13 jun 2022

Santo Antônio, franciscano e doutor da Igreja

Lisboa ou Pádua?

Celebramos a memória do popular santo — doutor da Igreja — que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231. Por isso, é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.

Agostinianos ou franciscanos?

Com 15 anos, entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote, com 24 anos de idade, encaminhado à carreira de filósofo e teólogo. Mas, ao conhecer a família dos franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças, o santo decidiu-se por seguir os passos de Francisco e deixou a ordem de Agostinho.

Antônio, missionário e pregador

Escolheu ser chamado de Antônio em veneração a Santo Antão — anacoreta, no Egito. Logo que entrou na Ordem Franciscana, foi enviado para Marrocos. Ali, Antônio ficou tão doente, que teve de voltar, mas, providencialmente, porque foi ao encontro do “Pobre de Assis”, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho.

Nesse sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Ele atraía grandes multidões com as suas pregações, passava diversas horas no confessionário e reservava, para si, momentos de retiro em solidão.

Páscoa

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo, servindo à sua família franciscana por meio da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isso até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna, em 13 de junho de 1231.

O santo, muito querido, amado e venerado já em vida, foi sepultado no quinto dia após sua morte, depois de uma longa decisão de onde seu corpo seria encerrado. Foi carregado em grande procissão até a Igreja de Santa Maria em Pádua.

Popularidade

Sua popularidade era tamanha, que, imediatamente, o seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo Papa Gregório IX.

Reconhecido pela influência de Santo Agostinho, Antônio conjugou, de modo original, mente e coração, pesquisa teórica, prática das virtudes, estudo e oração.

A minha oração

Querido Santo Antônio, fostes um exímio pregador e servo do Senhor. Ensina-me a ser também uma serva fiel e entregue aos desígnios de Deus para a minha vida. Quero conseguir também viver conjugando mente e coração, estudo e oração. Amém!

Santo Antônio, rogai por nós!

Outros santos e santas celebrados em 13 de junho:

  • Santa Felícula, mártir, na Via Ardeatina, a sete milhas de Roma, († c. s. IV)
  • Beato Aquileu, bispo, em Alexandria, no Egito, o insigne na erudição, na fé, na vida e virtudes. († 312)
  • São Trifílio, em Nicósia, na ilha de Chipre, bispo, que defendeu vigorosamente a verdadeira fé nicena e, como escreve São Jerónimo, foi o orador mais eloquente do seu tempo e admirável comentador do “Cântico dos Cânticos”. († 370)
  • São Ceteu ou Peregrino, nos Abruzos, região da Itália, bispo de Amiterno, que, no tempo em que os Lombardos invadiram a região, acusado falsamente de sublevar a cidade, foi por eles condenado à morte e afogado no rio. († c. 600)
  • Santo Eulógio, em Alexandria, no Egito, bispo, célebre pela sua doutrina, a quem o papa São Gregório Magno escreveu várias cartas, escrevendo sobre ele: «Não está longe de mim quem está unido a mim». († c. 607)
  • São Salmódio, eremita, em Limoges, atualmente na França, († s. VII)
  • São Ramberto, no território de Lião, na Gália, também na atual França, mártir, que, sendo de ilustre família e dotado de nobres virtudes, foi tão odiado por Ebroíno, chefe do palácio real, que este o enviou para o desterro e finalmente o mandou matar com um golpe de lança. († 680)
  • Santo Aventino, no vale de Larboust, nos montes Pireneus, também na hodierna França, eremita e mártir, que, segundo a tradição, foi morto pelos Mouros. († s. VIII)
  • São Fândila, em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, presbítero e monge, que, durante a perseguição dos Mouros, no tempo do rei Moamed I, foi decapitado em ódio à fé cristã. († 853)
  • Beato Gerardo, no mosteiro de Claraval, na Borgonha, região da França, o monge, irmão de São Bernardo, que, apesar da escassa cultura, tinha uma grande inteligência e discernimento espiritual. († 1138)
  • Santos Agostinho Phan Viet Huy e Nicolau Bui Viet Thê, em Hué, hoje no Vietnam, os mártires, que, depois de terem pisado a cruz, constrangidos pelo terror, quando recuperaram a consciência, desejosos de expiar a sua culpa, pediram imediatamente ao imperador Minh Mang que fossem novamente julgados como cristãos e, por isso, esquartejados vivos num barco, alcançaram as alegrias celestes. († 1839)
  • Beata Maria Ana Biernacka, em Naumowicze, cidade próxima de Grodno, na Polónia, a mãe de família e mártir, que, no regime de ocupação militar da sua pátria, durante a guerra, se ofereceu aos soldados para substituir sua nora que estava grávida e, imediatamente fuzilada, recebeu a palma gloriosa do martírio. († 1943)

Fontes:

  • Martirológio Romano
  • Arquisp
  • Vaticannews
  • Franciscanos.org

– Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

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