Santos

Beata Madre Maria Assunta Marchetti

Religiosa e cofundadora do Instituto das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, foi uma monja exemplar ao serviço dos órfãos dos imigrantes italianos; ela viu Jesus presente nos pobres, nos órfãos, nos doentes, nos migrantes. Maria Assunta Caterina Marchetti  Nasceu em Lombrici di Camaiore (Lucca) em 15 de agosto de 1871. Desde muito jovem, desejou uma vida de total dedicação e entrega a Deus, mas o trabalho doméstico, a doença da mãe e a morte prematura do pai a impediram de realizar suas aspirações imediatamente. Missionária Em 1895, aceitou o pedido de seu irmão, Pe. Giuseppe Marchetti, para acompanhá-lo em sua missão no Brasil, para cuidar dos órfãos dos imigrantes italianos. Ela seguiu sua vocação e, junto com sua mãe e outros dois jovens, foi apresentada a Giovanni Battista Scalabrini, constituindo os  Servos dos Órfãos e Abandonados . Era 25 de outubro de 1895. Espiritualidade maternal  Para a Madre, Jesus estava presente nos pobres, nos órfãos, nos doentes, nos migrantes. Ficou feliz por ser chamada, à honra do apostolado, ao serviço da caridade entre os mais abandonados. Dedicou sua juventude aos pequeninos, tornando-se mãe daqueles que ficaram órfãos; ele ansiava, em seu coração, terminar seus dias terrenos na companhia de seus entes queridos, os pequenos órfãos. Modelo de vida As Irmãs Missionárias Scalabrinianas têm nela um pilar e modelo de incansável dedicação missionária e corajosa ao serviço da caridade. Sua dedicação gerou uma grave lesão na perna, causada durante uma visita a uma pessoa doente, que lhe causou longos anos de sofrimento. Ele morreu no orfanato em São Paulo, Brasil, em 1º de julho de 1948. Sua Beatificação ocorreu, em 25 de outubro de 2014, por meio do Papa Francisco. A minha oração "Mãe dos pobres e abandonados, olhai para aqueles que mais sofrem e intercedei por eles. Assim como cuidai de nós como vossos filhos, aqueles a quem tu adotastes com amor e carinho. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!" Beata Madre Marchetti , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 1º de julho: Comemoração de Santo Aarão, da tribo de Levi, que Moisés, seu irmão, ungiu com o óleo santo sacerdote do Antigo Testamento e foi sepultado no monte Hor. Em Vienne, na atual França, São Martinho, bispo. († s. III f.) No mosteiro de Brevon, São Domiciano, abade. († s. V) No território de Reims, também na atual França, São Teodorico, presbítero. († 533) Em Angoulème, também na atual França, Santo Epárquio, presbítero. († 581) Na Bretanha Menor, também na atual França, São Golveno, bispo. († s. VI) No mosteiro de Saint-Calais, também na atual França, São Carilefo, abade. († s. VI) Em Londres, na Inglaterra, os beatos Jorge Beesley e Montford Scott, presbíteros e mártires. († 1591) Também em Londres, o Beato Tomás Maxfield, presbítero e mártir. († 1616) Também em Londres, o Beato Olivério Plunkett, bispo de Armagh e mártir. († 1681) Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, os beatos João Baptista Duverneuil, da Ordem dos Carmelitas Descalços, e Pedro Arédio Labrouhe de Laborderie, cónego de Clermont, presbíteros e mártires. († 1794) Em Stresa, no Piemonte, região da Itália, o Beato António Rosmini, presbítero, teólogo, filósofo e fundador do Instituto da Caridade e da Congregação das Irmãs da Providência. († 1855) Em La Valleta, na ilha de Malta, o Beato Inácio Falzon, clérigo. († 1865) Em Zhuhedian, junto de Jieshui, no Hunan, província da China, São Zhang Huailu, mártir. († 1900) Em Rancho de las Cruces, localidade de Guadalajara, no México, os santos Justino Orona Madrigal e Atilano Cruz Alvarado, presbíteros e mártires. († 1928) Perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato João Nepomuceno Chrzan, presbítero e mártir, natural da Polónia. († 1942) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

Protomártires da Igreja de Roma

Depois da solenidade universal dos apóstolos São Pedro e Paulo, a liturgia nos apresenta a memória de outros cristãos que se tornaram os primeiros mártires da Igreja de Roma, por isso, protomártires. Acusação de Nero No ano de 64, o imperador Nero pôs fogo em Roma e acusou os cristãos. Naquela época, a comunidade cristã, vítima de preconceitos, era tida como seita e inimiga, pois não adorava o Imperador. Qualquer coisa que acontecia de negativo, os cristãos eram acusados. Por isso, foram acusados de terem posto fogo em Roma e, a partir daí, no ano 64, começaram a ser perseguidos. Atrocidades do martírio Os escritos históricos em Roma narram que os cristãos eram lançados nas arenas para servirem de espetáculo ao povo junto às feras, cobertos de piches, como tochas humanas e muitos outros atos atrozes. E a resposta era sempre o perdão e a misericórdia. Está descrito: "Prendem-se primeiro os que manifestam (seguir o Cristianismo), e depois, conforme as indicações que eles dão, prendem-se outros em massa, condenados menos pelo crime de incêndio do que pelo ódio que lhes tem o gênero humano. Aos tormentos juntam-se as mofas, homens envolvidos em peles de animais morrem despedaçados pelos cães, ou são presos a cruzes, ou destinados a ser abrasados e acendidos, à maneira de luz noturna, ao acabar o dia." A coroa e a glória do martírio O Papa São Clemente I escreveu: “Nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao nosso criador”. O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus, principalmente nos momentos mais difíceis que todos nós temos. Os mártires viveram tudo em Cristo. A minha oração "Senhor, concedei-me, pelo sangue dos protomártires da Igreja, um coração abrasado de amor por Vós, que não tema morrer para testemunhar que só Vós sois Senhor e Rei! Amém!" Protomártires da Igreja de Roma, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 30 de junho: Em Alexandria, no Egipto, São Basílides, que, converteu-se a Cristo e, após um breve combate, foi mártir glorioso. († c. 202) Em Limoges, na Aquitânia, território da actual França, São Marcial, bispo. († c. 250) Em Le Mans, hoje na França, São Bertrano ou Berticrano, bispo, pastor pacífico e dedicado aos pobres e aos monges. († c. 623) Em Salzburgo, actualmente na Áustria, Santa Erentrudes, primeira abadessa do mosteiro de Nonnberg e sobrinha de São Ruperto, a quem ajudou na evangelização com obras e orações. († c. 718) Em Salanigo, na Itália, São Teobaldo, presbítero e eremita, que, nascido dos condes de Champagne, por amor de Cristo renunciou às honras e riquezas e preferiu as peregrinações, a pobreza e a solidão. († 1066) Em Nyitra, junto ao rio Vag, nos montes Cárpatos, na atual Eslováquia, o passamento de São Ladislau, rei da Hungria, que restabeleceu no seu reino as leis cristãs introduzidas por Santo Estêvão, reformando os costumes e dando ele próprio exemplo de grande virtude. († 1095) Em Bamberg, na hodierna Alemanha, Santo Otão, bispo, que evangelizou com grande zelo os Pomeranos. († 1139) Em Osnabrück, também na actual Alemanha, Santo Adolfo, bispo, que acolheu no mosteiro de Altencamp a observância cisterciense. († 1224) Em Londres, na Inglaterra, o Beato Filipe Powell, presbítero da Ordem de São Bento e mártir, por ser sacerdote foi conduzido ao patíbulo de Tyburn. († 1646) Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, o Beato Januário Maria Sarnélli, presbítero da Congregação do Santíssimo Redentor, que se dedicou ardorosamente à assistência de todo o género de necessitados. († 1744) Em Hai Duong, hoje no Vietnam, São Vicente Do Yen, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que morreu degolado em ódio à fé cristã. († 1838) No território de Chendun,  província da China, os santos Raimundo Li Quanzhen e Pedro Li Quanhui, mártires, que,  deram glorioso testemunho de Cristo: um deles, conduzido ao templo dos gentios, recusou prestar culto aos falsos deuses e morreu flagelado; o outro foi assassinado com semelhante crueldade. († 1900) Na Ucrânia, a comemoração do Beato Zenão Kovalyk, presbítero da Congregação do Santíssimo Redentor e mártir. († 1941) Em Winnipeg, no Canadá, o Beato Basílio Velyckovskyj, bispo da Igreja greco-católica da Ucrânia, foi cruelmente atormentado na sua pátria pelos perseguidores da fé e, associado ao sacrifício de Cristo, morreu no exílio. († 1973) Fontes: Martirológio Romano Vaticannews Livro “Santos de cada ia II” – Maio – Agosto (4ª ed.) – José Leite, S.J. (Org.) Arquisp – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

São Pedro e São Paulo, apóstolos e principais líderes da Igreja

Estes santos são considerados "os cabeças dos apóstolos" por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários. São Pedro, príncipe dos Apóstolos Tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu o Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro. Um homem simples e impulsivo. Falou, muitas vezes, em nome dos Apóstolos e não hesitou em pedir a Jesus explicações e esclarecimentos sobre sua pregação. Foi o primeiro a responder ao Mestre: “Senhor, para quem iremos? Somente tu tens palavras de vida eterna; nós acreditamos e sabemos que és o Santo de Deus” (Jo 6,67-68) diante da pergunta que Cristo fez aos discípulos: “Também vocês querem ir embora?”. Primeiro Papa da Igreja Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro Papa da Igreja. "E eu te digo: Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus." São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade. Martírio Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho. São Paulo Saulo era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada "aos pés de Gamaliel", um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles. De perseguidor cristão à conversão  Converteu-se à fé cristã, enquanto perseguia os cristãos, no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado:  “Saulo, Saulo, por que você me persegue?”. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério. Desde então, converteu-se e começou a pregar o Cristianismo, viajando pelo mundo, pregando o Evangelho de Jesus Cristo e o mistério de Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Apóstolo das Gentes Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o "Apóstolo dos Gentios". A minha oração "Senhor, hoje, eu quero Te pedir por toda a Santa Igreja Católica. Que, pela intercessão de São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, possamos ser sempre fiéis à fé e à doutrina que o próprio Cristo nos deixou. Amém!" São Pedro e São Paulo, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 29 de junho: Em Génova, na Ligúria, região da Itália, São Siro, que é venerado como bispo. († c. 330) Em Nárni, na Úmbria, também região da Itália, São Cássio, bispo, o qual, como narra o papa São Gregório Magno, oferecia todos os dias o sacrifício de expiação todo banhado em lágrimas e dava em esmolas tudo o que tinha. Finalmente, no dia dos santos Apóstolos, em que todos os anos costumava ir a Roma, quando celebrava a Missa na sua cidade e distribuía a todos o Corpo de Cristo, partiu ao encontro do Senhor. († 558) Em Gurk, na Caríntia, actualmente na Áustria, Santa Ema, uma condessa que viveu viúva quarenta anos e deu generosamente muitos dos seus bens aos pobres e à Igreja. († c. 1045) Num braço de mar frente à ilha Maiorca, região da Espanha, o Beato Raimundo Lúlio, religioso da Ordem Terceira de São Francisco e mártir, homem de grande cultura e eminente doutrina, que estabeleceu um diálogo fraterno com os Sarracenos, para lhes anunciar o Evangelho de Cristo. († 1316) No território de Xiaoluyi, junto de Shenxian, no Hebei, província da China, os santos mártires Paulo Wu Juan e seu filho João Baptista Wu Mantang e seu sobrinho Paulo Wu Wanshu, que, durante a perseguição dos Yihetuan, porque se declararam cristãos, mereceram todos ao mesmo tempo a coroa do martírio. († 1900) Em Dujiadun, um vilarejo na província chinesa do Hebei, as santas Maria Du Tianshi e sua filha Madalena Du Fengju, mártires, que, na mesma perseguição, retiradas de um canavial onde se tinham escondido, morreram pelo nome cristão, sendo a segunda encerrada no sepulcro ainda viva. († 1900) Fontes: Martirológio Romano cancaonova.com Arquisp Livro “Santos de cada ia II” – Maio – Agosto (4ª ed.) – José Leite, S.J. (Org.) – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Santo Irineu, bispo de Lião

Celebramos a memória do grande bispo e mártir Santo Irineu, que, pelos seus escritos, tornou-se o mais importante dos escritores cristãos do século II. Origens Nascido na Ásia Menor, foi discípulo de São Policarpo, que, por sua vez, conviveu diretamente com o Apóstolo São João, o Evangelista. Ao ser ordenado por São Policarpo, Irineu foi para a França e assumiu várias funções de serviço à Igreja de Cristo (que crescia em número de comunidades e necessidade de pastoreio). Pacífico Importante contribuição deu à Igreja do Oriente quando foi em missão de paz para um diálogo com o Papa Eleutério sobre a falta de unidade na data da celebração da Páscoa, pois o Oriente corria ao risco de excomunhão. Sendo fiel ao significado do seu próprio nome – portador da paz –, logrou êxito nessa missão, já que isso nada interferia na unidade da fé. Bispo de Lião Ao voltar da missão, deparou-se com a morte do bispo Potino, o qual o havia enviado para Roma e, sendo assim, foi ele o escolhido para sucessor do episcopado de Lião. Erudito, simples, orante e zeloso bispo, foi Santo Irineu quem escreveu contra os hereges, sobre a sucessão apostólica e muito dos dados que temos hoje sobre a história da Igreja do século II. Ocupou-se da evangelização e combateu a heresia dos gnósticos e muitas outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Páscoa Este grande bispo morreu mártir, no dia 28 de junho de 202, na perseguição do imperador Severo. Sua festa litúrgica ocorre nesta mesma data. A minha oração "Meu Senhor e meu Deus, pela intercessão e fidelidade de Santo Irineu, concedei-me a graça de também ser um sinal de paz, de unidade e de defesa da fé. Amém!" Santo Irineu, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 28 de junho: Santos mártires Plutarco, Sereno, Heráclides catecúmeno, Herão neófito, outro Sereno, Heraides catecúmena, Potamiena e Marcela sua mãe, em Alexandria, no Egipto. († c. 202) Em Roma, São Paulo I, papa, que, movido pelos seus sentimentos de bondade e grande misericórdia, visitava de noite em silêncio as celas dos enfermos e lhes prestava auxílio. A sua profunda devoção aos Santos levou-o a trasladar com cânticos e hinos os corpos dos mártires dos cemitérios em ruínas para igrejas e mosteiros da cidade de Roma e promoveu o seu culto. († 767) Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, Santo Argimiro, mártir, que, sendo monge já de avançada idade, foi torturado no cavalete e por fim passado ao fio da espada. († 856) Em Hasungen, no território de Hesse, na actual Alemanha, Santo Heimerado, presbítero e eremita, que, expulso do mosteiro e exposto ao desprezo e zombaria de muitos, viveu como peregrino ao longe e ao largo por Cristo. († 1019) Em Londres, na Inglaterra, São João Southworth, presbítero e mártir, que, por exercer o sacerdócio na Inglaterra, sofreu várias vezes a prisão e o exílio; finalmente, condenado à morte no tempo de Oliver Cromwell, olhando para a forca preparada na praça de Tyburn, exclamou que o patíbulo era para ele como a cruz de Cristo. († 1654) Em Lóvere, na Lombardia, região da Itália, Santa Vicenta Gerosa, virgem, que, juntamente com Santa Bartolomeia Capitânio fundou o Instituto das Irmãs da Caridade. († 1847) Em Wanglajia, localidade próxima de Dongguangxian, no Hebei, província da China, as santas mártires Lúcia Wang Cheng, Maria Fan Kun, Maria Qi Yu e Maria Zheng Xu, que, tendo sido educadas num orfanato, durante a perseguição dos sequazes «Yihetuan» se dirigiram para a morte por decapitação, de mãos dadas e felizes como quem vai para as bodas. († 1900) Em Jieshuiwang, junto da cidade de Shenxian, na mesma província da China, Santa Maria Du Zhaozhi, mártir e mãe dum sacerdote, que, desistindo da fuga, regressou por não querer trair a fé de Cristo e sujeitou a cabeça serenamente ao machado dos inimigos. († 1900) Em Drohobych, na Ucrânia, os beatos Severiano Baranik e Joaquim Senkivskyj, presbíteros da Ordem de São Josafat e mártires, que, em tempo de perseguição contra a fé, através do martírio se tornaram participantes da vitória de Cristo. († 1941) Em Roma, a Beata Maria Pia Mastena (Teresa Maria), virgem, fundadora do Instituto das Irmãs da Santa Face. († 1951)
Fontes: Martirológio Romano Vaticannews Livro “Santos de cada ia II” – Maio – Agosto (4ª ed.) – José Leite, S.J. (Org.) Arquisp – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. História Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante que roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV. Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Chegado em Roma, ele adoeceu e, arrependido, contou a um amigo sua história e pediu que ele devolvesse o ícone a uma Igreja. A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu à sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja: na Igreja de São João Latrão ou na de Santa Maria Maior. Em 27 de março de 1499, o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos. Ícone esquecido Em uma invasão, a Igreja de São Mateus foi destruída. Os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto, onde permaneceu esquecida por 30 anos. Um monge muito devoto, antes de morrer, contou a história a um coroinha, que, tempos depois, se tornou padre Redentorista e ajudou a reencontrar o ícone. Reencontro Em 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas e fez esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção”. Fizeram, então, muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo. Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso, em Roma. Imagem De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz, no braço esquerdo, o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial. O centro da pintura não é Nossa Senhora, e sim Jesus. Maria é, assim, "aquela que indica o caminho" ou como é mais conhecida: "a via de Cristo". A minha oração "Minha Mãe do Perpétuo Socorro, sede o meu amparo, meu socorro eterno, meu socorro sempre. Sede meu socorro materno em todas as minhas necessidades, Mãe! Sei que a senhora nunca abandona seus filhos! Entrego-me em Tuas mãos! Amém!" Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 27 de junho: São Cirilo, bispo e doutor da Igreja, que, eleito para a sede de Alexandria, no Egito, dissertou com singular empenho em favor da integridade da fé católica no Concílio de Éfeso sobre o dogma da única pessoa em Cristo e a maternidade divina da Virgem Maria. († 444) Em Cartago, na hodierna Tunísia, Santa Gudena, mártir, que foi morta ao fio da espada. († 203) Em Córdova, na Hispânia Bética, São Zoelo, mártir. († 303) Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Sansão, que foi refúgio dos pobres e, segundo a tradição, construiu um hospital por sugestão do imperador Justiniano, que ele tinha curado de uma enfermidade. († 560)  Em Chinon, na Gália Turonense, território da actual França, São João, presbítero, natural da Bretanha, que, viveu numa pequena cela-oratório junto da igreja do lugar. († s. VI) Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Arialdo, diácono e mártir, que foi cruelmente atormentado e morto por dois clérigos. († 1066) Em Corneto, hoje Tarquínia, perto de Bovino, na Apúlia, região da Itália, São Benvindo de Gúbbio, religioso da Ordem dos Menores, que, trabalhando humildemente no serviço dos pobres, se configurou a Cristo pobre. († c. 1232) Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, no actual Vietnam, São Tomás Toan, mártir, que, sendo catequista e administrador da missão de Trung Linh, sofreu por Cristo inauditos e atrozes suplícios no cárcere, onde finalmente morreu de fome e sede. († 1840) Na Suíça, a Beata Margarida Bays, virgem, que, exercendo em família o ofício de costura, se dedicou totalmente às múltiplas necessidades do próximo, sem descuidar nunca a vida de oração. († 1879) Em Molins, na França, a Beata Luísa Teresa Montaignac de Chauvance, virgem, que fundou a Pia União das Oblatas do Sagrado Coração de Jesus. († 1885) Fontes: Martirológio Romano cancaonova.com Arquisp – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova  

São Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador da Opus Dei

Infância Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro (Espanha), em 9 de janeiro de 1902, o segundo dos seis filhos de José Escrivá e María Dolores Albás. Seus pais, católicos fervorosos, levaram-no ao batismo quatro dias depois, em 13 de janeiro, e depois lhe ensinaram, antes de tudo com sua vida exemplar, os fundamentos da fé e a prática das virtudes cristãs. Tinha grande afeição por sua mãe e grande confiança e amizade por seu pai, que o convidava a recorrer a ele livremente para lhe contar suas preocupações, sempre pronto a lhe dar conselhos afetuosos e prudentes. Visitado pela morte Logo, o Senhor começa a temperar sua alma na forja da dor: entre 1910 e 1913, as três irmãs mais novas morrem, e, em 1914, a família sofre um colapso econômico. Em 1915, os Escrivás mudaram-se para Logroño para viver modestamente. Em 27 de novembro de 1924, faleceu José Escrivá, atingido por uma súbita síncope, pouco antes de sua ordenação. Em meio às dores, ele sempre foi sustento de sua família. Em 1941, enquanto pregava um retiro a um grupo de sacerdotes de Lérida, faleceu a sua mãe, que tanto tinha ajudado nos apostolados do Opus Dei. O Senhor também permite que amargos mal-entendidos sejam desencadeados contra ele. A neve e o sacerdócio No inverno de 1917-18, durante as férias de Natal, um dia ele observa as pegadas congeladas deixadas na neve por dois pés descalços; são as pegadas de um religioso carmelita que andava descalço. Então, pergunta-se: "Se outros fazem tantos sacrifícios por Deus e pelo próximo, não poderei oferecer-lhe nada?". Assim nasceu uma "inquietude divina" em sua alma: "Comecei a antever o Amor, a perceber que meu coração me pedia algo grande e que era amor". Decide tornar-se sacerdote. Logo, iniciou os estudos eclesiásticos no seminário de Logroño, e, em 1920, mudou-se para o de Saragoça, em cuja Pontifícia Universidade completou a formação que antecedeu o sacerdócio. Exemplo de estudante Na capital aragonesa, completou também os estudos de direito. O empenho de Josemaría, numa vida de piedade, disciplina e estudo, é um exemplo para todos os seminaristas; em 1922, com apenas 20 anos, o arcebispo de Saragoça nomeou-o inspetor do seminário. Uma vida de oração Naqueles anos, ele passa muitas horas em oração diante do Santíssimo Sacramento, lançando as bases de uma profunda vida eucarística, e vai, todos os dias, à Basílica do Pilar para pedir a Nossa Senhora que lhe mostre o que quer dele. Em 2 de outubro de 1968, ele disse: “Fiquei repetindo: 'Senhor, deixe-me ver! Senhor, assim seja!' E também repeti, [...] cheio de confiança na minha Mãe Celeste: 'Senhora, que assim seja! Senhora, que eu veja!' A Santíssima Virgem sempre me ajudou a descobrir os desejos de seu Filho”. Sacerdote do Altíssimo Em 28 de março de 1925, José Maria foi ordenado sacerdote por Mons. Miguel de los Santos Díaz Gómara, na igreja do Seminário de San Carlo em Saragoça, e dois dias depois celebrou a sua primeira Missa solene na Santa Capela da Basílica do Pilar. Depois foi para Madrid, lá ele trabalha incansavelmente com as crianças, os doentes e os pobres nos subúrbios. O Opus Dei Nasceu em 2 de outubro de 1928 . Josemaria participava de um retiro espiritual e, enquanto meditava, de repente, "vê" a missão que o Senhor lhe quer confiar: iniciar um novo caminho vocacional na Igreja, promover a busca da santidade e o apostolado através da santificação do trabalho ordinário no meio do mundo, sem mudar de status. Poucos meses depois, o Senhor o fez compreender que deveria incluir também as mulheres. O objetivo do Opus Dei é elevar a Deus toda realidade criada, com a ajuda da graça, para que Cristo reine em todos e em tudo; conhecer Jesus Cristo, torná-lo conhecido, levá-lo a todos os lugares. Em 24 de fevereiro de 1947, Pio XII concedeu o decretum laudis e, em 16 de junho de 1950, a aprovação definitiva. A Universidade Em 1933, abre uma academia universitária, porque percebe que o mundo da ciência e da cultura é um ponto focal para a evangelização de toda a sociedade. Em 1934, publicou, sob o título de Consideraciones espirituales, a primeira edição de Caminho, um livro de espiritualidade do qual já foram publicados mais de quatro milhões e meio de exemplares, com 372 edições em 44 idiomas. Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz Em 1943, por uma nova graça fundacional que recebeu durante a celebração da Missa, nasceu, no Opus Dei, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, na qual podiam ser incardinados sacerdotes das fileiras dos fiéis leigos do Opus Dei. Os sacerdotes diocesanos também podem fazer parte da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, sem alterar sua filiação no clero de suas respectivas dioceses. Unido ao Concílio Vaticano II Nas sessões conciliares, o solene Magistério confirmará alguns aspectos fundamentais do espírito do Opus Dei: a vocação universal à santidade, o trabalho profissional como meio de santidade e apostolado, o valor e os limites legítimos da liberdade do cristão em matéria temporal, a Santa Missa como centro e raiz da vida interior etc. O Beato Josemaria encontra numerosos Padres e Peritos conciliares, que o consideram um autêntico precursor de muitas das principais linhas do Vaticano II. Primado da vida interior A pregação do Beato Josemaría sublinha constantemente o primado da vida interior sobre as atividades organizativas. Quando assim vivemos, tudo é oração, tudo pode e deve conduzir-nos a Deus, alimentando uma relação contínua com Ele, da manhã à noite. Qualquer trabalho honesto pode ser oração; e toda obra que é oração é um apostolado. A raiz da prodigiosa fecundidade do seu ministério encontra-se precisamente na ardente vida interior que faz do Beato Josemaria um contemplativo no meio do mundo. Sua Passagem A 26 de junho de 1975, o Beato Josemaria morre ao meio-dia na sua sala de trabalho, na sequência de uma paragem cardíaca, ao pé de um quadro de Nossa Senhora para o qual dirige o seu último olhar. Naquela época, o Opus Dei está presente nos cinco continentes com mais de 60.000 membros de 80 nacionalidades. Em 17 de maio de 1992, em Roma, Sua Santidade João Paulo II eleva Josemaria Escrivá às honras dos altares. Em 6 de outubro de 2002, o mesmo Papa o canoniza. A minha oração "Querido Escrivá, amante da oração e do estudo, dai-nos a graça de crescer em santidade no ordinário da nossa vida, no nosso trabalho, na família e em tudo o que fizermos. Que Deus seja o centro da nossa história! Amém!" São José Maria Escrivá , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 26 de Junho: Em Roma, a comemoração dos santos João e Paulo. († s. IV) Em Trento, na Venécia, hoje no Trentino Alto-Ádige, região da Itália, São Vigílio, bispo e mártir. († 405) Em Nola, na Campânia, também região da Itália, São Deusdado, bispo. († 405) No território de Poitiers, na Aquitânia, atualmente na França, São Maxêncio, abade. († c. 515) Em Tessalónica, na Macedónia, atualmente na Grécia, São David, eremita. († c. 540) Em Valenciennes, na Austrásia, no território da hodierna França, os santos Sálvio, bispo, e um seu discípulo que sofreram o martírio. († s. VIII)  Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, São Paio, mártir, que, aos treze anos. († 925)  Em Gúbbio, na Úmbria, região da Itália, São Rodolfo, bispo. († 1064) Em Belley, na Sabóia, na atual França, Santo Antelmo, bispo, e monge da Cartuxa. († 1177)  Num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Raimundo Petiniaud de Jourgnac, presbítero e mártir. († 1794) Em Cambrai, na França, as beatas Madalena Fontaine, Francisca Lanel, Teresa Fantou e Joana Gérard, virgens e mártires, que eram Filhas da Caridade. († 1794) Em Qianshenzhuang, junto da cidade de Liushuitao, no Hebei, província da China, São José Ma Taishun, médico e mártir. († 1900)  No território de Jalisco, nos arredores de Gualajara, no México, São José Maria Robles, presbítero e mártir. († 1927) Em Treviso, na Itália, o Beato André Jacinto Longhin, bispo. († 1936)  Na floresta de Birok, perto da cidade de Stradch, no território de L’viv, na Ucrânia, os beatos Nicolau Konrad, presbítero, e Vladimiro Pryjma. († 1941) Em Sykhiv, localidade do mesmo território de L’viv, na Ucrânia, o Beato André Iscak, presbítero e mártir. († 1941) Em Beirute, no Líbano, o Beato Tiago Ghazir Haddad (Khalil Haddad), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas da Cruz no Líbano. († 1954) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof. Felipe Aqui [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São Guilherme de Vercelli, padroeiro da Irpínia

Adolescente decidido Às vezes, 14 anos são suficientes para escolher a vida que se quer viver, renunciando àquela que se tem. Assim foi Guilherme, um adolescente de Vercelli. Com 14 anos, fez uma coisa semelhante àquela que Francesco faria em Assis, mais de cem anos depois. Deixou a vida de opulenta riqueza da sua família, renunciou ao título nobiliário, vestiu uma túnica rude e partiu descalço e sozinho. Uma experiência de peregrinação Guilherme tinha os pés torturados de tanto andar. Seu destino era Santiago de Compostela e, depois, um dia, a Terra Santa. Compostela torna-se uma etapa obrigatória de peregrinação para o homem do primeiro milênio. Por volta do ano 1099, Guilherme partiu para o Santuário espanhol: fez cinco anos de caminhada, de pão e água, de cilício, dormindo no chão, de colóquio íntimo com Deus e de ardente anúncio do Evangelho ao longo do caminho. A outra etapa de qualquer peregrinação, na época, era a Terra de Jesus. Então, Guilherme voltou para a Itália com o objetivo de partir para Jerusalém. Porém, o homem que planeja se defronta com as surpresas de Deus. O jovem encaminhou-se para o sul da Itália em busca de um navio. Mas, nas proximidades de Brindes, foi agredido por alguns ladrões. Naquele pobre peregrino nada havia para roubar; decepcionados, a agressão se transformou em violência. Guilherme foi espancado e obrigado a interromper sua viagem. Ao recuperar suas forças, encontrou-se com João de Matera, o futuro santo, que havia conhecido antes, que lhe disse, com decisão, que, por detrás da agressão sofrida, poderia estar oculto um sinal maior: dedicar a sua missão de apóstolo na Itália. Vida Eremítica Guilherme refletiu e se convenceu. Em 1118, volta novamente para Irpínia, aos pés do Montevergine, que o escalou até encontrar uma pequena bacia, onde se deteve. Ali, o peregrino se tornou eremita. O eremita pensava ser feito para a solidão, mas a solidão não era feita para ele: sua fama de homem de Deus se espalhou rápido como o vento gelado que penetrava nos bosques do Monte Partênio. Dezenas de pessoas chegavam ao lugar onde se encontrava a cela do monge Guilherme.  Abade de Montevergine Assim, o eremita torna-se abade. Foram poucas as regras escritas, ditadas e mostradas com seu exemplo: penitência rigorosa, oração, prática da caridade com os pobres. Este foi o broto da sua congregação dedicada a Maria, oficialmente reconhecida em 1126. No entanto, os pés do eremita queimavam.  A mística do Peregrino Certo dia, o Santo peregrino confiou a um discípulo a recém-nascida Abadia de Montevergine e retomou sua estrada, indo de Irpínia a Sânio, da Lucânia à Apúlia e Sicília. Os príncipes normandos e as pessoas paupérrimas que o encontravam permaneciam fascinados. Notou-se aí uma verdadeira espiritualidade peregrina, daquele que se encontrou com Jesus através dessas experiências de viajante, recordando que todos nós somos passageiros neste mundo.  Padroeiro da Irpínia A abadia de Montevergine prosperou graças às contínuas doações conspícuas. Entre os amigos reinantes, mas, sobretudo, sinceros de Guilherme, destaca-se Rogério II, um rei normando. Foi ele quem visitou, pela última vez, o peregrino, que se tornou eremita e abade, debilitado e quase sem força. Em 1142, São Guilherme entregou seu espírito em um de seus mosteiros da Irpínia, em Goleto. 800 anos depois da sua morte, em 1942, Pio XII o proclamou Padroeiro principal da Irpínia. A minha oração "Vosso anseio de peregrino demonstra que tudo nessa vida é passageiro, por isso, ensina-nos a viver em desapego e disposição para as coisas do alto. Mostra-nos o caminho correto para o céu e guia-nos nessa estrada desafiante da vida. Amém!" São Guilherme , rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em  junho: São Máximo, em Turim, região da Itália, primeiro bispo desta cidade. († 408-423) São Próspero de Aquitânia, que depois da sua vida matrimonial tornou-se monge († c. 463) São Próspero, bispo, na cidade da Emília-Romanha, região da Itália († s. V/VI) Santa Tígrides, virgem, em Maurienne, hoje na França († s. VI) São Moloc ou Luano, bispo, em Rosemarkie, na Escócia. († c. 592) Santa Eurósia ou Orósia, virgem e mártir, em Jaca, na Hispânia Tarraconense († c. 714) Santo Adalberto, diácono e abade, atualmente na Holanda († s. VIII in.) São Salomão, mártir, na Bretanha Menor, hoje na França († 874) São João de Espanha, monge, na Cartuxa de Le Reposoir, na Sabóia, na hodierna França. († 1160) Beata Doroteia de Montau, em Marienwerder, na Prússia, hoje Kwidzyn, na Polónia, aque, depois de ficar viúva, tornou-se reclusa em uma cela. († 1394) Beata Maria Lhuillier, em Laval, na França, a virgem e mártir, das Hospitaleiras da Misericórdia. († 1794) Os santos Domingos Henares, bispo da Ordem dos Pregadores, e Francisco Do Minh Chieu, mártires, em Nam Dinh, cidade do Tonquim, no atual Vietnam († 1838) Fontes: vatican.va e vaticannews.va Martirológio Romano - liturgia.pt Liturgia das Horas Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” - Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007] - Pesquisa e redação: Rafael Vitto - Comunidade Canção Nova - Produção e edição: Catarina Xavier - Comunidade Canção Nova

São José Cafasso, o "Santo da Forca"

Origens Nascido em Castelnuovo d’Asti, na Itália, no ano de 1811, onde também nasceu o grande São João Bosco. José era filho de pais camponeses e foi o terceiro de quatro irmãos. Desde criança, sentiu-se chamado ao sacerdócio, que foi se tornando cada vez mais forte no decorrer de sua vida com Deus. Vida sacerdotal Entrou para a formação sacerdotal e se tornou padre aos 23 anos, em 1834, destacando-se no meio de tantos por seu amor aos pobres e zelo pela salvação das almas. Depois de comprovado e dedicado trabalho na Igreja de São Francisco em Turim, José assumiu, com toda sua bagagem de pregador, confessor e iluminado diretor espiritual, a função de reitor e formador de novos sacerdotes. Bento XVI disse que este santo instituiu uma "escola de vida e de santidade sacerdotal". Dom Bosco Dom Bosco foi um dos vocacionados que desfrutou das formações e aconselhamentos deste santo, pois como um sacerdote sintonizado ao coração do Cristo Pastor, sabia muito bem colocar sua cultura eclesiástica, dons e carismas a serviço da salvação do próximo. Foi ainda um grande apoiador e financiador nas obras de São João Bosco com os jovens. "Padroeiro dos Encarcerados e dos Condenados à Pena Capital" Dentre tantos ofícios assumidos por este homem incansável, despontou José Cafasso na evangelização dos condenados à forca, tanto assim que ficou conhecido como o "Santo da Forca". A definição trata-se diretamente à sua obra ao lado dos condenados à morte nas prisões "Le Nuove" de Turim. O local foi transformado em um museu, memorial das condições humilhantes em que viviam os encarcerados. Padroeiro dos presos, José Cafasso sempre usava de imensa misericórdia, poderoso veículo do amor paterno e consolador de Deus. Páscoa e Beatificação São José faleceu em 1860, com 49 anos. Trinta e cinco anos mais tarde, iniciou-se seu processo de beatificação no tribunal diocesano de Turim, e ele foi canonizado em 1947, juntamente com São João de Brito. A minha oração “Senhor, que a exemplo de São José Cafasso, eu possa também me entregar ao zelo aos irmãos e à salvação das almas. Peço, pela intercessão deste santo, por todos aqueles que hoje se encontram em situações de prisões: sejam elas físicas, espirituais ou psicológicas. Libertai-nos, Senhor. Amém!”  São José Cafasso, rogai por nós!  Outros santos e beatos celebrados em 23 de junho:  Mártires de Nicomédia, hoje Izmit, na Turquia, que sofreram serenamente o martírio pelo nome de Cristo. († 303) Santa Ediltrudes, abadessa, no mosteiro de Ely, na Inglaterra oriental, que, sendo filha de reis e ela própria rainha da Nortúmbria, depois de recusar duas vezes o matrimónio, recebeu do santo bispo Vilfredo o véu religioso no mosteiro por ela construído, no qual, com o seu exemplo e exortações, ela presidiu como mãe de muitas virgens. († 679) São Bílio, bispo e mártir, atualmente na França, que, segundo a tradição, foi morto pelos Normandos quando saquearam a cidade. († c. 914) Beato Lanfranco, na Lombardia bispo, homem pacífico, que sofreu muitas tribulações para promover a paz e concórdia na cidade. († 1194) São Valério, atualmente na Bélgica, presbítero, que, segundo a tradição, foi morto a golpes de remo, quando atravessava o rio Mosa, por um presbítero, seu sobrinho, cuja vida viciosa censurava. († 1199) Beata Maria, em território da atual França, a que, dotada de graças místicas, com o assentimento do seu esposo viveu reclusa numa cela, e depois fundou e dirigiu o instituto designado das «Beguinas». († 1213) Beato Pedro Tiago de Pêsaro, hoje nas Marcas, região da Itália, o presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († c. 1496) São Tomás Garnet, em Londres, na Inglaterra, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, ordenado sacerdote no Colégio dos Ingleses de Valladolid e tendo regressado à Inglaterra, foi duas vezes encarcerado e finalmente sofreu o patíbulo de Tyburn, no reinado de Jaime I. († 1608)  Beata Maria Rafaela (Santina Cimátti), em Alátri, no Lácio, região da Itália, Virgem, das Irmãs da Misericórdia para os Enfermos. († 1945) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews Franciscanos.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

Santos João Fischer e Tomás More, decapitados por defenderem a sua fé

Defesa da fé e da verdade Em 1935, Pio XI canonizou João Fischer e Tomás More no mesmo dia. Os santos são celebrados juntos: sofreram o martírio pela coragem com que defenderam a fé e são dois grandes exemplos de fidelidade a Jesus. Opondo-se ao rei Henrique VIII, na controvérsia sobre o seu matrimónio e sobre o primado do Romano Pontífice, preferiram servir ao Rei Eterno. Defenderam os valores cristãos de indissolubilidade do matrimônio, o respeito pelo patrimônio jurídico e a liberdade da Igreja em relação ao Estado; e, assim, foram encarcerados na Torre de Londres. São Tomás More [1478-1535] Nascido em Chelsea, Londres, na Inglaterra, no ano de 1478, o santo foi, desde cedo, educado na fé cristã. Logo cedo, a sua inteligência brilhante o fez ser notado e ele foi enviado à Universidade de Oxford, onde com vinte e dois anos já era doutor e professor em direito. Vida religiosa X Matrimônio Tomás More pensou em tornar-se religioso, era um frequentador dos franciscanos e, por um período, dos cartuxos também. Porém, sentiu que não era esse o seu caminho e trilhou a vocação matrimonial, com grande entrega, presença e devoção aos seus. Vocação cristã Conhecido por uma personalidade muito simpática, pelo seu bom humor e por uma forte fé cristã, o santo tinha uma vocação específica nos meios da política, da literatura, do direito. Assumiu diversos cargos diplomáticos: foi juiz, conselheiro, secretário e, em tudo, sempre atuou em favor da defesa da fé cristã, principalmente no tempo da Reforma Protestante. Escreveu obras famosas, como: “O diálogo do conforto contra as tribulações”, um dos mais tradicionais e respeitados livros da literatura britânica. Outros livros famosos são “Utopia” e “Oração para o bom humor”. Um tempo depois, Tomás pediu demissão e um novo tempo iniciou em sua vida. Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender às suas reais necessidades. Sua casa sempre estava repleta de intelectuais e pessoas humildes. São João Fischer, bispo de Rochester [1469-1535] Nascido em Beverley, na cidade de Yorkshire, na Inglaterra, no ano de 1469. Órfão de pai ainda pequeno, aos quatorze anos era um aluno brilhante de inteligência extraordinária. Ingressou na famosa Universidade de Cambridge, onde recebeu o diploma de Teologia e foi ordenado sacerdote. Sacerdócio e Bispado Tornou-se confessor e capelão pessoal da condessa Margarida Beaufort, futura avó de Henrique VIII. Atuou como vice-chanceler e chanceler em obras de estudos das línguas da Bíblia, para aprofundamento nas Escrituras. Foi eleito bispo de Rochester, com 35 anos. Distribuía esmolas com generosidade e as portas de sua casa estavam sempre abertas para os visitantes, peregrinos e necessitados. Ele levava uma vida tão austera como a de um monge. O bispo Fisher também combateu os erros da Reforma Protestante, escrevendo quatro livros, que o tornaram famoso em todo o mundo cristão. Condenação dos santos Em 1535, o rei Henrique VIII desejou divorciar-se de sua legítima esposa para casar-se com a cortesã Ana Bolena. O bispo João Fisher foi o primeiro a posicionar-se contra aquele escândalo. O rei Henrique VIII conseguiu que o Parlamento inglês o declarasse chefe supremo da Igreja na Inglaterra, em substituição ao Papa da Igreja Católica, com a aprovação de todos os que desejavam conservar seus altos postos no governo. João Fisher declarou no Parlamento que: "Querer substituir o papa de Roma pelo rei da Inglaterra, como chefe de nossa religião, é como gritar um 'morra' à Igreja Católica", e isso seria um erro absurdo. Ainda estava preso quando foi nomeado cardeal pelo Papa Paulo III. Ao ser informado, o rei exclamou: "Enviaram-lhe o chapéu de cardeal, porém não poderá colocá-lo, porque eu lhe mandarei cortar a cabeça". E assim o fez. Da mesma forma, São Tomás Moro deixou registrada a sua irreverência àquela farsa real, por meio da declaração pública que pronunciou antes de morrer: “Sedes minhas testemunhas de que eu morro na fé e pela fé da Igreja de Roma e morro fiel servidor de Deus e do rei, mas primeiro de Deus. Rogai a Deus a fim de que ilumine o rei e o aconselhe”. O Papa João Paulo II, no ano 2000, declarou são Tomás More Padroeiro dos Políticos. O chanceler Tomás Moro e o bispo católico João Fisher eram as figuras mais influentes da corte. Os dois foram decapitados: o primeiro foi João, em 22 de junho de 1535, e duas semanas depois foi a vez de Tomás. A minha oração “Senhor, estes dois servos não tiveram medo ou receio em servir a Verdade. Conceda-me também a grande graça de defender a fé cristã em qualquer circunstância e de ser-lhe fiel até o fim. Amém!"  Santos João Fischer e Tomás More, rogai por nós! Outros santos e beatos celebrados em 22 de junho: São Paulino, bispo, que recebeu o baptismo em Bordéus, renunciou ao consulado e, sendo um homem nobre e rico, se fez pobre e humilde por amor de Cristo. († 431) São Flávio Clemente, mártir, em Roma, que, foi condenado à morte pela fé de Cristo. († 96) Santo Albano, mártir, território da atual Inglaterra, que, segundo a tradição, ainda não batizado se entregou em lugar de um clérigo que tinha recolhido em sua casa e do qual recebera os ensinamentos da fé cristã, trocando com ele as vestes. Por isso, foi flagelado, atrozmente atormentado e finalmente decapitado. († c. 287) Os santos Júlio e Aarão, mártires, em Caerleon, na Bretanha Menor, região da atual França, que, durante a perseguição, sofreram o martírio depois de Santo Albano. († s. IV in.) Santo Eusébio, bispo de Samosata, que morreu mártir com a cabeça partida com uma telha atirada contra ele por uma mulher ariana. († 379) Comemoração de São Nicetas, bispo de Remesiana, que São Paulino de Nola louva com um eloquente poema, por ter anunciado o Evangelho aos bárbaros, transformando-os em ovelhas de Cristo conduzidas ao redil da paz. († c. 414) Beato Inocêncio V, papa, em Roma, que depois de ter tomado o hábito da Ordem dos Pregadores e ensinado a sagrada teologia em Paris, aceitou com relutância a sede episcopal de Lião e orientou, juntamente com São Boaventura, o Concílio Ecuménico para a unidade entre os Latinos e os Gregos separados. († 1276) Fontes: Martirológio Romano Arquisp Vaticannews Franciscanos.org – Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova  

