12 abr 2024

São José Moscati, médico íntimo de Deus, caridoso, casto, trabalhador e despojado

Origens
Entre as estrelas de primeira grandeza do século XX conta-se São José Moscati. 
Nasceu no dia 25 de julho de 1880 em Benevento, Itália, sétimo de nove filhos do casal Francisco Moscati, presidente do tribunal daquela cidade, Rosaria de Luca, descendente dos marqueses de Roseto. Seus pais eram católicos praticantes. Tanto que José Moscati foi batizado em sua casa no dia da festa de Santo Inácio de Loyola.

Infância e vida eucarística
No ano 1884, a família do pequeno José Moscati mudou-se para a cidade de Nápoles porque seu pai fora promovido. Lá, o menino José, com apenas oito anos, fez a primeira comunhão. Mas não foi só isso. Ele teve um encontro pessoal com Jesus na Eucaristia. Nesse dia, o embrião da vida eucarística de São José Moscati ganhou vida. A Eucaristia foi, ao longo de toda sua vida, alimento espiritual diário, que guiou toda a sua história.

Opção por ser útil
Sendo o pai nomeado Conselheiro do Tribunal de Apelação de Nápoles, é nessa cidade que José Moscati faz os seus estudos. Escolheu a carreira de medicina e não de direito, como era natural, porque lhe pareceu que, como médico, podia ser mais útil ao próximo.

São José Moscati: Intercessor dos médicos patologistas

Dizeres do santo
“Desde criança — escreverá ele mais tarde —, olhava com interesse para o Hospital dos incuráveis, que meu pai me apontava do terraço da casa, inspirando-me sentimentos de piedade pela dor escondidas atrás daqueles muros”.

Generoso
Quem ficou perplexa com a escolha foi a mãe: “José é um rapaz generoso, capaz de qualquer sacrifício. Numa carreira como esta, dará até a última gota de energia para aliviar os sofrimentos alheios”.

Castidade perpétua
Aos dezessete anos, sentiu no coração o desejo de fazer voto de castidade perpétua, porém não se sentia chamado à vida religiosa nem tampouco ao sacerdócio. Isso surgiu claramente por conta da sua devoção à Virgem Maria e à Eucaristia. Ele já intuía que seu caminho seria como leigo ativo na Igreja.

Envolvido nas atividades paroquiais

Espiritualidade encarnada
Como fruto de sua devoção, revelava-se seu amor para com os pobres e necessitados. Sua devoção não era vazia nem alienada. José Moscati, na sua juventude, foi bastante ativo na vida paroquial, de missa e comunhão diária, sentia especial compaixão pelos pobres, doentes e, em especial, os incuráveis. A convivência com esses que eram esquecidos pela sociedade, o ajudou a perceber que, de fato, a vida é passageira, de que só o céu é eterno! 

Caridade com o irmão
Na juventude de São José Moscati, seu irmão Alberto começou a sofrer ataques de epilepsia. A partir de então, José passou a cuidar de seu irmão. Dispensava horas e horas de seu dia aos cuidados de Alberto. Este cuidado despertou ainda mais em José o desejo de estudar medicina. 

Carreira caritativa
José Moscati cursou a universidade de medicina em Nápoles e conseguiu com esforço e vontade de Deus segundo ele o título de doutor em 1903 com apenas 23 anos. Seu ideal era dedicar-se à profissão médica como um campo vastíssimo para praticar a caridade cristã servindo a Cristo na pessoa do doente. Nos casos de calamidades públicas que se abateram sobre Nápoles pela erupção do vulcão vesúvio, em 1906, e pela cólera que grassava naquela cidade em 1911, José Moscati não só não abandonou o posto de serviço, mas estava na dianteira prodigalizando-se com o incansável, com heroica e dedicação na assistência aos feridos e aos atacados pela contagiosa e terrível doença.

O Legado e o Final da Vida

Pai dos pobres
São José Moscati recebeu o título em Nápoles de médico e pai dos pobres. De fato, em sua profissão não visava somente a doença e seu tratamento, mas a dignidade cristã do paciente transformando sua profissão num verdadeiro apostolado. Foi um homem de profunda vida espiritual, viveu sua consagração a Cristo do celibato voluntário para sentir-se mais à vontade no serviço dos doentes.

Morte e santidade comprovada
São José Moscati faleceu aos 47 anos. Previu sua morte que se deu no dia 12 de abril de 1927, consumido pela dedicação ao trabalho. Pouco depois da morte, foi iniciado o processo de beatificação. Seu corpo hoje é venerado na Nova Igreja de Jesus em Nápoles onde se verificam numerosas curas milagrosas, continuando no céu sua caridade heroica. 

Ele foi beatificado, em 1975, pelo Papa Paulo VI. E em 25 de outubro de 1987, ele foi canonizado pelo Papa João Paulo II. Um leigo, médico que dedicou sua vida aos doentes incuráveis, aliviando seus sofrimentos e confortando seus corações.

Minha oração
“Ó Deus, que destes a São José Moscati a graça de unir a ciência, a caridade e a fé, dai-nos também o espírito de amor ao próximo, para que nos nossos trabalhos o Vosso Nome seja sempre glorificado, por Nosso Senhor Jesus Cristo, o Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

São José Moscati, rogai por nós!


Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 12 de abril

  • Santa Vísia, virgem e mártir, na Itália († data inc.)
  • São Júlio I, papa, que convocou o Concílio de Sárdica, em Roma. († 352)
  • São Zenão, bispo, cuja diligência e pregação conduziu a cidade ao batismo de Cristo, na Itália. († c. 372)
  • São Sabas o Godo, mártir, que foi morto por recusar comer alimentos imolados aos ídolos, depois de sofrer cruéis tormentos, foi lançado ao rio. († 372)
  • São Constantino, bispo, na atual França († d. 517)
  • São Damião, bispo na Lombardia, região da Itália, cuja carta sobre a verdadeira fé acerca da vontade e ação em Cristo foi lida no Concílio III de Constantinopla. († 697)
  • São Basílio, que, por defender as imagens sagradas, sofreu a flagelação, o cárcere e o exílio, na Turquia († 735)
  • Santo Erkembodo, abade de Saint-Omer e simultaneamente bispo de Therouanne, na França († 742)
  • Santo Alfério, fundador e primeiro abade do mosteiro onde viveu, na Campânia, região da Itália. († 1050)
  • Beato Lourenço, presbítero da Ordem de São Jerônimo, a quem muitos penitentes acorriam por causa da sua insigne piedade, em Portugal. († s. XIV)
  • Santa Teresa de Jesus (Joana Fernandez Solar), virgem, que, sendo noviça da Ordem das Carmelitas Descalças, consagrou a sua vida a Deus – como ela dizia – pela salvação do mundo pecador.  Morreu aos 20 anos, no Chile. († 1920)
  • São David Uribe, presbítero e mártir, que, durante a tempestuosa perseguição contra a Igreja, sofreu o martírio por Cristo Rei, no México († 1927)

Fontes:

  • vaticannews.va
  • Martirológio Romano
  • Livro: “É possível ser santo hoje!” de Padre Antonio Maria Martins
  • pvdeus.com.br
  • Canal no Youtube – A Palavra Viva de Deus Oficial

– Pesquisa: Luis Eduardo Sá – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

 

Pai das Misericórdias

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