Origens
A festa era apenas realizada em Cuenca, Espanha, quando foi instituída em 1513. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro. Em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666, os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha.
Após a vitória dos cristãos, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polônia, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, a festa foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Inocêncio XI, e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria. Antes da batalha, o rei Jan Sobieski colocou suas tropas sob a proteção da Virgem Maria. Após a batalha, o Papa Inocêncio XI, pretendendo homenagear Maria, estendeu a festa para toda a Igreja.
Importância do Nome
A Sagrada Escritura sempre valorizou muito o nome dos personagens do povo de Deus. O próprio nome de Jesus indica a sua identidade: “Deus salva”, e o Anjo Gabriel o deu a Maria e a José: “Ela dará à luz um filho a quem tu porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1, 21). Certamente, devemos concluir que o santo nome da Virgem Maria não foi dado sem um sentido, e certamente foi dado por Deus por inspiração a seus pais Santa Ana e São Joaquim. E o Arcanjo Gabriel pronuncia o seu nome: “Não temas Maria, porque achaste graça diante do Senhor” (Lc 1,30).
Etimologia
Segundo os etimologistas, o nome Maria pode ter vindo da raiz mery, da língua egípcia que significa muito amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora. Mas a probabilidade maior é a que veio do hebraico, e pode ter vários significados: “Estrela do Mar; Esperança; Excelsa; ou Sublime”, entre outros. Não importa, contudo, o real significado, mas o que se tornou a partir do momento que a Mãe do Redentor o recebeu. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre.
Piedade popular
Todo católico ama e pronuncia, muitas vezes, o santo nome de sua Mãe Santíssima, Virgem, Imaculada e Assunta ao céu. Quando rezamos o santo Rosário o pronunciamos sem cessar, clamando a sua ajuda e poderosa intercessão. “Ave Maria, cheia de graça…”, “Santa Maria Mãe de Deus…” E o bom povo brasileiro gosta de colocar em suas filhas este sagrado nome: Maria Isabel, Maria Aparecida, Maria do Socorro, Maria das Dores, Maria do Carmo, Maria… Maria… Maria… Que povo devoto à Virgem Maria!
O Padre Antônio Vieira
“Só vos digo que invoqueis o nome de Maria, quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida.
Quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos.
Quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho.
Quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada e, com ela, a salvação.
E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não há dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”.
Minha oração
“Ao teu nome clamamos, Mãe querida. Sabemos que, quando te chamamos, Tu nos ouves e nos socorre. O teu nome tem poder no Céu e na terra, por isso, confiamos em ti e te chamamos: Maria, nossa Mãe!”
Santíssimo Nome de Maria, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 12 de setembro
- Na Bitínia, na hodierna Turquia, Santo Autónomo, bispo e mártir. († c. s. III)
- Em Alexandria, no Egipto, os santos Crónides, Leôncio e Serapião, que, segundo a tradição, foram lançados ao mar no tempo do imperador Maximino por confessarem o nome de Cristo. († s. III)
- Em Imlech, cidade da Momónia, província da Irlanda, Santo Albeu, bispo, que pregou o Evangelho em muitos lugares desta ilha. († c. 528)
- Em Anderlecht, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Guido, que depois de ter sido sacristão da igreja de Mariensee. († c.1012)
- Em Omura, no Japão, os beatos Apolinário Franco, da Ordem dos Frades Menores, e Tomás Zumárraga, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e quatro companheiros, mártires. († 1622)
- Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Sulpício Cristóvão Faverge, irmão da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1794)
- Em Seul, na Coreia, São Francisco Ch’oe Kyong-hwan, mártir, que era catequista e, recusando abjurar da fé cristã ante a intimação do governador, foi recluído no cárcere. († 1839)
- Em Trévi, cidade da Úmbria, região da Itália, Maria Luísa (Gertrudes Prósperi), abadessa da Ordem de São Bento. († 1847)
- Em Ruidellots, perto de Gerona, na Espanha, os beatos Emério José (José Plana Rebugent), e Hugo Julião (Julião Delgado Díez), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936)
- Em Manlleu, perto de Barcelona, na Espanha, o Beato Miguel de Jesus (Jaime Puigferrer Mora), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936)
Fonte:
- vatican.va
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Ed. Cléofas
– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Melody de Paulo