiro: desde muito cedo se empenhava ao defender o que acreditava e não se importava nem de perder a própria vida dessa forma. Batalha final Em uma luta para defender Pamplona, o santo de Loyola foi ferido por uma bala de canhão que lhe fez ficar em convalescença para se recuperar. Por que não eu? Essa era a pergunta que Inácio se fez quando, no tempo em que estava repousando e não tendo livros de seu gosto para passar o tempo, ele se deparou com os livros que lhe deram, os quais narravam a vida de santos que deram tudo de si pela causa que acreditavam: o Reino de Cristo. Cavaleiro do Rei dos Reis A partir disso, viveu para defender o Reino. E trocou as coisas dessa terra pelas do Alto. Curado, foi à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte. Peregrino de Cristo Santo Inácio foi um grande peregrino nessa terra. Viveu a mendicância e grandes batalhas espirituais, mas vivia a santa indiferença: “da nossa parte, não queiramos mais saúde que enfermidade, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que vida breve e, assim por diante em tudo o mais, desejando e escolhendo somente aquilo que mais nos conduz ao fim para o qual somos criados”. Fundador Em Paris, em 1534, junto à Francisco Xavier e outros companheiros, fundou a Companhia de Jesus. Alguns membros foram enviados para evangelizar o Brasil. Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo para espalhar o cristianismo. Páscoa Morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália. Foi canonizado em 1622. Padroeiro dos Retiros Espirituais A sua incessante busca interior e as suas revelações o fizeram escrever os Exercícios Espirituais e ser considerado o santo do discernimento dos espíritos. Foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo Papa Pio XI em 1922. A minha oração "Meu querido Santo Inácio, ensinai-me a viver nesta terra como peregrina: entendendo que aqui tudo passa e que o que vale é a conquista do Reino dos Céus! Amém." Santo Inácio de Loyola, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em de 31 de julho: Em Milão, na Transpadânia, região da Itália, São Calímero, bispo.  († s. II f.) Em Sínada, na Frígia, hoje Çifitkasaba, na Turquia, os santos Demócrito, Segundo e Dionísio, mártires. († s. III) Em Cesareia, hoje Cherchell, na Argélia, São Fábio, mártir. († 303-304) Em Roma, junto à Via Latina, São Tertuliano, mártir. († c. s. IV) Em Ravena, na Flamínia, região da Itália, o passamento de São Germano, bispo de Auxerre. († 448) Em Ímola, também na Flamínia, o passamento de São Pedro Crisólogo, bispo de Ravena. († c. 450) Em Skövde, na Suécia, Santa Helena, viúva, que, injustamente assassinada, é considerada mártir. († c. 1160) Em Acquapendente, na Toscana, região da Itália, o passamento do Beato João Colombíni, rico comerciante de vestuário que se converteu à pobreza. († 1307) Em Londres, na Inglaterra, o Beato Everardo Hanse, presbítero e mártir. († 1581) Em Nishizaka, no Japão, o Beato Nicolau Fukunaga Keian, religioso da Companhia de Jesus e mártir. († 1633) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João Francisco Jarrige de la Morelie du Breuil, presbítero e mártir. († 1794) Em Cay Met, na Cochinchina, hoje no Vietnam, os santos Pedro Doan Cong Quy, presbítero, e Manuel Phung, mártires. († 1859) No vale de Alighede, na Etiópia, São Justino De Jacobis, bispo, da Congregação da Missão. († 1860) Em Granollers, na Espanha, os beatos mártires Dionísio Vicente Ramos, presbítero, e Francisco Remon Játiva, religioso da Ordem dos Frades Menores Conventuais. († 1936) Em Valência, também na Espanha, o Beato Jaime Buch Canals, religioso da Sociedade Salesiana. († 1936) Em La Arrabassada, também na Espanha, as beatas Esperança da Cruz (Teresa Subirá Sanjaume) e Companheiras, virgens da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias e mártires. († 1936) Em Toledo, também na Espanha, os beatos Nazário do Sagrado Coração (Nazário del Valle González), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e companheiros mártires. († 1936) Em Andújar, localidade da província de Jaen, também na Espanha, os beatos Prudêncio da Cruz (Prudêncio Gueréquiz Guezuraga) e Segundo de Santa Teresa (Segundo Garcia Cabezas), presbíteros da Ordem da Santíssima Trindade e mártires. († 1936) Em Paracuellos del Jarama, também na Espanha, o Beato Vítório (Martinho Anglés Oliveras), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Dachau, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Miguel Ozieblowski, presbítero e mártir. († 1942) Em Kalisz, na Polónia, o Beato Francisco Stryjas, mártir. († 1944) Em Trnava, na Eslováquia, a Beata Sidónia, virgem da Congregação das Irmãs da Caridade da Santa Cruz e mártir. Fontes:  Arquisp.org.br Martirológio Romano – Pesquisa e redação: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova – Produção e edição: Bianca Vargas

São Pedro Crisólogo, famoso pregador do Evangelho

Nome e identidade  Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois é exatamente esse o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano de 380. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono.  Conselheiro e pregador Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena.  Bispado e obras Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo Papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões. Também defendeu a autoridade do Papa, então, Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia. Morte e veneração Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento. A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja. A minha oração "Ó glorioso santo, pregador e pastor das ovelhas, intercedei por todo o clero dando a todos a graça da comunicação do Evangelho, segundo a vontade divina. E ajuda-nos a imitar-te no pastoreio daqueles que nos foram confiados." São Pedro Crisólogo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 30 de Julho: Em Roma, no cemitério de Ponciano, junto à Via Portuense, os santos Abdon e Sénen, mártires. († c. s. III) Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, Santa Julieta, mártir. († c. 303) Em Tuburbo, na África Proconsular, na atual Tunísia, as santas Máxima, Donatila e Segunda, virgens e mártires. († 304) Em Auxerre, na Gália Lionense, na atual França, Santo Urso, bispo. († s. VI) Em Gistel, na Flandres, hoje na Bélgica, Santa Godeleva, esposa e mártir. († c. 1070) Em Caleruega, localidade de Castela, região da Espanha, a comemoração do Beato Manés de Guzman, presbítero, irmão de São Domingos, seu colaborador na expansão da Ordem dos Pregadores. († c. 1235) Em Londres, na Inglaterra, os beatos Eduardo Powell, Ricardo Featherstone e Tomás Abel, presbíteros e mártires. († 1540) Em Daying, próximo de Zaoqiang, cidade do Hebei, na China, São José Yuan Gengyin, mártir. († 1900) Em Calafell, localidade próxima de Tarragona, no litoral da Espanha, os beatos mártires Bráulio Maria Corres Díaz de Cério (Paulo), presbítero, e catorze companheiros, todos da Ordem de São João de Deus. († 1936) Em Castelserás, localidade próxima de Teruel, também na Espanha, os beatos mártires José Maria Muro Sanmiguel, presbítero, Joaquim Prats Baltueña, religioso, ambos da Ordem dos Pregadores, e Zósimo Izquierdo Gil, presbítero. († 1936) Em Barcelona, também na Espanha, o Beato Sérgio Cid Pazo, presbítero da Sociedade Salesiano. († 1936) Também em Barcelona, o Beato Caetano José (Raimundo Palos Gascón), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936) Em Cabañas de la Sagra, próximo de Toledo, também na Espanha, os beatos José Maria de Nossa Senhora das Dores (Vicente José Álamo Jiménez) e Constâncio de São José (José Mata Luís), religiosos da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártires. († 1936) Em Toledo, também na Espanha, o Beato Ricardo Plá Espli, presbítero da diocese de Toledo e mártir. († 1936) Em Pádua, na Itália, São Leopoldo (Bogdan) de Castronovo Mandic, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1942) Em Guadalajara, no México, a Beata Maria Vicenta de Santa Doroteia (Doroteia Chávez Orozco), virgem, fundadora do Instituto das Servas dos Pobres. († 1949) Também no México, a Beata Maria de Jesus Sacramentado (Maria da Natividade Venegas de la Torre), virgem que fundou a Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Jesus. († 1959) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição:  Bianca Vargas 

Santos Marta, Maria e Lázaro, amigos de Jesus

Amizade com Jesus Lázaro e suas duas irmãs, Marta e Maria, eram amigos fraternos de Jesus de Nazaré. Viviam em Betânia, a cerca de três milhas de Jerusalém, e Jesus, muitas vezes, se hospedava na casa deles. A amizade entre Jesus e Lázaro é testemunhada pelas palavras com as quais Maria e Marta tinham mandado dizer-lhe para visitar o irmão doente: “Senhor, aquele que amas está enfermo”. E ainda, depois, com a chegada de Jesus, aparentemente tarde demais para salvá-lo: “Senhor, se tivesses vindo aqui – disse Marta – meu irmão não teria morrido”. As testemunhas do episódio, percebendo a perturbação e as lágrimas de Jesus diante do sepulcro fechado do amigo, murmuravam entre si: “Vejam como ele o amava...” (cf. Jo 11,3.21.36). Maria e Marta para o Papa Francisco Marta pode ser comparada àqueles muitos cristãos "que, sim, vão à missa aos domingos, mas estão sempre ocupados", têm muito o que fazer e não param para ouvir a palavra de Deus.” “A estes carecem de contemplação - afirma o Papa na Missa celebrada em Santa Marta no dia 9 de outubro de 2018. Faltava isso a Marta (…) perder tempo olhando para o Senhor”. Maria, por outro lado, “olhou para o Senhor, porque o Senhor tocou o coração dela; e daí, por inspiração do Senhor, é de onde vem o trabalho que deve ser feito depois”. E é novamente sobre Maria que Francisco centra a sua reflexão no Angelus de 21 de julho de 2019. “Deixe o que estava fazendo para ficar perto de Jesus - diz o Papa sobre ela -, ela não quer perder nenhuma de suas palavras. Tudo deve ser posto de lado - continua Francisco -, porque, quando ele vem nos visitar em nossa vida, Sua presença e Sua palavra vêm antes de tudo. O Senhor sempre nos surpreende: quando o ouvimos realmente, as nuvens se dissipam, as dúvidas dão lugar à verdade, os medos à serenidade e as diferentes situações da vida encontram o lugar certo”. E sobre a vida cotidiana, o Pontífice argumenta: "Trata-se de fazer uma pausa durante o dia, de reunir-se em silêncio, por alguns minutos, para dar lugar ao Senhor que 'passa', e encontrar a coragem de ficar um tempo separado com ele, para depois voltar, com serenidade e eficácia, às coisas cotidianas”. Por isso, para Francisco, “elogiando o comportamento de Maria, que 'escolheu a melhor parte', Jesus parece repetir a cada um de nós: para realizar bem as tarefas que a vida lhe atribui'”. No entanto, mesmo Marta deve ser imitada. Para o Papa, "esta mulher tinha o carisma da hospitalidade", por isso, seguindo o seu exemplo, devemos "assegurar que, nas nossas famílias e nas nossas comunidades, seja vivido o sentido do acolhimento, da fraternidade, para que todos possam sentir-se 'em casa', sobretudo os pequenos e os pobres quando batem à porta”. Marta e Maria, então, indicam o caminho, continua Francisco, e por isso é necessário combinar suas duas atitudes: “por um lado, 'de pé aos pés' de Jesus, para ouvi-lo enquanto ele revela o segredo de tudo para nós; por outro lado, estar atentos e prontos na hospitalidade, quando Ele passar e bater a nossa porta, com cara de amigo que precisa de um momento de refrigério e fraternidade”. Em todo caso, pela sua louvável dedicação aos preparativos, para oferecer ao hóspede uma confortável permanência na sua casa, Marta é reconhecida pela Igreja como modelo de laboriosidade. Marta e Maria são, respectivamente, exemplos de ação e contemplação, de vida ativa e de vida de oração. Logo, ambos os aspectos jamais devem faltar em um cristão, tampouco contrapor-se, mas completar-se. Fé na ressurreição Marta deu-nos um grande testemunho de fé! Das palavras que dirigiu a Jesus, há quatro dias da morte do irmão Lázaro, emerge um credo total sem hesitação nem dúvida. Marta tem uma confiança ilimitada em Deus, mesmo diante daquilo que, aos homens, possa parecer impossível. «Marta, ouvindo que Jesus estava vindo, foi-lhe ao encontro. Maria ficou sentada em casa. Então, Marta disse a Jesus: “Senhor, se você estivesse aqui, meu irmão não teria morrido. Mas, também agora, sei que tudo o que pedir a Deus ele lhe concederá”. Esta, por si só, é uma extraordinária profissão de fé! “Jesus lhe disse: Seu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso? Disse-lhe ela: Sim, Senhor, sei que você é o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”» (Jo 11,20-27). Eis a essência do cristianismo! Marta condensa toda sua fé na sua resposta, porque esta é a fé de todo fiel; uma simples resposta na qual cada cristão encontra o seu propósito de vida. O episódio da ressurreição de Lázaro, narrado apenas no Evangelho de São João, tem um valor profético e simbólico, porque preanuncia a Ressurreição de Cristo. A casa dos amigos de Betânia e o sepulcro vazio de Lázaro tornaram-se, logo, desde os primórdios do cristianismo, meta de peregrinações, às vésperas do Domingo de Ramos. Testemunha e perseguição A narração de São João prossegue dizendo que o episódio da ressurreição de Lázaro fez com que muitos dos presentes se convertessem e cressem em Jesus. Isso contribuiu para aumentar ainda mais o clima de suspeita e de ódio em relação a Jesus por parte dos Sumos Sacerdotes e Fariseus, que viam nele um perigoso subornador. Além do mais, quando Lázaro participou de um banquete, oferecido em honra de Jesus, haviam decidido matá-lo também, porque muita gente tinha acorrido para vê-lo, pois pensava-se que Ele, realmente, era o Filho de Deus. A minha oração Aos santos irmãos, pedimos a graça da amizade e da união em nossas famílias, para que, a exemplo uns dos outros, possamos ser santos, e nas diferenças de cada um realizarmos o Reino de Deus. Amém! Santos Lázaro, Maria e Marta , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 29 de Julho: Em Gangra, na Paflagónia, hoje Çankiri, na Turquia, São Calínico, mártir. († s. II-III) Na Via Portuense, a três milhas de Roma, no cemitério dedicado ao seu nome, São Félix, mártir. († s. III-IV) Também em Roma, no cemitério de Generosa, os santos Simplício, Faustino, Viadora e Rufo, mártires. († s. III-IV) Em Troyes, na Gália Lionense, na hodierna França, São Lopo, bispo. († c. 478) Em Orleães, também na Gália Lionense, São Próspero, bispo. († s. V) Em Tromdheim, na Noruega, Santo Olavo, mártir. († 1030) Em Roma, o Beato Urbano II, papa. († 1099) Em Saint-Brieuc, cidade da Bretanha Menor, região da atual França, São Guilherme Pinchon, bispo. († 1234) Em Omura, no Japão, os beatos mártires Luís Bertran, presbítero da Ordem dos Pregadores, Mâncio da Santa Cruz e Pedro de Santa Maria. († 1627) Num barco-prisão, na França, o Beato Carlos Nicolau António Ancel, presbítero da Congregação de Jesus e Maria e mártir. († 1794) Em Qingyan, província da China, os santos mártires José Zhang Wenlan, Paulo Chen Changpin, alunos do seminário, João Baptista Lou Tingyin, administrador do seminário, e Marta Wang Louzhi, viúva. († 1861) Em La Musse, na Bretanha, região da França, São Luís Martin, pai de Santa Teresa do Menino Jesus. († 1894) Em Esplugues,, na Espanha, o Beato João Baptista Egozcuezábal Aldaz, da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936) Em Calanda,  também na Espanha, os beatos Lúcio Martínez Mancebo, presbítero da Ordem dos Pregadores, e companheiros mártires. († 1936) Em Valência, também na Espanha, o Beato José de Calasanz Marqués, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936) Em Clot dels Aubins, na Espanha, os beatos Ângelo Maria Prat Hostench, presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e companheiros. († 1936) Fontes: Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas vatican.va e vaticannews.va Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Bianca Vargas

Beatos José Caselles Moncho e José Castell Camps, mártires Salesianos

Os Beatos José Caselles Moncho e José Castell Camps foram presbíteros da Sociedade Salesiana, na Espanha, e mártires. José Caselles Moncho Nasceu em 8 de agosto de 1907, em Benidoleig (Alicante). Estudou num colégio Salesiano de Valência e logo foi para o aspirantado, em Campello até 1927. Cursou teologia em Carabanchel, Madrid, e foi ordenado sacerdote em 1936, em Valência. Em seguida, foi enviado para Tibidabo. Entre 1936 e 1939, aconteceu a Guerra Civil Espanhola, e José Caselles Moncho dedicou-se a assegurar o refúgio as crianças que viviam na região. Ele foi capturado, torturado e foi assassinado em Barcelona em 27 de julho de 1936. José Castell Camps Don José nasceu, em 1902, em Ciutadella de Menorca, Espanha. Foi a Campello e Carabanche para estudar com os salesianos. Entrou para a congregação em 1918, e ordenou-se sacerdote em 1927. Foi a Tibidabo em 1933 e, depois, voltou a Barcelona em busca de refúgio. Porém, foi capturado por uma patrulha de milicianos que o mataram em 28 de julho de 1936.
 Beatificação 
José Caselles Moncho e José Castell Camps foram beatificados pelo Papa João Paulo II em março de 2001.
Minha oração 
'Pela intercessão dos Beatos José Caselles Moncho e José Castell Camps, peço a Deus que ilumine minha caminhada de fé e que não me deixe fraquejar diante às dificuldades. Amém." 
Beatos José Caselles Moncho e José Castell Camps, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 28 julho:
Comemoração dos santos Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau prosélito de Antioquia. Em Roma, São Vítor I, papa, africano, que estabeleceu que o dia da Páscoa fosse celebrado em toda a Igreja no domingo a seguir à Páscoa judaica. († c. 200) Comemoração de numerosos mártires, que, na Tebaida do Egito, padeceram durante a perseguição dos imperadores Décio e Valeriano. († c. 250) Em Mileto, na Cária, Santo Acácio, mártir no tempo do imperador Licínio. († 308/311) Em Milão, atualmente na Lombardia, região da Itália, os santos Nazário e Celso, mártires, cujos corpos foram encontrados por Santo Ambrósio. († inv. 395) Em Troyes, na Gália, hoje na França, São Cameliano, bispo, que foi discípulo de São Lopo e seu sucessor. († s. VI) Em Dol, também na atual França, São Sansão, abade e bispo. († c. 565) Na Suécia, São Botvido, mártir, que foi assassinado por um homem que ele próprio tinha resgatado da escravidão.(† 1100) Em Nishizaka, localidade de Nagasáki, no Japão, o Beato Miguel Kusuriya, mártir. († 1633) Em Nam Dinh, no atual Vietnam, São Melchior Garcia Sanpedro, bispo da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1858) Em Madrid, na Espanha, São Pedro Poveda Castroverde, presbítero e mártir, que fundou o Instituto Teresiano. († 1936) Em Purroy de la Solana, também na Espanha, os beatos Manuel Segura López, presbítero, e David Carlos Marañón, religioso. († 1936) Em Ronda, perto de Málaga, também na Espanha, os beatos Miguel Molina de la Torre e Paulo Caballero Lopez, presbíteros, Honório Hernández Martin e João Luís Hernández Medina, religiosos, todos da Sociedade Salesiana e mártires. († 1936) Em Madrid, também na Espanha, os beatos mártires Sabino Hernández Laso, presbítero da Sociedade Salesiana, e Miguel Léibar Garay, presbítero da Companhia de Maria. († 1936) Na estrada Madrid-Valência, também na Espanha, os beatos Pedro Alonso Fernández, Primitivo Sandin Miñambres, Lourenço Arribas Palácio e Froilão Lanero Villadangos, presbíteros da Ordem de Santo Agostinho e mártires. († 1936) Em Fernancaballeros, na Espanha, o Beato Jesus Aníbal Gómez Gómez, candidato ao sacerdócio na Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado de Maria e mártir. († 1936) Em Griñon, cidade da  província de Madrid, na Espanha, o Beato Mário Félix (Manuel José de Sousa). († 1936) Em Tarragona, também na Espanha, São Jaime Hilário (Manuel Barbal Cosan), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mártir. († 1937) Em Bharananganan, na Índia, Santa Afonsa da Imaculada Conceição (Ana Muttathupadathu), virgem e viveu entre as Clarissas Malabarenses. († 1946) Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt Es.catholic.net – Produção e edição: Bianca Vargas