São Luís Gonzaga, padroeiro dos jovens

Origens e nobreza São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione, Itália. Era o primogênito de Marta Tana di Sántena e de Ferrante Gonzaga. Pertencente à nobreza, recebeu, por parte de sua mãe, a formação cristã e, da parte de seu pai, a motivação a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses, mas, graças ao amor de Deus, Luís desde cedo deixou-se possuir por esse amor, nunca se deixando influenciar pelo luxo e o poder. Consagração a Virgem Maria Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação. E diante das zombarias e das incompreensões, ele dizia: "Busco a salvação! Busquem-na vocês também!". Jesuítas Tinha 14 anos quando decidiu renunciar aos bens materiais e seguir os caminhos da fé. Entregando-se à caridade, ingressou no noviciado jesuíta. Após essa etapa, ele foi para Roma iniciar os estudos de Teologia. Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos. Epidemia e páscoa Neste período, uma grande epidemia de várias doenças se espalhava por Roma, deixando muitas vítimas. Compadecido com os doentes, com apenas 23 anos, Luís adoeceu e acabou falecendo, antes mesmo de tornar-se padre, no dia 21 de junho de 1591. Padroeiro Foi canonizado pelo Papa Bento XIII em 1726, sendo proclamado "Patrono da Juventude". Depois, foi nomeado protetor dos estudantes. São João Paulo II o nomeou, em 1991, padroeiro dos pacientes de AIDS. Suas relíquias estão na Igreja Santo Inácio, em Roma, e é venerado no dia de sua morte. A minha oração "Senhor, ensinai-me a também gastar a minha juventude em amor a Ti e a todos que necessitarem. Quero, como São Luís Gonzaga, ser capaz de renunciar a todos os amores terrenos e a me dedicar com grande fervor ao Teu chamado para a minha vida. Amém!" São Luís Gonzaga, rogai por nós! Outros beatos e santos celebrados em 21 de junho: São Meveno ou Mévio, actualmente na França, abade, que, tendo nascido no País de Gales, se recolheu numa floresta da Bretanha, onde fundou um mosteiro. († s. VI) São Leufredo, no território de Evreux, na Nêustria, também na actual França, abade, que fundou o mosteiro de La Croix-Saint-Ouen, ao qual presidiu durante cerca de quarenta e oito anos. († 738) São Rodolfo, na atual França, bispo, que, pela sua grande solicitude pela vida sacerdotal, compôs, em colaboração com os presbíteros da sua Igreja, uma colectânea de capítulos dos Santos Padres e sentenças de cânones para uso pastoral. († 866) São Raimundo, em Huesca, cidade de Aragão, região da Espanha, que era cónego regular quando foi nomeado bispo de Roda e de Barbastro e, porque não quis vencer os inimigos do nome cristão pela força das armas, foi três vezes expulso da sua sede. († 1126) Beato Tomás Corsíni, religioso da Ordem dos Servos de Maria, em Orvieto, na Toscana, região da Itália. (1343) São João Rigby, mártir, em Londres, na Inglaterra, que, detido e condenado à morte por se ter reconciliado com a Igreja católica no reinado de Isabel I, foi suspenso da forca em Southwark e esquartejado ainda vivo. († 1600) Beato Tiago Morelle Dupas, presbítero e mártir, num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, que, sempre severo consigo e amável com os outros, durante a Revolução Francesa foi condenado à prisão por exercer o ministério paroquial no território de Poitiers e morreu de fome e inanição. († 1794) Beata Liberata Ferrarons i Vives, virgem da Ordem Terceira Carmelita. († 1842) São José Isabel Flores, em Zapotlanejo, localidade do México, presbítero e mártir no tempo da grande perseguição. († 1927) Fontes: Martirológio Romano – liturgia.pt jesuitasbrasil.org Vaticannews – Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova