Santos

São Raimundo de Peñafort, exímio na ciência do Direito Canônico

Origens São Raimundo nasceu no castelo de Peñafort, em Barcelona, Espanha, no ano de 1175. Seus pais originavam-se dos antigos condes de Barcelona e eram aliados do rei Aragão. Desde cedo, muito dedicado aos estudos, ele se especializou em Bolonha, na Itália, na universidade onde se tornou também um reconhecido mestre. Entrada na Ordem Dominicana Deixou aquela realidade que tanto amava para obedecer ao Bispo de Barcelona, que o queria como cônego. Ele prestou esse serviço até discernir seu chamado à vida religiosa, foi quando entrou para a família dominicana e continuou em vários cargos de formação, mas aberto à realidade e às necessidades da Igreja, onde exerceu o papel de teólogo do Cardeal-bispo de Sabina; também foi legado na região de Castela e Aragão; depois, transferido para Roma, ocupou vários cargos. Cúria Romana Ele não buscava nem tinha em mente um projeto de ocupar este ou aquele serviço, mas foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja. Na Cúria Romana, quantos cargos ligados a Teologia, Direito Canônico. Um homem de prudência, de governo. Seu último cargo foi de penitenciário-mor do Sumo Pontífice. Quiseram até escolhê-lo como Arcebispo, mas, nesta altura, ele voltou para a Espanha; quis viver em seu convento, em Barcelona, como um simples frade, mas os reis, o Papa e tantos outros sempre recorriam ao seu discernimento. São Raimundo de Peñafort escreveu obras de sólida doutrina Humilde homem São Raimundo escreveu a respeito da casuística. Enfim, pelos escritos e pelos ensinos, ele investia numa ação de mestres e missionários, pois tinha consciência de que precisava de missionários bem formados para que a evangelização também fluísse. Ele não fez nada sozinho, contou com a ajuda de São Tomás de Aquino, ajudou outros a discernir a vontade do Senhor, como São Pedro Nolasco, que estava discernindo a fundação de uma nova ordem consagrada a Nossa Senhora das Mercês – os mercedários. Homem humilde que se fez servo, foi escolhido como Superior Geral dos Dominicanos. Homem de pobreza, de obediência e pureza; homem de oração. Páscoa Faleceu em Roma, em 1275; cem anos consumindo-se pela obra do Senhor. À beira de seu túmulo, realizou-se vários milagres, alguns foram descritos na bula de sua canonização, realizada em 1601 por Clemente VIII. Minha oração “Homem de grande fineza espiritual e inteligência jurídica, rogai por todos os promotores da paz, pelos que lutam pela justiça, pelos meios jurídicos civis e canônicos. Que a Igreja e a sociedade cresçam na precisão moral. Dai-nos uma conduta segundo o coração de Deus. Amém.” São Raimundo de Peñafort, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 7 de janeiro Em Melitene, na Arménia, hoje Malatya, na Turquia, São Polieucto, mártir. († c. 250) Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, a paixão de São Luciano, presbítero e mártir da Igreja de Antioquia. († 312) Em Passau, no Nórico, na atual Baviera, comemoração de São Valentim, bispo da Récia. († c. 450) Em Pavia, na Ligúria, região da Itália, São Crispim, bispo. († 467) Em Chur, no território da Helvécia, atual Suíça, São Valentiniano, bispo. († 548) Em Solignac, junto de Limoges, na Aquitânia, hoje na França, São Tilo, discípulo de Santo Elói, que foi artesão e monge. († c. 702) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Ciro, bispo. († 714) Em Le Mans, na Gália, hoje na França, Santo Alderico, bispo.(† 856) Na floresta próxima de Ringsted, na Dinamarca, São Canuto Lavard, duque de Schleswig. († 1137) Em Palermo, na Sicília, hoje região da Itália, o passamento do Beato Mateus Guimerá, bispo de Agrigento, da Ordem dos Menores. († 1451) Em Suzuta, no Japão, o Beato Ambrósio Fernandes, mártir, que foi admitido como religioso na Companhia de Jesus. († 1620) Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje Vietnam, São José Tuân, mártir. († 1862) Em Liège, na Bélgica, a Beata Maria Teresa do Sagrado Coração (Joana Haze), virgem, que fundou a Congregação das Filhas da Cruz. († 1876) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova  

Santo André Bessette, religioso canadense

[caption id="attachment_13003" align="aligncenter" width="300"] Religioso e Confessor (1845-1937)[/caption] Origens Santo André Bessette, antigo Alfred Bessette, nasceu em Saint-Grégoire no sul de Montreal, trabalhou em Saint-Césaire, emigrou para os Estados Unidos por um período de tempo como muitos jovens de sua época para participar do desenvolvimento das indústrias da Nova Inglaterra. O Envio Muitos de seus companheiros adotaram essa nova terra acolhedora e se tornaram franco-americanos, mantendo o sobrenome francês e um pouco de sua cultura. O jovem Alfred voltou ao seu país. Aproximou-se daquele em quem tinha total confiança e que representava o dom de si que desejava para ele: o pároco André Provençal. Esse, um dia, disse a si mesmo: “Eu sei para onde mandá-lo”. Em seguida, escreveu aos religiosos da congregação de Santa Croce que ensinavam as crianças da Côte-des-Neiges, em frente ao Monte Royal, dizendo 'Envio-vos um santo…’". De analfabeto a Religioso O jovem trabalhador tímido e analfabeto vê aberta uma porta que desejava sem ao menos acreditar: ele vai se tornar um religioso. Sem saber como servir a Deus, que encheu sua vida desde a infância, abandonou-se a Ele. Acima de tudo, a São José: seu amigo, seu confidente por muito tempo. Tornou-se irmão André. "Não tente se livrar das provações, mas peça a graça de suportá-las bem."  (Santo André Bessette) Edificou-se em honra de São José O início parece trivial, semelhante à vida de muitos jovens, o que se segue é único e excepcional. Uma jornada tão extraordinária, raramente foi vista na história da América do Norte. A ponto de mil coisas parecerem quase incríveis na evolução de uma vida, uma fama, uma capelinha. Ao longo da sua vida e graças aos peregrinos que recebia, o Irmão André adquiriu fama de taumaturgo como nenhum outro. Sempre junto a São José Santo André Bessette acolhia com doçura e bondade, católicos, protestantes ou ateus. Aos enfermos, toca-lhes as partes doentes com a medalha de São José e, com azeite da lâmpada, ardia em frente à imagem do grande santo. As curas extraordinárias multiplicaram-se, somente em 1904 registraram-se 435, isto é, mais de uma por dia.  Páscoa Santo André Bessette morreu em 6 de janeiro de 1937, aos 91 anos. Um milhão de pessoas vieram agradecê-lo por sua presença em suas vidas. O irmão André permaneceu leal a milhões de outras pessoas desde então. Não cessava de dizer a quem o invocava: "Rezem a São José...". Via de Santificação Santo André Bessette foi beatificado em 23 de maio de 1982, pelo Papa João Paulo II. Sua canonização ocorreu em 17 de outubro de 2010, na Praça de São Pedro, pelo Papa Bento XVI. Minha oração “Exímio confessor e formador das consciências, não permitais que tenhamos uma vida laxa ou escrupulosa, mas dai a graça de crescermos em uma consciência sadia e bem equilibrada. Que sempre encontremos o Senhor, que fala em meio a nós. Amém.” Santo André Bessette, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 06 de janeiro Em Antínoo, na Tebaida, região do Egipto, os santos Julião e Basilissa, mártires. († s. IV) Em Nantes, na Bretanha Menor, região da actual França, São Félix, bispo. († 582) Em Würzburg, na Francónia, hoje na Alemanha, São Macário, abade. († 1153) Em Barcelona, na Catalunha, região da Espanha, São Raimundo de Penhaforte, cuja memória se celebra no dia seguinte. († 1275) Em Famagusta, na ilha de Chipre, o passamento de São Pedro Tomás, bispo de Constantinopla, da Ordem dos Carmelitas. († 1366) Em Fiésole, na Etrúria, actualmente na Toscana, região da Itália, Santo André Corsíni, bispo, da Ordem dos Carmelitas. († 1373) Em Valência, na Espanha, São João de Ribera, bispo. († 1611) Em Roma, São Carlos de Sezze, religioso da Ordem dos Frades Menores. († 1670) Em Casalmedinho, localidade próxima de Viseu, em Portugal, a Beata Rita Amada de Jesus (Rita Lopes Almeida), virgem, que fundou o Instituto Jesus Maria José. († 1913) Em Roma, Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração, virgem, que fundou a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus. († 1925) Em Montcada, na Catalunha, região da Espanha, o Beato José Mariano dos Anjos, presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir. (†1937) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Epifania do Senhor, dia que lembramos de Santos Reis

No dia 6 de janeiro, a Igreja celebra o dia de Santos Reis, também conhecida como celebração da Epifania do Senhor. Nessa festa, celebramos a visita dos Magos provenientes do Oriente, que viajaram muito para prestar homenagens e adorar o Menino Jesus recém-nascido. Ofereceram presentes cheios de significados ao menino Deus: ouro, incenso e mirra. Este fato é narrado pelo evangelista Mateus, no Capítulo 2, versículos 1-12. Trata-se de uma história impressionante, com vários símbolos importantes para a nossa vida. Eram reis? São Mateus chama-os apenas de “Magos”. Porém, essa palavra tinha vários significados. Designava a origem geográfica de pessoas da Pérsia. Por isso deduzimos que os magos eram daquele país. Designava também pessoas da realeza. Por isso acredita-se que eles eram reis. Por fim, “mago” significava também o que chamaríamos hoje de “cientistas”, pois eles conheciam profundamente a matemática, a medicina, a astronomia – tanto que detectaram o aparecimento de uma nova estrela – a química e outras ciências já conhecidas na época. Tudo isso concorda com a tradição científica dos persas. Seguindo uma estrela O aparecimento de uma nova estrela no céu mudou a vida daqueles homens. O conhecimento científico permitiu que eles descobrissem o novo astro. Daí se deduz que eles eram conhecedores dos mapas celestes e bons viajantes. Naquele tempo, os viajantes do deserto viajavam à noite e guiavam-se pela posição das estrelas. Por isso, eles detectaram o aparecimento da nova estrela. Porém, não apenas detectaram. Eles conheciam as profecias messiânicas e compreenderam que tal estrela anunciava o nascimento do Rei dos reis, o soberano das nações, o Salvador. Por isso se uniram para preparar e empreender uma viagem em busca do Rei Salvador. Surpresa em Israel Seguindo a estrela, aqueles sábios viajantes chegaram a Israel. Como procuravam por um rei, soberano das nações recém-nascido, dirigiram-se à capital Jerusalém, pensando que o menino Deus seria descendente do então rei de Israel. A chegada desses homens na capital foi motivo de alarde e espanto, segundo o relato de São Mateus, pois o povo não sabia do nascimento do Messias, embora desejasse ardentemente este acontecimento. Mateus diz que Jerusalém entrou em polvorosa com a chegada dos magos. O encontro com Herodes Tal foi a importância da visita dos magos a Jerusalém, que foram recebidos pelo rei Herodes. Este, provavelmente, recebeu-os como chefes de Estado, com todas as honras. Ao saber, porém, o real motivo da visita, Herodes sente-se ameaçado. O Rei Salvador recém-nascido poderia roubar seu trono, pensou. Por isso, fingindo interesse, procurou saber sobre as profecias ouvindo os escribas e enviou os magos a Belém. E disse a eles que, depois de encontrarem o menino, voltassem para indicar o local onde ele estava, para que também Herodes pudesse ir adorá-lo. Herodes, na verdade, sanguinário que era, queria matar o menino. Herodes, com efeito, já tinha cometido vários assassinatos, inclusive de dois filhos seus, por causa de seu medo de perder o poder. Embora tenha construído grandes obras em Jerusalém, Herodes, que não era judeu, mas sim nabateu e odiado pelos judeus, era um homem doente pelo poder, capaz de qualquer coisa para se manter na realeza. O encontro com o Menino Jesus São Mateus diz que, tão logo os magos saíram de Jerusalém, avistaram novamente a estrela e encheram-se de alegria. Seguiram-na, e ela os levou ao local onde Jesus estava. Chegando, depararam-se com a maior das surpresas: o Rei, soberano das nações, o Filho de Deus, nascera numa família pobre, simples. Não nasceu em berço de ouro, mas numa manjedoura! Sua mãe, uma jovem simples e seu pai, adotivo, um carpinteiro. Mesmo assim, os reis reconheceram naquele menino o soberano das nações, o Príncipe da Paz, e ofereceram presentes a ele. Presentes com significados profundos Os magos, reconhecendo naquele Menino o Rei dos reis, ofereceram-lhe presentes. Por causa do número desses presentes, deduz-se que os magos eram três. Eles ofereceram ouro, incenso e mirra. O ouro significa a realeza daquele menino. O incenso simboliza sua divindade e a mirra simboliza sua humanidade e o sofrimento através do qual ele salvaria a humanidade. Depois de entregar os presentes, os magos adoraram o Menino Deus. Fugindo de Herodes Depois da visita, os magos foram avisados em sonhos para não voltarem a Herodes. Reconhecendo nisso uma mensagem divina, eles obedeceram e voltaram por outro caminho. Ao descobrir que tinha sido enganado, Herodes, furioso, manda matar todos os meninos com menos de dois anos nascidos em Belém. Ele queria ter a certeza de que o Messias, visto por ele como rival, fosse morto. Fuga para o Egito José foi avisado também em sonho e partiu para o Egito, fugindo com a Sagrada Família da ira de Herodes. Assim, os meninos de Belém com menos de dois anos deram suas vidas para que Jesus sobrevivesse. Eles passaram a ser conhecidos como Santos Inocentes, o que, de fato, são. A Sagrada Família permaneceu no Egito até a morte de Herodes. Então, voltaram para Israel e foram viver em Nazaré, longe da capital Jerusalém. Veneração A tradição cristã conservou a veneração aos três os reis magos. Segundo a tradição, confirmada por São Beda, seus nomes eram Melquior, Gaspar e Baltazar. Até 474, os cristãos guardavam seus restos mortais em Constantinopla. Depois, foram levados para a grande catedral de Milão, Itália. Mais tarde, em 1164, foram trasladados para a bela cidade de Colônia, Alemanha. Lá, foi construída a esplendorosa Catedral dos Reis Magos, que guarda os restos mortais dos três reis santos até os dias de hoje. Minha Oração
“Ó amabilíssimos Santos Reis, Baltazar, Melquior e Gaspar! Fostes vós avisados pelos Anjos do Senhor sobre a vinda ao mundo de Jesus, o Salvador, e guiados até o presépio de Belém de Judá, pela Divina Estrela do Céu. Ó amáveis Santos Reis, fostes vós os primeiros a terem a ventura de adorar, amar e beijar a Jesus Menino, e oferecer-lhe a vossa devoção e fé, incenso, ouro e mirra. Queremos, em nossa fraqueza, imitar-vos, seguindo a Estrela da Verdade. E descobrindo o Menino Jesus para adorá-lo. Não podemos oferecer-lhe ouro, incenso e mirra, como fizestes. Mas queremos oferecer-lhe o nosso coração contrito e cheio de fé católica. Queremos oferecer-lhe a nossa vida, buscando vivermos unidos à sua Igreja. Esperamos alcançar de vós a intercessão para receber de Deus a graça de que tanto necessitamos. (Em silêncio fazer o pedido). Esperamos, igualmente, alcançarmos a graça de sermos verdadeiros cristãos. Ó bondosos Santos Reis, ajudai-nos, amparai-nos, protegei-nos e iluminai-nos! Derramai vossas bênçãos sobre nossas humildes famílias, colocando-nos debaixo de vossa proteção, da Virgem Maria, a Senhora da Glória, e São José. Nosso Senhor Jesus Cristo, o Menino do Presépio, seja sempre adorado e seguido por todos. Amém!”
Santos Reis Magos, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 6 de janeiro Em Antínoo, na Tebaida, região do Egipto, os santos Julião e Basilissa, mártires. († s. IV) Em Nantes, na Bretanha Menor, região da actual França, São Félix, bispo, que deu testemunho insigne de zelo apostólico ao serviço dos seus concidadãos, construiu a igreja catedral e evangelizou com intenso ardor as populações rurais. († 582) Em Würzburg, na Francónia, hoje na Alemanha, São Macário, abade, que foi o primeiro prelado do mosteiro dos Escoceses nesta cidade. († 1153) Em Barcelona, na Catalunha, região da Espanha, São Raimundo de Penhaforte, cuja memória se celebra no dia seguinte. († 1275) Em Famagusta, na ilha de Chipre, o passamento de São Pedro Tomás, bispo de Constantinopla, da Ordem dos Carmelitas, que exerceu a missão de legado do Romano Pontífice no Oriente. († 1366) Em Fiésole, na Etrúria, actualmente na Toscana, região da Itália, Santo André Corsíni, bispo, da Ordem dos Carmelitas, que se tornou memorável pela sua vida austera e assídua meditação da Sagrada Escritura, reconstruiu os conventos devastados pela peste, governou sabiamente a sua Igreja, prestou auxílio aos pobres e reconciliou os inimigos. († 1373) Em Valência, na Espanha, São João de Ribera, bispo, que exerceu também as funções de vice-rei. Dedicou-se intensamente ao culto da Santíssima Eucaristia, foi grande defensor da verdade católica e instruiu o seu povo com sólidos ensinamentos. († 1611) Em Roma, São Carlos de Sezze, religioso da Ordem dos Frades Menores, que, obrigado desde a infância a procurar o seu sustento, induzia os companheiros à imitação de Cristo e dos Santos e, revestido finalmente com o hábito franciscano, como tanto desejava, se dedicou assiduamente à adoração do Santíssimo Sacramento. († 1670) Em Casalmedinho, localidade próxima de Viseu, em Portugal, a Beata Rita Amada de Jesus (Rita Lopes Almeida), virgem, que, em tempos difíceis de perseguição religiosa e devassidão de costumes, entre grandes dificuldades e obstáculos fundou o Instituto Jesus Maria José, destinado a recolher e educar meninas pobres e abandonadas, promovendo também com grande diligência a dignidade integral das mulheres. († 1913) Em Roma, Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração (Rafaela Maria Porras Ayllón), virgem, que fundou a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus e, considerada mentalmente incapacitada, passou santamente o resto da sua vida entregue ao sofrimento e à penitência. († 1925) Em Montréal, no Quebec, região do Canadá, Santo André (Alfredo Bessette), religioso da Congregação da Santa Cruz, que edificou neste lugar um eminente santuário em honra de São José. († 1937) Em Montcada, na Catalunha, região da Espanha, o Beato José Mariano dos Anjos (Mariano Alarcón Ruiz), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja, foi morto em ódio à religião. (†1937) Fonte: Mílicia da Imaculada Martirológio Romano – Produção e edição: Leonardo Girotto  

São João Nepomuceno Neumann, bispo de Filadélfia

Origens  São João Nepomuceno Neumann, natural de Boêmia, nasceu em 23 de março de 1811. Ingressou no seminário no ano de 1831, e, ao ser despertado para o chamado à vida sacerdotal, fez toda a sua formação, mas foi acolhido nos Estados Unidos, em Nova York, pelo Bispo Dom João. Ali, foi ordenado.  Padre Redentorista Como padre, buscou ser fiel à vontade do Senhor. São João pertenceu à congregação dos padres redentoristas e, ao exercer vários cargos, sempre foi marcado pelo serviço de humildade, de ser servo de Deus e servir ao Senhor por amor aos irmãos. Ministério Episcopal O Espírito Santo pôde contar com ele também para o episcopado, sendo um dos sucessores dos apóstolos. Como bispo, participou em cerca de oitenta igrejas e cerca de cem colégios; até a própria Sé, na Filadélfia, foi construída por meio do seu serviço, do seu ministério episcopal. São João Nepomuceno Neumann: pioneiro das escolas paroquiais americanas Um modelo São João Nepomuceno Neumann é modelo de pastor e defensor da liberdade que salva e liberta; uma imagem, um reflexo do Bom Pastor. Gastou toda a sua vida pelo Senhor, pela Igreja e pelo povo de Deus. Zelou pelo anúncio do Evangelho e manteve um amor ardente pela Igreja e pelos necessitados. Páscoa Em 5 de janeiro de 1860, morreu em Filadélfia, Estados Unidos, onde ficou carinhosamente conhecido pelo povo como “bispinho”.  Via de Santificação Foi beatificado por Paulo VI em 1963. Em 17 de junho de 1977, a fim de participarem de sua glorificação, 30 mil pessoas atravessaram o Oceano. Sua canonização foi realizada pelo mesmo Papa que realizou a beatificação. A cerimônia foi transmitida para o mundo todo. São João Nepomuceno ficou reconhecido como pioneiro das escolas paroquiais americanas. Minha oração “Ao Bispo da América, rogamos por todos que moram lá. Zelai pelos brasileiros que ali moram dando a eles a graça que precisam. E para a Igreja desse país, concedei o mesmo ardor missionário e evangelização, a perpetuação do catolicismo e expansão. Amém.” São João Nepomuceno Neumann, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 5 de janeiro  Em Alexandria, no Egipto, Santa Sinclética, que, segundo a tradição, seguiu a vida eremítica. († s. IV) Em Cartago, na atual Tunísia, São Deográcias, bispo. († 457/458) Em Roma, a comemoração de Santa Emiliana, virgem, tia paterna de São Gregório Magno. († s. VI) Na Bretanha Menor, região da atual França, São Convoião, abade, que fundou em Redon o mosteiro de São Salvador. († 868) Em Londres, na Inglaterra, Santo Eduardo o Confessor, que, sendo rei dos Ingleses promoveu tenazmente a comunhão com a Sé Apostólica. († 1066)  Próximo de Walkenberg, na região de Limburgo, na atual Holanda, São Gerlac, eremita. († 1165) Em Tódi, na Úmbria, região da Itália, o Beato Rogério, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1237) Em Angers, na França, os beatos Francisco Peltier, Tiago Ledoyen e Pedro Tessier, presbíteros e mártires. († 1794)  Em Génova, na Itália, a Beata Maria Repetto, virgem, das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário. († 1890)   Em Dublin, na Irlanda, São Carlos de Santo André (João André) Houben, presbítero da Congregação da Paixão. († 1893) Em Jazlowice, cidade da Ucrânia, a Beata Marcelina Darowska, que fundou a Congregação das Irmãs da Imaculada Virgem Santa Maria. († 1911) Em Spoleto, na Itália, o Beato Pedro Bonílli, presbítero, fundador do Instituto das Irmãs da Sagrada Família. († 1935) Em Saragoça, na Espanha, Santa Genoveva Torres Morales, virgem, que fundou o Instituto das Irmãs do Sacratíssimo Coração de Jesus e dos Anjos. († 1956) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Ângela de Foligno, um exemplo de conversão

Origens Santa Ângela nasceu em Foligno, na Itália, no ano de 1248, numa família muito abastada. Mas, infelizmente, não vivia a maior riqueza, que é o amor a Deus. Dentro deste ambiente indiferente a Deus e à Igreja, a menina foi crescendo. Perdeu seu pai muito cedo, recebendo da mãe uma educação superficial, que a levou a viver seus primeiros anos distante da fé. Sacramento da Reconciliação Casou-se com um habitante famoso de sua cidade, com quem teve vários filhos, mas, infelizmente, tanto os filhos e, depois, o esposo faleceram. Deixando-se levar por uma vida distante de Deus, entregava-se às festas, às vaidades, cada vez mais longe de Deus e dela mesma, até que sentiu o toque da misericórdia do Senhor. Recorreu à Virgem Maria, buscando o sacramento da reconciliação quando ela tocou em seu vazio existencial. A Conversão Santa Ângela tinha 40 anos quando se abriu ao processo de conversão e decidiu vender todos os seus bens e distribuir o dinheiro aos pobres. Foi numa peregrinação para Assis, nas pegadas do Pobrezinho que ela fez uma profunda experiência com o amor de Deus e, em 1291, ingressou para a Ordem Terceira de São Francisco, onde viveu uma vida reclusa e saía nas peregrinações em Assis. Sua direção espiritual foi confiada a Frei Arnaldo que, depois, se tornou seu biógrafo. Santa Ângela de Foligno: consagrou-se inteiramente a Deus Magistra Theologorum Ainda em vida, ficou conhecida como Magistra Theologorum, onde promoveu o aprofundamento da teologia tendo como base a Palavra de Deus, a obediência à Igreja e a experiência pessoal com o Divino. Envolvida nas controvérsias que dilaceraram a Ordem Franciscana, Ângela atraiu para perto de si um cenáculo de filhos espirituais, que viam nela uma guia e mestra da fé. Páscoa Morreu no dia 4 de janeiro de 1309 em Foligno. Antes mesmo de falecer, foi-lhe atribuído pelo povo, de maneira informal, o título de Santa. Em 9 de outubro de 2013, o Papa Francisco realizou o que seus predecessores haviam iniciado, canonizando Santa Ângela de Foligno. Minha oração “Querida Ângela, tua vida é um exemplo que nunca é tarde para recomeçar, nunca é tarde para conhecer Jesus. Dai a graça da conversão, mesmo que tardia, mas não permitais que passemos dessa vida sem experimentar o nosso Deus amoroso. Amém.” Santa  Ângela de Foligno, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 4 de janeiro Na Mésia, no território atualmente compreendido entre a Roménia e a Bulgária, os santos Hermes e Caio, mártires.  († s. IV) Em Dijon, na Borgonha, atualmente na França, São Gregório, bispo de Langres. († 539/540) Em Uzès, na Gália Narbonense, hoje na França, São Ferréolo, bispo.  († 581) Em Meaux, na Nêustria, na atual França, São Rigomero, bispo. († s. VI) Em Reims, também na Nêustria, São Rigoberto, bispo. († c. 743) Em Bruay-sur-l’Escaut, próximo de Valenciennes, no território de Artois da Nêustria, França, Santa Faraílde, viúva. († c. 745) Em Santa Croce sull’Arno, na Etrúria, atualmente Itália, a Beata Cristiana Menabuoi, virgem, que fundou um mosteiro com a regra de Santo Agostinho. († 1310) Em Durham, na Inglaterra, o Beato Tomás Plumtree, presbítero e mártir. († 1570) Em Emmetsburg, cidade de Maryland, nos Estados Unidos da América do Norte, Santa Isabel Ana Seton, que fundou a Congregação das Irmãs da Caridade de São José. († 1821)  Em Madrid, na Espanha, São Manuel González Garcia, bispo. († 1940) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova  

Santíssimo Nome de Jesus, ajoelhemos para glória de Deus

[caption id="attachment_12984" align="aligncenter" width="300"] Memória[/caption] Origens O Santíssimo Nome de Jesus, o único nome ao qual tudo o que há nos céus, na terra e nos abismos se ajoelha para glória de Deus Pai. Três Nomes Nome escolhido pelo Pai, e como não há outro sob o Céu, dado para nos salvar. Como diz o Evangelho, ele teve três nomes: Filho de Deus, Cristo e Jesus. É chamado Filho de Deus enquanto Deus gerado de Deus; Cristo enquanto homem, pessoa divina que adquiriu natureza humana; Jesus enquanto Deus unido à humanidade. O significado dos Nomes: Filho de Deus, Cristo e Jesus O Primeiro Nome: Filho de Deus O primeiro nome é Filho de Deus. E para provar que esse nome merecidamente Lhe convém, eis o que diz Santo Hilário de Poitiers em seu livro Sobre a Santíssima Trindade: "Sabe-se de várias maneiras que o Filho único de Deus é Nosso Senhor Jesus Cristo. O Pai atesta-o; Ele próprio o utiliza; os apóstolos o declaram; as pessoas religiosas creem nele; os demônios o confessam; os judeus o negam; os gentios o reconheceram na sua Paixão". Hilário contínua: "Podemos ver que Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus pelo nome, pelo nascimento, pela natureza, pelo poder e pelos atos". O Segundo Nome: Cristo O segundo nome é Cristo, que significa "ungido". Com efeito, Ele foi ungido por um óleo de alegria junto com os que participaram de Sua glória. Ao chamá-Lo ungido, reconhecemos que foi profeta, atleta, sacerdote e rei, quatro tipos de pessoas que outrora recebiam unção. Foi profeta no ensino da doutrina, atleta ao vencer o diabo, sacerdote ao reconciliar os homens com seu Pai, rei ao retribuir recompensas. É desse segundo nome, Cristo, que vem o nosso "cristãos". Eis o que Agostinho diz desse nome: "Cristão indica justiça, bondade, integridade, paciência, castidade, pudor, humanidade, inocência, piedade. E você, como o reivindica? Como se apropria dele, se restam poucas dessas qualidades em você? Não se é cristão por usar esse nome, mas pelas obras que se faz", assim falou Agostinho. Nome de Jesus: Alimento, Fonte, Remédio e Luz O Terceiro Nome: Jesus O terceiro nome é Jesus. De acordo com São Bernardino de Sena – o grande promotor da devoção ao Santíssimo Nome de Jesus–, o nome Jesus quer dizer alimento, fonte, remédio e luz.  Alimento Enquanto "alimento", tem múltiplos efeitos, pois conforta, nutre, fortalece e revigora. Assim disse Bernardo sobre essas qualidades: "O nome Jesus é um alimento. Vocês não se sentem fortalecidos todas as vezes que se lembram dele? Algo nutre mais o espírito de quem pensa nele? Existe algo mais substancial para reparar os sentidos cansados, para tornar as virtudes mais fortes, fomentar os bons costumes, entreter castas afeições?"  Fonte Quanto ao sentido de "fonte'', Bernardo explica: "Jesus é a fonte lacrada da vida, da qual saem quatro rios que nos inundam, os da sabedoria, justiça, santificação e redenção. Sabedoria na pregação, justiça na absolvição dos pecados, santificação na conversão, Redenção na Paixão". Ainda Bernardo: "Três rios emanaram de Jesus: a palavra de  dor é a confissão; o sangue da aspersão é a aflição; a água de purificação é a compunção". Remédio O terceiro significado é "remédio" Eis o que diz o mesmo Bernardo: "O nome Jesus também é um remédio. De fato, nada como ele acalma a impetuosidade da cólera, deprime a enfatuação do orgulho, cura as chagas da inveja, repele os assaltos da luxúria, apaga a chama da cobiça, aplaca a sede da avareza e bane todos os desejos vergonhosos e desregrados". Luz O quarto sentido é "luz": "De onde você pensa que saiu tão grande e tão súbita luz da fé para inundar todo o universo, se não da pregação do nome de Jesus? Esse era o nome que Paulo levava diante das nações e dos reis como um facho de luz num candelabro" O nome Jesus, prossegue Bernardo, é em primeiro lugar de grande suavidade: "Não ficarei contente com um livro se nele não ler 'Jesus'; não ficarei contente com debates ou conferências nos quais não ouvir 'Jesus"'.  Nome escolhido para toda eternidade  A Escolha Esse nome foi escolhido para Ele por toda eternidade, foi-lhe colocado por José, seu pai putativo, previamente instruído nesse sentido por um anjo. Jesus significa Salvador. E Ele foi Salvador pelo poder de salvar, pelo hábito de salvar, pelo ato de salvar.  Minha oração “ Jesus, no teu nome há poder. No Céu, na terra e nos infernos, sob todo o universo está teu santo nome. Clamando a ti, queremos alcançar as graças necessárias para nossas vidas. Não o que queremos, mas a tua santa vontade. Que teu nome seja amado e adorado. Amém.” Santíssimo Nome de Jesus, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 3 de janeiro Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, o sepultamento de Santo Antero, papa. († 236) Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na atual Turquia, os santos Teopento e Teonas, que sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano. († 304) Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, também na actual Turquia, o centurião São Górdio, mártir. († 304) Em Pádua, no atual Véneto, região da Itália, a comemoração de São Daniel, diácono e mártir. († c. 304) Em Pário, no Helesponto, na atual Turquia, São Teógenes, mártir. († 320) Em Vienne, na Gália Lionense, na atual França, São Florêncio, bispo, que tomou parte no Concílio celebrado em Valence. († d. 377) Em Paris, na Gália, atualmente também na França, o sepultamento de Santa Genoveva, virgem, natural de Nanterre.       († c. 500) Em Lentíni, na Sicília, região da Itália, São Luciano, bispo. († s. VIII/IX) No mosteiro de Mannaman, no Kérala, estado da Índia, São Ciríaco Elias Chavara, presbítero, fundador da Congregação dos Irmãos Carmelitas de Maria Imaculada. († 1871) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Livro “Legenda Áurea: Vida dos Santos” - Jacopo de Varazze [Companhia das Letras, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição:  Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Genoveva, virgem que tudo entregava a Deus

Origens e começo da vida consagrada  Santa Genoveva nasceu em Nanterre, próximo de Paris, na França, no ano de 422, dentro de uma família muito simples. Desde cedo, ela foi discernindo o chamado de Deus a seu respeito. Quando tinha apenas 8 anos, um bispo chamado Dom Germano estava indo da França para a Inglaterra em missão. Passou por Nanterre para uma celebração e, ao dar a bênção para o povo, teve um discernimento no Espírito Santo e chamou aquela menina de oito anos para a vida consagrada. A resposta dela foi de que não pensava em outra coisa desde pequenina. Santa Genoveva queria ser totalmente do Senhor. Não demorou muito tempo, ela fez um voto a Deus para viver a virgindade consagrada. Com o falecimento dos pais, dirigiu-se a Paris para morar na casa de uma madrinha. Ali, viveu uma vida de oração e penitência de oferta a Deus para a salvação das almas. Então, ela foi ficando conhecida pelo seu ardor, pelo seu amor e pelo desejo de testemunhar Jesus Cristo a todos os corações. Uma entrega inteira e fiel a Deus  Incompreendida pelas pessoas, ela chegou a ponto de ser defendida pelo mesmo Bispo que a chamou para a vida de consagração. Em Paris, ela ficou gravemente enferma; na doença, na dificuldade, chegou a ficar 3 dias em coma. Mas, em tudo, entregava-se à vontade de Deus. E o seu coração ia se dilatando e acolhendo a realidade de tantos. Uma mulher de verdade. Por causa da invasão do Hunos em várias regiões, chegou, em Paris, uma história que estava amedrontando muitas pessoas: os Hunos estavam chegando para invadir e destruir a capital. Não era verdade e ela o soube. Então, fez questão de falar a verdade para o povo. Eles a perseguiram e quiseram queimá-la como feiticeira. Mas a sua fidelidade a Deus sempre foi a melhor resposta. Fama de santidade, Páscoa e Canonização Numa outra ocasião, de fato, os Hunos estavam para invadir e destruir Paris. Santa Genoveva chamou o povo para a oração e penitência; e não aconteceu aquela invasão. A sua fama de santidade e sua humildade para comunicar Cristo Jesus iam cada vez mais longe. Santa Genoveva ia ao encontro de povos para socorrer os doentes, os famintos; uma mulher de caridade, uma santa. Muitas jovens puderam ser despertadas para uma vocação de virgindade consagrada a partir do testemunho de Santa Genoveva. Santa Genoveva morreu em 512, aos 90 anos de idade. Seu corpo foi levado para a igreja dos Santos Apóstolos. Em 1129, a França, especialmente Paris, estava desolada por uma peste, chamada doenças dos ardentes. Estêvão, bispo de Paris, pediu ao povo que invocasse a intercessão de Santa Genoveva. Imediatamente, as curas começaram a aparecer, até que, em poucos dias, a peste desapareceu. Foi chamado de “Milagre dos Ardentes”. A partir disso, o Papa Inocêncio II ordenou celebrar-se, todos os anos, a sua memória. Minha oração “Ó Deus, nosso Pai, por intercessão de Santa Genoveva, afastai de nós as doenças, a fome, as guerras, as incompreensões e o ódio entre irmãos. Jamais nos falte, Senhor, a vossa proteção e auxílio nas dificuldades e provações pelas quais passamos. Nós vos louvamos e vos damos graças. Por Cristo nosso Senhor. Amém!” Santa Genoveva, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 3 de janeiro O Santíssimo Nome de Jesus, o único nome ao qual tudo o que há nos céus, na terra e nos abismos se ajoelha, para glória de Deus Pai. Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, o sepultamento de Santo Antero, papa, que, num breve pontificado, sucedeu ao mártir Ponciano. († 236) Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na actual Turquia, os santos Teopento e Teonas, que sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano. († 304) Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, também na actual Turquia, o centurião São Górdio, mártir, que São Basílio louva como verdadeiro émulo do centurião que estava junto à Cruz, porque, durante a perseguição do imperador Diocleciano, professou a fé em Jesus, Filho de Deus. († 304) Em Pádua, no actual Véneto, região da Itália, a comemoração de São Daniel, diácono e mártir. († c. 304) Em Pário, no Helesponto, na actual Turquia, São Teógenes, mártir, que, recrutado como soldado no tempo do imperador Licínio, recusando-se a prestar o serviço militar por causa da sua fé cristã, foi encarcerado, torturado e finalmente afogado no mar. († 320) Em Vienne, na Gália Lionense, na atual França, São Florêncio, bispo, que tomou parte no Concílio celebrado em Valence. († d. 377) Em Lentíni, na Sicília, região da Itália, São Luciano, bispo. († s. VIII/IX) No mosteiro de Mannaman, no Kérala, estado da Índia, São Ciríaco Elias Chavara, presbítero, fundador da Congregação dos Irmãos Carmelitas de Maria Imaculada. († 1871) Fonte: Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Mílicia da Imaculada Martirológio Romano – Produção e edição: Leonardo Girotto  

Santos Basílio Magno e Gregório de Nazianzeno

Origens  A Igreja alegra-se com a memória conjunta destes grandes Santos doutores: Santos Basílio Magno e Gregório de Nazianzeno. São Basílio Magno, bispo e doutor da Igreja Origens Basílio nasceu em Cesareia, no ano 329. Nasceu de uma família santa que buscava testemunhar, na própria vida e na formação dos filhos, o grande amor por Cristo e pela Igreja. Foi assim que, ajudado pelo pai, Basílio recebeu a primeira formação.  O encontro com São Gregório  Depois, passou por Constantinopla, chegando a estudar em Atenas e formar-se em retórica. A essa altura, mesmo tendo um coração bem semeado pelo Evangelho, ele começou a buscar glórias humanas, mas, ao conhecer o amigo São Gregório Nazianzeno, conheceu Cristo mais profundamente e retomou a amizade com Jesus.  A direção do seu conhecimento: Jesus Cristo Ele, que já era muito culto, direcionou todo o seu potencial para Aquele que é a verdade, o Logus, o Verbo que se fez carne, Jesus Cristo, Nosso Senhor e salvador. Retirou-se por um tempo dali e pôde viver uma vida de muita oração e penitência. Depois, foi inspirado a aprofundar-se na vida eremítica e também na vida monástica. Visitou o Egito, Síria, Palestina e estudou a ponto de, com seu amigo Nazianzeno, começar uma comunidade monástica. Eleito Bispo Aconteceu que, diante da realidade na qual o Arianismo — heresia que afirmava que Jesus Cristo não é Deus —, confundia muito as pessoas e ainda era apoiada pelo imperador do Oriente chamado Valente. Nessa altura, em Cesareia, São Basílio, em 370 d.C., foi eleito bispo, sucessor de um dos apóstolos. Homem de caridade e de testemunho, ele pôde combater e ver a verdade vencendo o Arianismo. O imperador não colocava medo nesse homem cheio do Espírito Santo. São Basílio também tinha muitas obras, não era apenas um homem de palavras; cidades de caridade surgiram por meio dele. Páscoa Ainda padre, ele já era um testemunho reconhecido, uma autoridade não só pela Igreja, mas pela vida. São Basílio Magno deixou uma riqueza de escritos e, principalmente, a certeza de que amigo de Jesus, felizes nós seremos. Em 379 d.C., ele partiu para o céu e intercede por nós. Uma verdadeira amizade que levou até Cristo São Gregório Nazianzo, doutor da Igreja Origens São Gregório Nazianzo nasceu no mesmo ano que Basílio (329). Seu pai era Gregório, o Velho, que depois foi Bispo de Nazianzo. Estudou em Atenas, onde conheceu Basílio, ao qual teve um forte elo de amizade e com quem conviveu no eremitério da Capadócia. Homem de estudo e poeta, recebeu a alcunha de teólogo em decorrência de sua excelente doutrina e inflamada eloquência. Forte combatente de Heresias Foi enviado pelo imperador Teodósio a Constantinopla para combater a difusão da heresia ariana, mas assim que chegou foi atacado por pedradas, sendo obrigado a permanecer fora dos muros de Constantinopla. Graças a seu exemplo de vida, Gregório reconduziu a cidade à ortodoxia. Não conseguiu ser Bispo de Constantinopla, como o povo desejava, pois foi hostilizado por uma facção de opositores. Despediu-se e retornou para a sua terra natal. Obras e sua Páscoa Retirou-se no silêncio, onde continuou a falar com Deus e com os homens. Escreveu cerca de 240 cartas de grande importância teológica e moral, além de belíssimas pela forma literária. Morreu no ano 390. Minha oração “Sabemos que a amizade é um dom, graça divina, por isso, a pedimos Jesus. Queremos amizades verdadeiras e queremos ser bons amigos. Que as pessoas, que nos circundem, nos levem para mais perto de Deus. Amém.” Santos Basílio Magno e Gregório de Nazianzeno, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 2 de janeiro Em Roma, São Telésforo, Papa, que, segundo o testemunho de Santo Ireneu, foi o sétimo bispo sucessor dos Apóstolos e sofreu glorioso martírio.  († c. 136) No território de Córi, a trinta milhas da cidade de Roma, os santos Argeu, Narciso e Marcelino, mártires. († s. IV) Em Marselha, cidade da Provença, na actual França, São Teodoro, bispo. († 594) No mosteiro de Bóbbio, na Emília, atual Emília-Romanha, região da Itália, São Bladolfo, presbítero e monge. († c. 630) Em Milão, na Lombardia, também na Itália, São João Bom, bispo. († c. 660) No território de Tulle, na Aquitânia, na atual França, São Vicenciano, eremita.                († 672) Em Limerick, na Irlanda, São Mainquino, que é venerado como bispo. († s. VII) No mosteiro de Corbie, na Gália Ambianense, hoje território de Amiens, atualmente na França, Santo Adalardo, abade. († 826) Em Maurienne, na Sabóia, atualmente também na França, Santo Airaldo, bispo. († 1146) Em Troína, na Sicília, região da Itália, São Silvestre, abade, que seguiu a disciplina dos Padres orientais. († s. XII) Em Forli, na Emília, hoje Emília-Romanha, na Itália, o Beato Marcolino Ammáni, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1397) Em Soncino, na Lombardia, também na Itália, a Beata Estefânia Quinzáni, virgem, irmã da Ordem Terceira de São Domingos. († 1530) Em Angers, na França, os beatos Guilherme Repin e Lourenço Batard, presbíteros e mártires. († 1794) Em Lachine, cidade do Quebec, província do Canadá, a Beata Maria Ana Soureau-Blondin, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Ana. († 1890) Fonte: Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vaticannews.va Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

Santa Maria, Mãe de Deus

Origens A Solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus, é a primeira festa mariana que apareceu na Igreja Ocidental. Originalmente, a festa nasceu com o intuito de substituir o costume pagão, cujo ritos não correspondiam com a santidade das celebrações cristãs. O título foi criado pelos cristãos para exprimir uma fé que não tinha relação com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, daquele que, desde sempre, era o Verbo Eterno de Deus. O Título Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios: em 325, o Concílio de Nicéia; e, em 381, o de Constantinopla. Esses dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A Natureza Humana de Maria No século IV, ensinava o bispo Santo Atanásio: "A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina Escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso". Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus. A Santíssima Virgem é a Mãe de Deus:  Ela é o ponto de união entre o céu e a terra Ave Theotókos No terceiro Concílio Ecumênico, em 431, Maria Santíssima foi aclamada Mãe de Deus, em grego, Theotókos. Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem “a Mãe de Jesus” e afirmem que Ele é Deus (Jo 20,28; cf. 5,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mt 1,22-23). Mãe de Deus A palavra Theotókos significa Mãe de Deus, que é o artigo que os católicos professam em Maria Santíssima; porém Theotokos quer dizer ‘gerada de Deus’, ponto que Nestório, patriarca de Constantinopla e grande inimigo da Virgem, duvidava e contestava a legitimidade do título. A mudança de acento na palavra altera o sentido, passando de um sentido bem preciso para outro vago. A Fé no Filho Jesus e na Mãe Maria Santíssima Expressão de Fé Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Essa união emerge já no Concílio de Éfeso. Com a definição da maternidade divina de Maria, os padres queriam evidenciar a sua fé à divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir esse título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do Seu amor para com a Virgem. O Centro da História Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história.  Minha oração “Mãe de Deus e nossa, desde o primeiro dia do ano, quero consagrar a mim e a minha família, tudo o que tenho, faço e sou a Jesus por tuas mãos Maria. Que o meu ano seja rodeado da tua bênção e proteção. Em tudo quero ser mais de Deus. Amém.” Maria Santíssima, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 1 de janeiro Na Turquia, o sepultamento de São Basílio, bispo, cuja memória se celebra amanhã. († c. 379) Na Campânia e nos Abruzos, regiões da Itália, a comemoração de São Justino é celebrado como bispo. (c. s. IV) Em Roma, Santo Almáquio, que, opondo-se às lutas dos gladiadores, por ordem de Alípio.(† 391) Na França, a comemoração de Santo Eugendo, abade do mosteiro de Condat. († 516) Em Ruspas, atual Tunísia, São Fulgêncio, bispo. († 533) Em Vienne, na Borgonha, na atual França, São Claro, abade do mosteiro de São Marcelo. († 660/670) Em Troyes, na atual França, São Frodoberto, fundador e primeiro abade do mosteiro de Moutier-la-Celle. († c. 667) Na Normandia, França, o falecimento de São Guilherme, abade de São Benigno de Dijon. († 1031) Próximo de Sauvigny, cidade da Borgonha, França, o passamento de Santo Odilo, abade de Cluny.(† 1049) Atualmente, na Chéquia, Santa Zedislava, mãe de família, que prestou grande conforto aos aflitos.(† 1252) Em Gualdo Cattáneo, na Úmbria, atualmente na região da Itália, o Beato Hugolino, que viveu como eremita. († s. XIV) Em Roma, São José Maria Tomási, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes Teatinos e cardea. († 1713) Em Avrillé, França, os irmãos beatos João e Renato Lego, presbíteros e mártires. († 1794) Em Roma, São Vicente Maria Strámbi, bispo de Macerata e de Tolentino, da Congregação da Paixão. († 1824) Em Hasselt, na Bélgica, o Beato Valentim Paquay, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1905) Em L’viv, na Ucrânia, São Segismundo Gorazdowski, presbítero que fundou o Instituto das Irmãs de São José.         († 1920) Em Santander, Espanha, o Beato André Gómez Sáez, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1937) Em Mirna, na Eslovénia, o Beato Luís Grozde, membro da Acção Católica e mártir. († 1943) No campo de concentração na Alemanha, o Beato Mariano Konopinski, presbítero e mártir. († 1943) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova

São Silvestre I, o Papa que “recebeu” a Igreja de Constantino

Origens São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais do que o servir, teria, antes, servido - se dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebeu o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos. A Intromissão de Constantino Na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político. A prudência de São Silvestre I E, talvez, São Silvestre I, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre I, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, preferiu agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência. São Silvestre I, 33º Papa da Igreja Católica Medida exorbitante de Constantino Constantino terá certamente exorbitado, mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissensões ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, vê-se de novo discutido, em 316, por iniciativa sua. Agitação de Ario Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino, que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros. Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se à aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador. Heresia de Ario Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação; e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por São Silvestre I. O final de um grande Pontificado Inauguração de Constantinopla Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até a sua queda em poder dos turcos otomanos em 1453. Doação Constantiniana Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de São Silvestre I, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e, mais tarde, a São João Batista e São João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade. Páscoa Depois de um longo pontificado (de 314 a 335), cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre São Silvestre I, no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. São Silvério foi sepultado no cemitério de Priscila. Os seus restos mortais foram transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória. Minha oração “Ó grande defensor da fé, ilustre sábio da doutrina, defendei o povo fiel do mal das heresias, das mentalidades mundanas e de tudo o que nos circunda contra os valores humanos. Te rogamos a lucidez da doutrina e a graça de amar o Deus verdadeiro e servir a única Igreja. Amém.” São Silvestre I, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 31 de dezembro Também em Roma, no cemitério dos Jordanos, junto à Via Salária Nova, as santas Donata, Paulina, Rogata, Dominanda, Serótina, Saturnina e Hilária, mártires. († data inc.) Em Sens, na Gália Lionense, atualmente na França, Santa Colomba, virgem e mártir. († s. IV) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Zótico, presbítero, que se dedicou a providenciar o sustento dos órfãos. († s. IV) Em Jerusalém, Santa Melânia a Jovem, que, com seu esposo São Piniano, deixou Roma e partiu para a Cidade Santa. († 439) Em Ravena, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, São Barbaciano, presbítero. († s. V) Em Lausana, no território dos Helvécios, na hodierna Suíça, São Mário, bispo. († 594) Em La Louvesc, localidade situada nos montes próximos de Le Puy-en-Vélay, na França, São João Francisco de Règis, presbítero da Companhia de Jesus.(† 1640) Na fortaleza de Mercués, perto de Cahors, na França meridional, o passamento do Beato Alano de Solminihac, bispo de Cahors. († 1659) Em Paris, na França, Santa Catarina Labouré, virgem das Filhas da Caridade, que venerou de modo singular a Imaculada Mãe de Deus. († 1876) Em Cágliari, na Sardenha, região da Itália, a Beata Josefina Nicoli, virgem das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. († 1924) Fonte: Livro “Um santo para cada dia” - Mário Sgarbossa - Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978] Livro “Santos de cada dia” - José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003] Martirológio Romano Vatican.va - Produção e edição: Melody de Paulo - Oração: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova