Beatas
Teresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas. Renunciaram ao mundo e aos seus bens para se consagrarem à religiosidade. Souberam usar suas virtudes cristãs para se tornarem exemplo para os povos.
Teresa, religiosa [† c. 1250]
A primogênita nasceu em 1176. Desde cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas, conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos, o casamento foi nulo. Ela voltou para casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão.
Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus.
Mafalda, virgem [† c. 1256]
Nasceu em 1195, teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou-se com Henrique I de Castela, mas este faleceu; sem consumar o casamento, ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa.
Viveu a total dependência de Deus, preferindo o recolhimento e a vida do claustro.
Sancha, virgem [† c. 1229]
Nasceu em 1180 e foi a primeira das irmãs a renunciar aos bens. A jovem não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte.
Beatificação
A 13 de dezembro de 1705, Teresa foi beatificada pelo Papa Clemente XI através da bula Sollicitudo Pastoralis Offici, juntamente com a sua irmã Sancha. E a 27 de junho de 1793, foi beatificada pelo Papa Pio VI, Mafalda.
Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração que buscaram a vontade de Deus.
A minha oração
“Senhor, estas três irmãs tudo deram a Ti. Viveram santamente e devotamente a Tua Vontade, o Teu querer e o Teu amor. Conceda-me a mesma graça de tudo dispor para Ti e de entregar tudo o que sou e que tenho para a Tua honra e glória. Amém!”
Beatas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 20 de junho:
- São Metódio, bispo de Olimpo e mártir, que escreveu livros de exposição clara e harmoniosa e no final da perseguição do imperador Diocleciano foi coroado com o martírio. († c. 312)
- São Gobano, atualmente na França, presbítero, que, natural da Irlanda, foi discípulo de São Fusco na Inglaterra e, por amor de Cristo, levou vida eremítica na floresta. († c. 670)
- São João de Matera, no mosteiro de São Tiago de Fóggia, na Apúlia, região da Itália, abade, que foi insigne pela sua austeridade e pela sua pregação ao povo e, na região de Gárgano, fundou a Congregação de Pulsano sob a observância da regra de São Bento. († 1139)
- Beata Margarida Ebner, no mosteiro de Medingen, na Baviera, Alemanha, a virgem da Ordem dos Pregadores, que, sofrendo por Cristo muitas tribulações, teve uma vida santa, admirável aos olhos de todos e agradável a Deus, e escreveu várias obras sobre a experiência mística.(† 1351)
- A paixão do Beato Dermício O’Hurley, em Dublin, na Irlanda, bispo e mártir, jurista leigo, que, por vontade do Papa Gregório XIII, foi nomeado bispo de Cashel. Depois de sofrer interrogatórios e torturas durante vários meses, negando firmemente todas as calúnias, declarou publicamente que morria por causa da fé católica e pelo ministério episcopal. († 1584)
- Beata Margarida Ball, em Dublin, mártir, que, já viúva, por acolher em sua casa vários sacerdotes perseguidos, por denúncia de um dos filhos foi presa e, depois de vários gêneros de torturas no cárcere, morreu septuagenária em dia incerto († 1584)
- Beatos mártires Francisco Pacheco, presbítero, oito companheiros, em Nagasáki, no Japão, da Companhia de Jesus, que foram queimados vivos em ódio à fé cristã. († 1626)
- Beatos mártires Tomás Whitbread e companheiros Guilherme Harcourt, João Fenwich, João Gavan e António Turner, presbíteros da Companhia de Jesus, que, acusados falsamente de tomar parte numa conjura para assassinar o rei Carlos II, sofreram na praça de Tyburn o martírio pelo reino dos Céus, em Londres, Inglaterra. († 1679)
Fontes:
- Martirológio Romano – liturgia.pt
– Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova