13 ago 2023

Santa Dulce dos Pobres, anjo bom da Bahia

Origens

Dulce Lopes Pontes nasceu, em 26 de maio de 1914, em São Salvador da Bahia (Brasil). Batizada com o nome de Maria Rita, foi a segunda dos cinco filhos de Augusto e Dulce Maria de Souza Brito Lópes Pontes. Órfã de mãe aos seis anos, ela tinha cerca de 16 anos quando começou a manifestar a qualidade que a teria distinguido ao longo de sua vida: a caridade. No porão da casa, acolhia crianças, adultos e idosos pobres e cuidava deles. De sua família e vizinhos, obtinha alimentos, roupas, remédios e alguns trocados que lhes destinava para aliviar seu sofrimento.

Freira

Enquanto cursava o mestrado em São Salvador da Bahia, ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Mais tarde, conheceu o Superior Provincial dos Missionários da Imaculada Conceição. Logo que se formou, em 8 de fevereiro de 1933, ingressou nesta Congregação, que faz parte da grande família franciscana. Em 15 de agosto de 1934, fez os votos religiosos e adotou o nome de Dulce, em memória de sua mãe.

 Os trabalhos

Em 1935, fundou o primeiro movimento operário cristão em São Salvador: o Sindicato Operário de São Francisco; em 1937, fundou o Clube dos Trabalhadores da Bahia; em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, escola pública para trabalhadores e filhos de trabalhadores, no bairro de Massaranduba, em São Salvador. No mesmo ano, iniciou-se a acolhida aos doentes em prédios abandonados da cidade; em 1949, com a permissão da Superiora, pôde acolher setenta enfermos em um abrigo obtido no galinheiro adjacente à casa de sua congregação.

Em 1960, foi inaugurado o Asilo Social Suor Dulce, com um Estatuto que abarcava todas as suas fundações e enfatizava seu caráter exclusivamente cristão e humanitário. Em julho de 1979, o Cardeal Arcebispo Avelar Brandão Vilela convidou Santa Teresa de Calcutá a São Salvador para abrir uma casa em Alagados. Irmã Dulce aproveitou para conhecê-la. Exatamente um ano depois, houve outro encontro importante, aquele com São João Paulo II. Em 8 de fevereiro de 1983, foi inaugurado o novo hospital Santo Antônio, considerado, pelos baianos, mais um “milagre de Irmã Dulce”.

Os últimos anos

Os últimos meses da vida da beata foram caracterizados pela doença. Piorou em novembro de 1990. Em outubro de 1991, São João Paulo II foi a São Salvador e quis ir às Obras visitar Irmã Dulce. O Cardeal Lucas Moriera Neves contou que o Santo Padre disse várias vezes: “Este é o sofrimento dos inocentes. Igual ao de Jesus”. Ele enfrentou todo o seu sofrimento abandonado nos braços do Senhor. Todo o Apostolado dos Beatos resplandece entre aqueles cristãos que fizeram caridade a Deus e ao próximo durante toda a sua vida. Sua caridade era maternal, terna.

A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do Alto extraia energia e recursos para pôr em marcha uma espantosa atividade de serviço aos últimos. Longe de qualquer horizontalismo, como verdadeira alma franciscana, fez-se pobre com os pobres por amor ao supremamente pobre. Sem fomentar conflitos de classe, lembrou aos ricos da necessidade evangélica de partir o pão com os famintos. 

Páscoa 

Sua vida foi uma confissão da primazia de Deus e da grandeza do homem filho de Deus, mesmo onde a imagem divina parece obscurecida, degradada e humilhada. Em 13 de março de 1992, a Beata Dulce faleceu em São Salvador da Bahia. De todo o Brasil ela foi, e ainda se define, a “Mãe dos Pobres” e o “Anjo Bom da Bahia”. Em 13 de Outubro de 2019, o Papa Francisco realizou o ato de canonização.

Minha oração

“Ó mãe dos pobres, cuidai do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! “

Santa Dulce, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em  de Agosto:

  • Santos mártires Ponciano, papa, e Hipólito, presbítero. († c. 236)
  • Em Ímola, na Flamínia, hoje na Emília Romanha, região da Itália, São Cassiano, mártir. († c. 300)  
  • Em Lião, na Gália, atualmente na França, Santo Antíoco, bispo. († c. 500)
  • Em Poitiers, na Aquitânia, também na atual França, Santa Radegunda, rainha dos Francos, que, vivendo ainda Clotário, seu esposo, recebeu o sagrado véu e entrou no mosteiro da Santa Cruz de Poitiers. († 587)
  • Em Skemáris, na região de Lazika, situada na cordilheira do Cáucaso, o passamento de São Máximo Confessor, abade de Crisópolis. († 662)
  • Em Fritzlar, no território do Hesse, na Austrásia, hoje na Alemanha, São Vigberto, presbítero e abade. († c. 739)
  • No mosteiro de Altenberg, no território de Wetzlar, também na Alemanha, a Beata Gertrudes, abadessa da Ordem Premonstratense.(† 1297)
  • Em Kilmallock, na Irlanda, os beatos Patrício O’Healy, bispo de Mayo, e Cono O’Rourke, presbítero, ambos da Ordem dos Frades Menores. († 1579)
  • Em Warwick, na Inglaterra, o Beato Guilherme Freeman, presbítero e mártir. († 1595)
  • Em Roma, São João Berchmans, religioso da Companhia de Jesus. († 1621)
  • Em Viena, na Áustria, o Beato Marcos de Aviano (Carlos Domingos) Cristófori, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1699)
  • Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Gabilhaud, presbítero e mártir. († 1794)
  • Em Saugues, povoação próxima de Le Puy-en-Velay, também na França, São Benildo (Pedro Romançon), da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. († 1862)
  • Em Barbastro, próximo de Huesca, cidade de Aragão, na Espanha, os beatos Secundino Maria Ortega Garcia, presbítero, e dezanove companheiros, mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. († 1936)
  • Em Almazora, povoação da província de Castellon, também na Espanha, o Beato João Agramunt, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártir. († 1936)
  • Em Albocácer, também na província de Castellon, o Beato Modesto Garcia Marti, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir. († 1936)
  • Em Barcelona, também na Espanha, o Beato José Bonet Nadal, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936)
  • Em Revolts de Torrent, localidade da província de Girona, também na Espanha, os beatos Francisco Alfredo (Francisco Mallo Sánchez) e Hilarião Eugénio (Eugénio Cuesta Padierna), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936)
  • Em Madrid, também na Espanha, os beatos Inocêncio Garcia Díez e Reginaldo Hernández Ramírez, presbíteros da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1936)
  • Em Salás de Palarrds, perto de Lérida, também na Espanha, os beatos José Tàpies Sirvant e seis companheiros, presbíteros da diocese de Urgel e mártires. († 1936)
  • Em Berlim, no lugar chamado Plötzensee, na Alemanha, o Beato Tiago Gapp, presbítero da Sociedade de Maria e mártir. († 1943)

Fontes:

  • vatican.va e vaticannews.va
  • Martirológio Romano – liturgia.pt
  • Liturgia das Horas
  • Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007]

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Melody de Paulo

Pai das Misericórdias

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