16 out 2024

Santa Margarida Maria Alacoque, Apóstola do Coração de Jesus

Origens

Santa Margarida Maria Alacoque nasceu em uma família rica da Borgonha, em 22 de julho de 1647. Seus pais eram católicos fervorosos, mas não o suficiente para permitir que uma de suas filhas se tornasse freira. No entanto, aos cinco anos, Margarida consagrou-se ao Senhor com um voto de castidade. Aos 24 anos, vencendo a resistência dos pais, pôde entrar na Ordem da Visitação fundada por São Francisco de Sales.

Zombada pelas irmãs

Margarida, ao fazer seus votos, acrescentou o nome de Maria por causa das visões que tinha. No entanto, rumores estão circulando, e muitas das freiras e suas superiores não acreditam nela ou até mesmo zombam dela, sugerindo que ela está doente ou louca. Entre as Visitandinas, porém, permanecerá por mais de vinte anos experimentando graças extraordinárias, mas também enormes penitências e mortificações que sempre enfrentará com um sorriso.

Um bom diretor espiritual

Caberá ao seu pai espiritual, o jesuíta Claude de la Colombière, reconhecer nela o carisma dos santos. Ele ordenar-lhe que relate suas experiências místicas no que será sua autobiografia, que chegou até nós. A princípio, ela resiste, depois, por obediência, ela concorda. Enquanto escrevia, continuava convencida de que estava fazendo isso apenas para si mesma, não percebeu o valor do que seria contando naquelas páginas.

“Meu coração se expandirá para espalhar abundantemente os frutos de seu amor sobre aqueles que me honram.”  (Santa Margarida Maria Alacoque)

O Sagrado Coração de Jesus

A partir de 1673, Santa Margarida Maria Alacoque começou a receber visitas de Jesus que lhe pedia uma devoção particular ao Seu Sagrado Coração, que lhe aparecia “radiante como um sol, com uma chaga adorável, rodeada de espinhos e encimado por uma cruz, deitado sobre uma trono de espinhos”. De sua história, emergirá a iconografia que conhecemos hoje. Pelo seu empenho à instituição da festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus, marcada para o oitavo dia depois do Corpus Christi, a freira também recebe uma grande promessa de Jesus: quem comungasse por nove meses consecutivos, na primeira sexta-feira do mês, receberia o dom da penitência final, ou seja, morrer recebendo os sacramentos e sem pecado. Jesus também pede que ela apele ao rei da França Luís XIV para consagrar o país ao Sagrado Coração, mas a santa não obtém resposta do soberano.

Páscoa

Jesus aparece a Santa Margarida Maria Alacoque por 17 anos, até o dia de sua morte, quando voltará a tomá-la pela mão. Ele a chama de “discípula amada”, comunica-lhe os segredos de seu coração e a torna participante da ciência do amor. Margarida Maria faleceu em 17 de outubro de 1690; graças a ela, no bairro de Montmartre, em Paris, entre 1875 e 1914, foi construído um santuário dedicado ao Sacre Coeur, consagrado em 1919. Beatificada por Pio IX, em 1864, foi canonizada por Bento XV em 1920.

Minha oração

“Assim como encontraste o coração de Jesus em tuas orações, dai a nós o mesmo privilégio e união com Ele, o mesmo amor que tivestes ao nosso redentor. Nesse Coração Santo, encontremos misericórdia e virtudes para nós, expiação dos pecados para os afastados de Deus. Amém!”

Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 16 de outubro

  • Santa Edviges, religiosa, natural da Baviera e duquesa da Silésia. († 1243)
  • Em Jerusalém, a comemoração de São Longinos, venerado como o soldado que abriu com a lança o lado do Senhor pregado na cruz.
  • Na região de Toul, na França, Santo Elífio, que é venerado como mártir. († s. IV)
  • Comemoração dos santos Martiniano e Saturiano, mártires na África Setentrional, com dois irmãos seus, que, tinham sido convertidos à fé de Cristo por Santa Máxima, virgem. († s. V)
  • No território de Limoges, na Aquitânia, França, os santos Amando e seu discípulo São Juniano, eremitas. († s. VI)
  • Perto de Arbon, na Germânia, atualmente na Suíça, São Galo, presbítero e monge. († 645)
  • Em Noyon, na Nêustria, hoje na França, São Mumolino, bispo. († c. 680)
  • No mosteiro de Heresfeld, na Francónia da Germânia, na Alemanha, São Lulo, bispo de Mogúncia. († 786)
  • No território de Retz, perto de Nantes, na Bretanha Menor, hoje na França, São Vital, eremita. († s. VIII)
  • No território de Mirepoix, junto aos Pireneus, na Gália, França, São Gauderico, agricultor, insigne pela sua devoção a Mãe de Deus. († c. 900)
  • Em Brioude, na região dos Arvenos, na Aquitânia, na França, Santa Bonita, virgem. († s. IX/XI)
  • Em Pamiers, junto aos Pireneus, na França, Santo Anastásio, monge. († c. 1085)
  • Em Cominges, junto aos Pireneus, na França, São Beltrão, bispo. († c. 1123)
  • No mosteiro de Igny, na região de Reims, igualmente na França, o passamento do Beato Gerardo de Claraval, abade. († 1177)
  • Em Materdómini, na Campânia, São Gerardo Majella, religioso da Congregação do Santíssimo Redentor. († 1755)
  • Em Madrid, na Espanha, os Beato Jesus Villaverde Andrés, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936)
  • No campo de concentração de Auschwitz, os beatos Aniceto Koplinski, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, e José Jankowski, da Sociedade do Apostolado Católico, presbíteros e mártires. († 1941)
  • Em Ramapuram, localidade de Palai, na Índia, o Beato Agostinho Thevarparampil “Kunjachan”, presbítero. († 1973)

Fonte:

  • Causesanti.va
  • Martirológio Romano
  • Santiebeati.it
  • Vaticannews.va
  • Vatican.va

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Melody de Paulo

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